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Alguma coisa<br />
de errado está<br />
acontecendo no<br />
Sindicato<br />
Rural.<br />
Página 18<br />
E E Paa<br />
L<br />
Iguaçu,<br />
0<br />
i<br />
ma 9<br />
D. Marieta<br />
conta histórias<br />
incrveis do<br />
passado de<br />
Foz do lgua(;u.<br />
Página6e7<br />
ISTADO 00 rAISNA<br />
Atenalli 3 (hacensarIori<br />
O5 Vosbo. . R.d1a CVd . .... .<br />
C&RTCSTO R. O..'* 00.5554. TOO - To,. 0455) 4-tOts - Ott o If •I. -<br />
A io NossO r.io LTA. -<br />
Roa CnMid Porretra 811<br />
O/Rta ctdnde: -<br />
Fez do Iu.çu, 08 to Janeiro 1. 1981.<br />
Psi, prezentr e onorso pedi-Se verbal per<br />
torte intereasoda doses 70JC.')A, encnmtnfla,,o o. '. Si.,<br />
or fitas u1tus ocorr(dos nests UuLipio toronte o .me —<br />
Is 1.980. Conferee discriminag5c abtit.r.<br />
do l)'otffiortes ........................ 118<br />
era It Obitos renal de I aro do tdode.... 244<br />
.erp de Obitos par Destiutr(ço.. .......... 8<br />
' do 0b$tca par Codas as Coasss ...... .1.017<br />
/<br />
S, rats s8Jcreveeo-nos atenc1azente
Foz, 14/01/81<br />
Autoridades precisarn se preocupar mais corn a população da periferia<br />
1v<br />
EDITORA NOSSO TEMPO<br />
CGC - 75.088427/001 -92<br />
Rua Cândido Ferreira, 811.<br />
Vila lolanda<br />
(85890) Foz do lguaçu - Pr<br />
Teletone: (0442) 74-2344<br />
SOc/os propr/etários<br />
Evandro Stelle Teixeira<br />
Eloy Adail Brandt<br />
José Claudia Rorato<br />
José Leopoldir'io Neto<br />
Jesse Vidigal<br />
João Adel ino de Souza<br />
Juvêncto Mazzarollo<br />
Severino Sacomori<br />
Sérgio Spada<br />
SOcio-gerente:<br />
José Claudia Rorato<br />
Nyaso<br />
tpoEditores:<br />
Joào Adelino de Souza<br />
Aluizio Ferreira Palmar<br />
Juvêncio Mazzarollo<br />
Diagramaçao:<br />
Jesse Vidigal<br />
Colaboradores:<br />
Rainildes da Silva<br />
Antonio Vanderli Moreira<br />
Moacyr de Souza<br />
Alvaro Siqueira Martins<br />
Representante em Curitiba:<br />
G. Cadamuro, Praca Zacarias480<br />
7 1 andar conj.708. Fone: 23-9524<br />
Corn posição:<br />
Editora <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong><br />
Impressäo:<br />
J S Impressora Lida.<br />
Rua 6. Jardim Maria<br />
de Fatima -Cascavel - Pr.<br />
As r necessidades<br />
de Foz do lgua(;u.<br />
As necessidades de Foz do lguacu, apesar<br />
das grandes coisas feitas nos ültimos anos, são<br />
muitas. As pessoas preocupadas corn essas necessidades<br />
a nivel coletivo são poucas, mas esforçadas.<br />
0 fato não constitui nenhuma raridade.<br />
Em todos Os lugares e sempre é assim. Aqui, talvez,<br />
o descomprornisso corn a coletividade seja<br />
mais acentuado. Os problemas são rntiltipIos, os<br />
projetos também. Os poucos que se ocupam<br />
deles não conseguern abarcar tudo. Seria mesmo<br />
impossivel.<br />
Foz do lguacu mergulha em estertores sempre<br />
que pensa na era pOs-construcão da hidrelétrica<br />
de Itaipu, como se antes dela nao existisse<br />
uma perspectiva de futuro animadora: ha uma<br />
ansiedade quanto a urn melhor aproveitamento<br />
do potencial turistico do municiplo: pensa-se em<br />
industrializar o municipio sem saber como; buscam-se<br />
facilidades para o comércio exterior e<br />
acrescenta-se a expectativa de implantar a comodidade<br />
de uma zona de livre comércio: não<br />
faltam os que identificam como problema fundamental<br />
a auséncia de democracia onde sequer<br />
se elege o prefeito; enquanto a infraestrutura Utbanistica<br />
do centro da cidade é motivo para certo<br />
orguiho, Os bairros periféricos continuam envergonhando<br />
a todos; culturalmente a cidade está<br />
tao atrasada que é impossivel identificar preocupacOes<br />
notórias no setor: o esquema de segurança<br />
é tao forte e amplo que a populacão vive corn<br />
medo dos ôrgãos de seguranca igual ao que tern<br />
em relaçäo aos crirninosos e marginais.<br />
Essas indicaçOes podem resumir os pontos<br />
bàsicos das preocupacôes das chamadas ideranças<br />
da comunidade, embora nem todos sejam<br />
distinguidos corn adequado empenho.<br />
0 que mais està agitando a cidade é o projeto<br />
de construção de urn centro de convençôes,<br />
de uma ponte uganda a Brasil a Argentina e<br />
alguns problernas relacionados corn mecanismos<br />
burocráticos e rnonetários do comércio<br />
exterior. Não faltam também dedicacöes voltadas<br />
para out ros setores sobre as quais paira uma<br />
ansiedade menor.<br />
Pois, no meio de tudo o que rnobiliza a sociedade<br />
- se é realmente a sociedade que está em<br />
açào e não apenas uma minoria - importa perguntar<br />
se os temas elevados a categoria prioritána<br />
merecem tal tratamento.<br />
Urn análise dos problemas cia municipalidade<br />
permite vet que as empreendirnentos são escolhidos<br />
mais pot Iivre-atiradores movidos a luz<br />
do empirismo do que por sábios embasados em<br />
estudos competenles a respeito das reals neces-<br />
sidades de urn projeto de desenvolvimento global,<br />
perrnanente e humano.<br />
Tome-se a Ponte Brash/Argentina e a Centro<br />
de Convençoes. Serão estes as projetos que resolverào<br />
as problemas rnais sérios de Foz do<br />
lguacu? Quem são os mais necessitados do municipio<br />
e quals são suas necessidades maiores<br />
- a Ponte, e a Centro de Convencoes? A Ponte e<br />
o Centro vão atender aos interesses de quem<br />
tern necessidades básicas de Vida ou queles<br />
que pouco ou nada mais precisam para levarem<br />
urn Vida digna?<br />
A ninguém mais passa despercebido que a<br />
maioria da população de Foz do lguaçu, como é<br />
em termos nacionais, é pobre ou miserável, passa<br />
fome, tern péssimas condiçôes de moradia,<br />
carece de elementares tratamentos de saUde, higiene<br />
e prof ilaxia, está entrege a urn atendimento<br />
educacional abaixo da critica, enfrenta as mais<br />
árduas dificuldades corn sua locomoção, etc.,<br />
etc.<br />
0 que se ye no melo de tanta tristeza, sofrimento<br />
e vergonha é que tais problemas - indiscutivelmente<br />
as mais graves - merecem atençôes<br />
despreziveis se comparadas as que se dispensam<br />
as necessidades mais supérfluas e elitistas.<br />
Quem seria capaz de se posicionar contra a<br />
construção de Itaipu, do Centro de Convençoes e<br />
da Ponte Brasil/Argentina sern correr o perigo de<br />
ser excomungado ou linchado de Foz do lguaçu<br />
como urn inimigo do progresso?<br />
Näo Se trata se ser contra isso ou aquilo.<br />
Tudo parece born e necessário, apesar de certos<br />
métodos condenáveis. Trata-se, antes e acima<br />
de tudo, de urna maior coerência. Fade-se<br />
ser a favor de quantas pontes e usinas se quiser,<br />
desde que as pontes e as usinas não facam esquecer<br />
o povo, que está dramaticamente necessitado.<br />
Para sentir coma o povo pobre - a maioria,<br />
portanto - não recebe as devidas atençöes,<br />
basta considerar que para as obras de rnelhoria<br />
do centro da cidade a Governo Federal não hesitou<br />
em despejar aqui vultosas verbas a fundo per<br />
dido, rnas a mesmo não acontece quando é urn<br />
Rincão São Francisco que precisa de asfalto, luz,<br />
água, esgoto e tudo mais.<br />
E aqui vale recordar uma frase arrasadora<br />
proferida em Foz do lguacu no ano passado pelo<br />
cientista Albert Sabin: Urn pais capaz de construir<br />
uma obra coma Itaipu deve também ser capaz<br />
de resolver as problemas da sua grande massa<br />
hurnana que vive na miséria.<br />
As obras, lideranças da comunidade!<br />
- Os Editores.
f-oz. '4b<br />
Poor<br />
Incentivo ao<br />
crime e aos<br />
criminosos<br />
C) incer , vc Cr'1e e a<br />
proecão aos criminosoS Continua<br />
por conta de outras entidades<br />
e pessoas menos do <strong>Nosso</strong><br />
errr,c: P.i<br />
Linha de<br />
Ônibus<br />
a<br />
Chegou a vez dos leitores: escrevam e nós publicaremos.<br />
Poucos leitores escrevern para o jornal.<br />
0) Vão se mexendo a!! Quern escrever<br />
Ln vai ter o texto publicado<br />
0 corn os erros, as bobagens e tambérn as<br />
em<br />
coisas boas que aparecern. OIha so que jóias<br />
da moderna literatura<br />
V recebemos para esta edição:<br />
no Jardim America e fosse ate 0<br />
Hotel Panorama para transporar<br />
Os inümeros tuncionàrios dos<br />
notéls espalhados ao longo da<br />
Radovia das Calaratas. Des pre-<br />
:sam tomar o ônibus que va a .o<br />
Aeroporto e tern que pagar<br />
uma passagem quase o dobro<br />
mats cara que a das outras Iinhas.<br />
Não é so o Centro de<br />
Convençöes que poderá melhoraT<br />
0 turismo de Foz do IguaQu.<br />
Uma ajuda aos humildes funconãros<br />
dos hotéis e restaurantes<br />
também sera urn impulso a Tuscap<br />
Vamos a isso"<br />
uulu w<br />
Em 7i o Conseiho Munici- Estaflios<br />
oat Ce Iransportes havia crado<br />
uma linha de ônbus para o per- corn<br />
curso que vat do Profilurb ao<br />
Posto de Saüde. A finalidade era tudo<br />
evitar que aquela populacão p0bre<br />
precisasse pegar dots Recebornos aoui ru 'CCd-<br />
Onibus para ir ate o Centro de çao urna cornunicaco de uma<br />
SaOde A Prefeitura, porém, em- alta autoridade ligada ao Minislébargou<br />
o projeto e Os moradores rio da Justica dizendo que recedo<br />
Profilurb, os matores frequen- beu Os exempiares do jornal<br />
tadores do Centro de Saude. <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>. Reterindo-se as<br />
continuarn tendo que tomar dots torturas e atrocidades cometi-<br />
Onibus. gastando o que não p0- das pela policia em Foz do lguadern<br />
para irem em busca de at- çu, denunciadas por este jorrtal,<br />
guma vacina ou charope aquela autor-idade disse que<br />
Essa linha precisa ser fl- "esse comportamento da Policia<br />
planlada ja e nadmmssivel. Garanru-nu<br />
que as autoridades do Ministérto<br />
O utra e da Secretária da Justiça do Estado<br />
ficaráo alertas e, ao menor<br />
sinaI de repetmcão ciessas amenãveis<br />
oCorrCncias, tomaráo me-<br />
I ,in a<br />
de onubus dmdas enérgicas contra os res•<br />
Essa (luesluo de linha Ce ponsáveis.<br />
Onmbus prá çá, tuba de OnibuS Coragem. portanto Ac -eprá<br />
1á,foi trazida pelo Severmno nor tapa desferido por urn polE<br />
Sacornori. Ele contou que quan- cial, estas péginas continuam a<br />
do estava no Conselho Municipal dmsposiçâo do povc. Corn o apoio<br />
de Trarmsportes tamb'rn Iota dos altos escaOes governamenaprovada<br />
urna lmnha clue partisse tws.<br />
i CHOPP CENTER<br />
RESTAURANTE E CHOPARIA<br />
ONDE VOCE<br />
TOMA 0 MELHOR<br />
CHOPE DA CIDADE<br />
RUA SANTOS DUMONT 1084 -_TEL. 14 2563<br />
CHEGOUAHORA*<br />
Retrato<br />
de<br />
decadencia<br />
41 o'n 1980, muitos<br />
aunos Ce urn certo estabelec'mento<br />
de ensino desta cmdade,<br />
provaram a mncapacidade de vármos<br />
professores. que intlulados<br />
profundos conhecedores da discmptmna<br />
que Ihes foi coriferida no<br />
nicmo das aulas. rráo passararn<br />
de principiantes onde exmge-se<br />
muito conhecirnento, respemfo<br />
aos alunos nâo e mnteresse em<br />
errsirar. pots os alunos flão pociem<br />
perder tempo frequentando<br />
urn colégio corn falsos magistrados<br />
ou alcotatras. Protessores<br />
estes que sO sabem que 2 + 2<br />
lao é cinco, mas rão tern corragem<br />
atirmar msso. falam porque<br />
ouvirarn deoutros.<br />
Como se nao bastasse a incapacidade<br />
dos professo-es<br />
atuais, a talta constante de pro<br />
fessores de determinada matEna.<br />
também tot vista neste baca<br />
ado palco de mncompreensOes,<br />
graves e i mresponsabilmdades v<br />
vidas pelos frequentadores CC<br />
colégmo Monsenhc r Gumihermi'<br />
de Foz do lguacu.<br />
Alguns menstres da sabe<br />
doria começaram as aulas falando<br />
de tilosotias de Socrates. Demostenes<br />
e outros e terminara<br />
ma:s perdidos cue cego em tirotemo.<br />
Devido a talta de programacáo<br />
e dmstribumçäo das aulas. Os<br />
sacos de pancadas (alunos) tmveram<br />
que se sujeitar corn aulaS<br />
aos sábados e domingo de manba.<br />
Prova da talta de programacáo<br />
é o pequeno n° de aulas das<br />
matérmas básicas do curso. Não<br />
darmdo assim a formaçào necessara.<br />
0 atendimento 30 pObico é<br />
teifo por secretàr;as imcompetentes,<br />
sem nenhurn interesse<br />
em estimutar o aluno, ou pelo<br />
menos dat as mnformaçOes de<br />
que tern direito.<br />
E uma barbarmdade as pro.<br />
vas aplmcadas PCI alguns professores.<br />
deveram ser para recemnascidos<br />
Em se tralando de esportes,<br />
e uma calammdade pblmca. As<br />
duas i magens de quadras existentes,<br />
se junlarmos náo dá<br />
rneia quadra decente.<br />
Gostanma muto de me identcar,<br />
mas tenho vergonha de di-<br />
ENTRE NO CONSdKK<br />
EMUDEPARAO<br />
CORCEL11 A A<br />
.0' ':'- Cm.' OC ESIC' Cc.rq,o.<br />
Rernetente. C P. D. E<br />
P Nap s/n<br />
I..'- (. quacr •-- P<br />
Altas<br />
autoridades<br />
sabem disso..<br />
Tern urn rurz ''n Foz (Jcáo<br />
Kopytowicy) quo escudado num<br />
diploma obtido náo se s-ae como<br />
na Escola Superior de Guerra,<br />
cornete as matores arbitraredades<br />
tendo vãrmas represeniaçOes<br />
contra si trancadas mnexplicâvelmente<br />
no Tribunal de Just -<br />
de Curitiba<br />
Serã que as alIas autoridades<br />
milmtares do Exército sabern<br />
disso..<br />
Seria interesante uma nota<br />
a respemto.<br />
Remelente R S. S<br />
Rua Jupra, 345<br />
F,-,z do Iguaçu. Pr<br />
Moradores<br />
pedem mais<br />
segurança<br />
P1 UIMCS AS Au '"RIDADES<br />
DL FCZ DO IGUAçU PEL'ACER-<br />
TEZA QUE TEMOS CONFIANA<br />
EM NOVAS AUTORIDADES DE<br />
DIVIZOES PUBLICAS.<br />
os moradores do bainro saO Ira"<br />
cmsco pedimos urn pouco man<br />
Jun f,rr:Ca 'i ianil'l cosa igual<br />
lenho visto e ouvrdo talar depots<br />
de trems anos para ca são mmnha<br />
casa ja tot assaltada duas vezes<br />
qrassas a deus rraO arrombaro<br />
as portas dos quartos mais o res-<br />
'ante vmraraO do perna para sirn<br />
eu dormindo nab acredmtava qeu<br />
o ladraO entrasse na minha casa<br />
oor que tenho o sono rnuito leve<br />
mats durmi tanto eu e mmnha farnilia<br />
qe foi preciso o meu vizmnho<br />
me acordar:<br />
Presidente Esporte Pacaembu<br />
Vaidr Luiz<br />
ASStNA A DIRETORIA DO<br />
ISPOP T E CLUBE PACAtMBU<br />
Fundepar<br />
pede<br />
"<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>"<br />
Prezcmdcn Sennc'os<br />
Valerno-nos do presenfe<br />
para solmcitar 0 comparecimento<br />
do Vossas Senhorias ou Ce urn<br />
ep tesentanfe, Junto a esta Assessoria,<br />
a tim de que possamos<br />
tratam de assunto referente a assnatura<br />
desse jornal.<br />
Cemtos do pronto atendimento,<br />
que é peculiar a Vossas<br />
Senhormas, antecipadamente<br />
agradecemos e firmamo-nos<br />
Atencmosamente<br />
Curitiba. 30 de<br />
dezembro de 1980<br />
SENIVALSILVA<br />
Assessor de Cornunrcacao<br />
co UNDLPAR<br />
de segurança em nossas ruas -<br />
"TO c -,<br />
homanio das 8horas da nomte as<br />
3horas Ca manna por que OS Iadroés<br />
e Os assaltantes estaO do<br />
mats en nosso bairro tanla rnalo-<br />
caoetremsquatropessoasjurltos<br />
tern mats de 30 marjmnal andando<br />
de ape e de carros sempre -andam<br />
numa boa pinta tern adDto<br />
e menor tambem pratmcando .:.<br />
assalto prostetutas junto tanben .<br />
praticar-rdo assalto as pessoas<br />
dmzem naO correm por que somos<br />
Ca pomcma ja saem do car to<br />
atmrando carros sern placas de r<br />
poms de poucos mmnutos ja aparesem<br />
corn placas pedimos nos<br />
moradores deste bairro saO<br />
framcmsco jumfarnente a dmretotia<br />
do esporte clube pacaernbu<br />
teremos serteza em nossas aimlondades<br />
Ce foz do mguaçu, que<br />
j3 mams deicharaô nos sem sokcao.<br />
- -<br />
eu vad r luz matador de foz do<br />
iquacu mais de dez anos digo<br />
40m. —<br />
!Ito<br />
arm<br />
Medlaneira:<br />
Rua Argentina, 2381 - Fone: 64-2127 e 64-2277<br />
Foz do Iguaçu:<br />
Av. Rep. Argentina. 530.544 - Fone: 73-1422
4 Foz. 14/01/81<br />
Tércio aponta Os candidatos a govern ador: Cunha Vianna e Jucundino Furtado<br />
PS'sU<br />
or -<br />
Esse não levanta mais.<br />
Itaipu<br />
e as orgias<br />
de sempre<br />
Na Ultirna semana o general<br />
presidente da ltaipu, José Costa<br />
Cavalcanti. completou 63<br />
aninhos - fartarnente vividos e<br />
mordornicarnene<br />
cornemorados. Ele velo passar a<br />
data junto a menininha de seus<br />
olhos. Ficou em Foz trés dias<br />
mergulhado em glutonices e fanfarronadas<br />
burguesas pagas<br />
corn dinheiro do povo. porque a<br />
Itaipu paga orgias e luxos corn<br />
