ESTUDO DE SUPERFÍCIES CURVAS - Universidade de Évora
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Nas igrejas <strong>de</strong>sta época a solução mais corrente, para melhorar a<br />
iluminação, é semelhante à que tinha sido adoptada nas basílicas, com a<br />
elevação da nave central em relação às colaterais. Isto possibilitava a<br />
abertura <strong>de</strong> vãos nas zonas mais altas das pare<strong>de</strong>s, mas o seu peso e o da<br />
abóbada eram <strong>de</strong>scarregados sobre as pare<strong>de</strong>s das naves colaterais, que<br />
<strong>de</strong>pois o transmitiam às pare<strong>de</strong>s exteriores tornadas, assim, em contrafortes<br />
da nave central.<br />
A nave central era, normalmente, coberta por abóbada <strong>de</strong> berço e as<br />
naves laterais por abóbadas <strong>de</strong> berço <strong>de</strong> arestas.<br />
A abóbada <strong>de</strong> arestas resultava da intersecção <strong>de</strong> duas abóbadas <strong>de</strong><br />
berço <strong>de</strong> igual flecha, tendo em vista a cobertura <strong>de</strong> espaços modulados<br />
em que se dividia o espaço a cobrir. Estes módulos eram <strong>de</strong>signados por<br />
tramos, e eram limitados por arcos transversais, e arcos formeiros.<br />
Fig. 21 – Vários aspectos <strong>de</strong> abóbadas <strong>de</strong> Igrejas Românicas. Segundo axonometria <strong>de</strong> A.<br />
Choisy – Histoire <strong>de</strong> L’Architecture, t. II, Vincent Freal, Freal et – – Paris, 1955, incluído em Le<br />
Grand Atlas <strong>de</strong> L’Architecture Mondiale.<br />
Na arquitectura românica as abóbadas <strong>de</strong> arestas exerciam a pressão<br />
lateralmente sobre toda a dimensão das pare<strong>de</strong>s que sustentavam a nave<br />
central.<br />
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