PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
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Em diagrama R1-R2 (La Roche et al. 1980) as amostras do Tonalito Arco Verde incidem quase que<br />
totalmente, com exceção de uma amostra, no campo dos granodioritos (Figura 3.24a). Esse<br />
comportamento é, muito provavelmente, em função dos baixos teores de MgO.<br />
– Elementos-traço<br />
O comportamento dos elementos-traço do Tonalito Arco Verde (Tabela 3.11) é, de modo geral,<br />
irregular, com variações significativas dos conteúdos de diversos elementos em amostras com<br />
teores semelhantes de SiO2. O comportamento dos elementos-traço são importantes na<br />
caracterização de ambientes tectônicos de rochas granitóides, sendo que os diagramas de Pearce<br />
et al. (1984) são muito utilizados para a discriminação de ambientes. Entretanto, a utilização<br />
desses diagramas deve ser feita com as devidas precauções, uma vez que os diagramas foram<br />
produzidos para granitóides do Fanerozóico, em geral não deformados e não porfiríticos. Desse<br />
modo, com base no diagrama Rb-(Y+Nb) (Figura 3.24b), as amostras do Tonalito Arco Verde<br />
plotam no campo dos granitóides de arco vulcânico, assim como os demais granitóides arqueanos<br />
do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria.<br />
- Elementos terras raras<br />
Além das quatro amostras analisadas neste projeto, mais seis amostras analisadas por Althoff<br />
(1996) possuem dados para elementos terras raras. Os dados foram normalizados em relação aos<br />
condritos, conforme os valores de Evensen et al. (1978).<br />
Os elementos terras raras do Tonalito Arco Verde mostram padrões caracterizados por um<br />
acentuado enriquecimento em elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras<br />
pesados, indicando que houve expressivo fracionamento dos elementos terras raras pesados<br />
(Figuras 3.25), durante a sua formação, conforme revelam as razões (La/Yb) n que possuem um<br />
valor médio de 26,14. Há umas diferenças sutis entre as amostras analisadas, podendo ser<br />
observados dois grupos que mostram um empobrecimento em terras raras pesados um tanto<br />
quanto diferenciado. As amostras F57/92-36, MAR-148a e MAR-149, são mais enriquecidas em<br />
terras raras pesados e por conseqüência possuem razões (La/Yb) n mais baixas (5,97; 14,72;<br />
16,69; respectivamente) que as demais que são mais empobrecidas em terras raras pesados. No<br />
entanto, apesar do conjunto de amostras analisadas apresentar algumas diferenças, o padrão geral<br />
é mantido.<br />
A anomalia de Eu varia de levemente positiva a negativa de Eu (0,60 < Eu/Eu* < 1,17). A<br />
presença da anomalia negativa de Eu em algumas amostras, sugere uma participação mais efetiva<br />
de feldspatos no fracionamento ou menor participação de anfibólio, cujo fracionamento<br />
concomitante com o de plagioclásio pode compensar o efeito deste na geração de anomalia<br />
negativa de Eu (Martin et al. 1997).<br />
O empobrecimento em elementos terras raras pesados pode ter sido causado por fracionamento<br />
isolado ou associado de granada, anfibólio e piroxênios, fases minerais que concentram<br />
notavelmente elementos terras raras pesados. Os valores das razões (La/Yb) n são similares aos<br />
encontrados nos granitóides TTG arqueanos típicos (Martin 1987, 1994, Althoff 1996, Althoff et al.<br />
2000, Leite 2001).<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
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