dinheiro destinado a obra.<br />
Repetindo Millôr<br />
Fernandes 'Ou todos se locupletam<br />
Ou restaure-sf, a morali-<br />
General dá<br />
presentinho<br />
áAPAE<br />
Em meio aos oanquetes e<br />
palmadelas puxa-saco, Costa<br />
Cavalcanti fez urn gesto de generosidade<br />
extraordinàrio em sua<br />
festa de aniversãrio. Seus<br />
empregados em São Paulo fizeram<br />
uma 'vaquinha para dar<br />
urn presente ao chetão. Cavalcanti<br />
reverteu 0 presente em<br />
doacao a Associação de Pals e<br />
Amigos dos Excepcionais de Foz<br />
do lguaçu. Uma irnportância de<br />
uns 20 mil barOes Que coisa,<br />
hem'<br />
So que corn 20 mil Os generais<br />
não conseguem passar urn<br />
dia em sua vida. Realrnente, é<br />
generosidade ext remada essa<br />
doação.<br />
Republica<br />
Argentina<br />
é calamitosa<br />
Jà faz urn seculo .. Não,<br />
nào é urn SéCulo, mas taz<br />
uns dois anos que a Prefeitura<br />
vern prornetendo asfaltar a Av.<br />
Republica Argentina dentro dos<br />
prOximos meses, e a obra nào<br />
sal Ialvez aauela via sea a mais<br />
movirnentada de Foz do lguacu<br />
depois da Av. Brasil e a Juscelino<br />
Kubutscheck. As rnargens daauela<br />
avenida, que dá para 0 Rincão<br />
Sao Francisco, existe urn asfatto<br />
onde as crianças internadas<br />
vivem do p0 e barro levantados<br />
pelo intenso trãfego.<br />
Vão pará de fazer prornessas<br />
e começar logo esse asfatto<br />
al ou esperarn a qué? Arruma<br />
rnais urn Prodopar prá pobreza,<br />
pessoal da Prefeitura<br />
Piadinhas<br />
• 0 homem desmunhecava<br />
rnais que ClO y 's Bornay, Certo<br />
dia (por que será que todas pia<br />
das tern urn certo dia?) encontrou<br />
urn jovem que era a perfeuta<br />
figura do machão. 0 carnarada<br />
pensou: é dele que eu preciso' E<br />
fol chegando prpertinho.<br />
- Moçu! Moçu! (corn<br />
aquele jeitão, sabe?) Vamos fazer<br />
urn trato Eu te taco urna<br />
pergunta. Se vocé acertar eu te<br />
dou e se vocé errar eu te taco.<br />
- Cornbinado, disse a rapaz<br />
- Então là val a pergunta: como<br />
é 0 nome de urna ave que todas<br />
as manhãs sobe em cinra de alguma<br />
coisa, bate as asas e<br />
cana assirn: ki-ki-ri-ki-kiiiiiiiii'<br />
- E urn jacaré, disse o deslumbrado.<br />
E ooutro:<br />
--Acertou.<br />
S Dois irmâos gérneos se<br />
formaram medicos. Chegaram<br />
na cidade de procedéncia e en<br />
contraram urn hornern mancando.<br />
0 rnais novo (aquele que nasceu<br />
primeiro) disse para o ma's<br />
velho<br />
- Vamos ver quem de nOs<br />
aprendeu meihor na faculdade?<br />
Como?, disse o rnais yeho.<br />
- Simples. là vendo aquele<br />
cidadáo que vem mancando?<br />
Eu aposto que sel qual é causa.<br />
e vocé?<br />
- Eu também sei, ele sofreu<br />
urn tombo e fraturou a per.<br />
na .<br />
- Pois eu aposto que é de<br />
nascência.<br />
Para ti' u<br />
PRECISO URGENTE<br />
6TIMO SALARIO<br />
Importante empresa paraguaia corn silos em Presidente<br />
Stroessner e Encarnación of erece vaga para compradot<br />
de soja experto em análise de grãos, especialmente<br />
soja, mi/ho, algodäo e girassol. Enviar "curriculum vitae"<br />
corn antecedência para rua Caigangues, 180 -<br />
COHAPAR 1 - Fone 73-1401.<br />
ram para perto do home e expi'caram<br />
tudo. 0 sujeito, rneio ervergonhado,respondeu:<br />
- Pois nos enganamos c<br />
trés. Eu fui dar urn purn e sujei a<br />
calças<br />
Proibido<br />
fumar<br />
nos coletivos<br />
Pela Lei Municipal 10i37 es<br />
tã proibido o uso de cigar ros nos<br />
coletivos que tazem as linhas urbanas<br />
em Foz do iguaçu. Uma<br />
medida rnuito boa, sern diivida<br />
pois riinguém è obrigado a engohr<br />
furnaca de cigar ros, charutos,<br />
pacaus e outras coisitas rnás. C<br />
que não se pode admilir é que 0<br />
he, não está serido observada iigorosarnente.<br />
0, seu dotO coro<br />
né: manda Os fiscais se mexer c<br />
fazer corn q ue a le, seja cumor<br />
da<br />
Oque<br />
Reagan vai<br />
fazer<br />
0 Carter rnandou urn recado<br />
pat Os aiatolás do Ira: Se ate<br />
o dia 16 não resolverern o probferna<br />
dos reféns eu entrego a<br />
questäo pro Reagan Vern bornba<br />
nor ;ii Podern eStar certos<br />
Cunha Vianna<br />
vai ser<br />
governador<br />
Pelo menos o deputado Tércio<br />
Albuquerque pensa assirn<br />
Ele mandou release aqui pa-ra<br />
a redacao do jornal falar-ido<br />
sobre as possiveis caricidatos a<br />
goverriador do estado em 82. Ve-<br />
1<br />
11<br />
L/ V)<br />
Responda depressa: Qual destes dois é o Wadis Benvenutti<br />
e qual ê o Vito Miracapillo?<br />
Fuuuuuuuuuiiiiiiiiii<br />
am Nortorn Macedo, Paulo Pi-<br />
Stephanes. rizo a<br />
Octãvio Cezàrio, Saul Raiz, Antonio<br />
Belinatti, Fabiano Braga Cor- vira<br />
tes, Mario Stadler de Souza, CIóvis<br />
Cunha Vianna... No finalzi- a Foz<br />
nho, depois que orelease'estava 0 presidente do Partido Deirnpresso<br />
foi acrescentado o no- mocrOtico Trabalrrista (PDT),<br />
me de Jucundino Furtado (Ra Leonel Brizola, estará em Foz no<br />
ra) mês de marco. Vern oar-a fa7Pr<br />
UTO<br />
MA 10 LTDA.<br />
BR. 277 - No. 1033 Fone: 73-2531<br />
SILVA UINAS<br />
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Crediário sem juros e sem avalista.<br />
Av. Brasil, 349- Fone 73-1992 Foz do Iguacu<br />
-c'<br />
uma série reuniOes dentro do<br />
piano de Contato rnais intimo do<br />
lider do trabaihisrno dernocràtico<br />
corn 0 POVO. Fará urn ano em<br />
marco que Brizola esteve em<br />
Foz, quando fez urn comiclo no<br />
Oeste Paraná Ciube. Naquela<br />
ocaião rnais de duas mil pessoas<br />
estiverarn no Oeste, mas mesmo<br />
assirn os trabathistas de Foz não<br />
gostararn do resultado, pois não<br />
Mundo<br />
dos<br />
Esportes<br />
Somando pare a<br />
divulgaçao do 6sporte<br />
AS GRA "iDES MARCAS<br />
Penalty<br />
Rainha<br />
Atleta<br />
Adidas<br />
Camneã<br />
Rua o:- 718
Foz, 14/01/81<br />
Campeöes em tortura! Brizola em Foz do Iguaçul Duas mortes por minuto<br />
souberam aproveitar a oportunidade<br />
para dar organicidade aos<br />
petebas da city.<br />
Duas<br />
mortes por<br />
minuto<br />
No Brasil morrem 119<br />
criancas pot hora. quase 2<br />
criancas pot mirruto. Resta saber<br />
quantos dólares saern do<br />
Brasil pot minuto na qualidade<br />
de serviços da divida externa, lucros<br />
das muitinacionais e royal-<br />
Us.<br />
Atéo<br />
diabo<br />
teria medo<br />
0 tome de terror Que aasoL<br />
sexta-feira no C;ne lguacu foi de<br />
assustar ate o demônio. "Sextafeira<br />
13' cornecou quando uma<br />
jovem pega carona para it traba-<br />
Ihar como cozinheira nurna colónia<br />
de férias Quando o motorista<br />
do j;pe passa do local onde Anie<br />
ticaria a garota lica corn medo,<br />
salta do carro e entra no bosque.<br />
o motorista oãra a jipe e sai em<br />
sua perseguicao. De dentro do<br />
bosque se escua urn grito aterrador.<br />
0 desenrolar da história<br />
fol perfeito para quem tern netvos<br />
de aço.<br />
Se vocé perdeu esse fume,<br />
não se preocupe. Ultimamente o<br />
Cine lguaçu tern exibido ótimos<br />
fumes. Hoje, pot exemplo. entra<br />
ern cartaz "Eu estou corn medo'<br />
e a partir do dia 16 "Aeroporto<br />
80 - o Concorde", da farnosa<br />
série Aeroporto. Urn elenco da<br />
pesada: Alain Delon, Susan Blakley,<br />
Robert Wagner e a fofinha<br />
Silvya' Ernanuelle" Kristel.<br />
PS: Fique de olho e não<br />
del de ver "0 Iluminado' em<br />
breve.<br />
Todos<br />
são<br />
campeôes<br />
No mundialito de horrores<br />
patrocinados contra a humanidade.<br />
Os campeôes no Cone Sul da<br />
America estâo no Uruguai. Chile,<br />
Brasil, Argentina e Pal<br />
guai. Quer dizer, todos esses paises<br />
tern seleçôes de torturadores<br />
e matadores fardados capazes<br />
de competir corn qualquer<br />
esquadrão da matte do mundo.<br />
Corrida<br />
de cavalo<br />
em Foz<br />
0 negócio pode demorar,<br />
mas e certo. 0 prefeito Clôvis<br />
Cunha Vial tomou a iniciativa<br />
.:<br />
cas de nossa Arnérica Latina (ou<br />
Latrina das multinacionais), mas<br />
também morrem vitirnas da re-<br />
piessão polItica das ditaduras. A<br />
revista "Clamor", editada pelo<br />
Comité de Defesa dos Direitos<br />
Humanos para os paises do<br />
Cone Sul. denuncia que so na Argentina,<br />
Chile, Uruguai ha 164<br />
• menores desaparecidos pot mo-<br />
tie a' um clube hipico em tivos politicos. As idades das<br />
Foz do Iguacu e está convocan- crianças desaparecidas variam<br />
do todos (todos da grana, claw,<br />
porque este é urn esporte muito<br />
cal a participar de urna reuniào<br />
a set realizada no dia 27<br />
deste mês, na sede da Associacão<br />
Comercial. 0 estatuto, inclusive,<br />
já està pronto e será sub-<br />
melido 'a apreciacâo dos presentes.<br />
Durante a lpoder<br />
também set eleita a primeira diretoria.<br />
Para quem ainda não sabe,<br />
o prefeito, a exemplo de Figueiredo,<br />
é urn aficcionado neste esporte.<br />
Mas nào é so pot esse motivo<br />
que ele tornou a iniciativa. E<br />
que corn a fundação de urn hipOdromo,<br />
Foz do lguaçu sediará<br />
competicôes internacionais, incrementando<br />
ainda mais o turismo.<br />
Uma boa idéia. sem düvida.<br />
Umas<br />
e outras<br />
0 Brasil Fiho era 0 aprenjy<br />
. .c.:os do Tui<br />
Vargas durante a carnpanha para<br />
senador. 0 cara falava mais<br />
que o hornern da cobra. Urn belo<br />
dia, nurn grade cornicio em Sao<br />
Miguel do lguacu, estavarn pres<br />
entes o guverriador Jayme<br />
Canet jii-u, ' r f nais urna carrada<br />
H c a Brasil Filho sai<br />
)ifl O:td<br />
-- Minha gente, rninha gente'<br />
Vocés precisam votar no<br />
Tãlio Vargas. Fora da Arena nào<br />
ha salvacão. E bern corno disse<br />
hoje pela rnanhã o padre là de<br />
Missal: Quem nao votar na Arena,quando<br />
morrer vai para o to<br />
go do inferno.<br />
• Em Cafelndia, distrito<br />
de Cascavel, no ano de 1972 a<br />
sub-prefeito era o tal de Cristiano<br />
Maltezo Durante a inauguração,<br />
o sub-prefeito faz urn bombastco<br />
discurso. Là oelas tantas ele<br />
berra, Si ..... nabas pela boca<br />
E nào é adevarde que<br />
nôis fala ansim...<br />
• Esta quem conta e<br />
Adolpho Mariano da Costa: Durante<br />
o governo Médici (o pior<br />
presidente que o Pais já teve) foi<br />
a Mediarieira o então ministro<br />
dos Transportes, Mario Andreazza.<br />
Durante urna inauguracão, o<br />
Bogoni (primeiro fotógrafo que<br />
pintou em Medianeira) tentou bater<br />
uma fotografia do ministro.<br />
Acontece que Bogoni é rneio<br />
ruim das vistas (corno dizern pot<br />
ai) e treme como vara verde.<br />
Onde a a Aneazza, o Bogoni ia<br />
atrás empunhando ai rnáquina e<br />
acompanhando Os gestos do ministro.<br />
A máquina tambérn era<br />
do tempo do epa e a segurança<br />
do Andreazza (naquele tempo tinha<br />
mais agentes de segurança<br />
do que genie) pensando se tratar<br />
de alguma ama bateu a mao<br />
do homem. Não demorou muito<br />
para que todos soubessom que<br />
fotôgrafo era inofensivo e o ministro<br />
ate posou para fotografia.<br />
Dc qualquer forma o vexame lava<br />
dado.<br />
Infanticidio<br />
Latinoamericano<br />
Não sO de doencas e desnutricao<br />
mortem as crian -<br />
1<br />
de quatro dias a treze anos,<br />
sendo que ate urn casal de gê<br />
meos esià ontre as vtimas das<br />
ditaduras. A revista denuncia<br />
também que 87 mulheres foram<br />
presas em estado de gestação e<br />
estào desaparecidas. No editorial.<br />
Clamor alirma que "milhares<br />
de homens e mulheres lotam<br />
os càrceres dos paises do Cone<br />
Sat, vivendo em condiçOes<br />
subumal toda sorte de<br />
medidas é posta em prática<br />
corn o proposito de destrui-los<br />
psicológicamente e transformálos<br />
em far rapos hurnanos". A revista<br />
relembra que entre seternbro<br />
de 1973 e fevereiro de 1980,<br />
13 brasileiros desapareceram na<br />
Argentina. Ate quando vamos assistir<br />
passivamente a esies tabs<br />
dolorosos nesta America<br />
dominada pot vampiros fardados2<br />
Fouad Center<br />
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centro de corn pras da cidade".
"Jorge Schirnmelpfeng, prefeito na época, formou urn grupo teatral"<br />
HARRY SHINKE E<br />
SUA MAQUINA<br />
MARAVI LHOSA.<br />
A viUva do prirneiro<br />
fotógrafo de Foz do<br />
Iguaçu fala do homem que<br />
graças a sua arte<br />
documentou a história da<br />
cidade, relembra o<br />
passado e cornenta<br />
o presente.<br />
Dona Marl eta Shinke tern<br />
74 anos e vive no<br />
casarão da rua Tiradentes<br />
cultivando plantas e<br />
Iembranças.<br />
E a rnemória viva de uma<br />
cidade que esqueceu seu<br />
passado. NOSSO TEMPO<br />
ao entrivistá-Ia busca<br />
recuperar a história de<br />
Foz do Iguaçu. Primeiro<br />
fol SADY VIDAL, agora<br />
MARIETA SHINKE, e<br />
vamos continuar, pois<br />
este tambérn é o papel<br />
de uma imprensa que tern<br />
corno objetivo servir a<br />
urna cidade corn rnuita<br />
coisa para contar,<br />
most rando que ela não<br />
nasceu corn Itaipu corno<br />
rnuitos pensarn.<br />
Imp- i<br />
- D. Marieta, o que aconteceu corn as fotografias<br />
do seu Shinke?<br />
Levararn tudo. Aqui hava caixöes e mars, cal-<br />
.Oi c do totografras, cosas preciosas. de grande<br />
vulor hrstbrco Não ticou nada.<br />
- Mas quem Ievou?<br />
A prefeitura, Càmara e Os colégios que pediarn<br />
empresiadas para exposicOes e não devolvram.<br />
- Em que ano o sr. Shinke chegou aqui?<br />
--E..1922.<br />
- Ete já era fotógrafo?<br />
- - Nào, ele veto prà fazer profilaxia.<br />
- Então ele foi o primeiro neste campo?<br />
- Tinha estado a g ur urn senhor que atendia antes.<br />
f1uito horn profissional, não se dedicava propriamente<br />
a profaxa. mas representava urna ajuda an<br />
povo Era o senuor Caslilho<br />
- 0 que aconteceu corn ele?<br />
-- Este n(nrior fr.,i emboin e meu veiho, acompanhado<br />
pelo doutor Arnilcar Barca Peuón, assurniu<br />
a funcào. Era urn artista do homem. Ele e<br />
prefeito da época, Jorge Schirnrnelpfeng, formaran)<br />
urn orupo teatral<br />
- Quer dizer que o prefeito e o medico eram<br />
atores?<br />
- - Bern, era teatro arnador Seu Jorge era urn entusiasta<br />
do teatro. Estou lembrada de urna peca que<br />
levararn ao Cine. Jorge Schirnrnelpfeng. quo era<br />
gordo e baixo, fez o papel de padre. Arnilcar, quo<br />
o u!', mpresentou urn advogado<br />
- E o ,povo se divertia multo corn estas representacoes?<br />
-- A ll. cot-no era engraçado. Veja sO, Arnilcar era<br />
alto e Jorge baixo, então a genie via sernpre as perr:as<br />
do espanhol, o padre, que era o Jorge<br />
Schirnrnelpfeng, caminhando prà là e prá cà.<br />
Vapor que<br />
IV fazia a<br />
linha<br />
PosadasiPorto<br />
Mendes<br />
T1<br />
Festa<br />
registrada<br />
pela<br />
fabulosa<br />
máquina<br />
de Shinke<br />
A fabulosa<br />
máquina<br />
deShinke<br />
Foz. 14/01/81<br />
documentou<br />
o incêndio<br />
da Igreja.<br />
- E onde eram representadas as pecas?<br />
OJiu. era onde hoje está o Hotel Espanhol. Na<br />
epoca não havia teatro nern cinema. 0 povo ia se<br />
drstrair no teatro quo 0 pessoal formava aqui.<br />
- Era so o povo da cidade que assistla ou vinha<br />
gente de outros lugares?<br />
- Vinha genie da colbna e muitos argentinos.<br />
Nesta época passavarn por aqui muitos vapores.<br />
Atracavarn no porto e ficavam por là vários dias. 0<br />
pessoal descia e andava pelo então povoado. Eu<br />
me lembro de urn Natal. Justo quando foi encenada<br />
a peca do advogado e do padre. 0 pessoal do vapor<br />
distribuiu para todos que estavam no cirre bolachinhas<br />
e vinho do Porto. Mas que bolachinhas<br />
gostosas I Hoje passados mais cincoenta anos sintoo<br />
gosto na boca.<br />
- Mas erarn mesmo tao gostosas assim?<br />
Se erarn! Nunca mais comi coisa igual. E trazrarn<br />
tambérn champanhe espurnante e päo de<br />
pascua<br />
- Os turistas erarn argentinos?<br />
-- Sim, erarn argentinos que passeavam de vapor<br />
polo rio Paranà da linha de Posadas a Porto Mendes.<br />
- Porto Mendes era a sede da Mate Laranjeiras?<br />
Sim, e ate là chegavarn Os vapores que eram urn<br />
luxo por dentro.<br />
- Havia alguma orquestra ou bandinha em<br />
Foz?<br />
- Olha, havia aqul em Foz uma familia de ogleses,<br />
e o ndrne do chefe desta famIlia era Jorge<br />
Samways, mais conhecido como Jorge Inglés. Morava<br />
all. (D Marieta aponta para urna casa em frento)<br />
- Então o Samways era o mUsico da cidade?
