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SISTEMAS VULCÂNICOS E SUB-VULCÂNICOS<br />
RIOLÍTICOS ASSOCIADOS AO BATÓLITO<br />
PELOTAS, PORÇÃO ORIENTAL DO ESCUDO<br />
SUL-RIO-GRANDENSE: DADOS PRELIMINARES<br />
Carlos A. Sommer, Evandro F. de Lima, Ruy P. Philipp,<br />
Roberto J. Noll Filho, Diego S. de Oliveira<br />
Instituto de Geociências<br />
UFRGS
Rio Grande do Sul: geologia e VULCANISMO
Escudo Sul-Rio-Grandense: compartimentação<br />
Vulcanismo Neoproterozoico:<br />
- Bacia do Camaquã<br />
- Batólito Pelotas<br />
Principais uni<strong>da</strong>des geotectônicas <strong>da</strong> porção sul <strong>da</strong> Plataforma Sul-Americana (Philipp et al. 2011,<br />
mod. Chemale Jr. 2000)
VULCANISMO NEOPROTEROZOICO<br />
BACIA DO CAMAQUÃ:<br />
- Associado com sequências sedimentares;<br />
- Grande diversi<strong>da</strong>de litológica e composicional;<br />
- Evolução de termos cálcico-alcalinos alto-K, para<br />
shoshonítico, até alcalino sódico:<br />
3 ciclos vulcânicos desenvolvidos dominantemente em<br />
ambientes continentais sob condições subaéreas:<br />
⇒ vulcanismo Rodeio Velho (~540 Ma)<br />
⇒ vulcanismo Acampamento Velho (~ 550-570 Ma)<br />
⇒ vulcanismo Hilário (~ 590 Ma)<br />
BATÓLITO PELOTAS:<br />
- Sistemas subvulcânicos riolíticos dominantes;<br />
- Associado à suites graníticas mais diferencia<strong>da</strong>s<br />
(550-570 Ma);<br />
- tendência composicional: alcalino sódico
BATÓLITO PELOTAS<br />
Complexo plutônico polifásico e<br />
multi-intrusivo, resultante de<br />
processos tectônicos distintos e<br />
relacionados à evolução do Ciclo<br />
Brasiliano;<br />
- limitado por espessas faixas<br />
miloníticas transcorrentes sinistrais<br />
de direção NE;<br />
- suítes granitóides e septos do<br />
embasamento (compl. metamórficos<br />
alto e baixo grau).
SISTEMAS VULCÂNICOS E<br />
SUBVULCÂNICOS –<br />
BATÓLITO PELOTAS<br />
Ocorrem em três<br />
domínios principais,<br />
paralelos a estruturas<br />
NE-SW<br />
Domínio central:<br />
Enxame de Diques<br />
Asperezas/Piratini<br />
Domínio NE:<br />
Riolito Ana Dias<br />
Domínio SW :<br />
Cerro Chato
Domínio NE<br />
Riolito Ana Dias<br />
Corpo subvulcânico, alongado na<br />
direção NE, com 18 x 4,5 km, intrusivo<br />
nos gnaisses do Complexo Arroio dos<br />
Ratos, Granito Quitéria, Granitóides<br />
Passo <strong>da</strong> Divisa e Granito Serra do<br />
Erval. Os riolitos ocorrem ain<strong>da</strong> na forma<br />
de diques métricos, como manifestações<br />
tardias, intrudindo em direção NE-SW, o<br />
corpo principal e as rochas encaixantes.
Aspectos Faciológicos e Petrográficos<br />
CORPO PRINCIPAL
Diques riolitos:<br />
RESULTADOS PRELIMINARES
Domínio Central:<br />
Enxame de diques Asperezas/Piratini
Cerro Partido<br />
Domínio SW:<br />
Região do<br />
Cerro Chato<br />
Cerro Chato
EPISÓDIOS VULCÂNICOS<br />
Efusivos - Riolitos subvulcânicos : Cerro Partido<br />
- Derrames riolíticos : Cerro Chato<br />
Explosivos - Depósitos ignimbríticos: Cerro Chato
Cerro Partido:<br />
corpo subvulcânico,<br />
alongado na direção<br />
NE-SW.
É constituído por rochas com textura equigranular fina a glomeroporfirítica, com<br />
fenocristais de quartzo, K-feldspato e plagioclásio, envoltos por uma matriz<br />
equigranular fina.
CERRO CHATO<br />
Únicos registros de vulcanismo no Batólito Pelotas:<br />
manifestações explosivas = ignimbritos; efusivas = derrames riolíticos
Sequência efusiva =<br />
derrames<br />
Sequência<br />
piroclástica<br />
Sequência piroclástica<br />
Sequência efusiva<br />
= derrames
Cerro Chato<br />
Depósitos piroclásticos<br />
Ignimbritos: tem elevado grau de<br />
sol<strong>da</strong>gem e predomínio <strong>da</strong> fácies<br />
enriqueci<strong>da</strong> em cristais = abundância<br />
de cristaloclastos e fenocristais de Kfeldspato<br />
e quartzo ; textura eutaxítica.<br />
Subordina<strong>da</strong>mente ocorrem ignimbritos<br />
reomórficos e ricos em líticos.
Depósitos efusivos
FÁCIES COERENTE<br />
Derrames riolíticos: rochas hemicristalinas,<br />
com textura porfirítica = fenocristais de quartzo<br />
e feldspatos, envoltos por matriz afanítica.<br />
Estruturas de fluxo subverticais são comuns;<br />
algumas porções a rocha mostra-se holohialina<br />
com textura esferulítica.
FÁCIES AUTOCLÁSTICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
-O final do Neoproterozoico no Escudo Sul-Rio-Grandense (~ 600<br />
– 540 Ma) é marcado por um intenso magmatismo, representado<br />
por plutonismo e vulcanismo, vinculados aos estágios póscolisionais<br />
do ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano.<br />
- Os maiores volumes do vulcanismo ocorrem na Bacia do<br />
Camaquã (centro-oeste do Escudo) e, subordina<strong>da</strong>mente, no<br />
Batólito Pelotas (leste do Escudo).
- As rochas vulcânicas e subvulcânicas do Batólito Pelotas ocorrem<br />
em três domínios principais, normalmente paralelos a estruturas<br />
NE-SW: nordeste (Riolito Ana Dias), central (Enxame de diques<br />
Asperezas/Piratini) e sudoeste (Região do Cerro Chato).<br />
- Não há registros de bacias sedimentares associa<strong>da</strong>s.<br />
- Os únicos registros de sucessões vulcânicas preserva<strong>da</strong>s ocorrem<br />
na região do Cerro Chato (eventos piroclásticos e efusivos).<br />
-As rochas vulcânicas e subvulcânicas riolíticas tem sido<br />
associa<strong>da</strong>s às rochas plutônicas mais diferencia<strong>da</strong>s do Batólito<br />
Pelotas, vincula<strong>da</strong>s à Suíte Dom Feliciano (550-570 Ma).
Muito obrigado !