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dançar na escola: uma reflexão a partir do diálogo com alunos de ...

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Quan<strong>do</strong> questio<strong>na</strong><strong>do</strong>s em relação à vivência <strong>com</strong> dança <strong>na</strong> Educação Física,a<br />

maior parte da turma revelou nunca ter vivencia<strong>do</strong> a dança em aulas <strong>de</strong> Educação Física antes,<br />

sen<strong>do</strong> esta a primeira experiência <strong>de</strong>sses sujeitos <strong>com</strong> essa manifestação <strong>na</strong>s aulas <strong>de</strong><br />

Educação Física, ou seja, a maior parte <strong>do</strong>s <strong>alunos</strong> (entre os sexo masculino e feminino)<br />

respon<strong>de</strong>ram que nunca haviam vivencia<strong>do</strong> dança <strong>na</strong>s aulas Educação Física antes e esta tinha<br />

si<strong>do</strong> a primeira vez. Sen<strong>do</strong> que alguns <strong>alunos</strong> não respon<strong>de</strong>ram. Po<strong>de</strong>mos inferir diante <strong>de</strong>sses<br />

da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, que apesar das mudanças por que passaram a Educação Física <strong>escola</strong>r, em<br />

relação aos conteú<strong>do</strong>s da cultura corporal <strong>de</strong> movimento, a dança ainda é algo “esqueci<strong>do</strong>”,<br />

“<strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> para segun<strong>do</strong> plano”, “é algo muito inusita<strong>do</strong>” <strong>na</strong>s aulas <strong>de</strong> Educação Física. Essa é<br />

<strong>uma</strong> realida<strong>de</strong> observada nesta <strong>escola</strong> investigada, o que não significa dizer que essa realida<strong>de</strong><br />

se aplique a um contexto generaliza<strong>do</strong>.<br />

dança os <strong>alunos</strong> tem.<br />

Uma questão que pensamos ser muito importante é em relação à qual conceito <strong>de</strong><br />

A categoria que representa maior número <strong>de</strong> sujeitos (30 <strong>alunos</strong>) diz respeito ao<br />

conceito <strong>de</strong> dança enquanto ritmo, movimento e expressão. Ancora<strong>do</strong>s <strong>na</strong> literatura sabemos<br />

que a dança é também expressão através <strong>do</strong> movimento, movimentos estes repletos <strong>de</strong><br />

senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s que são revela<strong>do</strong>s corporalmente, ou seja, a dança <strong>com</strong>o a mais alta<br />

expressão <strong>do</strong> ser, pois transmite mensagens através <strong>do</strong> movimento.<br />

Porém, nenhum <strong>do</strong>s <strong>alunos</strong> falou da dança enquanto área <strong>de</strong> conhecimento<br />

específico, já que a dança é um área que tem conhecimento próprio. O que percebemos é que<br />

os <strong>alunos</strong> associam a dança à diversão, alegria, interação, extravazar. Confrontan<strong>do</strong> <strong>com</strong> o<br />

nosso referencial teórico, e perceben<strong>do</strong> que gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s <strong>alunos</strong> associam dança à<br />

diversão, nos remetemos a fala <strong>de</strong> Marques (2007) em seu discurso sobre a dança <strong>com</strong>o meio<br />

<strong>de</strong> diversão, <strong>de</strong> extravazar, nesse senti<strong>do</strong> ela diz que a dança <strong>na</strong> <strong>escola</strong> ape<strong>na</strong>s <strong>com</strong> perspectiva<br />

<strong>de</strong> extravasamento e relaxamento é um gran<strong>de</strong> equívoco.<br />

Marques afirma que “[...] a educação através da arte é entendida somente <strong>com</strong>o<br />

aquela que abraça a causa da livre auto-expressão da criança” (MARQUES, 2007, p. 40).<br />

Assim, Marques chama a nossa atenção no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> repensar as ativida<strong>de</strong>s artísticas no<br />

campo da <strong>escola</strong>, <strong>uma</strong> vez que ela afirma em dizer que a arte tem servi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o momento <strong>de</strong><br />

extravasamento <strong>do</strong> aluno e momento <strong>de</strong> livre expressão, dissociada <strong>de</strong> um trato pedagógico<br />

que enten<strong>de</strong> a expressivida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o elemento importante para formação <strong>do</strong> aluno, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

esta seja orientada a <strong>partir</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> objetivida<strong>de</strong>, ou seja, o espontaneismo não se constitui<br />

enquanto um fim pedagógico que vá representar algum significa<strong>do</strong> <strong>na</strong> formação <strong>do</strong> aluno.<br />

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