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A parábola do Filho Pródigo

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Objetivos desta lição<br />

A <strong>parábola</strong> <strong>do</strong> <strong>Filho</strong> <strong>Pródigo</strong><br />

1<br />

Lição 4<br />

• Anunciar o amor de Deus àqueles que estão longe dEle e àqueles que pensam que estão perto, mas são<br />

meramente religiosos. Para tanto, programe um Dia <strong>do</strong> Amigo ou um Evento de Colheita;<br />

• Confrontar as pessoas com a possibilidade de serem como o filho mais novo, ou o filho pródigo;<br />

• Confrontar as pessoas com a possibilidade de serem como o filho mais velho, ou seja, meramente religiosas;<br />

• Apresentar o verdadeiro caráter de Deus e o seu amor.<br />

Introdução<br />

Para introduzir a presente lição, faça a seguinte pergunta de quebra-gelo:<br />

• Quan<strong>do</strong> criança, em alguma ocasião, você fugiu de casa? Conte para o grupo essa interessante história.<br />

Desenvolvimento<br />

Texto-base: Lucas 15.11-32 (Nova Versão Internacional)<br />

Leia o texto-base. Logo após, para sua melhor compreensão, exponha as seguintes informações:<br />

• A Parábola <strong>do</strong> <strong>Filho</strong> <strong>Pródigo</strong> faz parte de um contexto onde estão outras duas <strong>parábola</strong>s: a da Ovelha<br />

Perdida (Lucas 15.3-7) e a da Moeda Perdida (Lucas 15.8-10). Essas três <strong>parábola</strong>s têm um enre<strong>do</strong> comum:<br />

algo que foi perdi<strong>do</strong> e, posteriormente, encontra<strong>do</strong> e festeja<strong>do</strong>;<br />

• De acor<strong>do</strong> com Lucas 15.1-2, Jesus contou essas <strong>parábola</strong>s para um público composto, de um la<strong>do</strong>, por<br />

publicanos e “peca<strong>do</strong>res”, e, de outro, fariseus e mestres da lei;<br />

• Apesar de ser conhecida como Parábola <strong>do</strong> <strong>Filho</strong> <strong>Pródigo</strong>, talvez esse não seja o melhor título para esse<br />

texto, por limitar, erroneamente, a sua leitura. Jesus começa a história dizen<strong>do</strong>: “Um homem tinha <strong>do</strong>is<br />

filhos” (v.11). Assim sen<strong>do</strong>, a partir dessa frase inicial e <strong>do</strong> desenvolvimento e final da <strong>parábola</strong>, ao invés de<br />

ser chamada de Parábola <strong>do</strong> <strong>Filho</strong> <strong>Pródigo</strong> (que quer dizer gasta<strong>do</strong>r, esbanja<strong>do</strong>r, dissipa<strong>do</strong>r), ela poderia<br />

ser chamada de Parábola <strong>do</strong>s Dois <strong>Filho</strong>s;<br />

• Três são os personagens principais desta <strong>parábola</strong>, os quais têm diferentes significa<strong>do</strong>s e aplicações. Na<br />

verdade, eles nos oferecem três diferentes perspectivas, ou pontos de vista, sobre a história. São eles:<br />

1. O filho mais novo, ou o chama<strong>do</strong> filho pródigo<br />

• A participação <strong>do</strong> filho mais novo na trama começa com ele pedin<strong>do</strong> a seu pai a sua parte da herança e<br />

receben<strong>do</strong>-a (v.12). Alguns afirmam, com base em Deuteronômio 21.15-17, que tratava-se de um terço<br />

<strong>do</strong>s bens daquele homem. Qual o significa<strong>do</strong> disso? Embora um pai pudesse distribuir as heranças de<br />

seus filhos ainda vivo, esse pedi<strong>do</strong> revela um pouco <strong>do</strong> coração <strong>do</strong> filho mais novo em relação a seu<br />

pai. Esse filho estava endureci<strong>do</strong> e insensível, foca<strong>do</strong> em seus desejos e ambições, não consideran<strong>do</strong> os<br />

sentimentos de seu pai. A partir <strong>do</strong> versículo 13, podemos afirmar que o filho pródigo estava com um<br />

grande anseio de desfrutar a vida à sua maneira e que seu pai, ten<strong>do</strong> em vista a herança, era, ao mesmo<br />

tempo, uma necessidade e uma barreira quanto a isso;<br />

• Ten<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong> a sua parte da herança, “o filho mais novo reuniu tu<strong>do</strong> o que tinha, e foi para uma região<br />

distante; e lá desperdiçou os seus bens viven<strong>do</strong> irresponsavelmente” (v.13). Como o versículo 12 nos diz<br />

