Estudo ... - Banco da Amazônia
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3 CONJUNTURA NACIONAL 3.1 DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO Ao longo das últimas décadas a produção nacional de pescado tem apresentado dois padrões de comportamento distintos. O período entre 1960 e 1985 foi marcado por um crescimento expressivo, sendo que, em 1985, a produção superou a marca de 971 mil toneladas. A partir de então, essa quantia passou a reduzir-se continuamente. Em 1990, por exemplo, esse montante foi de apenas 640,3 mil toneladas (FAO, 2010). Os sinais de recuperação do setor são percebidos somente a partir de meados da década de 1990, quando a produção apresenta taxa média de 4,51% ao ano (1996/2009), conforme ilustrado no Gráfico 4. Gráfico 4 – Evolução da produção da pesca extrativa e da aquicultura no Brasil, 1988-2009. Fonte: FAO, 2010. Esse padrão de crescimento tem se mantido principalmente pela contribuição da aquicultura, que, no período de 1996/2009, ascendeu a uma taxa média de 13,42% ao ano, elevando a sua participação na produção nacional de 8,76%, em 1996, para 33,50%, em 2009. A pesca extrativa, também, cresceu neste mesmo período, mas em proporção inferior, retomando em média 2,39% ao ano. A expectativa da produção brasileira para 2011 é de 1.430.000 toneladas, da qual a pesca extrativa deverá participar com 60,14% e a aquicultura com 30,86% (FAO, 2010). MERCADO E DINÂMICA ESPACIAL DA CADEIA PRODUTIVA DA PESCA E AQUICULTURA NA AMAZÔNIA 13
Com relação à distribuição, segundo categoria de produção, a pesca artesanal foi responsável por 47,2% da produção total no ano de 2007. A pesca empresarial (industrial), neste mesmo ano, respondeu por 25,8%. Os 27% restantes foram derivados da aquicultura que, ano após ano, vem aumentando a sua parcela de mercado, acompanhando a tendência mundial. No tocante à produção por regiões, observa-se que a Região Nordeste é a que participa com a maior parcela de pescado, sendo responsável, em 2009, por 411.463 toneladas, o equivalente a 33,16% do total nacional. Nesta Região, destacam-se os estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte que, em conjunto, representaram 81,27% da produção total do Nordeste, em 2009. Na segunda posição está a Região Sul, com 25,49% da produção. O destaque cabe ao estado de Santa Catarina que detêm 16,72% da produção nacional, a maior do país. A Região Norte, por sua vez, ocupou o terceiro lugar, respondendo por 21,26% da produção brasileira de 2009, sendo os estados do Pará e Amazonas os mais representativos. O Estado do Pará, isoladamente, contribuiu com 51,64% da produção da Região Norte e 10,98% do total nacional, firmando-se como o segundo maior produtor de pescado do País. Em quarto lugar aparece a Região Sudeste, sendo São Paulo e Rio de Janeiro seus principais produtores. Na Região Centro-Oeste, o estado mais representativo foi o de Mato Grosso. O Gráfico 5 ilustra a distribuição da produção brasileira de pescado por Região no ano de 2009. Gráfico 5 – Distribuição da produção brasileira de pescado por região geográfica, 2009. Fonte: BRASIL, 2010. MERCADO E DINÂMICA ESPACIAL DA CADEIA PRODUTIVA DA PESCA E AQUICULTURA NA AMAZÔNIA 14
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3.1 DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO<br />
Ao longo <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s a produção nacional de pescado tem apresentado<br />
dois padrões de comportamento distintos. O período entre 1960 e 1985 foi marcado por<br />
um crescimento expressivo, sendo que, em 1985, a produção superou a marca de 971 mil<br />
tonela<strong>da</strong>s. A partir de então, essa quantia passou a reduzir-se continuamente. Em 1990,<br />
por exemplo, esse montante foi de apenas 640,3 mil tonela<strong>da</strong>s (FAO, 2010). Os sinais de<br />
recuperação do setor são percebidos somente a partir de meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1990,<br />
quando a produção apresenta taxa média de 4,51% ao ano (1996/2009), conforme ilustrado<br />
no Gráfico 4.<br />
Gráfico 4 – Evolução <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> pesca extrativa e <strong>da</strong> aquicultura no Brasil, 1988-2009.<br />
Fonte: FAO, 2010.<br />
Esse padrão de crescimento tem se mantido principalmente pela contribuição <strong>da</strong><br />
aquicultura, que, no período de 1996/2009, ascendeu a uma taxa média de 13,42% ao<br />
ano, elevando a sua participação na produção nacional de 8,76%, em 1996, para 33,50%,<br />
em 2009. A pesca extrativa, também, cresceu neste mesmo período, mas em proporção<br />
inferior, retomando em média 2,39% ao ano. A expectativa <strong>da</strong> produção brasileira para<br />
2011 é de 1.430.000 tonela<strong>da</strong>s, <strong>da</strong> qual a pesca extrativa deverá participar com 60,14% e<br />
a aquicultura com 30,86% (FAO, 2010).<br />
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