Os desassossegos do rei - Quintal dos Poetas

Europa atrás de uma nova noiva para d. Pedro. Para aplainar a
missão de seu enviado, o próprio imperador escreveu ao seu
ex-sogro prometendo tomar juízo. E de fato o imperador da
Áustria, à revelia de seu ministro Metternich, tentou ajudar um
pouco pois queria uma boa madrasta para os netos brasileiros.
O primeiro alvo seria a princesa Ludovica Guilhermina ou
então sua irmã Maria Ana, ambas irmãs do rei da Baviera.
Nenhum das duas quis a grande honra. A má notícia foi dada
pelo ex-sogro de d. Pedro em 27 de novembro de 1827. A
próxima meta passou a ser a princesa Mariana Ricarda da
Sardenha. No eventual desinteresse desta, a princesa de
Nápoles também servia. Ambas, devidamente alertadas da má
fama do moço casadoiro, recusaram a proposta. Duas
princesas suecas também declinaram do convite. Diante de
tanta dificuldade o imperador resolveu montar uma verdadeira
equipe multinacional de caças-noivas composta do visconde
de Pedra Branca, do coronel de Brack e do sr. Dumoulin. O
sucesso não veio de imediato, mas eles trabalharam com
empenho, enviando cartas e pedindo ajuda dos alcoviteiros da
Europa. A próxima recusa foi do pai da moça Luisa, princesa
de Baden, filha de Estefânia de Beauharnais e do Grão duque
de Baden. A mãe da pretendida, porém, não quis desperdiçar a
chance. Lembrou-se de que seu irmão estava precisando casar
uma filha e sugeriu que ela fosse procurada pelos caças-noivas.
A tal sobrinha era neta da ex-mulher da Napoleão - Josefina
de Beauharnais - e filha de Eugênio de Beauharnais e de d.
Augusta Amélia, esta filha do rei da Baviera e se chamava
Amélia. Essa sim, era a mulher de verdade que d. Pedro estava
procurando. Amélia Augusta Eugênia Napoleona de
Beauharnais - princesa de Leuchtemberg, consultada, aceitou a
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