As Parábolas de


que o homem, em resposta ao pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> filho mais novo, repartiu sua propriedade entre seus <strong>do</strong>is filhos,<br />

podemos afirmar que o filho pródigo vendeu a sua parte da herança para, com dinheiro em mãos, gastá-lo<br />

como bem quisesse com mulheres e bebidas. E assim ele o fez, até o dinheiro acabar;<br />

• Quan<strong>do</strong> o dinheiro acabou, também houve uma grande escassez de alimentos naquela região. Assim, o<br />

filho mais novo “começou a passar necessidade” (v.14). Tanta, que chegou ao ponto de aceitar um emprego<br />

de cuida<strong>do</strong>r de porcos, animais considera<strong>do</strong>s impuros pela Lei de Moisés (Levítico 11.7) e pelos judeus<br />

(v.15). Sua humilhação foi ainda maior quan<strong>do</strong>, de tão faminto, desejou comer o que dava aos porcos por<br />

alimento e isso lhe foi nega<strong>do</strong> (v.16);<br />

• Diante de tanta necessidade, humilhação e sofrimento, o texto bíblico nos diz que o filho mais novo “caiu<br />

em si”, se lembran<strong>do</strong> da fartura de comida que os emprega<strong>do</strong>s de seu pai tinham em sua casa, enquanto<br />

ele estava ali passan<strong>do</strong> fome (v.17). Assim, decidiu voltar para a casa de seu pai, confessar a ele o seu<br />

peca<strong>do</strong> e pedir para ser recebi<strong>do</strong> como um emprega<strong>do</strong> (v.18). E assim ele fez (vv.19-20).<br />

2. O pai<br />

• A participação <strong>do</strong> pai na trama começa com ele receben<strong>do</strong> <strong>do</strong> filho mais novo um pedi<strong>do</strong> pela sua parte<br />

da herança. Apesar da não obrigatoriedade da aceitação dessa requisição, e da expectativa <strong>do</strong>s ouvintes<br />

da <strong>parábola</strong> de que ele reagisse mal a isso, aquele pai, surpreendentemente, concorda com o pedi<strong>do</strong> e<br />

divide a sua propriedade entre os seus <strong>do</strong>is filhos (v.12). Pouco tempo depois, ele vê o seu filho mais novo<br />

vender a sua parte da herança, reunir tu<strong>do</strong> o que tinha e sair de casa (v.13);<br />

• O tempo passou, mas aquele pai ainda alimentava a esperança de ver o seu filho de volta ao lar. Até que,<br />

em um determina<strong>do</strong> dia, “estan<strong>do</strong> ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho,<br />

e o abraçou e beijou” (v.20). Essa atitude, mais uma vez, surpreendeu a platéia de ouvintes. O pai não<br />

demonstrou estar ofendi<strong>do</strong>, mas, sim, amor e alegria. O fato de ter corri<strong>do</strong> em direção ao filho foi uma<br />

grande quebra de protocolo, já que os costumes da época ditavam que um homem i<strong>do</strong>so jamais deveria<br />

correr para ir ao encontro de uma pessoa, ainda menos se tivesse si<strong>do</strong> ofendi<strong>do</strong> por ela;<br />

• Aquele pai ouve a confissão de peca<strong>do</strong> de seu filho e o pedi<strong>do</strong> para ser recebi<strong>do</strong> como um emprega<strong>do</strong><br />

(v.21). Entretanto, ele resgata a identidade e a dignidade de seu filho, ordenan<strong>do</strong> que lhe trouxessem a<br />

melhor roupa e o vestissem, e que lhe colocassem um anel no seu de<strong>do</strong> e calça<strong>do</strong>s em seus pés (v.22).<br />

