Os desassossegos do rei - Quintal dos Poetas

D. João V morreu em 1750. Sucedeu-o seu filho d.
José I que também não era duque de Bragança pois era o
terceiro filho na linha do trono e, para manter a tradição, só se
tornou herdeiro com a morte de seu irmão mais velho Pedro
de Bragança.
José Francisco Antônio Inácio Norberto Agostinho de
Bragança – para sua eterna grandesa chamado minudamente
de o Reformador - nasceu a 06 de junho de 1814 e sua vida
está marcada por dois fatos contundentes: o terremoto de
Lisboa ocorrido em 1 de novembro de 1755 e a ascensão ao
poder de Sebastião José de Carvalho e Melo - o marques de
Pombal. D. José assustou-se tanto com o terremoto que
entregou as rédeas do governo ao marquês e passou a viver
em certa ociosidade e liberdade, habitando uma espécie de
palácio de tendas, cultivando uma biografia um tanto ou
quanto modorrenta até morrer, o que se deu em 1777.
O marques de Pombal garantiu uma relativa boa vida
para o rei d. José reconstruindo Lisboa e destruindo as casas
nobres mais rebeldes de Portugal, liquidando o duque de
Aveiro e o marques da Távora e implantando um cômodo
governo para si mesmo sob sólidos pilares absolutistas.
D. José teve quatro filhas todas de nome Maria. De
sorte que não teve jeito de uma Maria não assumir o trono
deixado pelo pai. Essa veio a ser a primeira rainha da Dinastia
de Bragança. Chamava-se Maria Francisca Isabel Josefa
Antônia Gertrude Rita Joana, nascida a 17 de dezembro de
1734. Foi a primeira princesa do Brasil e duquesa de Bragança
a assumir efetivamente o trono que originalmente lhe cabia,
pois sobreviveu ao pai, coisa que não aconteceu com seus
reais antecessores e nem aconteceria com seu sucessor já que
seu primogênito d. José também não sobreviveria a ela
propiciando que seu outro filho – o futuro d. João VI - viesse
a assumir o trono.
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