Foz, 14/01/81<br />
pe<br />
"Eu<br />
ate dancei<br />
— ce' If., , t-<br />
"Prefeitos que vêm de fora vão embora corn o bolso cheio".<br />
- Ele tocava rnuto bern tlauta Eirn poor es ruas<br />
tocavam muitos instrumentos. Chegaram a tormar<br />
urna banda Aè hoje devern existir Os vrst r urnenios.<br />
talvez guardados em algurn C uDe<br />
- D. Marieta,sinto que a sentiora está muito<br />
emocionada. E como se estivesse revivendo<br />
aquela epoca.<br />
ue era tao born I100LJC!e temno. talveZ<br />
porque a genie era nova, menrnota. 0 povo era tao<br />
unido. Faztarn pIqueniques e os colonos lam cam<br />
galinhs e porcos assados. A genie buscava urn no<br />
e enião iamos todos juntos. Ouem sabia tocar evava<br />
seu instrurnento para animar E de tardena volta,<br />
ia a bandinha na frente puxando a destile de vo l<br />
-ta cidade Era assirn corno urn cordäo de carna-<br />
- Quantos anos a senhora tinha neste tempo?<br />
- Acho aue uns 12 ou 13 anos Estas ernbrancas<br />
sãode 1910ou 1915<br />
- Quais Os armazéns que havia na época?<br />
- Born, havia os armazéns dos argentinos. Urn era<br />
oe Luiz Sae -, e ouiro era o do Jacinto Palàcios.<br />
Havia tambérn urn turco all na avenida, onde antes<br />
era chamado de Botafoqo Acho que o nrne dee<br />
Risk<br />
- Quer dizer que a memória totografica da cidade<br />
so comeca a existir quando chega o Senhor<br />
Shinke?<br />
-- Praticarnente sim. Antes dele as totografias sc<br />
cram tiradas pelos turistas e estes buscavarn so<br />
as paisagens naturais Meu ve!hO fotografou a ge-te<br />
da éooca.<br />
- E como ele se virava para processar os fiI<br />
mes?<br />
be trouxe urna mâquina caixão e preparava as<br />
seus reveladores e fixadores. Já tinha urn pouco de<br />
prátrca. mas depots aprendeu coisas novas corn<br />
urn senhor alernào que cheoo .qui<br />
- A história de Foz então começou a passar<br />
pela lente da máquina fotogrãfica do senhor<br />
Shinke?<br />
- Srn,eie era rnuiio curioso c , o.o'a documentar<br />
tudo quo acontecia.<br />
- E também muito corajoso, pelo que contarn.<br />
- Olha, o fotográfo tern que set assim. Ele fotografOLi<br />
a coluna Prestes,<br />
- E como foi a chegada das colunas e o cornportamento<br />
da populacão?<br />
- Ouando as revoruc lonurios chegararn, ele estava<br />
em Guaira fazendo recenseamento. Eu e meus<br />
filhos fomos entäo para a Argentina. Poucas famihas<br />
ficaram aqui. Eu me lembro dos Engels e dos<br />
Anzoatégui, par exemplo, que uicaram. Já as Schimmepteng<br />
sairam também para a Argentina.<br />
- Seu Shinke chegou e já foi falar corn os revo-<br />
Iucionários?<br />
- Born. ele ficou muita admirado corn a audàcia e<br />
o patrrotsmo daqueles jovens FiCOU muito amigo<br />
de Luz Curios Presies.<br />
- Entâo os revolucionários não erarn Os bichopapóes<br />
que muita gente pintou?<br />
- Oue nada, cram genie muiio boa. Para dar urn<br />
exem p to SO. urn oficial da coluna fol là na Argentina<br />
e quando nos viu acampados e cozinhando ao relento,<br />
pediu que a genie voltasse ao Brasil, que<br />
etes nos dariam proieçào. A luta deles era pela Iiberdade<br />
e methores condicOes de vida para a pavo.<br />
Mas mesrno assirn o nosso medo e'a grande.<br />
SO a. urn tirotelO.<br />
- Que outras tembranças a senhora tern da Cotuna<br />
Prestes?<br />
- Esiou tembrada que eram rapazes altos e bonitos<br />
Muito bern educados. Fol uma pena que perderam.<br />
Acho quo se etes ganhassem o Brasil hoje eslana<br />
melhor.<br />
- Houve urn morto aqui, não é?<br />
- Sim, rnorreu a Sà Ribas. Era a escrivão do F6rum.<br />
Dizem que ele tinha iludido uma maca là onde<br />
rnorava antes e que a oficial que a matou era irmão<br />
da moça Este oficial tinha jurado vingança.<br />
- Dona Marleta, e as tropas do governo como<br />
se cornportaram?<br />
- Cornportaram-se muito mal Roubararn cavalos.<br />
o gado e galinha do povo<br />
- 0 que aconteceu corn a rnàquina do seu<br />
Shinke?<br />
- Etc deu de presente para urn rapaz que urn dia<br />
apareceu par aqui e ficou morando em casa e ajudando-o<br />
na construção. Este rapaz aprendeu totogratia<br />
e entào passamos a ser quatro a trabalhar<br />
na profissão. 0 vetho, eu. minha filha e a rapaaue<br />
se chamava Valentim.<br />
- Quais Os grandes lances fotogréficos do seu<br />
uma valsa corn o Santos Dumont"<br />
Shinke, que a senhora lembra?<br />
- 0 incéndro da catedral ä lardinhat. as primeiros<br />
aviOes da Panair que vieram aqui. a descida do primeiro<br />
hidroavião. e tantos out ros acontecmentos.<br />
- Fotografou tarnbém o Santos Dumont<br />
quando veio a Foz?<br />
- Não. Eu não inc lembro<br />
- A chegada do Santos Dumont agitou rnuito a<br />
cidade?<br />
- Quando ele chegou houve uma testa enorme,<br />
urn salào grande corn piano e orquestra. Eu me<br />
embro que dancei uma valsa corn Santos Durnont.<br />
Ele era muito born. Eu soube de uma ou outra versão<br />
sabre a chegada dela aqui. Mas a que set e que<br />
ele desernbarcau no po rto argentina.<br />
- E quem fol que o trouxe para Foz?<br />
Fo il o Jorge Schimmelpfeng, prefeito na época.<br />
Ele passou para a outrc lado e trauxe o Santos Dumont<br />
- Mas ele foi levado ate as cataratas pelo Senhor<br />
Frederico Engels.<br />
- OIha, Frederico Engels tinha urn hotel, charnado<br />
Balanca Mais Não Cai", e ele precisava de hOspedo<br />
ilustre e entäo levou a Santos Dumont para là.<br />
Dai eu acho gue surgiu a idéta de irem ate as cata.<br />
r at a<br />
- E o que aconteceu como hotel dos Engels?<br />
Muito tempo depots pegou logo. nas dzern que<br />
foi proposhal, pots estava fl() equro<br />
- Dona Marieta, a senhora sabe que a população<br />
de Foz nao pode eleger o prefeito, não é?<br />
-- Pois é, isso é urna arbaridade. Aqul ha tanta<br />
margem para escolher uma pessoa capaz do ser<br />
prefeito. Já esses que vém de fora, quando vão embora<br />
saem corn a bolso cneio, inclusive este que<br />
está ai. 0 atual prefeito teve muila sane. Largaram<br />
din heiro que é uma beteza pam dc.<br />
- E corn dinheiro qua Iquer urn faz, nao é?<br />
Clara que faz e enche a balsa tarnbérn.<br />
- A senhora conhece o prefeito?<br />
Nãa. Mas a senhora dde to' cotega de minha fi-<br />
Iha, a Didi. no Coleglo Co Sagrado Coração do Jesus.<br />
56 que minha filha era interna e a senhora do<br />
preleito era serni-interna.<br />
- A senhora acha que Itaipu trouxe meihoras<br />
para a cidade?<br />
- Em pate sirn Mas a que levantou Foz do iguaçu<br />
for a panic corn o Paraguai. 0 que eu sinia de coração<br />
é a Juscelino nào viver<br />
- Juscelino fez a ponte, mas quem inaugurou<br />
foi o Castello.<br />
- Dizern par al que a panic foi feita par Castela<br />
Branco. Isso é uma mentira. Juscelino é que veio<br />
par a pedra fundamental. E a panic toi construida<br />
no governo de Juscelino.<br />
- Afinal, o que velo fazer o Castelo?<br />
- Eles, não tazia rnuito, haviam derrubada a gover<br />
no de Jango e precisavam buscar sirnpatia do pavo.<br />
Dal ele veio descerrar a placa de bronze. Muria<br />
genie achou teia a alit ude dole.<br />
I.,<br />
.4<br />
W4<br />
- E Juscelino rnorreu cassado.<br />
- 0 que mas sinto é que tirararn Os direitos dele.<br />
Eu não aceito ate hole a morte de Juscehno como<br />
an a acidente<br />
Fez-se urn intervalo e romamos lirnonada. Dana<br />
Mar/eta se descu/pa par não ter café em pó. E rec/ama<br />
do café so/Uvel que so serve para tornar cam<br />
lele.<br />
- Quantos anos faz que o seu Shinke faleceu?<br />
- Cinco anos.<br />
- Urn dos primeiros carros de Foz pertenceu a<br />
ele, não e?<br />
- Sim, era urn Ford 'bigade' que ele ganhou de<br />
urn argentina cue a trouxe do contrabando.<br />
- Foi urn presente?<br />
- Sim, de urna farnilia de Puerto IguazU quo pegou<br />
rnpaludisrno e depois sofreu a catapora. A familia<br />
ficou isolada, de quarentena. Diziam que era bexiga<br />
preta. Ele se cornpadeceu do pessoal e ficou<br />
par là tratando doles.<br />
- Ah! clara, ele era prático em profitaxia.<br />
- E ) com esies conhecirnentas ele ajudou muita<br />
genie. Esta familia tinha dais carros, a bigodinho e<br />
outro. Urn dia chegou urn aviso para ele esperar no<br />
porto, pois inia ter uma surpresa. Fol ate là e encontrou<br />
dais rapazes corn a Ford esperando. 'Este é 0<br />
prosente que a papai manda para a senhor" -- disscram<br />
eles. Era urn calharnbeque cam as rodas es-<br />
1 rei 1 n has<br />
- E a farnilla então ganhou urn carro para passear?<br />
- E 1deixarnos a car raça de [ado. Mas etc começou<br />
a trabalhar tamDérn corn a bigodinho" Levava autonidades<br />
para o Panair e turisfas as Cataratas.<br />
- E durante a segunda guerra, houve muito<br />
contrabando de pneus?<br />
- Eu me lembro que durante tado a dia e a noite<br />
também havia muita genie rotando pneus na banranca<br />
do rio. Uma vez aparecerarn uns pneus là no<br />
funda do quintal. As criancas viram e a veiho disse<br />
para eles näo tocarorn. Mandaram para a Argentina,<br />
quo estava neutra. De là seguiam para a Alemanha.<br />
- Havia muito chacreiro born nesta época?<br />
-- Urn dos rnaiores chacreiros daqueta época era<br />
o Gregório Dotto. Eles tinham do tuda na chácara.<br />
J6lio Pasa tambérn era urn grando chacreiro. Era<br />
urn harnern culto, vivia em dma dos livros.<br />
- Chegou inclusive a ser Prefeito?<br />
- Sim, e era rnuita inabalhador. Eu me lembro que<br />
havia na Avenida Brasil a ponte do Botafogo, quo a<br />
enxurrada sompre destrula. Julio Pasa, que era ohma<br />
pedreircdisse que iria construi r uma ponte que<br />
sorviria para a cidade durante muitos anas. E assirn<br />
foi, eta existiu ate chegar a asfalto na Avenida<br />
Brasil.<br />
F/rn da enfrevista. Passamos a ver as fotograf/as<br />
da fami//a e a envo/vimento na atmosfera de<br />
uma Foz que sO subs/ste na arte fotográ f/ca de<br />
Harry Shinke
8 Foz, 14/01/81<br />
Itaipu provoca pânico/ Policia esbofeteia D. Araci/ De que morreu D. Maria?<br />
Morte<br />
estranha<br />
na Santa<br />
Casa.<br />
ante de certas<br />
ocorrencias, muito frequen-<br />
's alias, não se sabe corn<br />
D que coerencia muitos hospitais<br />
no Brasil continuam corn<br />
o name de 'Santa Casa" As<br />
vi'udes que poderiam indicar a<br />
santidade dessas casas são muito<br />
raras, inclusive aqui em Foz<br />
do Iguacu.<br />
No Ultimo dia 2, Adelaide<br />
Bispo de Almeida internou sua<br />
esposa na Santa Casa Monsenhor<br />
Guitherme pois eta estava<br />
grávida e as dares do parto se faziam<br />
sentir. Eram 5 horas da manba<br />
0 marido precisava it ao<br />
trabalho, no Centro Social Urbano,<br />
entào deixou a esposa. Maria<br />
Oliveira de Almeida, interriada e<br />
ele toi ao CSU.<br />
Por volta do meio-dia. Adelaide<br />
Bispo teleforiou a Santa Casa<br />
para saber do estado da esposa.<br />
Recebeu a iritormação de<br />
que a parto aindo nâo se realizara<br />
mas que ludo estava bern<br />
corn a mulher Tranquilo, Adelaide<br />
voltou ao serviço a tarde. As<br />
trés horas ligou novamente para<br />
saber se a esposa estava bern e<br />
se a criança havia nascido Tudo<br />
continuava igual. Tudo estava<br />
bern. informaram da Santa Casa.<br />
As sets horas da tarde. a<br />
marido voltou do trabalho. Conversou<br />
corn a tuba e esta the disse<br />
que telefonara tazia pouco<br />
tempo desde a Prosdôcirno, onde<br />
trabatha, e recebera a noticia<br />
do nascimento normal da criança<br />
e que a mae e a I ilho passayam<br />
muito bem<br />
A partir dai, porém, houve<br />
uma sucessão de fatas que, se<br />
näo são claramente escandalosos,<br />
caracterizam, no minima,<br />
uma indesculpàvel irresponsabilidade<br />
par parte de furicionários<br />
e medicos da Santa Casa Mansenhor<br />
Guilherme.<br />
Bispo tomou tranquitamente<br />
seu banho, arrumou as documentos<br />
do INPS e for ao hospital.<br />
Eram entre oito e meia e nove<br />
horas da noite quando chegou<br />
Novamente the disserarn que a<br />
mae e a fitho estavam perteitamente<br />
bern.<br />
Ao mosirar a carteira do<br />
INPS, Bispo constatou que esta-<br />
Va vencida ha dois dias. Foi entao<br />
aconselhado a it revatidar o<br />
documento. Ele, porém, insistia<br />
em querer conversar corn a<br />
esposa. Foi impedido peremptoriamente<br />
sob a alegação de quo<br />
aquele não era horário para visitas<br />
a doentes. Em todo caso.<br />
pensou Bispo, se está tudo bern<br />
não ha par que se preocupar, e<br />
voltau para casa.<br />
Ao chegar a sua casa, Bispa<br />
foi surpreendido pela fisionomia<br />
tensa dos filhos e de urn vizinba<br />
que the trouxera a noticia<br />
ouvida peto radio informan<br />
do que dana Maria Oliveira de Almeida<br />
talecera na Santa Casa.<br />
Para arnenizar a chaque, a vizinho<br />
apenas alertou a marido da<br />
vitima de que era para ete it ao<br />
hospital pois a esposa deveria<br />
estar passando mat. A verdade,<br />
porém, era que a radio not iciara<br />
o 'talecimento' da paciente<br />
lncrédulo. Bispo telefonou a<br />
Santa Casa e recebeu a trágica<br />
naticia secamente: "Infelizmente,<br />
sua esposa teve urn problema<br />
e faleceu' As explicaçoes erarn<br />
desnecessàrias a essas alturas<br />
Bispo foi ac nospital e de la satu<br />
9<br />
Mais uma<br />
aprontada<br />
da policia<br />
s macs tratos dispensados<br />
por certos policiais não se<br />
lirnitam apenas as pessoas<br />
O de sexo mascutino. Araci de<br />
Barros Fagundes que a diga. Eta<br />
0. Araci: 0 cara me pegou pela<br />
garganta e me deu dois tapas.<br />
Esta senhora<br />
morreu na Santa<br />
Casa. Falta de<br />
cuidado?<br />
Esta famfila perdeu a mae estupidamente na<br />
Sta. Casa.<br />
corn o cadaver ae sua esposa. d tra patha no SF0 (Servico de Pro-<br />
criança em perfeito estado de teçâo ao Crédilo) na ACIFI, e ao<br />
saUde e urn atestado de ôb'to chegar em casa soube que as<br />
que apontava uma hemorragia crianças andararn brigando cam<br />
aguda e uma "rutura' (patavra as do vizinho, que resotveu dar<br />
nexistente no lexica portugués) queixa na Detegacia<br />
uterina cam choque hipovolémi- Per voila das 7 horas da notco<br />
coma causa mortis<br />
te, a poticia bateu na casa de<br />
'Eu acho que lot talta de Araci e intimou-a a comparecer<br />
cuidada. arrisca-se a denunciar na Delegacia.<br />
Adelaide Bispo de Airneida. Sua - Eu perguntei a etes se<br />
suSpeita de irrespansabilidade. eles tinham algurna ordem do<br />
desleixo ou pura incompeténcia juiz, e eles disseram que bra a<br />
ao medico se fundamenta no lo- justamente 0 JUIZ que mandou<br />
go de mintiras em que 0 fizerarn resolver a problema<br />
circular antes de the contar a A policia levou a mulher e<br />
verdade sabre o estado da espo- mais duas meninas (urna de 12 e<br />
sa "0 caso é muito triste. Foi outra de 14 anos).<br />
urn choque muita grande do qual - La na Policia eles anota-<br />
ainda não me recuperei" - con- ram a meu name e a das meni-<br />
$essa a marido da vitima corn nas. Tinha urn cara jogando do-<br />
claras indicaq6es de revatta e minô e perguntou a que houve.<br />
profunda mágda Ete não é Ca- Eu respondi que forbronca de<br />
paz de ver Clue recurso movi- criança Mesmo assim eles iriam<br />
mentar para apurar responsabili- botar nôs na cadeia, disseram<br />
dades par essa matte mat expli- Pedi para que chamassem meu<br />
cada Em sua simplicidade e pa- advogado e ele respondeu:<br />
breza: Bispo acha que deve acio- - - Clue advagado. coisa nenar<br />
a hospital na JustiCa, sern ter nhurna. Autoridade aqui sou eu<br />
clareza sabre coma proceder. es- Dal eu perguntei para elese<br />
pecialmente em vista de sua fat- par lei eu tinha direito a pedir urn<br />
la de recursos<br />
advogado.<br />
No atestado de Obita aa - Näo tern, não A let aqui<br />
