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musicoterapia com mães de recém-nascidos internados em uti

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muito pequenos, somente cuidados <strong>com</strong>o trocar fralda e alimentar po<strong>de</strong>m causar<br />

incômodo. Segundo WIRTH (in: CARON, 2000, p. 210), os bebês po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sconfiar do<br />

ambiente e se refugiar<strong>em</strong> no sono ou se tornar<strong>em</strong> superexcitáveis.<br />

Os pais po<strong>de</strong>riam ser os gran<strong>de</strong>s <strong>com</strong>pensadores do estresse vivenciado<br />

pelo bebê, mas, muitas vezes, sent<strong>em</strong>-se <strong>de</strong>sautorizados e incapazes <strong>de</strong><br />

atuar nos cuidados <strong>de</strong> seu filho, havendo, inclusive, dificulda<strong>de</strong>s no<br />

reconhecimento <strong>de</strong>sse bebê <strong>com</strong>o sendo <strong>de</strong>les. LACERDA (2004, p.1).<br />

Neste contexto da UTI, estão inseridos os pais e a equipe. A equipe cuidadora<br />

realiza procedimentos equivalentes a cuidados maternais mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, o bebê<br />

t<strong>em</strong> uma mãe biológica que não po<strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong>le <strong>com</strong>o <strong>de</strong>sejaria. Em momentos <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>plicações no quadro clínico po<strong>de</strong> acontecer <strong>de</strong> a <strong>com</strong>unicação pais-bebê-equipe sofrer<br />

interferências <strong>de</strong>sarmoniosas no sentido <strong>de</strong> <strong>com</strong>petição entre qu<strong>em</strong> cuida melhor e a não<br />

<strong>com</strong>preensão do papel <strong>de</strong> cada um naquele espaço.<br />

Algumas vezes, a equipe po<strong>de</strong> ter dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> auxiliar a aproximação entre<br />

as <strong>mães</strong> e seus bebês. A manutenção das funções vitais po<strong>de</strong> exigir a realização <strong>de</strong><br />

procedimentos dolorosos. A situação <strong>de</strong> estresse é constante. Há uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

no manuseio dos bebês muito pequenos e frágeis e, a presença <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> vida, exige a<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões rápidas e precisas quanto a eficácia dos procedimentos realizados <strong>com</strong><br />

os bebês. Neste momento, a equipe precisa dissociar o bebê <strong>com</strong>o um todo, para<br />

posteriormente reintegrá-lo. O fato <strong>de</strong> os pais trazer<strong>em</strong> uma carga afetiva para a UTI, po<strong>de</strong><br />

sobrecarregar a equipe no sentido <strong>de</strong> haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissociação do bebê <strong>com</strong> risco<br />

<strong>de</strong> vida nos procedimentos necessários para a sua sobrevivência.<br />

Os pais po<strong>de</strong>m solicitar constant<strong>em</strong>ente e <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> a atenção da<br />

equipe. A equipe po<strong>de</strong> ter dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> lidar <strong>com</strong> os contínuos questionamentos dos<br />

pais, e tomá-los <strong>com</strong>o <strong>de</strong>sconfiança. Esta relação po<strong>de</strong> se tornar estressante <strong>de</strong>vido à<br />

sobrecarga que os pais submet<strong>em</strong> a equipe, que já permanece <strong>em</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

muito exigente. WIRTH (in: CARON, 2000, p. 216) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que uma boa técnica para<br />

auxiliar os pais é proporcionar um espaço <strong>em</strong> que possam falar. À medida <strong>em</strong> que se torna<br />

possível enten<strong>de</strong>r as atitu<strong>de</strong>s dos pais, a equipe po<strong>de</strong> lidar melhor <strong>com</strong> os constantes<br />

questionamentos havendo, assim, uma melhora na relação entre pais e equipe. Segundo<br />

PUPO FILHO (2000, p.1), é fundamental manter a calma e a confiança na equipe que está<br />

trabalhando intensivamente pela recuperação do bebê: “somente <strong>de</strong>ssa forma, cria-se uma<br />

corrente positiva, que auxilia muito a todos e principalmente ao <strong>recém</strong>-nascido”. FURLAN<br />

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