musicoterapia com mães de recém-nascidos internados em uti
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CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />
2. 1 - METODOLOGIA DA PESQUISA CLÍNICO-QUALITATIVA<br />
Em uma pesquisa qualitativa, o investigador atém-se aos significados que um<br />
indivíduo <strong>em</strong> particular ou um grupo <strong>de</strong>terminado atribu<strong>em</strong> aos fenômenos da natureza que<br />
lhes diz<strong>em</strong> respeito. Para o pesquisador qualitativo, além dos fatos e dados, é preciso a<br />
imaginação, interpretação para a <strong>com</strong>preensão do que eles quer<strong>em</strong> dizer para as pessoas e<br />
para a cultura. Esta “interpretação <strong>de</strong> significados”, <strong>em</strong> uma pesquisa qualitativa, não<br />
significa medir os <strong>com</strong>portamentos ou correlacionar quantitativamente eventos da vida das<br />
pessoas. A metodologia qualitativa consi<strong>de</strong>ra os planos das estruturas sociais, culturais,<br />
buscando saber o que isto quer dizer <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado contexto. No campo da<br />
saú<strong>de</strong> coletiva, as metodologias da pesquisa qualitativa po<strong>de</strong>m ser entendidas <strong>com</strong>o:<br />
"...aquelas capazes <strong>de</strong> incorporar a questão do significado e da<br />
intencionalida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o inerentes aos atos, às relações, e às estruturas<br />
sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu advento quanto na sua<br />
transformação, <strong>com</strong>o construções humanas significativas” (MINAYO,<br />
in: TURATO, 2000, p.1).<br />
Os métodos clínicos, partindo <strong>de</strong> paradigmas sócio-antropológicos, <strong>uti</strong>lizam<br />
conhecimentos psicanalíticos, tanto para a pesquisa <strong>de</strong> campo, na valorização dos<br />
fenômenos transferenciais, <strong>com</strong>o para a discussão <strong>de</strong> resultados, na valorização dos<br />
mecanismos inconscientes <strong>de</strong> adaptação. Segundo TURATO (2003, p. 239),<br />
ter uma atitu<strong>de</strong> clínica significa colocar-se naturalmente frente a uma<br />
pessoa necessitada para ao menos <strong>com</strong>partilhar <strong>com</strong> ela as ansieda<strong>de</strong>s e<br />
angústias pessoais, surgidas ou agravadas <strong>com</strong> sua condição <strong>de</strong><br />
adoentado, havendo espontaneamente efeitos psicoterapê<strong>uti</strong>cos. (...) A<br />
atitu<strong>de</strong> clínica, por sua vez, analogamente, significa que olhos e ouvidos<br />
qualificados se aproximam para <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r existencialmente os<br />
sofrimentos que a<strong>com</strong>et<strong>em</strong> o outro.<br />
TURATO (2003, p. 242) apresenta uma ampla <strong>de</strong>finição do método clínicoqualitativo:<br />
a partir das atitu<strong>de</strong>s existencialista, clínica e psicanalítica, pilares do<br />
método, que propiciam respectivamente a acolhida das angústias e<br />
ansieda<strong>de</strong>s do ser humano, a aproximação <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> dá a ajuda e a<br />
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