mae e na ticha do bebé. que esta sou eu<br />
agora aos cuidados da cunhada - Eu insisti em chamar urn<br />
do viüvo. constarn as assinatu- advogado e ele me agarrou pela<br />
ras dos doutores Roberto Fava garganta e me deu dais tapas na<br />
(obstetra) e Osrnar Esculàpio. cara. As menimas se agarraram<br />
mas Adelaide Bispo sequer sabe em mim e começararn a chorar.<br />
quat dos medicos da Santa Casa e ele separou nôs corn violento<br />
t0, a respansávet polo parto da empurrào<br />
esposa Ele não se avistou cam As duas meninas foram<br />
nenhum medico. nem corn a es- trancafiadas numa cela e a mupasa<br />
desde a momenta em que a lher em outra. Mars tarde outro<br />
nternou ate recebé-la malta elemento toi falar corn Araci.<br />
Desse modo grotesca. - Aquele parecia exercer<br />
Maria Oliveira de Almeida deixa atgum cargo de chefia. Convercorn<br />
a mardo 1 I itha rnaior de SOu corn nôs e colocau-nos nu-<br />
dade e 7 rnenores A Santa Cama cela dizendo que no dia sesa.<br />
par sua vez, perde mais atguinte estariamos em liberdade.<br />
n Otivas para cr1 inuai No autro dia perguntaram se eu<br />
tinha famitia para mandar avisar<br />
Fatei para cornunicar a minha ti-<br />
Ida que, par sua vez, avisou a advagado.<br />
Par volta das 9 horas etc<br />
chegou e então tamas liberialas<br />
ERSEGUIcAO DO CABO<br />
D Arac reside na Vita Miacredita<br />
que sua detencão<br />
em atgurna relação corn as per-<br />
'-.egucôes que uttimarnente vern<br />
entrentando par pane de urn tai<br />
de Cãndido<br />
-- E urn elemento clue ha<br />
inos vern me perseguindo Coma<br />
sai,i separada do meu marido<br />
n-a mars de seis anos, esse hamem<br />
vern me aparrinhando a vicia<br />
ha muito tempo Acho que e<br />
:orque eu nunca der confiança<br />
nara etc Ha tempos atlas etc anou<br />
espathando que if ia me War<br />
cia vita porque 1a em casa era<br />
uma zoninha pis chegava carra<br />
a tada hara. E 16gico que vem<br />
carro corn frequência, rnas são<br />
pessoas de bern. genie aue treluenta<br />
minha casa coma quatiiier<br />
casa dc familia Nào e i-<br />
• urn reCeOer a visita ue amigos<br />
casri S'' i -<br />
Itaipu causa<br />
ios darmirihacos -<br />
fl{i do casa dos editores<br />
A:r L:SSO <strong>Tempo</strong> - foram<br />
do corn urn trernendo<br />
que estavarn acorda<br />
o trabaihando ou vadiando<br />
ai tambCrn tremeram e espedram<br />
Clue caisse at ,gum Iio(o na<br />
:abeca ou se abnisse uma fenda<br />
co Chao para Os engoli<br />
Urn sonora estrorido fez a<br />
papuiaçàa de Foz do Iguaqu recordar<br />
imediatamente a Sul da<br />
ltalia, onde em dezembro cidades<br />
inteiras ruiram sob a rugir<br />
grave de urn terremato dos mais<br />
catastrôticos da histônia<br />
Reairnente, a terra, as casas<br />
e as camas estremecerarn<br />
em Foz na segunda-teira da Semana<br />
passada 0 ronco forte,<br />
prof undo e pratangado sugeriu,<br />
rnesrna a pessaas aue jä presenciaram<br />
tremores de terra, tratarse<br />
de urn fenômena dessa natureza<br />
Houve quem tug isse para a<br />
rua para se (ivrar dos tetos e te-<br />
Ihadas que estarairn na iminCncia<br />
de desabar sabre suas<br />
cabecas Macs carreram em<br />
busca de seus tthos nos berços<br />
para salva-tas das vialéncias vomitadas<br />
das protundezas da terra<br />
Vidraceiras e pedreiros sentram<br />
que se aproximava a momenta<br />
de ticarern nicos recons-<br />
Iruindo casas e prédios darriticados<br />
Nao fattaram Os que previiam<br />
a suspensào das obras da<br />
ltaipu au a necessidade de demotir<br />
as cliques ja canstruidas,<br />
pois teriarn rachado e nãa apresenlariarn<br />
rnais segurança Os<br />
mais paranôicas sentirarn que<br />
estava inviabitizada a usina, pois<br />
a tormaçàa de urna represa em<br />
regiOes suscetiveis a abatos sisrnrcos<br />
representa urn verdadeira<br />
Suicidio<br />
Os que 1 a leram a respeito<br />
de aiertas teitas par geô)ogos<br />
respeitados sabre a possibilidade<br />
de ocorréncias dessa natureza<br />
apos represado a (ago de tatpu<br />
- per igo real - sent ram-se<br />
ativiados. Eles ponderararn Já<br />
pensou se acontecesse esse tremor<br />
depois de lechada a rere-<br />
As pessoas corn a sangue<br />
urn pouco mais trio e as nervos<br />
sob cantraie atnibuirarn logo a<br />
vrotento sacudao a exptosôes<br />
rias obras de ltarpu Os outros.<br />
porérn, nãa se acalmararn utilizando-se<br />
desse raciacinio As<br />
obras de escavacãa foram conciuldas<br />
ha muito tempo e Itaipu<br />
rião poderia estar detonarido petardos<br />
cam tat dose de viaténcic<br />
Quer dizer: ludo conduza a<br />
ctusao da acorrénica de un<br />
remato<br />
A não repeticão irnediata c.<br />
ronco e do estrernecirnenta 1.<br />
nada servu para desarruviar<br />
l aces tensas da poputaçãa. T:<br />
Gus sabem quo urn grande lei emoto<br />
se taz anuncrar po t aIgun<br />
rienares, e isso criou as mais te-<br />
111c'I'l previcOec nas fohas to<br />
Dow<br />
ITAIPU ESCLARECE<br />
Par sarte o que aconteceu<br />
não foi nada do que passou pe<br />
cabeca da poputação. Atgurnas<br />
horas depois do acontecida, as<br />
inquietacdes foram levadas aos<br />
funcionàrios da Itaipu - a verdadeira<br />
responsàvet peto susta<br />
pregada na cidade. Quando tal-<br />
Pu percebeu as rumores que<br />
corniam, apressau-se em ernitir<br />
um nata ao püblica explicando a<br />
que se passara "Itaipu esctarecc<br />
aa PUblico' - era a tituto de<br />
nata emtda peta Assessonia d'<br />
panico<br />
ReiaçOes Puh;cas, avida par ver<br />
as esctarecirnentos divulgados<br />
insistentemente pelas radios e<br />
jarnais da cidade. e assim tranquilizar<br />
a população<br />
Dizra a nata: "Corn<br />
reteréncia a exptosOes ocorridas<br />
no dia de hoje (6I01I81)a Itaipu<br />
Binacional comunica tratar-se<br />
de material explosivo que estava<br />
em processo de deterioração e<br />
que, par rnedida de segurança,<br />
estsendo destruido por detonação<br />
ao at livre, razão do maior<br />
destacamento dear<br />
"Trata-se dc detonacao<br />
controlada, absotutamente normai,<br />
que deverá set repetida durante<br />
dais ou trés dias".<br />
Se a esclarecimento bastou<br />
para elirninar a medo de terrematas,<br />
não serviu para tirar tada<br />
o medo entre a populaçâo. A<br />
promessa de que as explasOes<br />
se repetiriam nos dias seguintes<br />
continuaram a intranquitizar as<br />
pessoas As detanacôes foram<br />
tao viatentas que rnuitas terniam<br />
algurn dana em suas casas pais<br />
paderiam danificar vidraças e<br />
autras caisas. As exptasOes<br />
ocorreram nos dias subsequentes,<br />
mas nãa h6 naticias de que<br />
tenham causado algum dana<br />
alérn da alteraçãa na pulsação<br />
dos coraçôes menos tranquilos.<br />
Meihor assim. Mas e de<br />
perguntar sabre a quantidade de<br />
explasivos que estavam se dderiorando<br />
e par que estavam nessa<br />
candicao. Itaipu nãa quis revelar<br />
a quantidade de explosivos<br />
que estava joganda aos ares mutitmente<br />
- apenas para so tivrar<br />
de urn entutho incôrnodo.<br />
Desse moda. ltaipu não<br />
poderâ rnais esconder urn desperdicio<br />
tao barnbástico. Pela<br />
ruida das exptosOes restam paucas<br />
düvidas sobre a quanlidade<br />
enorme de material dissipada<br />
nessa operação.<br />
0 que se pode pensar cam<br />
segurança é Clue esses exptosivos<br />
foram adquiridos em quanlidades<br />
abusivas e descriteriosas<br />
no tempo em que se reatizavarn<br />
as abras de abertura do canal de<br />
desvio do Rio Parana . Corno sobraram.<br />
essas tanetadas de dmamite<br />
tarani simptesmente destruidas<br />
E certo que ttaipu não<br />
vai clan a conhecer suas dissipaçOes,<br />
mas so desta vez atguns<br />
macos de "barôes' foram junta<br />
cam a pôtvora acts ares do reino<br />
da hndrelétnica binacional.<br />
Nào ha dtividas. ttaipu é<br />
maioi em ludo- Em tarnanha, em<br />
gastos e em desperdicias.<br />
Mas iido hem 0 povo pa
Foz. 14/01i81<br />
Fome, suicidios, atropelamentos: os altos indices de mortalidade em Foz.<br />
85 C IANCAS<br />
MORRE A P4 DE FOME<br />
DURANTE 0 LTIMO ANO<br />
A tome esth matanrlo em Foz do lguaçu. Somente OS<br />
óbitos registrados no Cartório<br />
apontam 85 crianças quemorreram por desn utrição.<br />
Nürnero de natimortos<br />
118<br />
NUrnero de ôbitos (menores de urn ano de idade) 244<br />
NUmero de óbitos por desnutrição<br />
164 MORTES<br />
VIOLENTA EM 1980<br />
As cit ras abaixo representam o nürnero de mortes violentas ocorridas<br />
durante 0 ano de 1980, que passaram pelo Instituto Medico Legal da 16 SDP.<br />
Dados estarrecedores, principalmente acidentes de trãnsito e<br />
atropelamentos (66). Acidentes de trabaiho (21)-metade das mortes<br />
aconteceram no canteiro de obras da Itaipu.<br />
Acidentes de trabaiho<br />
Atropelados<br />
Esfaqueados<br />
Out ros homicidios<br />
Queimados<br />
Ingestão de veneno<br />
Acidentes de trânsito<br />
Baleados<br />
Afogados<br />
De frio<br />
Enforcamento (suicirdio)<br />
21<br />
40<br />
19<br />
04<br />
02<br />
2<br />
26<br />
35<br />
11<br />
02<br />
02
10 Foz, 14/01/81<br />
Delegação foi ao Rio e voltou otimista: Centro vai sair<br />
ii.<br />
EMBRATUR AO<br />
SI M' AO CENTRO<br />
DE CONVEN OES<br />
Are-<br />
. .-1<br />
Delegação em busca<br />
2.1<br />
-4G<br />
• .-<br />
.-. •AIr!;<br />
a I Ii<br />
___<br />
p,<br />
do dinheiro da Embratur.<br />
1<br />
1<br />
:<br />
vt5f4p<br />
Am<br />
taF'<br />
(<br />
11111111111101111111— VW on<br />
Foz do Iguaçu venceu. Embratur custeará 50% da<br />
construção do Centro de Convençöes.<br />
A'<br />
paratosa ae l egai;ao de<br />
i.'ortdades e empresários<br />
'quacuenses. que toi ao Rio<br />
Janeiro la sernana pasa<br />
se avistar corn o presiuene<br />
da Embratur, voitou otimista<br />
Nada menos de 9 pessoas<br />
Junta ram-se no Rio a maioutras<br />
15 procedentes de Curitiba, São<br />
Paulo e do prôprio Rio de Janei-<br />
To<br />
Para ter urrra conversa corn<br />
Miguel Colassuono embarcaram<br />
no Aeroporto internacional de<br />
Foz do lguacu o prefeito Clôvis<br />
(unha Vianna, 0 presidente da<br />
(L:ornpanhia de Melhoramentos<br />
Cat aratas do lguaçu. Sergio Lo-<br />
.ato Machado, o empresãrio<br />
Ozires Santos, Wadis<br />
Benvenutti presidente da ACt Fl<br />
Alberto Koelbi, vereador. Jütio<br />
César Gomes de Oliveira, presidente<br />
do Sindicato dos Hotéis e<br />
Sirnilares de Foz do lguacu. José<br />
Bento Vidal. presidenle do Conselhp<br />
de Adrninistraçao da Cia.<br />
de Methorarnentos. Newton Paodi,<br />
presidente do Conseiho Fiscal<br />
da entidade e Xenotonte Vil-<br />
'anueva, ernpresario<br />
Ao todo reuniram-se corn<br />
Colassuono 25 componetes da<br />
comitiva que foi buscar uma dotinição<br />
sobre a participação da<br />
Empresa Brasileira de Turismo<br />
na construGào do Centro de ConvençOes<br />
de Foz do Iguacu. Chefeiou<br />
a delegaçào o secretário<br />
da tndustria e do Cornércio do<br />
Paranà, F Fernando Fontana.<br />
que chegou ao Rio procedente<br />
de Lima. Peru. no rnesrno dia da<br />
eunião.<br />
Toda essa ostentação pode<br />
purecer supérflua, rnas na concnpçâo<br />
dos ernpresârios e das<br />
iiiloridades presentes a reunião<br />
exagero do contingente tica<br />
rninimizado pete éxito obtido•<br />
Evidenternente. Miguel Coi:suono<br />
não iria receber mal a<br />
una delegacão tao nurnerosa e<br />
-oJesentativa, mesmo porque<br />
cna convidada por ele. E as boas<br />
olicias tornecidas pot<br />
:assuono aos interessados no<br />
loot ro do ConvencOes de modo<br />
um poderiam set negativas.<br />
So fossem. o presidente podia<br />
Iransmitido as informaQ6es<br />
teletone ou através de uma<br />
dirihada noH a irnprensa. coe<br />
de coct ltne<br />
Os empresários e as wtoridades<br />
mobilizadas na<br />
construcao do Centro de Conven<br />
çOes em Foz ha muito estavam<br />
impacientes corn a falta de definlçOes<br />
da Embratur corn relação<br />
a oarticipaçao daquela empresa<br />
corn 50% dos custos da obra<br />
projetada. conforme promessa<br />
eita aos ideatizadores do projeto<br />
Fi precisamente para garantir<br />
essa participação que Colassuono<br />
convocou ao seu gabinete<br />
no Rio urn nümero tao espathafatoso<br />
de personalidades.<br />
Ao sirnplismo dessa definicoo,<br />
a Embratur linha ainda urn<br />
unto a discutir sobre a obra:<br />
Seu t3aratearnento 0 Gusto esti-<br />
'udo, em valores atuais. de 500<br />
r ftrOes de cruzeiroS, deve set<br />
iteado. no entender de Mi-<br />
ge Lcassuorio.<br />
Na reunião realizada no Rio<br />
as 15h30 do ültimo dra 6, o arquiteto<br />
Joel Ramaiho, de Curitiba,<br />
quo elaborou o projeto do Centro,<br />
ficou encarregado de apresentar<br />
urna remodelacão capaz<br />
de dirninuir Os custos da obra.<br />
Seu trabaiho será avaliado em<br />
Foz do lguacu nos dias 10, 11 e<br />
12 de fevereiro prôxirno, ocasio<br />
em que Miguel Colassuono promete<br />
estar na cidade.<br />
Colassuono explicou acomitiva<br />
que sua proposta de buscar<br />
alternativas mais econômicas<br />
decorrem da gravidade da<br />
crise econômrca brasiteira e,<br />
contorme relato fieto ao <strong>Nosso</strong><br />
<strong>Tempo</strong> pot Sergio Lobato Machado.<br />
0 arquiteto Joel Ramaiho,<br />
contratado pelo governador Ney<br />
Braga para a etaboraçâo do projeto<br />
em questão. acha possivel<br />
reduzir sign ificativamente 0 custo<br />
da obra.<br />
PART ICI PAçA0 VITAL<br />
A idéra da construçäo de<br />
urn Centro do Convencoes em<br />
Foz surgiu ainda em 1973, na<br />
Empresa Paranaense de Turismo<br />
(Paranatur), considerada<br />
viável pela empresa consultora,<br />
PLANJETO - Ptanejarnento e<br />
Projeto Ltda. 0 piano apresentado<br />
pela PLANJETO for aprovado<br />
pela Secretária da lndUstria e do<br />
Comércio do Paranâ, que mediatamenle<br />
fez sentir a necessidade<br />
da criação de urn orgão em<br />
Foz do Iguaçu quo assumisse 0<br />
empreendimento.<br />
Osvaldo Darnião, Santo Salvatti<br />
o Jucundino Furtado ernpenharam-se<br />
o criaram a Campanha<br />
de Meihoramentos Cataratas<br />
do tguaçu S. A. em 1975, registrada<br />
na Junta Comercial do<br />
Paraná corn urn capital social de<br />
30 milhOes de cruzeiros, corrigido<br />
em 1979 para 39 milhOes e<br />
225 mil cruzeiros.<br />
o ante-projeto do Centro foi<br />
elaborado em 1980, em Curitiba.<br />
financiado pelo Governo do Estado,<br />
através do IPPUC polo escritório<br />
Ramalho/Oba/Arquitetos.<br />
Previu-se urna area construida<br />
de 1.500 m2, que abrigará<br />
uma auditório para 1.500 lugares<br />
corn todas as dependén-<br />
Gras auxiliares, dois auditôrios<br />
para 260 ugares: quatro salas<br />
de reuniOes para 100 lugares e<br />
sete salas de reunuOes para 50<br />
tugares, além de areas para lanchonete<br />
e restaurante, posto<br />
medico, dependéncias adminis-<br />
Irativas e 14 lojas. Na parte externa<br />
foram previstas areas de<br />
estacionamento, vias do acesso<br />
o completo projeto paisagistico.<br />
Os 500 rnilhOes do cruzelros<br />
orçados na época da elaboração<br />
desse projeto ficararn<br />
para set integralizados nas Seguintes<br />
proporçôes 250 mithOes<br />
peta Embratur, 75 milhOes pela<br />
Paranatur, 45 milriOes pela Prefeitura<br />
de Foz do Iguaçu e Os<br />
restantos 130 mulhOes pela niciativa<br />
privada.<br />
Como se ye. participação da<br />
Embratur é vita! Se esta se reu-<br />
Casa de Umbanda<br />
Joana Darc<br />
Artigos Religiosos de Umbanda e<br />
Candomhé. Pembas, Defumadores, Patuas, Imagens,<br />
Fluidos Agldares, Livros e Discos em Geral<br />
FERRO PARA ASSENTAMENTO<br />
DE ORIXA, EXU, ETC...<br />
TravessaB, 1118<br />
(Fundos da Est. Rodoviària) Fone: 73-5975 - Foz do Iguacu - Pr.
