Figura 3.22: Diagramas comparativos para as rochas do Tonalito Arco Verde da Folha Marajoara: (a) Diagrama Ab-An-Or normativo (O’Connor 1965, com campos de Barker 1979); (b) Diagrama K-Na-Ca com trend cálcicoalcalino (CA) de Nockolds & Allen (1953) e campo Tdh segundo Barker & Arth (1976). Figura 3.23: Diagrama de milicátions para rochas do Tonalito Arco Verde da Folha Marajoara: (a) Diagrama AxB (Debon et al. 1988); (b) Diagrama PxQ (Debon et al. 1988). Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara 73
Em diagrama R1-R2 (La Roche et al. 1980) as amostras do Tonalito Arco Verde incidem quase que totalmente, com exceção de uma amostra, no campo dos granodioritos (Figura 3.24a). Esse comportamento é, muito provavelmente, em função dos baixos teores de MgO. – Elementos-traço O comportamento dos elementos-traço do Tonalito Arco Verde (Tabela 3.11) é, de modo geral, irregular, com variações significativas dos conteúdos de diversos elementos em amostras com teores semelhantes de SiO2. O comportamento dos elementos-traço são importantes na caracterização de ambientes tectônicos de rochas granitóides, sendo que os diagramas de Pearce et al. (1984) são muito utilizados para a discriminação de ambientes. Entretanto, a utilização desses diagramas deve ser feita com as devidas precauções, uma vez que os diagramas foram produzidos para granitóides do Fanerozóico, em geral não deformados e não porfiríticos. Desse modo, com base no diagrama Rb-(Y+Nb) (Figura 3.24b), as amostras do Tonalito Arco Verde plotam no campo dos granitóides de arco vulcânico, assim como os demais granitóides arqueanos do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria. - Elementos terras raras Além das quatro amostras analisadas neste projeto, mais seis amostras analisadas por Althoff (1996) possuem dados para elementos terras raras. Os dados foram normalizados em relação aos condritos, conforme os valores de Evensen et al. (1978). Os elementos terras raras do Tonalito Arco Verde mostram padrões caracterizados por um acentuado enriquecimento em elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados, indicando que houve expressivo fracionamento dos elementos terras raras pesados (Figuras 3.25), durante a sua formação, conforme revelam as razões (La/Yb) n que possuem um valor médio de 26,14. Há umas diferenças sutis entre as amostras analisadas, podendo ser observados dois grupos que mostram um empobrecimento em terras raras pesados um tanto quanto diferenciado. As amostras F57/92-36, MAR-148a e MAR-149, são mais enriquecidas em terras raras pesados e por conseqüência possuem razões (La/Yb) n mais baixas (5,97; 14,72; 16,69; respectivamente) que as demais que são mais empobrecidas em terras raras pesados. No entanto, apesar do conjunto de amostras analisadas apresentar algumas diferenças, o padrão geral é mantido. A anomalia de Eu varia de levemente positiva a negativa de Eu (0,60 < Eu/Eu* < 1,17). A presença da anomalia negativa de Eu em algumas amostras, sugere uma participação mais efetiva de feldspatos no fracionamento ou menor participação de anfibólio, cujo fracionamento concomitante com o de plagioclásio pode compensar o efeito deste na geração de anomalia negativa de Eu (Martin et al. 1997). O empobrecimento em elementos terras raras pesados pode ter sido causado por fracionamento isolado ou associado de granada, anfibólio e piroxênios, fases minerais que concentram notavelmente elementos terras raras pesados. Os valores das razões (La/Yb) n são similares aos encontrados nos granitóides TTG arqueanos típicos (Martin 1987, 1994, Althoff 1996, Althoff et al. 2000, Leite 2001). Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara 74
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