Provavelmente, essa roupa pertencia ao pai, o que pode significar que aquele filho deveria ser trata<strong>do</strong> com<br />

o pai o era. O anel em questão tinha o brasão da família e concedia ao filho autoridade para representar<br />

seu pai. Quanto ao calça<strong>do</strong> nos pés, andar descalço era símbolo de escravidão, enquanto que andar<br />

calça<strong>do</strong> significava que a pessoa tinha liberdade para ir e vir. Assim, aquele filho foi restaura<strong>do</strong> em sua<br />

honra e respeito dentro da casa de seu pai. Além disso, todavia, o pai ainda ordenou que fosse feita uma<br />

grande festa em comemoração à volta de seu filho mais novo e que o novilho gor<strong>do</strong> fosse prepara<strong>do</strong>, um<br />

animal que era especialmente cria<strong>do</strong> e alimenta<strong>do</strong> para ser abati<strong>do</strong> em uma ocasião especial. Essa festa<br />

seria realmente grande, envolven<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s da vizinhança, já que esse animal poderia alimentar bem cerca<br />

de cem pessoas;<br />

• Em da<strong>do</strong> momento, entretanto, aquele pai percebeu que o filho mais velho não estava participan<strong>do</strong> da<br />

festa, o que se tratava de uma séria ofensa social. Todavia, mais uma vez quebran<strong>do</strong> as expectativas <strong>do</strong>s<br />

ouvintes, o pai, repetin<strong>do</strong> a atitude que teve para com o filho mais novo, sai e vai ao encontro <strong>do</strong> filho mais<br />

velho, insistin<strong>do</strong> para que ele entrasse na festa (v.28). Diante da recusa e reclamação de desse filho, aquele<br />

pai disse: “Meu filho, você está sempre comigo, e tu<strong>do</strong> o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a<br />

volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdi<strong>do</strong><br />

e foi acha<strong>do</strong>” (vv.31-32).<br />

3. O filho mais velho<br />

• A participação <strong>do</strong> filho mais velho na trama começa com ele, inesperadamente, receben<strong>do</strong> a sua parte<br />

da herança de seu pai (v.12) e, pouco tempo depois, ven<strong>do</strong> seu irmão mais novo vender a sua parte da<br />

herança, reunir tu<strong>do</strong> o que tinha e sair de casa (v.13);<br />

• Algum tempo depois, quan<strong>do</strong> estava voltan<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho no campo e se aproximan<strong>do</strong> de casa, percebeu<br />

um clima de festa. “Então chamou um <strong>do</strong>s servos e lhe perguntou o que estava acontecen<strong>do</strong>. Este lhe<br />

respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gor<strong>do</strong>, porque o recebeu de volta são e salvo’”<br />

(vv.26-27). Diante disso, ele ficou muito ira<strong>do</strong> e não quis entrar para participar da festa (v.28). Em sua<br />

2<br />

As Parábolas de


opinião, seu pai não estava agin<strong>do</strong> da maneira correta e adequada para com seu irmão mais novo, por isso<br />

recusava-se a compartilhar daquela comemoração, o que era sinal de grande desrespeito a seu pai;<br />

• Quan<strong>do</strong> seu pai foi ao seu encontro, insistin<strong>do</strong> para que ele entrasse e participasse da festa, ele respondeu:<br />

“Olha! To<strong>do</strong>s esses anos tenho trabalha<strong>do</strong> como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas<br />

ordens. Mas nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quan<strong>do</strong> volta<br />

para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gor<strong>do</strong> para ele”<br />

(vv.29-30). Aquele filho mais velho, apesar de ser filho e nunca ter saí<strong>do</strong> da casa de seu pai, via-se como um<br />

emprega<strong>do</strong> e estava com inveja e ciúmes de seu irmão mais novo por causa <strong>do</strong> tratamento que ele estava<br />

receben<strong>do</strong>. Além disso, apesar de nunca ter se afasta<strong>do</strong> de seu pai, não o conhecia verdadeiramente, nem<br />

desfrutava de seu amor.<br />

Posto isso, pergunte:<br />

1. Quem cada um <strong>do</strong>s três personagens principais da <strong>parábola</strong> representa?<br />

2. Com qual deles você se identifica? Por quê?<br />

Após essas perguntas, exponha ainda as seguintes informações:<br />

• Para respondermos, à primeira pergunta feita, precisamos nos lembrar <strong>do</strong> público alvo desta <strong>parábola</strong>. De<br />