Foz, 14/01181<br />
rasse üsttia inviaoiiizada<br />
obra Justifica-se, assim, o u;-_i<br />
nismo da delegacão na volata Co<br />
Rio de Janeiro, viagern da qual<br />
velo a decisão daquela empresei<br />
em assurnir o compromisso<br />
REUNIAO SEM PROMESSAS<br />
Sergio Lobato Machado,<br />
par ser presidente da Cia. de Me-<br />
IhoramentoS Cataratas do Iguaçu<br />
S. A. e, talvez. por set 0 ma 101<br />
entusiasta do projeto, era o mais<br />
esfusiante. Corn o alivio de quem<br />
ganhou urn bataiha, Lobato nao<br />
poupou palavras para distribu;r<br />
méritos entre as pessoas e entdades<br />
de Foz do lguacu e de outras<br />
partes. Lembrou que 'essa<br />
vitoria se deve ao brio corn que<br />
se empenharam a Prefeitura Municipal,<br />
Cãmara de Vereadores,<br />
imprensa, clubes de serviço. politicos,<br />
Federacào Nacional de<br />
Hotels, Federaçäo Nacional de<br />
Agendas de Viagem.<br />
governador Nev Braoa. etc.<br />
Sobre a utilidade do Centro<br />
de Convencães. ernpresàrios e<br />
autoridades são generosos em<br />
previsOes. Prevêem a realizacão<br />
de convençOes nacionais e internacionais,<br />
palestras, encontros<br />
de toda natureza, tao logo a obra<br />
esteja concluida. 'Ainda agora<br />
- conta Lobato - quando não<br />
sabemos a época em que as<br />
obras serão inidiadas, jã fomos<br />
corisultados pela Shell do Brasil,<br />
Texaco, Lions Inlernacional, Rotary<br />
Internacional sobre a época<br />
de conclusão do Centro, pois esses<br />
ôrgãos estão vivamente interessados<br />
em realizar suas convencOe<br />
em Foz do luaçu" Recenternente,<br />
a Confederaçao<br />
Brasileira das AssociaçOes Comercials<br />
reatizou urna COn<br />
vencão no Rio de Janeiro corn a<br />
presenqa de 8 mil pessoas. Se<br />
Foz do lguaqu dispusesse de urn<br />
local capaz de abrigar esse nümero<br />
de pessoas. aquele encontro<br />
teria sido realizado riesta<br />
cidade.<br />
Os entraves para a construcào<br />
do Centro estäo sendo removidos<br />
adequadamente. A ülti<br />
ma dUvida que ainda pairava na<br />
cabeca de Miguel Colassuono<br />
era sotire a força dos ernpresãrios<br />
iguacuenses. Ele chegou<br />
mesmo a por essa subestirnação<br />
as claras na recepcão que concedeu<br />
no ültimo dia 6, ao que<br />
Ozires Santos, urn dos ernpresários<br />
iguaçuenses preSentes, respondeu<br />
corn garantia de que 0<br />
ernpresariado cumprirã corn sua<br />
parte, recorrerido a ampliacão<br />
do quadro social da Companhia<br />
se necessário.<br />
Desse modo, pane das trevas.<br />
que se tormam a medida em<br />
que as obras de Itaipu acenam<br />
em despedida van se dissipan-<br />
Acifi quer major atenção da Embratur para corn Foz do Iguaçu<br />
F0Z_ MERECE MAIS ATENçA0<br />
Por ocasiao da Ida ao HI0<br />
para a audiência corn o<br />
presidente da Embratur,<br />
Miguel Colassuono, Wadis<br />
Ben venutti entregou àquela<br />
autoridade o of icio de nümero<br />
141180-82., em que reclama<br />
uma atenção major do órgão<br />
máximo do turismo nacional<br />
para corn as potencialidades e<br />
necessidades de Foz do<br />
lguaçu. Alguns trechos da<br />
carta do presidente da<br />
Acifi a Colassuono:<br />
!C2 do /guoçu a so acresenia<br />
hole coma a 2 polo fur/sf/co<br />
e o 40 pargue hotoleiro do<br />
Brasil "Mu/to ainda ta/ta para con<br />
so//dat Foz do lguaçu coma uma<br />
cidade vordadeiramente turistica,<br />
desdo meihores condiçOes<br />
de atend/mento ao turisfa, atravd.s<br />
do material humano me/hot<br />
qualificado, atravds de cursos<br />
(não temos conhecimento de<br />
que a Embratur tenha prornovido<br />
a/gum em Foz), ou afravds de urn<br />
hotel-restaurante-esco/a. Carece<br />
nossa c/dade de areas do lazer:<br />
museu do Parque me/hor equipado<br />
e corn acervo mats at raente;<br />
Par que Nacional me/hot uti/izado<br />
turisI/camente sem corn prometer<br />
a ecologia e o me/a ambiente<br />
(e isso d possive/), ate<br />
corrstrução de equipamentos de<br />
apolo /ndispensáve/ ao turismo.<br />
como principalmente um contra<br />
do convençOes".<br />
"Jä se av/zinha o term/no<br />
da constru cáo da Us/na de ha/pu<br />
e uma compreensi vol preocupacáo<br />
toma conta das l/deranças<br />
'Foz do lguacu d uma C/dade<br />
eminontemen(e turistica em<br />
quo a tur/smo d sua voca cáo natural'.<br />
Veja, ilustre professor Miguel<br />
Colassuono. a imporiáncia<br />
de vossa pessoa corn re/a cáo ao<br />
futuro náo apenas de urn pOlo furls//co<br />
mas, acima de tudo, do<br />
urna população quo vive e<br />
depende basicamente do furlsmo.<br />
Alguma coisa precisa set<br />
fe/ta. Ma/or atençäo dove sot dod,cada<br />
a Foi do /auacu F. den-<br />
re rods as Moist eras e<br />
Os orgãos federais, a Embratur C<br />
o que deveria for ma/or intimidado<br />
corn nossos prob/emas. de<br />
uma c/dade essencia/menfe lutist/ca<br />
Ficamos tristes aid, ao<br />
vermos quo vosso Orgào não tern<br />
essa mum/dade conosco. sequer<br />
uma represenla cáo local'•.<br />
Coma i-emvmndmcaçáo da A<br />
sociaçäo Comercia/ e lndusina:<br />
de Foz do lguacu. quo de a/gum a<br />
forma represenia a CornCrcio<br />
mndusirma. hotelaro C empresas<br />
de prestacao do serviços, pedimos<br />
yen/a para destac,r a/giin.s<br />
'lens que consicIeiat'o, o<br />
impo, tánci<br />
1. Total apolo a C/a Memoramentos<br />
Cafaratas do /guaçu,<br />
da qual pela ala de constitu/çäo<br />
a Embra fur tern ox pros/va parf,c<br />
pa cáo ac/onár/a. pordm. ainda<br />
náo formal/zou atravds da subscr/cáo<br />
formal das açOes que Th'<br />
cabe. e, apOs a subscrmção, a.<br />
car mobs f/nanceiros para a a<br />
togra cáo o ma/s breve possive:<br />
f/rn de prop/c/ar, /untamen:o<br />
corn os dernais acionistas, cond/çc5es<br />
para que so construa urgentomonto<br />
o CENTRO DE CONvENcOEs<br />
DE FOZ DO lGuAcu.<br />
Vale o alerta quo, em Cu/dad<br />
Pres/dene Stroessner a rede de<br />
Hold/s Sheraton la mnmc,ou a<br />
constru cáo de urn hotel, dotado<br />
inclusive do Centro de Con yencOos.<br />
Não set/a born para a<br />
Brasil que con gressos e convoncOos<br />
de ent/dades ou empresas<br />
bras/le/ras fossom tea 1/zadas Ia,<br />
p0/s /sso, a/em de forir nosso orgo/ho,<br />
evadra enorries divisas<br />
Apoio da EMBATUR<br />
ala yes de expediento ao Minis-<br />
1e1 '0 dos Transpories, ao Ministerio<br />
da Aeronaut/ca e INFRAE-<br />
RO, gest/onando o aumento de<br />
pista do Aeroporto Internac/onal<br />
de Foz do lguacu para possibmlitar<br />
pouso e deco/a gem do aeronaves<br />
do mamor Porte coma Dc-<br />
70. Booing 747 e outras, consi i-<br />
I um'ndo-se aqu/ urn ponto nas esca/as<br />
internac/onams das grandes<br />
companhias quo hole. e ma/s<br />
amnda no futuro proximo, uti//zarão<br />
aviOes de grando capac/ade<br />
de carga e/ou passageiros, afmm<br />
do reduzir custos operacionais.<br />
3. lnsta!açao do urn escritOrio<br />
do ropresenta cáo em Foz do<br />
Iguacu, a f/rn de dar ma/or ass/s<br />
tdncia ao uurmsmo, especialmento<br />
aos lat/no-americanos quo<br />
vdrn atd.nossa c/dade e mu/las<br />
'.'ezes so náo percorrom outros<br />
pontos turist/cos, por total desconhec/mento<br />
das facilmdades do<br />
acesso e ate mesmo desconhecimento<br />
da ex/sidncia dos locais<br />
de atraçäo wrist/ca do interior e<br />
das capitams brasm/eiras.<br />
4. Apoio a cr/a cáo de<br />
ho(e!/restauranto-esco!a para<br />
(remnamenlo do mao de obra,<br />
atravds de expedentes do aco'c<br />
do SENAC onCe in exisuern estu-<br />
/.<br />
I'-<br />
I-i<br />
WAM<br />
dos e so/cia coos a respeito.<br />
Amnda no carnpo cia rnoThor/a da<br />
mao de obra, sol/citamos o apoio<br />
da EMBRA TUR junto ao MEC, no<br />
sent/do do apressar a cria cáo da<br />
Facu/dade do Tur/smo e Hole-<br />
/aria, cujo pod/do já es/a em andamento<br />
e quo funcionará junto<br />
a Faculciade de Cidnc/as Socmais<br />
Ap/icadas, -nan(/da pela Fondacáo<br />
Educaciona! de Foz do Iguaçu.<br />
5. Apomo a ct/a cáo da "Area<br />
de Livro Corndrc/o do Produtos<br />
Brasmle/ros", atraves do env/o de<br />
exped/onte para as Minister/os<br />
Ca Area EconOrnica, const/tuindo-se<br />
esta alterna i/va fonte geradora<br />
do mao do obra, observando<br />
o rernanescente de Ira/pu,<br />
corn o mncrornonio Ca at/v/dade<br />
terciárma do rnunmcipio, e. ao<br />
mosmo tempo. apo/o indmspensáye!<br />
ao tur/srno. 0 tuturo de Foz<br />
do lguacu dopenderá do crescimento<br />
e meihora das at,yidades<br />
'ca e sosercaf -<br />
Dr. Adoipho<br />
Mariano<br />
da Costa<br />
Advocacia em geral<br />
Rua Minas Gerais, 1699<br />
Medianeira.<br />
Dr. Jose'<br />
Antonio<br />
Fonseca<br />
geral<br />
Advocacia<br />
e trabaihista<br />
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64-1948<br />
Rio Branco<br />
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Wadis,<br />
rnt"atur<br />
atraindo a atençio d<br />
Edittcio Center Foz - Sala 111<br />
[<br />
74<br />
Borracharia corn máquina hidráulica/Especial para roda de magnésio.<br />
Alinhamento e balanceamento eletrônicolRegulagem de motor corn garántia<br />
de 3.000 KmlRetificalPintura/ChapeacãolConsertoS e instalaçöes elétricas em<br />
geral/Represent ante dos pneus Dunlop, Pirelli, Godd-Rich e Baterias Durex.<br />
Confie em quem Ihe oferece o mehor.<br />
Comércio Universal de Pneus Ltda.<br />
Exportadora Universal de Pneus e Baterias Ltda.<br />
Av. Jusc&ino Kubitschek, 1646 - (Em frente ao Bordin) - Foz do Iguacu - Pr.<br />
11
12 Foz, 14/01/81<br />
Eligio Ayala: leitura recomendada para latinoamericanos<br />
o empirismo<br />
ignorante<br />
dos<br />
politicos<br />
Poucos co'?nece;n Eligio<br />
Ayala. Mesmo no Paraguai, sua<br />
terra, ele tern seu nome nurna<br />
rua de Assunçao, a/guns<br />
estudiosos querendo ressuscirar<br />
sua memOria e o esforco do<br />
regime em manté-lo no<br />
esquecimento, Eligic, Ayala to,,<br />
eniretanto, urn dos ma/s lUcidos<br />
e dignos estadistas da America<br />
Latina. Ele governou o Paraguai<br />
de 1924 a 1929, dentro dos mats<br />
1/rn pos principios democráticos e<br />
corn viva consciéncia do que<br />
seja a part/a/pa cáo popular.<br />
Ao par de sua vida de<br />
politico e estadista, Ayala (0/ urn<br />
escritor de raras qualidades.<br />
Incompreensive/mente, sua obra<br />
está sendo desenterrada so<br />
agora - e este é urn born sinai<br />
para o povo paraguaio, que<br />
precisaria ter de volta Ayala.<br />
suas idéias e sua<br />
convicçâo democrática<br />
Ayala escreveu urn dia:<br />
"Outros escrevem para ensinar,<br />
Eu escrevo para aprender"<br />
No texto que segue, firado<br />
da obra "Migraciores ", ele<br />
mostra que de fato aprendeu,<br />
e, se aprendeu, tern condiçôes<br />
de enstriar. 0 mats interessante<br />
e que este texto. de 50 anos<br />
atrás, ma/s parece escrito sobre<br />
a realidade atual (paraguaia,<br />
brasileira, latinoari;ericafla,<br />
entim)<br />
Vale a pena let isto:<br />
ari labricar sasichas se requerem<br />
apticloes especiats;<br />
para ser legislador ou ministro<br />
no Paraguai o talento e<br />
Os conhecimentos são superfluos.<br />
A preparação, a honestidade,<br />
o carãter as vezes estorvam.<br />
Valem mais certas contorçôes e<br />
genuflexoes do corpo que vinte<br />
anos de estudos. que a decéncia<br />
e a probidade.<br />
Os que ocupam os postos<br />
püblicos crêem saber tudo, se<br />
julgam aptos para tudo; perdem<br />
a consciênciá da prOpria inaptidão.<br />
Não sabem que 'The<br />
science of power is forced to<br />
remember the power of<br />
science" ("a cléncia do poder é<br />
forçada a lembrar 0 poder da<br />
ciência" - Emerson). Os politicos<br />
paraguaios créem que basta patinar<br />
de urn posto a outro, de ministério<br />
a ministérlo a recolher<br />
as rendas que the são anexas<br />
para set estadistas.<br />
No Paraguai p y i brilhar<br />
corn reputaçOes falsa, oasta set<br />
deputado. senador ou ministro.<br />
Logo, é lôgico que a paixão dominante<br />
seja a de adquirir esses<br />
postos e conservá-Ios, e que para<br />
isso, em vez de esludar, de<br />
preparar-se e dignilicar-se, se<br />
adule, se intrigue ou se implore<br />
servilmente. Pot essa razão a<br />
maior parte dos que exercem Os<br />
elevados cargos politicos são os<br />
carreiristas petulantes. Todas as<br />
magistraturas tern sido profanadas<br />
pela inépcia mais franca e<br />
pela nulidade mals absoluta. Assirn<br />
se encheu o Parlamento e Os<br />
ministérios de aprendizes, que<br />
se Instroern corn seus caôticos e<br />
torpes ensaios legislativos.<br />
Tudo se faz ao azar. pelo tato,<br />
por inst into como nurn acesso<br />
de sonambulismo, tudo se reforma<br />
sem necessidade e nada se<br />
reforma do que e preciso reformat.<br />
Num mar flutuante de paixOes<br />
e apetites, sem principios<br />
diretores, sem sistemas, sern conhecimentos,<br />
a intervencao do<br />
Estado na esfera econômica<br />
tern-se convertido num oportunisrno<br />
de detalhe, de expediente,<br />
que libera a economia nacional<br />
ao capricho dos interesses pattioulares<br />
dopresente.<br />
Não ha sistema, nem piano,<br />
nem métodos, nem fins econômicos<br />
no governo Cada revolucão,<br />
cada novo ministro, rompe<br />
a continuidade, a coerência, o<br />
processo regular da politica econômica.<br />
Cada partido é como urn<br />
torvelinho de paixOes, de concupiscéncias<br />
de ideals e esperancas,<br />
que se eleva urn momento.<br />
gira sobre si mesmo, remove e<br />
alca os desperdicios politicos<br />
do arroio e de diSsipa. Nenhun<br />
partido cai pea metade. Cada<br />
rnudança de partido no governo<br />
desloca tudo o que toi feito ante<br />
riormente. A tradição, a corrente<br />
de atos sucessivos, continuos.<br />
progressistas. são impossiveis.<br />
Urn empirismo ignorante<br />
cria prémios para fornentar uma<br />
producão determinada e amanhã<br />
o decapila corn impostos<br />
proibitivos. Urna constante oscilação<br />
entre mil Sistemas. princpios<br />
e interesses contraditôrios,<br />
urna ligeireza pior que a barbárie<br />
tern estorvado a evolução natural<br />
da economia nacional, tern<br />
rnantido, pregadas, presas, suas<br />
energias<br />
0 tim politico é ocupar urn<br />
posto na administração püblica e<br />
a ünica preocupação no posto it<br />
conservar-se nele, aumentar o<br />
soldo e diminuir o trabaiho. Tudo<br />
Se subordina ao iriteresse proprio;<br />
o interesse pessoat é 0 supremo<br />
critério do bern e do mal,<br />
ele simula a ciéncia. 0 patriotismo,<br />
ludo, ao ponto de provo-<br />
ca , 0 iiesinteresse<br />
Dal surge urn ego smo mope<br />
que ye rivais em todos Os<br />
demais, urn caos politico onde<br />
todas as forças se estorvam, e<br />
uma anarquia que é a senda dos<br />
abismos. Todos desconfiam uns<br />
dos outros, se maldizeni, se caluniam.<br />
traern e se espiam: cada<br />
lingua e urn punhal aliado, urna<br />
tãrnina que fere Os coracOes e injeta<br />
neles a discórdia.<br />
Se odeiam corno concorrentes,<br />
porque cada urn não busca<br />
mais que marores vantagens<br />
na politica; se consideram como<br />
obstáculos ou instrurnentos, não<br />
se suportam senão quando urn é<br />
instrurnento do outro. São mimigos<br />
on cumplices.<br />
Säo incapazes de eevar a<br />
vista, de ver as grandes linhas,<br />
os horizontes distantes do porvir<br />
nacional. 0 ünico ideal são as<br />
vantagens externas, imediatas.<br />
materials,<br />
A cada urn parece que a<br />
mais ligeira fricção ao seu menor<br />
interesse pessoal desloca todo<br />
