Os desassossegos do rei - Quintal dos Poetas

Em Pernambuco o próprio governador Luiz do Rego
tratou de formar sua junta provisória o que se deu em 31 de
março. Mais tarde houve uma dissidência e a questão foi
remetida ao campo de batalha. É que Mena Calado,
discordando da iniciativa de Luiz do Rego, resolveu formar
outra junta de governo na vila de Goiás. Depois de muito
sangue derramado, em 29 de agosto de 1821 revolveram
entrar num acordo e em 26 de outubro conseguiram eleger
um governo de conciliação.
Em São Paulo a movimentação para a formação da
junta provisória de governo se deu no dia 23 de março de
1821. O clima era propício, principalmente porque a tropa
estava descontente com o governo por conta de questões
ligadas ao aumento de seus soldos. Sob a presidência do
conselheiro José Bonifácio de Andrada, convidado pela tropa
e pelo povo, deu-se a eleição do governo provisório sem
nenhum incidente ou fato de maior nota.
Em Minas a coisa correu um pouco mais devagar. A
instalação da junta de governo se deu pela iniciativa do, à
pouco citado - sargento-mor de nacionalidade portuguesa -
José Maria Pinto Peixoto. No dia 16 de setembro de 1821 ele
reuniu a tropa na Praça do Palácio, convocou as autoridades e
o povo e determinou a eleição da junta. Embora o próprio
governador Manuel de Portugal e Castro tenha sido eleito
presidente da comissão de governo, não ficou tudo mais ou
menos na mesma pois, além de jurar lealdade às Cortes, a
junta mineira ainda teve o exagero de estabelecer que todas as
determinações de d. Pedro teriam que ser ratificadas por ela
para passar a fazer efeito sobre os mineiros. O sargento-mor
rebelde, claro, reservou para si o posto de governador de
armas.
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