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Estudo ... - Banco da Amazônia

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Os barcos industriais em operação medem, em média, de 20 a 22 m, sendo<br />

fabricados em metal, com capaci<strong>da</strong>de de força, por volta, de 375 HP e tonelagem bruta na<br />

ordem de 100 tonela<strong>da</strong>s. Tais embarcações são equipa<strong>da</strong>s com instrumentos básicos de<br />

navegação, auxiliados por alguns modernos equipamentos, como eco-son<strong>da</strong>s e GPS. Os barcos<br />

camaroeiros, geralmente, possuem sistema de congelamento a bordo. Já os piramutabeiros<br />

são mais rústicos e utilizam gelo em escamas. A frota industrial do Pará está obsoleta e<br />

inadequa<strong>da</strong>, precisando de manutenção e renovação, pois ain<strong>da</strong> é remanescente dos anos<br />

1970, ou seja, do processo de construção e nacionalização <strong>da</strong> frota nacional.<br />

Objetivando minimizar referido problema está sendo operacionalizado, atualmente,<br />

o PROFROTA. Criado pela SEAP, tal programa consiste em fornecer crédito subsidiado<br />

direcionado à construção, aquisição, modernização por conversão, a<strong>da</strong>ptação ou equipagem,<br />

de barcos pesqueiros. O objetivo é aumentar e qualificar a frota pesqueira oceânica do<br />

Brasil. A falta de frota nacional, ain<strong>da</strong>, representa um dos gargalos que entravam o<br />

desenvolvimento do setor pesqueiro no país. Sem frota própria, as empresas são obriga<strong>da</strong>s<br />

a arren<strong>da</strong>r embarcações estrangeiras, aumentando os custos de produção e causando per<strong>da</strong><br />

de divisas.<br />

Além de renovar a frota, o PROFROTA tem, também, um caráter de ordenamento<br />

pesqueiro, conduzindo a ativi<strong>da</strong>de para uma prática ambientalmente sustentável, ao<br />

desestimular a pesca de recursos sobrexplotados e estimular a construção e conversão <strong>da</strong>s<br />

embarcações para a captura de espécies pouco explora<strong>da</strong>s. O programa (financiado pelo<br />

Fundo <strong>da</strong> Marinha Mercante, FNO e Fundo Constitucional do Nordeste) é destinado a<br />

empresas pesqueiras industriais, armadores de pesca, cooperativas e associações de<br />

produtores.<br />

Quanto à rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s embarcações industriais, segundo Isaac (1998) estimou,<br />

o custo de uma viagem padrão de barco, para captura de camarão, se estabelece em algo<br />

em torno de US$ 61.700, dos quais, US$ 50.000 referentes às despesas de viagem, US$<br />

6.000 à depreciação e US$ 5.700 aos gastos após o desembarque. Considerando a que<strong>da</strong><br />

do preço do camarão de US$ 14 para US$ 12, ocasiona<strong>da</strong> pela redução do seu tamanho<br />

capturado e pelo aumento <strong>da</strong> produção por meio <strong>da</strong> aquicultura, a viagem de pesca estaria<br />

operando com lucro, praticamente, nulo.<br />

A frota artesanal foi estu<strong>da</strong><strong>da</strong> na Região do Baixo Amazonas. Essa pesquisa<br />

mostrou que a captura média dos maiores barcos é de 4 tonela<strong>da</strong>s, a ren<strong>da</strong> de R$ 1.200,00<br />

e o lucro, de R$ 520,00/mês. Apesar <strong>da</strong> pesca artesanal ser bem menor que a captura <strong>da</strong><br />

frota industrial a lucrativi<strong>da</strong>de em termos percentuais é maior, ficando em torno de 27%<br />

para os barcos de maior porte (igual ou superior a 15 t). Apesar de a ren<strong>da</strong> ser menor em<br />

relação ao camarão, essa frota tem em torno de 7.000 barcos na <strong>Amazônia</strong>, enquanto a<br />

frota industrial é composta por aproxima<strong>da</strong>mente 250 barcos (IBAMA, 2006).<br />

MERCADO E DINÂMICA ESPACIAL DA CADEIA PRODUTIVA DA PESCA E AQUICULTURA NA AMAZÔNIA<br />

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