o Paraguai. As vantagens que<br />
aproveitam a outro, Ihe parecern<br />
que são uma usurpacão do bern<br />
prOprio. Dai as loucas disputas<br />
politicas, a embriaguez das paixOes,<br />
a eterna recriminaçao rnütua<br />
dos politicos. dos partidos<br />
politicos.<br />
A adesão aos principios politicos.<br />
0 companheirismo. a consequéncia<br />
political, 0 decoro pessoal,<br />
as obrigaçOes comuns se<br />
desvanecorn ante o exclusivo interesse<br />
de adquirir e conservar o<br />
p0510.<br />
A lraiçao, a perfidia. o corn-<br />
P16, a abjecao são rneios licitos<br />
Segundo os sofisrnas do prejuizo<br />
imperante<br />
Nern a perversidade, nern a<br />
irnpudicicia, nem a caudicação.<br />
nem o crime tern sido obstáculo<br />
para fazer ':.carre ir a ' - politica no<br />
Paraguai Para escapar ao castigo<br />
tern bastado agravar a falta<br />
O tim justifica Os rneios, o Oxito<br />
legitima ludo. Dai a idolatria do<br />
êxitO politico.<br />
Nào se reSpeita o menlo,<br />
não se despreza o vicio, finguém<br />
se indigna sinceramente<br />
contra a injustiça, ninguéni é justo<br />
Os culpados perdem a cons-ciéncia<br />
de suas faltas, Os ho.rnens<br />
virtuosos. o pudor, e os<br />
partidos, sua nobreza. Bons e<br />
maus em cada partido<br />
vivem em urna camaradagem hipôcrita,<br />
sem sincenidade, sern<br />
confiança recoroca, sern g'at<br />
Ayala: "Os que ocupam postos<br />
pUblicos perdem a consciência<br />
de sua inaptidão".<br />
reSse os divide e osufle e reconcilia<br />
sucessivamenle. Os mimigos<br />
de ontem conspiram juntos.<br />
os amigos do hole vencerão<br />
amanhã. Em vez de partidos se<br />
torrnam circutos esporàdicos e<br />
convulsivos de pequenos ambiciosos<br />
Nenhuma sancão as nobres<br />
depravaçOes, nenhum estimulo<br />
a decéncia em polilica. Ninguérn<br />
sente 0 remorso de haver trado<br />
urn principmo nobre, uma aspiracão<br />
generosa.<br />
Todos fazern soar a grossa<br />
corda da honra, do desinteresse,<br />
do patriot isrno, da razão de Estado,<br />
da pàtria, declamam corn<br />
gesto altivo, arrogante, as max;mas<br />
al!issonanles. num iargao<br />
ped;ir'<br />
E nesse Iaboratôrio de palavras<br />
sonoras não ha sinceridade<br />
nem modéstra<br />
Quando se exarniria seu signiticado<br />
se encontra que elas<br />
nâo são senão denominaçOes<br />
decentes do interesse do pattido,<br />
dos amigos, do interesse prOprio<br />
ou do cinismo.<br />
O pat riotismo. interesse nacional<br />
foram substituidos pela<br />
demagogia. pela ernbriaguez e<br />
pela libertinagem dos inleresses<br />
de comités, pea raposce e pela<br />
.<br />
poiti..iie'i.<br />
Os par ticos. ao invés de serem<br />
ice;s a pãlria, utilizam a patria.<br />
ao invés de servirem a interesses<br />
nacionais sadios, no governo,<br />
tazem corn que 0 governO<br />
OS Sirva<br />
Dols Ou trés caudilhos na<br />
cabeca de seus partidos tern 0tado<br />
uns contra os out ros desde<br />
a Independéncia corno se em todo<br />
o Paraguar não existisse espaco<br />
suficiente para eles. Cada<br />
urn busca Sua fortuna na ruina<br />
do outro, Derrocam e são derrocados,<br />
perseguem e são perseguidos,<br />
encarceram e são encarcerados.<br />
desterram e são deslet<br />
rados<br />
E as conspiraçOes, as<br />
ameaças, as represálias, as revoluçOes,<br />
que fluern o politicismo<br />
como excrescéncia<br />
abominãvel, tern difundido em<br />
nossa população rural a agitacáo,<br />
a incerteza, Os rancores e<br />
as dissencOes, tern canalizaclo a<br />
emmgracao, e tern arneacado<br />
converter em uma Galilitra<br />
deserta nosso beo Pais.<br />
Lima sociedade e toleranle<br />
quando todas as crenças falam e<br />
Sin ,,vias corn calrna, nào<br />
quando haja esta cairna porque<br />
Traga urn novo<br />
c//ma para dentro do<br />
seu autornOveL..<br />
Urn privi/égio de poucos.<br />
Refresca nos dias quentes.<br />
u4<br />
... esintaa<br />
sua v/dade<br />
próx/ma de você.<br />
Ge ou-170<br />
AR COND/C/ONAO,i PAPA AUrOS<br />
A. P(eidente Jusceino Kubiischek 1969 R 469 km 1,5<br />
1eiefone ;0455) 734832 - 734783 - 73 4793<br />
Cx Postal 514 85.890 FOZ DO IGUACU PR
Foz. 14/01/81<br />
Fábio<br />
Campana:<br />
Uma<br />
Saraivada<br />
contra<br />
o regime<br />
Par ocasiac das recerues<br />
festas de tim do ano voio a Foz<br />
do /guaçu Fáb,o Cam pana par<br />
v/sitar sua familiar Fábio está em<br />
Curitiba ha a/guns anos, onde<br />
cursa o 40 ano do Psico/ogia.<br />
Ele ë ti/ho do casal Dionisio<br />
e Irene Vera Cam pana. Fdbio<br />
tern 33 anos e ìá tern urn<br />
respei(áve/ curricula em<br />
atividades jornalisticas.<br />
Traba/hou como co/unista<br />
politico na revista Atençao<br />
no jornal "Correia de Noticias"<br />
e. atualmente, taz o noticiário<br />
politico do jornal 'Boca no<br />
Trombone ',de Curitiba.<br />
Corn sua aguda<br />
consciOncia dos problernas<br />
nacionais. Fábio se dedica a<br />
atividade p0/it/ca dentro da<br />
tendéncia popular '• do PMDB,<br />
e desponta no Paraná como<br />
uma das /ideranças jovens<br />
ma/s promissorias.<br />
Os leitores do <strong>Nosso</strong><br />
<strong>Tempo</strong> tern na entrevista que<br />
segue urna descriçäo muito<br />
precisa do atual quadro<br />
politico, econOmico e social<br />
do Pals. Ne/a Fábio Cam pana<br />
mostra também sua<br />
corn peléncia na aná/ise que taz<br />
da situa cáo do Brasil e do povo.<br />
Figueiredo/Golbery tentam institucionalizar farsa democrática<br />
<strong>Nosso</strong> 101100 - Como ve o<br />
quadro politico hojo<br />
Faoio - E impossivel analisar a<br />
sit ua cáo politica do pa/s sem levar<br />
em considera cáo a crse<br />
econômica. Ha urn ano alias 0<br />
governo prometia que comecac/amos<br />
o ano corn uma inflaçáo<br />
de no máximo 45°Io. E uma balança<br />
comercial favorável,<br />
Comoçamos -- 1981 corn urna<br />
int/acio de 113 e a divida oxterna<br />
em 60 biihôeS do dO/ares.<br />
Delfim saiu de chapei.i na mao<br />
pedindo empréstimos e nào conseguiu<br />
nada. Os ban Queiros internacionais<br />
estão al apertando<br />
o cerco. exiqindo ma/s e forcando<br />
a ado (;Jo das medidas suger<br />
das pelo FM! A recessáo é real.<br />
O custo de vida nunca sub/u tanto.<br />
Crescem as indices de dosemprego<br />
0 sálario real diminu'<br />
E a grande ma/or/a. absoluta<br />
maioria do povo paganclo 0 OflUS<br />
de uma politica econOrnica quo<br />
condiiziu a pals ao desastre<br />
do esta 01150 2011 pie<br />
es e Que COJOCI !odo 2<br />
"1981 sera'<br />
urn ano<br />
de manobras<br />
politicas<br />
do aoverno".<br />
0dLC e.ceçao cbs poucos<br />
cIarIos do tog-ne rturna<br />
pro! urida insatistaçáo que exige<br />
mudanças. E nesse quadro quo<br />
devernos a va//ar a situaqáo poll -<br />
lica<br />
NT -.- 0 governo, então. estä<br />
mal?<br />
Faoio - As rnanifestaçOes sociais<br />
dos U/limos moses tornaram<br />
evidonto o iso/amento do governo<br />
Náo houve urn setor da<br />
sociedade que náo tenha expressado<br />
sua posiçáo contrária a p0-<br />
!itIca econOmica em vigor E nmguëm<br />
ma/s acredita que o pals<br />
conseguira superar suas dificul<br />
dades nos pianos económico e<br />
social nos marcos do regime<br />
ivinguérn mais acred/ta em pro<br />
-nessas. 0 regime perdeu sua<br />
capacidade do con vencimento<br />
deo!Ogmco Mesmo as setores<br />
oc/ais quo sempre Me deram<br />
opoio. corr.o as pequenos produ-<br />
;ores rura/s, là nào conliam nos<br />
genera/s quo monopolizaram o<br />
poder<br />
NT -- 0 que falta, entâo. para<br />
m uda r"<br />
Fabio - As condicOes objet/vas<br />
exigem mudancas A crise so re<br />
I/ole ao nivel do prOprio governo<br />
A oase social do regime esfroilou<br />
e isso so ref/ole no piano instiluc/ona/.<br />
isso oxplica a debandada<br />
do politicos do PBS, quo<br />
abandonarn 0 barco quo está Iazendo<br />
água Ref/ole-se lambem<br />
nas dmssonçOes ontre as generals.<br />
Jà não ha uma posiçäo On'ca<br />
eniro as mi/itares. 0 grupo<br />
Figuemrodo-Golbery continua<br />
tentando o projeto do inst/lucmona/mzar<br />
a farsa domocràtica<br />
quo possa esconder urn regime<br />
do base autormtária. E continua<br />
mancbrando nesse sentido Esse<br />
grupo tern lorça e ainda conta<br />
cam a pro feréncia do capital es-<br />
Irarigeiro. Mas erifrenta a oposmcáo<br />
cada vez mais cerrada do<br />
grupamento de dire/ta, corn expoontos<br />
como o general Coo/ho<br />
Neto, que pede 0 fechamento. 0<br />
retorno do fascimo ma/s cruel<br />
quo conhocemos na dpoca do<br />
eneral Mëd,ci Este grupo so<br />
tpoia em governadores corno<br />
Ma/u!, que Irabaiha pelo goipe.<br />
Mas ha amnda uma corrente derrmocràtica,<br />
sern comandos de<br />
unidades. mas corn mnfluCncma<br />
- n.j, . a crmse<br />
( 2r?i(,' f'VOPO<br />
NT - E do lado de Ca, como esto<br />
as coisas?<br />
Fábio - Essa a guestão é ma/s<br />
sec/a. So as forcas do regime dirn;nuem<br />
o vai ficando cada vez<br />
ma/s reduzido o grupamento do<br />
generams que detdm 0 monopolmo<br />
do poder, do lado do cá vemos a<br />
soc/edado amnda náo organizada<br />
o suficionte para as con frontos<br />
que se esperam. E inegàvel o<br />
crescirnento do movirnento<br />
popular, Nunca tivemos neste<br />
pals urna classe operária corn<br />
esta força e este grau do organ;zaçào.<br />
Mas é necessàr,o traba-<br />
Ihar pela construçào da unidade<br />
popular e pela coesão das<br />
forças democráticas. is(o vai,se<br />
dando no processo de luta. E o<br />
novo quo vai surgindo para derrubar<br />
0 ye/ho, o pocire. Esta a<br />
principal tare (a p0/it/ca hole.'<br />
cons truir a trente de for cas democráticas<br />
e do unidade popular<br />
para substitu/r o regime mil/tar e<br />
estabe/ecer urn governo proviso<br />
rio corn a tare (a maiar de con vo<br />
car uma Assemble/a Naciona<br />
Conslituinte. livre e soberaria,<br />
cammnho para 0 restabejoci<br />
.'nento da perspectiva do proqiesso<br />
para oslo pals.<br />
NT - Teremos eleicôes em<br />
l982<br />
Fàbio - 0 governo promote<br />
c6os em 82para resolver seu<br />
problema politico atual. Corn isso.<br />
preende div/dir as oposiçOes<br />
em tomb de candidaturas E con -<br />
duzir as oposiçOes a luta eleitoma!<br />
em dotrirnento da luta ma/or<br />
quo é a do acumular forças em<br />
torno da Consfituinte. quo apoti -<br />
ta para o tim do regime Urn ca<br />
suismo que riáo garante que teremos<br />
eleicOes. A final, e o mesmo<br />
regime que sustou eieiçOes dire-<br />
(as em 1970, 1974, 1978 E so Iivermos<br />
e/oiçOes, corn certeza<br />
vencerá a oposiçáo Al corremos<br />
outro r/sco A oposmçáo podo eleger<br />
candidatos aos governos dos<br />
Estados mas não chegar ao govc'rno,<br />
a/ c ca ra1e-r .1c C('r!aS li/i<br />
-"IT, Torte) d, '.<br />
Nem os<br />
pequenos<br />
produtores<br />
conf lam nos<br />
generais.<br />
opr;cao tvo.P.a.-..o a - -'o.<br />
t2XC.'flP,'.) d&ie opc o PMDB ia<br />
tern candmdalo a candidato conchavando<br />
corn forcas que ainda<br />
dáo apomo ao regime.<br />
NT - E as casuismos?<br />
Fáb/o - E evmdente quo, no caso<br />
de eleiçOes, o governo (udo fará<br />
para impor regras ao logo, quo<br />
qarantam sua vdOria. Sempre (0/<br />
ass/m. E o prOpr/o governo ja denunciou<br />
suas ini'ençOes 1981<br />
sera urn ano de r'ianobras<br />
nessesentido. Vem ai o dmstrital,<br />
a subiegenda, o impedimento a<br />
co//ga coos, etc. etc. Mas acredito<br />
quo nada imped/rá a oposicäo<br />
de vencer. Se tivermos eleiçOes.<br />
E acreddo que devemos part/C/par<br />
do processo eleitor& na<br />
perspect/va de con? ribuir para a<br />
vitOria da oposiçáo e des gaste<br />
do regime. Mas submetendo a<br />
particmpaçâo oie/tora/ a luta principal<br />
que é a de construir a urndade<br />
popular sem a qual não<br />
chegarernos ao f/rn deste regime<br />
que tan tos pro juizos causou a todos<br />
nos. Nesse processo dovernos,<br />
inclusive, den unc/ar as<br />
casuismos e a (al/a de e/e,cOes<br />
diretas para todos os cargos e ni-<br />
vemS<br />
Dernoristrar a larsa que sáo us<br />
charnados municipios de segu<br />
rança nacional, onde nào so elego<br />
o pre fe/to em name dos intemesses<br />
da Naçáo. E se impOe urn<br />
corone/ qualquer para dirigir o<br />
municipio, corno se ele, mais<br />
que 0 pOVO. i-epresentasso as in<br />
teresses e a segurança naco<br />
nais'<br />
NT - E a caso de Foz do<br />
tguaçu -<br />
Fábio -, E o caso E corn agravantes<br />
E, corn certoza, o mur,mciplo<br />
mais policiado do pals 0 povo<br />
não tern qualquer part/cipacáo<br />
na dec/sáo sabre as questoes<br />
que Me dizern respeito. Urn<br />
mnterventor "a pro fe/tura, corono/<br />
alcaide! Outro no Batamào de<br />
Fronteiras. E urn amplo contingente<br />
p01/c/al faz 0 poder nesta<br />
cidade. 0 resto e desrespeitado<br />
0 povo. as pr/ncipmos doria<br />
craticos, nada tern valor nesta<br />
lri,ra u.surpada.<br />
NT -- 0 prefeito diz que é uma<br />
t",icessidade de Itaipu<br />
"Tércio<br />
naoe<br />
representante<br />
do povo<br />
de Fozdo<br />
lguacU".<br />
I .011 - l,'m,'))2-'n' P13/010<br />
," 0 ' i ,'C3 Qua' suigei 00 LC,TC<br />
claqueia ide/a de Brasm/ pore'<br />
c/a do, governo Medic,, Coma<br />
de habib, o povo nâo (eve qua!quer<br />
part/c/pa cáo no processo<br />
decisOrmo sabre osse projeto. Fo/<br />
imposto. E natural que sua exe<br />
cucáo so faca corn essas caracterist/cas<br />
e se imponha náo so<br />
ao canteiro do obras, mas tambOrn<br />
a c/dade, da ditadura de urn<br />
rriterventor que faz e desfaz<br />
como todos as ditadores, grandes<br />
ou pequenos, como este.<br />
corn arbitrariedade e, so neces<br />
srio, do forma v/o!enta. Quando<br />
o coronel a/caido part/c, as /guacuenses<br />
herdaräo urn grande (ago<br />
produtor de<br />
esquistossomoso. graves prob/ermas<br />
sociais e as seque/as oe<br />
anos sem o dire/to de esco/her<br />
:3 menos seLl pre/emlo Foz 0 urn<br />
.2111fl retralo do regime que v'<br />
'i,,nS desde 1964<br />
NT - Foz já tern urn represen-<br />
(ante na Assembléla.<br />
21010 --- Nab C urn repmescm<br />
(ante do cmdade Foi elemto pe<br />
forças que nada tOrn a ver coma<br />
cidade. Na Assemble/a, TOrc;o<br />
defende as mn(eresses dos gru<br />
P05 econOrnicos que cons froem<br />
ha/pu. Basta /er seus pronunciarnentos.<br />
Ele se pôs contra as<br />
agricultores que reclamarn me-<br />
Thor indeniza cáo par suas terras<br />
E contra todas as manifestaçoes<br />
que condenarn as pre/uizos fm<br />
postos ao povo pela obra. Náo e<br />
urn deputado de Foz do lguaçu<br />
E urn deputado dos quo o elegeram<br />
e ma/s urn segrnento identiticado<br />
par interesses corn as empresas<br />
quo constituern a<br />
UN/CON. Espero quo nas prbxi<br />
mas eleiçOes, so lmverrnos eleiçOes,<br />
Foz do Iguaçu eleja seu<br />
deputado E. so elegor, quo solo<br />
urn doputado ma/s preparado<br />
quo o atual representante Ca<br />
Un/con<br />
NT -Eaimprensa?<br />
Fabmo - Rosmsle. Apesar de todas<br />
as pressOes, a mm prensa popular<br />
e democrá(mca resiste.<br />
Apesar, inclusive, do grande impronsa<br />
13<br />
Pizzas<br />
Sucos - Bat idas<br />
Aberto<br />
dia e noite<br />
Av. Cataratas<br />
Frente ao Center Foz<br />
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Foz do !guaçu<br />
o ponto<br />
de<br />
encontro<br />
da ala<br />
jovem<br />
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cores e video-cassete.<br />
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R E/rn j "o do Barros<br />
-Galera Flãvia<br />
Sala 3 -- Fone: 3553<br />
Puz Co lguacu - Pr.