acor<strong>do</strong> com Lucas 15.1-2, Jesus contou essa <strong>parábola</strong> para publicanos e “peca<strong>do</strong>res”, e fariseus e mestres<br />

da lei. Assim, a princípio, podemos dizer que o filho mais novo, ou o filho pródigo, representa os publicanos<br />

e “peca<strong>do</strong>res”, o pai representa Deus, e o filho mais velho os fariseus e mestres da lei, ou seja, o filho mais<br />

novo representa aqueles que estão viven<strong>do</strong> longe de Deus e na prática <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, e o filho mais velho<br />

aqueles que pensam que estão perto de Deus e na prática da santidade, mas, na verdade, não conhecem<br />

a Deus e são meramente praticantes de religiosidade.<br />

Conclusão<br />

Caminhan<strong>do</strong> para a conclusão, pergunte novamente:<br />

1. Com qual <strong>do</strong>s três personagens da <strong>parábola</strong> você se identifica? Por quê?<br />

Concluin<strong>do</strong>, diga:<br />

A Parábola <strong>do</strong> <strong>Filho</strong> <strong>Pródigo</strong> no oferece as seguintes as seguintes lições;<br />

• Podemos ser como o filho mais novo, com o coração endureci<strong>do</strong> e insensível a Deus, foca<strong>do</strong>s em nossos<br />

desejos e ambições, ansian<strong>do</strong> desfrutar a vida à nossa maneira e ven<strong>do</strong> Deus como uma necessidade e<br />

uma barreira quanto a isso. Uma necessidade por causa das bênçãos que ele pode nos dar; uma barreira<br />

por causa <strong>do</strong>s limites que a sua vontade nos coloca;<br />

• Como o filho mais novo, podemos estar viven<strong>do</strong> de maneira irresponsável e auto-destrui<strong>do</strong>ra,<br />

desperdiçan<strong>do</strong> as nossas vidas e os nossos recursos;<br />

• Como o filho mais novo, podemos estar no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> poço, em grande necessidade, humilhação e<br />

sofrimento;<br />

• Como o filho mais novo, podemos “cair em nós”, decidin<strong>do</strong> voltar para Deus e confessar a ele os nossos<br />

peca<strong>do</strong>s;<br />

• Deus, muitas vezes, não age conforme as nossas expectativas, mas, sim, nos surpreende positivamente;<br />

• Deus não nos força a ficar com Ele, mas nos dá a liberdade de nos afastarmos e aproximarmos conforme<br />

a nossa vontade;<br />

• Quan<strong>do</strong> decidimos voltar para Deus, apesar <strong>do</strong>s nossos peca<strong>do</strong>s, Ele nos recebe com amor e alegria,<br />

restauran<strong>do</strong> a nossa identidade e dignidade de filhos;<br />

• Podemos ser como o irmão mais velho, rejeitan<strong>do</strong> e acusan<strong>do</strong> aqueles que voltam para Deus após<br />

terem cometi<strong>do</strong> muitos e graves peca<strong>do</strong>s e estarem sofren<strong>do</strong> as conseqüências negativas<br />

disso;<br />

• Como o irmão mais velho, podemos estar na “casa <strong>do</strong> pai”, mas não sermos filhos, não o conhecen<strong>do</strong><br />

verdadeiramente, nem desfrutan<strong>do</strong> de seu amor. Podemos ser meramente religiosos.<br />

3<br />

As Parábolas de


Desafio<br />

Por fim, lance os seguintes desafios práticos:<br />

• Se você é como o irmão mais novo, caia em si e decida voltar para Deus e confessar a ele os seus<br />

peca<strong>do</strong>s;<br />

• Se você é como o irmão mais velho, decida aban<strong>do</strong>nar a religiosidade, conhecer a Deus verdadeiramente<br />

e desfrutar de seu amor. Caia também em si e, como o irmão mais novo, decida voltar para Deus e<br />

confessar a ele os seus peca<strong>do</strong>s.<br />

4<br />

As Parábolas de

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