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musicoterapia com mães de recém-nascidos internados em uti

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“o pesquisador é movido a uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento das angústias e<br />

ansieda<strong>de</strong>s da pessoa <strong>em</strong> estudo, <strong>com</strong> a pesquisa acontecendo <strong>em</strong><br />

ambiente natural (settings da saú<strong>de</strong>), e mostrando-se particularmente útil<br />

nos casos on<strong>de</strong> tais fenômenos tenham estruturação <strong>com</strong>plexa, por ser<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong> foro pessoal íntimo ou <strong>de</strong> verbalização <strong>em</strong>ocionalmente difícil”.<br />

2.2 - TEORIA PSICANALÍTICA E MUSICOTERAPIA<br />

Neste capítulo, será feita uma breve relação entre a Psicanálise e a<br />

Musicoterapia, assim <strong>com</strong>o a interlocução <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong>stas áreas, a fim <strong>de</strong> buscar<br />

referencial teórico para a discussão dos resultados.<br />

Como a música, a psicanálise é um <strong>de</strong>senvolvimento que não privilegia<br />

n<strong>em</strong> a realida<strong>de</strong> psíquica n<strong>em</strong> a realida<strong>de</strong> material. Ambas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m,<br />

<strong>com</strong>o portas <strong>de</strong> entrada, das impressões sensoriais e transcen<strong>de</strong>m este<br />

nível. Talvez estejamos às voltas <strong>com</strong> algo tão impossível <strong>de</strong> ser<br />

nomeado e <strong>com</strong>preendido, mas passível <strong>de</strong> ser intuído e experimentado,<br />

que a analogia po<strong>de</strong> ser feita <strong>com</strong> a energia transcen<strong>de</strong>ndo,<br />

relacionada à velocida<strong>de</strong> da luz, o seu estado <strong>de</strong> matéria. Nesta<br />

transcendência, a<strong>de</strong>ntram ao <strong>de</strong>sconhecido que provavelmente se<br />

relaciona ao próprio <strong>de</strong>sconhecido da vida. (SANDLER, 2002, p.1).<br />

A música é consi<strong>de</strong>rada um instrumento para a auto-expressão <strong>em</strong>ocional e<br />

uma forma <strong>de</strong> liberação, através do não-verbal, <strong>de</strong> conteúdos do inconsciente. Com a ajuda<br />

<strong>de</strong> um terapeuta, a pessoa po<strong>de</strong> <strong>uti</strong>lizar a música <strong>com</strong>o um canal expressivo para<br />

<strong>de</strong>scarregar a pressão <strong>de</strong> <strong>em</strong>oções dolorosas. WRIGHT e PRIESTLEY (in: RUUD, 2000,<br />

p. 42) integraram a teoria psicanalítica <strong>em</strong> sua abordag<strong>em</strong> da <strong>musicoterapia</strong> <strong>de</strong>nominada<br />

“Musicoterapia Analítica”. Eles buscaram atingir objetivos tradicionalmente alcançados<br />

pela verbalização e livre associação através das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação da música e<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ultrapassar a censura verbal consciente e sua ligação íntima <strong>com</strong> a vida<br />

interior do ser humano. Os objetivos traçados por eles foram: percepção interna<br />

aumentada; resolução <strong>de</strong> conflitos danosos; auto-aceitação aumentada; técnicas mais<br />

eficientes para enfrentar probl<strong>em</strong>as e fortalecimento geral da estrutura do ego do paciente<br />

no sentido <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação e segurança. Segundo eles,<br />

a música <strong>de</strong>ve ser usada para mergulhar <strong>em</strong> sua mente inconsciente e<br />

trazer aspectos <strong>de</strong> si mesmo para o seu conhecimento, seus sentimentos<br />

e alguns dos <strong>com</strong>plexos que estão escondidos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le - uma<br />

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