14<br />
Muquifas se espaiham pela cidade trazendo a prostituição<br />
'Lanchonete Olga Maria" fica bern pertinho da Madeiral.<br />
for *11<br />
iyi l I<br />
-- -<br />
Hotel Teixeira: na rua Belarmino de Mendonça.<br />
OIha __ LI<br />
CV<br />
quanta<br />
zoninha<br />
gente.<br />
Teiefonemas, cartas<br />
0 "Bar Sao Jorge" também tá tacit de ser encontrado. E<br />
e reclamaçöes verbais<br />
na rua Santos Dumont.<br />
pipocarn na redacão do<br />
<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> contra as<br />
zoninhas, muquifas e<br />
mocós que estão<br />
espaihados pela cidade,<br />
disfarçados de hotels,<br />
dormitórios e pensöes<br />
,S<br />
A vizinhança não<br />
. .<br />
aguenta mais tanta<br />
algazarra, brigas e ate .<br />
tiroteio, e pedem uma<br />
prontaacãodas<br />
autoridades____ p.<br />
responsãveis . ,<br />
A grande rnaioria<br />
dessas zoninhas fica na<br />
area central da cidade,<br />
mas mesmo assim os<br />
moços da lei devem estar<br />
s-hndn difii'U th L -.<br />
rtrui! fl<br />
•:- -<br />
,<br />
OF<br />
•!<br />
<strong>Tempo</strong> resolveu dar uma - . ... . ,.<br />
mãozinha e entregar o<br />
serviço. Agora, mocada,<br />
ésôpegarojornal,<br />
localizar o mocó e fechar -•.........<br />
o negócio. Tern alguns - - .• Ii<br />
AMA M,ncir<br />
1<br />
L -<br />
Foz, 14/01181<br />
- --<br />
- --<br />
Essas trés muquifas ficam na salda para Santa Terezinha<br />
perto da favela da Pluma.<br />
o nOmero. E ndo estamos<br />
cobrando nada, viu? "Hotel Bela Vista': rua Almirante Barroso n° 650. Othal que coiher de chá, seu "delega". Fornecemos ate o nUmero.<br />
I]<br />
II
Foz. 14/01/81<br />
V '--<br />
João Samek: "Quando voltar de viagem abro o que está<br />
acontecendo para vocCs".<br />
.. -<br />
•1 -., I -<br />
• - -<br />
__fr<br />
• . - It<br />
-<br />
Sindicato Rural: máquinas desaparecem e ha denüncias de roubo<br />
'<br />
- '-•---<br />
--.<br />
--<br />
Unidade móvel do Sindicato Rural: A imagem do<br />
relax a mento.<br />
ti-<br />
Stridicalo<br />
Rurn os enviados da Fede-<br />
R t':'iQ`ao.01d Rural e cia no Delegaçào<br />
:al do Trabalho. E uma nuveni<br />
tie rnistério envolve uma visita<br />
que aparentemenie seria de<br />
rotina.<br />
Depois de uma verdadeira<br />
devassa no Sindicato, quando o-<br />
- ram ouvidos Os funcionãr 'as e<br />
I membros cia atual direloria, Os<br />
enviados de Curitiba chegaram a<br />
conclusão de que grandes irregularidades<br />
cercararn a gestao<br />
de Cleodon Albuquerque<br />
Alguma coisa esiá acontecendo<br />
e parece que ha pacto entie<br />
a direçäo atual e tuncionários<br />
para que não transpire nada para<br />
fora.<br />
0 Sindicato Rural de Foz do<br />
iguacu possui cerca de 2300 socios<br />
que näo participam na vida<br />
da associacão, sendo que rnuitos<br />
estao atrasados em suas<br />
ii-iensalidades Para ser sôcio do<br />
Sindicato o agriculior tern que<br />
5cr proprietário rural Cu parcelro<br />
jã que 0 peäo rural não é<br />
acetiC coma sôcio.<br />
Pedro Peroto: "Ha muita coisa errada, mas nãopodemos<br />
falar nada por enquanto". ':-io exercendo a carao oor<br />
Sindicato Rural<br />
ridcacáo cia Federaçao Rural.<br />
Sornos urna Junta governaiva<br />
imposta pela Federaçao para<br />
oor o Sindicato em ordern ate havi<br />
eleiçOes, diz Joäo Samek,<br />
nesidente interino Além de Sary<br />
tazern pa rio da diretoria que<br />
^IiIS UMIU em 22 de outubro Os se<br />
nt'orOS Pedro Avelino Peroto e<br />
Jean Pierre Le Bourlegat<br />
MAQUINA DE ESCREVER<br />
DESAPARECEU<br />
Na verdade o crniurâc tie<br />
proleção criado em torno das investigaçôes<br />
esià Surlindo eteito.<br />
pals ate agora so foram vazados<br />
os casos de uma grande divida<br />
do Sindicato corn o INPS e o<br />
desaparecirnento de uma rnãquina<br />
de escrever elétrica IBM<br />
Caserniro Kusbik. ex-funconario<br />
do Sindicato e hoje proprietário<br />
de urna Iola de produtos y eterinarios.<br />
acusa Cleodon cie<br />
exercer a presiclencia de forma<br />
dulatorial. • 'Ele pediu autonomia<br />
para resolver tudo, inclusive largar<br />
cheques sem a assinatura do<br />
tesoureiro Jean Pierre, e me expulsaram<br />
porque eu era urn obstáculo<br />
a curriola quo dorninava<br />
Sinducalo<br />
I •<br />
sob suspeita -dcato corno<br />
•--.relco do seu irmão.<br />
hole depulado. Tercio Albuquerque,<br />
e para empregar outros<br />
membros da farnilia. Cleodon Alhuqierque,<br />
por exemplo. depositava<br />
dinheiro do Sundicato na sua<br />
conta particular P em ceria ocasuao<br />
liouve urn 'ouOo Desapareceu<br />
dinheiro do cot re e 0 Cleodon<br />
fol vista por Olivia Loren-<br />
?ett, funcionára do Sindicalo,<br />
saindo do prédio par vota de<br />
mero cia quando lodos saem para<br />
almoçar Além deste, houve<br />
outro roubo. e Cleodon não deu<br />
queixa 1i policia, e a noule, nurna<br />
eunião cia diretoria. comunicou<br />
o desaparecumento dizondo que<br />
nao havia por quo se preocupar.<br />
pois o dinheiro náo era ed<br />
n<br />
e'uhurn<br />
deles - Revoltado, Kiit<br />
concluuu dizendo que. '-,I"<br />
dunneur u nao per tenc:.......... -<br />
I Siruduc,<br />
DIVIDAS INSOLUVEIS<br />
Em defesa cia gesião &-cdon<br />
sau o contador Carlos Roberto<br />
Martins. Diz que a ünica coisa<br />
que estava atrasada no seu tempo<br />
era o recolhirnento ao INPS e<br />
o pagamento aos peOes que estavam<br />
construindo 0 prédio<br />
Aparentemente assustado<br />
corn as investigaçOes que estáo<br />
sendo feitas sobre a Sindicato,<br />
Carlinhos afirma que ha uma<br />
conspuração contra Cleodon. Ete<br />
também foi ouvido peia delegacáo<br />
vinda de Curitiba e, diante<br />
de suspeitas sobre a sua atuacao,<br />
pediu dernissão do cargo de<br />
contador.<br />
A renda do Sindicato é rnuito<br />
pequena, sendo que suas ãrricas<br />
fontes de receita estào na<br />
arrecadaçao do Incra e nas men.<br />
salidades dos associados. Entirn,<br />
a triste realudadae é que 0<br />
Sindicato Rural hole eatá numa<br />
situacao em quo para pagar as<br />
dividas lena que penhorar 0 predo.<br />
Quando assumiu, Cleodon<br />
disse que deixaria a Sindicato<br />
corn dilvidas mas faria invesirmentos.<br />
Ha urna grande divida e<br />
corno ünico investimento 0 SObrado<br />
da Quintino Bocaiüva corn<br />
a Marechal Floriano.<br />
DIREcAO<br />
lNTERlNi NAO QUER FALAR<br />
Diante da sUbita demissào<br />
do Cleodon, assumiu unierinamente<br />
urna junta diretora 0 Sin-<br />
: ---'a nob urno<br />
1<br />
Reportagens fotográficas<br />
Materials Fotográficos<br />
em Geral<br />
Amoto<br />
Av. Brash, 706- Fones: 73-1012 e 73-1646 - Foz do !guacu<br />
15<br />
Branca cia Federaçào Rural<br />
do Parana e as ordons cia Junta<br />
são - 'par a casa em ordem" e<br />
oreparar eleiçôes. Estas deveriam<br />
ter sido realizadas em novembro,<br />
mas as irregularidades<br />
sào-tantas que deciduram prorrogar<br />
para marco.<br />
João Sarnek assurniu a p.esidéncia<br />
diante das negativas de<br />
Pedro Peroto, secrefário da chapa<br />
do Cleodon, la que Balduino<br />
Wandscher (vice-presidente)<br />
morreu. Pedro Peroto diz que f izeram<br />
urn acerto entre amigos<br />
para não deixar o Sindicato ac6falo<br />
e ir tocando o barco ate as<br />
eleiçOes.<br />
Sarnek, urn homem que tern<br />
muito cuidado ao falar, sabe que<br />
tern dous compromissos. Urn é<br />
segurar a peteca e não derxar<br />
que o Sindicato seja obnigado a<br />
techar suas portas. 0 outro cornprornisso<br />
é esclarecer a opinião<br />
püblica sobre o que vern acontecendo<br />
no órgão representatuvo<br />
•10 annun a cc.;:<br />
Samek<br />
não quer<br />
falar<br />
NT - JoàoSamek, corno estã a situação<br />
do Sindicato Rural'?<br />
SAMEK - "Deixem eu via/ar para<br />
Manaus. Na volta ocis poderemos<br />
con versar porque eu yOu<br />
passar por Curitiba e ver se Irago<br />
alguëm da Federaçáo que es-<br />
(eja autorizado a (a/ar. porque eu<br />
não sou presidenj'e eleito. Fur colocado<br />
aqu, e não posso (a/ar nada<br />
- Esperem ate fevereiro Al<br />
vocés podem tazer urna reportagem<br />
comp/eta, set/a e verdadei -<br />
ra<br />
NT - Maso povo está cobrando,<br />
nao podemos esperar.<br />
SAME/K - 'Eu nao declaro nada.<br />
Quo adiantaria eu declarar alguma<br />
co/da e depots não poder<br />
pro var? Toda a documentaçao<br />
esta em Curitiba, Ia na Federacáo.<br />
Aguardem ate fevereiro,<br />
quando deverá retornar a/guëm<br />
do Curitiba e ai vocés fa/am corn<br />
ole,<br />
NT - E a questäo da mãquina que<br />
surniu daqui'?<br />
SAME/K - • 'Eu näo sei d,sso, rráo<br />
podernos declarar nacia a respel-<br />
Jean Pierre<br />
ff<br />
também<br />
não<br />
NT - Jean Pierre, a sennor era a<br />
esoureiro na época do Cleodon<br />
e agora tambem?<br />
JEAN- Sim.<br />
NT - E verdade que a senhor não<br />
assinava cheques quando dovena<br />
assiná-los'<br />
JEAN - Eu näo dou dec/araçOes.<br />
NT - 0 senhor assinava os cheques<br />
ou do Cleodon assinava<br />
JEAN - Havia duas assinaturas<br />
nos cheques. A minha e a do<br />
Cfeodon.<br />
NT - 0 senihor acha rnesrno que<br />
houve desvuo de verbas?<br />
JEAN - Eu näo tenho nacla a declarar<br />
NT - Se, de fato houve, o senhor<br />
devenia denunciar para ficar livre<br />
tie suspeita. uma vez quo era lesoureuro.<br />
JEAN - Nada a dec/a rat<br />
NT - Pebo menos uma fotografia?<br />
JEAN - Nào, näo gosto do (010qrafra<br />
rneu rsto nào fica born<br />
-. ca jornais.<br />
NT - Mas é para nossos anquivos.<br />
TA%l - Pr fvo, non hail<br />
N I - T- '- n'
16<br />
Foz, 14/01/81<br />
"Cristina"aponta os acontecimentos sociais quernarcaram a semana<br />
• E, perdemos para os<br />
Uruguaios Que fazer? 0 jeito é<br />
guardar Os foguetes e as biritas<br />
para as eliminat6rias e a Copa.<br />
Ate là.<br />
• Sernana das ma/s ag/tadas,<br />
festas, des files, inauguracoes.<br />
gente nova chegando na<br />
c/dade, tudo isso é Foz-81.<br />
• E pot falar em gente chegando,<br />
damos as boas vindas ao<br />
nosso Diretor-9erente José Claudio<br />
Rorato corn votos de que permaneca<br />
numa constante Iua de<br />
mel<br />
• Mas, gente nova mesmo,<br />
a fofura que nasceu dia 5, no<br />
lar da minha amiga Gioconda<br />
Canassa See ling, urn undo garotao<br />
que promote dilacerar coraçôes.<br />
Parabéns ao herói papal<br />
(c/rico flihos), Dr. Eva/do.<br />
I Quarta-feira o "Clube da<br />
Luluzinha" se reuniu ainda uma<br />
Ultirna vez. Meu caderninho azul<br />
anotou as presenças das senhoras<br />
Carmem Salinet, Cetita Villanueva,<br />
Anita Vidal, Marlene Batista.<br />
Elcy Sampalo e a vovô<br />
Arnália, Maria Ramos, Maria Aurélia<br />
Peres (Cornandante da<br />
Guarniçao de Puerto lguazU) Dora<br />
Franca (revendo amigos) e<br />
Lea Leonne Vianna<br />
• Lea Leonne V/anna, afivelando<br />
ma/as para urn relax, em<br />
Curitiba. Merecido, alias.<br />
• E a movirnentação da<br />
criançada ficou a cargo de Alexandre,<br />
que corn uma linda festa.<br />
entre doces e brinquedos no<br />
dia 7, cornpletou 5 aninhos, reunindb<br />
seus arniguinhos para o<br />
'apagar das velas". Alexandre é<br />
I ilho do nosso colega Aluizio(Eunice'Palrnar.<br />
Parabéns da colunista<br />
e do pessoal da casa.<br />
• No rnesmo emba/o, a<br />
festinha de aniversário de Michele,<br />
fl/ha de Moacir (Maria Luiza)<br />
Almeida, quo completou 2<br />
graciosos aninhos. Aos pa/s os<br />
cumpr/mentos da coluna.<br />
• Tambérn. no Ultimo domingo.<br />
Ornara Cristian (que undo<br />
nome) cornpletou nove primaveras,<br />
recebéndo a patota em sua<br />
residência. Descontraçäo e alegria<br />
fol 0 terna.<br />
• E para cornpletar a lista<br />
do aniversariantes, dona Ado/al-<br />
de (Restaurante Country) recebeu<br />
os amigos para urn gostoso<br />
churrasco. A ela que corn tanto<br />
carinho prepara as iguarias dos<br />
Domingos, os votos de felicidades<br />
da turma do - '<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>".<br />
E corn as nossas descu/pas<br />
pelo näo corn parecirnento. po/s<br />
nesta sexta. a nossa agenda estava<br />
surper-apertada 0 realrnente,<br />
náo nos fol possivel corn parecer<br />
• Em minhas rnäos o convite<br />
para a solenidade de passagem<br />
do Comando do extinto 1<br />
BFRON, agora 340 Batàlhão de<br />
Infantaria Motorizada, sob 0 comando<br />
do Ten. Cel João Guilherme<br />
da Costa Labre Agradecida.<br />
• Maravi/hoso estava o 1<br />
grit o de Carnaval no Wiskadão,<br />
ainda nesta sexta. So quern cornpareceu<br />
pOde comprovar.<br />
• Agradecernos ao Sr. Jair<br />
Miguel Jorge. relaçOespüblicas<br />
da Gatti Turismo. pelo convite<br />
que nos mandou para urn Cruzeiro<br />
Fluvial, a bordo do seu delicioso<br />
iate. Conte conosco.<br />
• Nes(a sexta-feira<br />
SUPER, so chamando assirn,<br />
aconteceu a inaugura cáo no Paraguai<br />
do Corn pleto Senza/a Turistico,<br />
no ant/go "Restaurante y<br />
Show Guaran/a". Gente, que maravi/ha'<br />
Fiquei encantada corn o<br />
show musical bol/viano. Que mUsica!<br />
E suave, quente, penet rante,<br />
a/go que vai nos deixando Calados,<br />
rnudo mesmo. so sentindo<br />
aque/es instrumentos tao prim/tivos<br />
conseguirern urna rnelod/a<br />
tao exc/tante. VocOs náo podem<br />
deixar de ass/stir. Agora, falar<br />
das mu/atas, seria ate covardia.<br />
En f/rn, fornos mu/to bern recebidos.<br />
0 vinho rolou a vontade. Estao<br />
de parabéns seus proprietários.<br />
Felipe Gonzales e rnestre<br />
Alexandre. Desejo sucesso mesrno.<br />
• Anotei as presenças vips<br />
de Luiz Carlos Guirnarães (Laura<br />
Cristina), Nael Marcondes Ribas<br />
(Vera Maria), do intendente de<br />
Puerto Stroessner, do representante<br />
da "Cidade Turismo", dos<br />
chefes da Aduana do Paraguai,<br />
de todo o pessoal da lrnprensa<br />
de Foz e representantes das<br />
classes de turismo de Foz, Argentina<br />
e Paragual.<br />
• Bern bolado o jantar dos<br />
Madeireiros a be/ra da p/sc/na<br />
do Country. F/ca ala sugestbo<br />
I JA veto em frente a alguns<br />
hotéis da cidade a placa<br />
"Visitas a Itaipu". Reservas<br />
aqui. Tudo bern. Servico organizado,<br />
Otimo. So que, amigos responsàveis<br />
por essas visitas, a taxa<br />
cobrada é urn absurdo, levando-se<br />
em conta quo Itaipu está<br />
para o Brasil assim como o Museu<br />
Nacional do lpirarrga, Päo de<br />
AçUcar, Igreja do Bonfim e outras<br />
tantas obras, que fazern parte<br />
do cenário turistico do Brasil,e<br />
que deve-se cobrar apenas uma<br />
taxa de visitacão. Serà que ate<br />
nas obras de propriedade do governo,<br />
pelas quals nôs jà pagarnos<br />
irnpostos para susteritá-las,<br />
väo nos tirar a nôs braSileiros o<br />
prazer de conhecê-laS?<br />
• E, como Jesus Cristo serviu<br />
o melhor viho no final da festa.<br />
faço o mesmo e acabo corn<br />
urn furo de reportagem.<br />
• A prime/ra entrevista<br />
conced/da a esta colun/sta é do<br />
Cornando do 340 Batalháo de Infantaria<br />
Motor/zada, Ten. Ce?<br />
Joáo Guilherrne da Costa Lab-e<br />
P -- Como o senhor está vinclo<br />
para Foz: alerta ou peito abeoo2<br />
R — Pe/to aberto.<br />
P — Está v/ndo do onde7<br />
R - Estado Maior do Exercito -<br />
Bras//la.<br />
P - Está disposto a enfreitar<br />
nosso ca/or, 40 0 graus?<br />
R — Tranquilarnente.<br />
P — A farnilia é grande?<br />
R — Esposa, ma/s trés fi/hos,<br />
sern contar os cachoros<br />
P — Os nomes?<br />
R - Maria Helena, Luiz Gu/Therme,<br />
Luiz Cláud/o, Tereza Cr;stina.<br />
P — Futebol. amigos. pro feréric/as?<br />
R - Sou cap/xaba, botafoguen-<br />
Se, gosto de pescaria, gosto do<br />
con viv/o pessoal dos amigos e<br />
do fazer amigos<br />
P - Esse "fazer amigos" tera<br />
a/guma ordem do credo, rel/g/ào,<br />
etc!<br />
P — Amizade independente de<br />
cor, relig/ão ou posiçáo social.<br />
Acredito no amor a prime/ra<br />
vista<br />
Ate quarta, am/gos. Como vëem,<br />
o Cel. Joáo Guliherme, born I,br/ano,<br />
é urn charmo<br />
II<br />
- Cristian em sua festinha de<br />
aniversário.<br />
ii<br />
*1<br />
Michele, no rebu de aniversários<br />
da semana.<br />
- Alexandre, no momenta undo de apagar veInhas.<br />
G \'cJ'-<br />
&'*<br />
jineñv<br />
qurta 14<br />
C<br />
quinta 15<br />
c ---- LI••)<br />
sexta 1'<br />
- --Cx- '-%-. ._c)__<br />
t':U N<br />
sábado 17/domingo 1<br />
.. . •,.
