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musicoterapia com mães de recém-nascidos internados em uti

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Conforme a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> MILLECO (2001), apresentada no capítulo II, estas<br />

duas músicas se inser<strong>em</strong> da classificação <strong>de</strong> acalantos tranqüilizadores e religiosos. A mãe,<br />

através do seu canto, envolve o bebê <strong>em</strong> um ambiente seguro, <strong>com</strong> proteção divina e <strong>de</strong><br />

anjos. Após cantar<strong>em</strong> estas músicas, as <strong>mães</strong> sorriam e diziam sentir um alívio. A melodia<br />

suave, aliada à letra que traz um conteúdo que proporciona segurança, alivia a ansieda<strong>de</strong><br />

das <strong>mães</strong>.<br />

A partir do momento que as <strong>mães</strong> passam a reconhecer a importância que têm na<br />

ajuda e participação no tratamento do filho, tornam-se mais presentes, assíduas às visitas e<br />

atuantes <strong>com</strong> o bebê. O contato diário da mãe <strong>com</strong> o neonato é fundamental para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento afetivo mãe-filho. As funções <strong>de</strong> continência da “Mãe Suficient<strong>em</strong>ente<br />

Boa” são importantes para proporcionar ao bebê sentimentos <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> à vida.<br />

♦ À medida que freqüentavam os atendimentos, as <strong>mães</strong> gradualmente <strong>com</strong>eçavam a<br />

cantar mais e escolher músicas.<br />

À medida que as <strong>mães</strong> sentiam-se seguras no ambiente terapê<strong>uti</strong>co, <strong>com</strong>eçavam<br />

a arriscar a entoação <strong>de</strong> canções. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas <strong>mães</strong> viver<strong>em</strong> um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

instabilida<strong>de</strong> <strong>em</strong>ocional, a programação dos atendimentos visava proporcionar sensação <strong>de</strong><br />

segurança através da previsibilida<strong>de</strong>. Esta previsibilida<strong>de</strong> <strong>com</strong>preen<strong>de</strong> tanto a não mudança<br />

na estrutura física do setting terapê<strong>uti</strong>co até a repetição <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. A expressão das<br />

<strong>mães</strong> surgia a partir da repetição e familiarização <strong>com</strong> o ambiente. Algumas <strong>mães</strong><br />

costumavam s<strong>em</strong>pre se sentar no mesmo lugar. A Re-criação musical (BRUSCIA, 2000)<br />

foi a técnica musicoterápica predominante da pesquisa. Ela foi <strong>de</strong> encontro ao momento<br />

das <strong>mães</strong>, ajudando-as na auto-expressão.<br />

Conforme os <strong>de</strong>poimentos dados pela equipe que trabalha na UTI Neonatal da<br />

instituição, foi possível observar que as <strong>mães</strong> entravam mais tranqüilas para a visitas,<br />

conversavam mais <strong>com</strong> seus bebês e algumas cantavam para seus filhos após a<br />

participação nos atendimentos musicoterápicos.<br />

♦ Depois <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> iniciado os atendimentos, as <strong>mães</strong> diziam que era melhor estar s<strong>em</strong><br />

chorar ao lado bebê. Muitas <strong>mães</strong> contavam-me sorrindo que não estavam chorando<br />

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