Foz, 14/01/81<br />
E o fotógrafo do "<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>" registra para os leitores<br />
- Momento em que Felipe Gonzales e Ale-andre apresentaram aos convidados seL<br />
Restaurante-Show no Paraguai.<br />
T• : . .-' •<br />
- - Laura Cristina Corrêa Guirnarães, cap. Guimarães e Noel Marcondes Ribas, presencas na<br />
inauguração da Senzala.<br />
[fr<br />
- Aspectos de concorrida inauguração da Senzala. no Paraguai.<br />
ocadora de<br />
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17
18 Foz, 14/01/81<br />
Favela da Pluma: sua gente, seus problemas e suas reclamaçöes<br />
Z0 fl a<br />
favela, seita<br />
religiosa<br />
E verdade que em Foz do<br />
lguaçu existem casas de prostituição<br />
espaihadas por toda a<br />
parte corn os mais diversos disfarces.<br />
Por trás de certos hotéis<br />
e lanchonetes escondern-se rnuitos<br />
exploradores do lenocnio. A<br />
Zona de Trés Lagoas é apenas o<br />
grande centro não disfarcado<br />
dessa prâtica degradante. Antes<br />
de ir Para Trés Lagoas, a zona de<br />
meretricio de Foz do lguacu esteve<br />
em dois lugares. Nos primôrdios<br />
ela estava funcionando<br />
no pior estilo urn pouco a frente<br />
da atual garagern da Pluma, na<br />
saida de Foz para Cascavel, a<br />
urn quilómetro do trevo da Av.<br />
Repüblica Argentina corn a Av.<br />
Paraná. Dai transferiu-se para o<br />
local onde hoje está o Conjunto<br />
Habitacional A' da Itaipu. rnais<br />
precisamente onde estã o<br />
Ci ube Floresta e arredores da<br />
sede do Banestado naquela vile<br />
residenciaf. Expuisa de là por<br />
itaipu - não se sabe pot que<br />
mecanisrnos - a central da<br />
prostituição foi construida em<br />
Trés Lagoas.<br />
Ao se mudar para esssa ültima<br />
localizacao as casas de<br />
prostituição somente foram totalmente<br />
erradicadas da sede<br />
anterior, pois na primeira sede<br />
aigurnas casas sempre continuatam<br />
a tuncionar como casas de<br />
prostituiçào perturbando Os rnoradores<br />
das proximidades e se<br />
constituindo num eterno ponto<br />
de vergorrra para Foz do lguacu<br />
e para os visitant es.<br />
Hoje sobram duas ou trés<br />
dessas casas nas cercanias do<br />
que se conhece como fávela da<br />
Plume". A Pluma, evidenlemente.<br />
nada tern a vet corn a favela<br />
ou corn a prostituicao,rnas tern<br />
que arcar corn o vexame de ver<br />
seu nome emprestado a denominacão<br />
de uma favela.<br />
Realmente, ninguém mais<br />
suporta a existência das algazarras<br />
e imoralidades exibidas aos<br />
que chegarn e aos que saem de<br />
Foz do lguaçu num local tao proxirno<br />
a cidade. A imagern exibida<br />
nesse local é simplesmente indigna<br />
de urna Turiscap. Os mais<br />
perturbados e envergonhados<br />
corn essas 'zonas" São Os moradores<br />
das cercanias e depois<br />
todos os que se preocuparn corn<br />
urna imagem decente da cidade<br />
Para set exibida acts turistas. Dia<br />
e noite muiheres decrépitas,<br />
fetas e seminuas prornovern verdadeiros<br />
escãndalos aos othos<br />
de crianças, farnilias e pessoas<br />
qUe passam pela estrada<br />
vindo ou saindo de Foz do<br />
lguaçti.<br />
As vezes a policia faz batidas,<br />
techa tudo, mas no dia Seguinte<br />
os inferninhos se recompoem,<br />
de modo que levam rnuitos<br />
a conclusão de que a policia<br />
estaria fazendo vistas grossas<br />
Para receber propinas' e outros<br />
a acusarem o juiz de, no minimo,<br />
ester 'distraido' em relacào a<br />
esse probierna. -<br />
Já existe a contradição e a<br />
hipocrisia dos cidadOes que<br />
aceitam urn conglomerado de<br />
casas de prostituicão em Trés<br />
LagoaS. Entào que sejam removidas'para<br />
aquela zona essas casas<br />
também. A imoralidade escancarada<br />
na saida da cidade<br />
Ira continual onde quer que<br />
sejarn jogadas aquelas cases,<br />
mas como a sociedade aceita<br />
desde que esteja longe de seus<br />
olhos, 6 meihor que as autorida-<br />
des acabem de vez corn essa<br />
presença desmoralizante de<br />
de si<br />
/ A<br />
I 1':>.'<br />
A FAVELA<br />
Junto a essa<br />
'zoninha' 'exste uma respeitável<br />
favela. Parte está as margens da<br />
Av. Costa e Silva (verdadeiro<br />
nome do trecho de estrada que<br />
vat da Av. RepOblica Argentina<br />
ate o trecho da BR-277). Os casebres<br />
estão construidos na<br />
faixa da DNER e ajudam a<br />
enfeitar' aquele trecho junto<br />
corn outras imundicies desse Iarnentável<br />
acesso a Foz do<br />
lguaçu<br />
O DNER, ate o momento,<br />
diz näo precisar da area e que<br />
não vat perturbar aqueles favelados.<br />
Por outro lado, existern Os<br />
que qierern a pura e simples remocao<br />
desses favelados, o que<br />
tarnbem é urna viléncia. Seria,<br />
talvez, o caso de incluir aqueles<br />
moradores nurn piano do tipo<br />
Profiiurb - nunca desalo1a-los<br />
sem dar-Ihes urn destino certo.<br />
Fora da faixa da Av. Costa e<br />
Silva, sempre a direita de quem<br />
sal de Foz do lguacu Para Cascavel,<br />
existem mais de 5 alqueires<br />
de area ocupada por uma favela<br />
de umas 80 farnilias. Alguns<br />
moradores estão em condiçöes<br />
aceitàvies, mas a grande maioria<br />
està na rniséria absolute.<br />
Os rnoradores compostos<br />
de brasileiros e paraguaios em<br />
proporçOes mais ou menos<br />
iguais, não tern escritura da propriedade.<br />
Pairam sobre efes<br />
constantes ameaças de despejo,<br />
enquanto se batern em busca do<br />
direito a propriedade comandados<br />
por Loureano Rodrigues,<br />
que está as voltas corn a Justiça<br />
Para tazer valet o direito ao<br />
usucapiào sob a alegacão de estar<br />
na area a mais de 20 anos.<br />
Muitos jã pleitearam a area<br />
- todos sem razOes justas, ao<br />
menos pelo que afirmam Os rnoradores.<br />
Contarn eles que em<br />
1977, de 16 a 23 de maio, foi empreendida<br />
urna acào em que a<br />
rnaioria dos rnoradores foi expulsa<br />
do luger corn aiuda de tropas<br />
do Exército. "Foram dias de lute,<br />
medo e tristeza", conta urn rnorador<br />
que conseguiu resistir e<br />
que ainda continua là. Ele relata<br />
que 'quem tinha para onde ir se<br />
ajeitou em outro lugar: Os outros<br />
foram simplesmente jogados no<br />
rneio da wa'.<br />
Ainda nao esquecidos<br />
dessa violéncia comandada pelo<br />
Exército, os atuais moradores<br />
afirmam não haver ninguérn corn<br />
titulo de propriedade da area e<br />
que pot enquanto não estão sendo<br />
rnolestados par pretenderites<br />
a ocupacão. Mas indicam alguns<br />
nomes que jà disputaram o direito<br />
sobre Os 5 alqueires: A empresa<br />
Camargo Corrêa, Santo Guilherme,<br />
urn certo dentista conhecido<br />
deles como Edgar e o<br />
falecido "Mineirinho", cujo<br />
nome verdadeiro eles não lernbrarn.<br />
A NOVA SEITA<br />
A favela em questão, por<br />
outro lado, conseguiu uma singular<br />
coriquista. Vivendo corn urna<br />
solidariedade invejAvel as moradores<br />
atingiram o ponto de<br />
criarern uma nova seita religio-<br />
I<br />
I4<br />
sa. Quase todos conhecem o .gal<br />
como "Favela da Plume",<br />
mas eles o batizararn de "Santdade".<br />
A Santidade, embora esteja<br />
satanizada pelas casas de<br />
prostituição que 'estraga a comunidade",<br />
Segundo o pastor<br />
Alexandre Galeano, começou a<br />
crier raizes ha uns 9 anos.<br />
Nos Ultimcs anos surgu<br />
Alexandre Galeano, logo<br />
transforrnado em pastor do que<br />
denomiraram "Igreja Evangélica<br />
Congregaçao Cristã Povo de<br />
Deus" - nova e Unica. Segundo<br />
o pastor. "A gente lé, estuda e<br />
gosta da Biblia, então a genie<br />
prega", diz Galeano corn seu forte<br />
sotaque paraguaio apesar de<br />
dizer-se brasileiro. Ha quase<br />
dois anos conseouiu elaborar Os<br />
estatutos da seita e registra-la<br />
no Cartárie de Titulos e Documentos.<br />
Ele conta isso corn uma<br />
boa dose de orgulho e entusiasmo<br />
pela união conseguKia entre<br />
os rnoradores e pela força que<br />
sente como lider da<br />
comunidade: "Quem consegue<br />
as rnáquinas na Prefeitura pare<br />
arrumar as ruas todos Os anos<br />
sou eu, porgue me dou muto<br />
bern corn o presidente da<br />
Càmara" - revela o pastor Em<br />
seus pianos esta agora a elaboracao<br />
de urn abaixo-assinado pedindo<br />
ao juiz a rernoçäo das<br />
casas de prostitucaO que ficam<br />
Utilidade<br />
publica<br />
• .,<br />
"C 0 Clube dos "PX" tornou a<br />
iniciativa de ajudar a estas duas<br />
irmãs deficientes fisica, moradoras<br />
da Vila Paraguaia. E preciso<br />
cornprar urn apareiho<br />
ortopédico, que custa uns 40 mu<br />
cruzeiros, pare a rnulher de pernas<br />
atrofiadas. 0 Ciube dos Operadores<br />
de Radio Faixa do Cidadâo<br />
espera colaboraçOes. Quem<br />
puder ajudar, dirija-se ao "Chico",<br />
na Foto Avenida (pertinho<br />
do Hotel Diplomata. na Avenida<br />
Brash). Quem agradece são as<br />
dues irmãs necessitadas.<br />
IDENTIDADE ESTAAQUI<br />
Encontramos a carteira de<br />
ldentidade do Zaqueo da Costa<br />
num ônibus 0 nürnero do docu-:<br />
mento: 3.232.297-2. Està a dispos'cão<br />
do dono aqui no <strong>Nosso</strong><br />
Tern no<br />
Ladeada por casas de prostituição, esta favela fica<br />
as portas de entrada pare a cidade.<br />
'.'T J<br />
Pastor Galeano ladeado por dois fiéis em frente ao<br />
"nOb da "Santidade".<br />
A entrada da "Santidade" e<br />
'estragam tudo" no seu entender.<br />
Alexandre Galeano é contra<br />
a cobrança pot servicos religio<br />
sos. "As colaboraçOes são<br />
esponlãneas" - assegura ele,<br />
mas acrescenta que aiguns faltam<br />
as reuniôes quando estao<br />
sern dinheiro pot terern vergonha<br />
de não poderern dar sue<br />
contribuicão 0 pastor, porérn,<br />
tern a convicção de que não se<br />
pode cobrar por urn serviço pelo<br />
qual nern Cristo cobrava.<br />
Galeano não tern curso de<br />
Teologia, mas considera-se .à altura<br />
Para conduzir Os destinos<br />
religiosos da igreja Evangélica<br />
Congregacão Cristã Povo de<br />
Deus dentro da rnais rigorosa Iideldade<br />
biblica. De irnproviso,<br />
Galeano traça Os fundarnentos<br />
doutrinarios de sue Igreja'<br />
"Aqul havia urn morador<br />
que predicava, talava sobre as<br />
WI<br />
I.<br />
promessas de Deus, o recebirnento<br />
do Espirito Santo.<br />
Antigamente Os santos apOstoios<br />
primeiramente andavam junto<br />
corn Cristo. Depois que Cristo<br />
fez a ültima ceia prometeu acts<br />
apóstoios responderido a uma<br />
pergunta de Pedro: Mestre,<br />
como devemos ficar sozinhos?<br />
Cristo virou e disse a Sao Pedro:<br />
Não turbeis vossos coraçOes.<br />
Crede em Deus e também em<br />
mirn, porque na casa de rneu pal<br />
ha muitas rnoradas. Eu irei ao<br />
Pat e ele rogarâ e enviarâ urn<br />
espirito consolador. Este vos<br />
guiara em toda a verdade e justiça.<br />
Pedro se acalrnou. Ficou<br />
contente. Então Cristo mandou<br />
que OS apasfobos o esperassem<br />
em Jerusalem. Ai eu virei em vOs<br />
e novamente you viver junto corn<br />
vocés. Ai eles receberam o Espirito<br />
Santo. Cada urn faiava em várias<br />
linguas, receberam muitos<br />
poderes... Então é urna ant iga reiigião<br />
que apareceuaqui"<br />
Jornaleiros<br />
ganham prêmio<br />
L,:e :o Os jurna:(-; QLJe mas venoerarn NOSSU<br />
TEMPO no ms do dezembro. 1 0 lugar - Valentirn Voidlinski<br />
2 1' - José Votdjinnki: 30 lugar - DeIc da Silva: 40<br />
un it - Vanderlei dos Santos<br />
G.nha' irn boidS do fuletv adquir idas no Pnlacn oos<br />
!,"rtes 1.
Foz, 14/01/81<br />
0 crime no Brasil assume os contornos de uma autêntica_guerra civil<br />
As classes ricas e ominantes<br />
abriram urna cova e estão<br />
caindo dentro dela. A minoria de<br />
canaihas que tomou para Si ludo<br />
o que o Brasil é, possui e produz,<br />
pensou estar construindo uma<br />
naçao rica. mas 0 que conseguiu<br />
foi a instalação de urn auténtico<br />
inferno social. A satadeza que<br />
marcou a escala da classe privilegiada<br />
para o fantástico enriquecimerito<br />
vazou para as ruas<br />
formando Os caos. A diferença<br />
entre a satadeza dos ricos e a<br />
que se espalhou entre a populacáo<br />
eslá em que esta ültima pou-<br />
Co ou nada tern a conseguir, pois<br />
tudo está tornado pelos ricos.<br />
Os ladrOes de grande calibre,<br />
Os assassinos de marca<br />
mahor, Os criminosos de todas as<br />
marcas estão no poder, 0 controle<br />
politico e econôrnico do<br />
• pais está nas maos de bandidos<br />
que roubam escancaradamente<br />
de forma por eles mesmos legalizada.<br />
Paralela a essa depravacao.<br />
instalou-se na sociedade<br />
explorada uma total anarquia,<br />
uma deprimente, horrorosa e incontrolável<br />
escalada do crime.<br />
A prirneira ediçâo de 1981<br />
da revista Veja dedicou sua malena<br />
de capa ao crime. Os dados<br />
que a revista vornita ao püblico<br />
são suficientes para envergonhar<br />
a mais atrasada republiqueta<br />
do mundo Al esbarram Os<br />
brios patriôticos de urn pals que<br />
tenta encontrar razôes para se<br />
ulanar colocando-se acima do<br />
que ha de pior no mundo subdesenvolvido.<br />
sern conseguir.<br />
Os brasileiros, que gostarn<br />
de ostentar infaritilmente as<br />
maiores coisas do mundo, tern<br />
agora urn recorde a altura de<br />
seu orguiho estüpido: o major indice<br />
de crirninalidade da face da<br />
terra. O crime no Brasil assume<br />
Os contornos de urna auténtica<br />
guerra Civil. 0 nümero e a quaIldade<br />
dos crimes acontecidos no<br />
anode 80 vão sugerir a algum futuro<br />
estudioso da história que 0<br />
Brasil esteve realmente em guerra<br />
nestes Ultimos tempos. E esteye.<br />
E assim continuará -- nâo<br />
sendo possivel saber ate quando.<br />
"E triste constatar que, a<br />
dezenove anos de distâiicia do<br />
século XXI, o pals se encontre,<br />
em matéria de crime e violéricia,<br />
num porito pior do que ja esteve<br />
uma brutal. desmoralizarite<br />
escalada de hornicidios, assaltos<br />
A OPINIAO DE JUV NCIO MAZZAROLLO<br />
o todo tiDo ae deLos ViOJèflIO-.<br />
E a iamüria da 'Carta ao Leitor',<br />
do n° 644 da revisla Veja.<br />
As mais notórias podridôes<br />
sociais de todos Os tempos e lugares<br />
estão se curvando ante a<br />
fertilidade corn que o crime prolifera<br />
no Brasil, especialmente<br />
nas grandes cidades. 0 Rio de<br />
Janeiro e Sao Paulo disputarn<br />
entre si mais esta suprernacia ao<br />
par da económica, politica cultural.<br />
A Baixada Fluminense foi, inclusive,<br />
guiridada pela ONU ao<br />
titulo de " regiáo mais violenta do<br />
rn undo"<br />
0 pior e que, aos poucos. a<br />
sociedade brasileira está obrigada<br />
a encarar uma realidade amda<br />
mats triste: Os indices faritásticos<br />
de crirninalidade já não são<br />
exclusividade das grandes metrôpoles:<br />
eles progressivarnente<br />
vão fazerido parte da vida das<br />
mats folclóricas povoacoes do<br />
interior, Foz do lguacu, por<br />
exemplo, sot reu 164 mortes violeritas,<br />
crirninosas. em 1980,<br />
contando-se somenle as registradas<br />
pelos ôrgáos polictais Se<br />
fosse feita uma estatistica rigorosa<br />
de todo 0 tipo de crimes<br />
acontecidos neste rnunicipio durante<br />
o ano que passou, os dados<br />
envergonhariarn o mats orgulhoso<br />
dos eritusiastas do progresso<br />
aqui existente.<br />
Todos sabem quern assalta<br />
e quem é assaltado. So pode ser<br />
assaltado quem tern, principalmente<br />
quem tern mats. As classes<br />
alIas já não encontrarn metodos<br />
de segurança para seus<br />
bens e para suas vidas. No Rio<br />
de Janeiro, uma em cada duas<br />
pessoas da classe "A" foram vitimas<br />
de algum tipo de violéricia<br />
nos Ultimos dois anos. Belissimo<br />
recorde' Acirna de tudo, rnerecido.<br />
A desenvoltura corn que<br />
operam Os rnarginais no Brasil é<br />
perfeitamente compativel corn o<br />
tipo de sociedade aqui tormada.<br />
Poucos conseguern admitir isso,<br />
rnas a verdade é que a violéncia<br />
generalizada é a resposta inevitável<br />
para qualquer sociedade<br />
tao desigual como a brasileira.<br />
Os ricos, defendidos e incer<br />
tiv&doS em 3uas roubalheiras<br />
pelo governo imoral e corruplo<br />
dos mililares, apenas agora estao<br />
entrando em pánico por não<br />
saberem corno defender as posses<br />
conseguidas desonestarnente<br />
e assegurar a tranquilidade do<br />
suas garantias pessoais,<br />
Ninguern pode relutar a lese<br />
de que a violéncia, a corrupção,<br />
a desonesadade lot ensinada<br />
ao povo pelo regime despOtico<br />
dos anos p05-64. Tudo cornecou<br />
corn a repressáo politica<br />
desencadeada pelos militares<br />
para se defenderem no poder e<br />
assim assegurarem a devastacáo<br />
do pals e do povo por urna<br />
corja de assaltanles engravatados,<br />
sejam des brasilehros ou representantes<br />
do imperialismo.<br />
A lei foi detnitivamente desmoralizada<br />
, pelos que teriam 0<br />
dever de faze-la respeitar e cumprir.<br />
0 cornportamerito dos orgariismos<br />
encarregados da segunança<br />
é vergonhoso ao ponto de<br />
se confundir corn o comportamento<br />
dos que fazem da desobediéricia<br />
as leis seu rneio de vida<br />
A inseguranca é total. E isso<br />
é cômico quarido so sabe que<br />
lot corn a palav'a "segurança'<br />
que os golpistas de 64 encherarn<br />
a boca. A população que rouba,<br />
que mata. està apenas tentanco<br />
o ültirno recurso para tornar a S<br />
o que Ihe lot usurpado por urna<br />
politica econôrnica explonadora.<br />
opressiva. As tempestades de<br />
hoje foram armazenadas pelos<br />
ventos da prepotência e do<br />
egoismo dos poucos beneficiados<br />
pela crirnirosa condução<br />
dos destinos da riação nestes<br />
anos de total fall a de Ctica e humanismo<br />
do regime milita<br />
Hoje não existern mats portas<br />
nem fechaduras, nem rnurahas<br />
capazes de deter a sanha<br />
dos assaltanles. A policia, além<br />
de corrornpida, é irremediavelrnente<br />
ineficaz. A incompetéricia.<br />
a talta de confiabilidade merecida<br />
petoS organismos polic'ais<br />
está abrindo a oportunidade<br />
ao surgimento de urn exército<br />
paralelo na vida brasileira. Proliteram<br />
no pals os serviços de<br />
guarda particulares para defender<br />
empresas, casas e pessoas.<br />
E mais urn negOcio lucrativo corn<br />
urn ménito respestávet, o de ser<br />
urn pouco mais eficiente do quo<br />
o combalido aparato de policiarnent9<br />
oficial.<br />
E deprimerite. 0 estado perdeu<br />
para os cnirninosos o controle<br />
das cidades. A gravidade da<br />
situação precisa ser avaliada<br />
corn realisrno. Ela dá a medida<br />
exata do catáter injusto e desurnano<br />
dos rumos traçados a força<br />
para opals.<br />
0 mats diticil em 'udo isso<br />
não é buscar rnétodos de repres-<br />
são pura e simples. Sabe-se que<br />
nem é ai que reside a solução.<br />
Se a eliminação do crime dependesse<br />
da repressào, Os paises<br />
da America do Sul deveriam estar<br />
rajando a santidade, tamanha<br />
foi a abundância repressiva nas<br />
Ultirnas duas décadas nesta infeliz<br />
região do globo terrestre.<br />
Nem is preciso escrever oU<br />
falar sobre a cnirninalidade para<br />
0 povo saber o grau critico em<br />
que estã 0 pals nesse carnpo.<br />
Basta sair a rua ou d.eixar uma<br />
casa sern ninguém dentro duranto<br />
urn ou dois dias para o;e a<br />
lëncia atirja 0 caaaao cm sua<br />
LOTEADORA<br />
I7<br />
00110 LTDA.<br />
o MELHOR<br />
IMOVEL DA CIDADE<br />
Av. JJcei!rtc Kuotschek, 1295<br />
19<br />
prOpria came. E uma situacáo<br />
que não ajuda ninguém. E o mais<br />
Iarnentãvel A conduia criminosa<br />
é para o marginal. tao ou<br />
mais incômoda para ele mesmo<br />
que a sobressaltada conduta das<br />
vitirnas do crime.<br />
Trata-se de urn probtema<br />
digno da preocupaçao da sociedade<br />
inteira. 0 começo da solucáo<br />
esta no convencimento de<br />
que ela existe. Mas eta náo esta<br />
em qualquer fOrmula. Ela està<br />
muilo Iorge, bern bra do sistema<br />
vigente. Corn Os bois quo 0<br />
pals tern puxando seu carretão e<br />
seu arado é irnpossivel esperar<br />
da !erra bons frutos.
it9<br />
-.---'.------- -----.-- -<br />
Dci( padre,<br />
eu FaIeT que a<br />
C Y •) t- - -<br />
-- - --<br />
NO bdro Campos do lguaçu o povo<br />
esid no Qxpectctt?va de b-everrente<br />
3UrgIr umo 'nha detrar15poe fluv'ol<br />
dTretornen1e da çaraer-i dci Prfricesc.<br />
dos Campos GO C€rIfrC, po yque o ro<br />
arçk1a ( ) aIuen±E dc-) Botc jcl. QurrlQ<br />
v-ecdckide.<br />
-<br />
9-<br />
QUEREMOS DAR AQUELE ABAO E DE.SEJ<br />
UM FELIZ ANIONOVO AOS<br />
NOSSOS QUERUJOS GOVERNANTES<br />
N,ossoc<br />
emp<br />
Foz, 14/01/81 - N°6 Ano I