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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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Tabela 3.10: Idades de rochas granitóides da Folha Marajoara (obtidas neste projeto).<br />

Amostra Unidade N o de grãos Idade (Ma)<br />

MAR-149 Tonalito Arco Verde 9 2936 ± 4<br />

MAF-33 Leucogranito tipo Mata Surrão 3 2868 ± 5<br />

A amostra datada neste projeto é petrograficamente bastante similar àquela datada por Althoff<br />

et al. (2005), porém forneceu idade que coincide com outras obtidas para amostras<br />

correlacionadas aos granitos Mata Surrão e Xinguara (2875 ± 11 Ma, Rolando & Macambira 2002;<br />

2865 ± 1 Ma, Leite 2001; 2872 ± 10 Ma, Lafon et al. 1994), sendo, portanto, correlacionada aos<br />

leucogranitos tipo Mata Surrão e Xinguara e colocando em dúvida a existência de uma geração<br />

mais antiga de granitos potássicos, que seria representada pelo Granito Guarantã (Althoff 1996,<br />

Althoff et al. 2005).<br />

3.3.5 Quadro Litoestratigráfico da Folha Marajoara<br />

A partir da integração dos dados geológicos, estruturais e geocronológicos foi possível consolidar<br />

uma proposta de estratigrafia para a região da Folha Marajoara . Nesta, enclaves e até megaenclaves<br />

de greenstone belts são encontrados no Tonalito Arco Verde, indicando que a colocação<br />

do tonalito foi posterior à formação dos greenstone belts. O Tonalito Arco Verde é o granitóide<br />

arqueano mais antigo da Folha Marajoara, pois é cortado pelos demais granitóides, Ele mostrou<br />

idades que variam de 2924 ± 2 a 2948 ± 5 Ma.<br />

Seguiu-se um período de cerca de 50 Ma sem registro de formação de rochas, quando se deu a<br />

intrusão do Granodiorito Rio Maria. Na região de Xinguara, Huhn et al. (1988) e Souza (1994)<br />

relatam a presença de enclaves de greenstone belt no granodiorito, bem como evidências de<br />

metamorfismo de contato nos greenstone belts causados pela intrusão do Granodiorito Rio Maria.<br />

Os dados geocronológicos obtidos para esta unidade por diferentes métodos (2874 +9/-10 Ma,<br />

U/Pb em zircão, Macambira 1992; 2872 ± 5 Ma U/Pb em titanitas, Pimentel & Machado 1994;<br />

2878 ± 4 Ma, Pb/Pb em zircão, Dall’Agnol et al. 1999) atestam que a sua formação foi<br />

efetivamente posterior àqueles dos greenstone belts e, por conseguinte, a do Tonalito Arco Verde.<br />

A cerca de 10-12 Ma após a formação do Granodiorito Rio Maria, houve a colocação dos<br />

leucogranitos tipo Mata Surrão e Rancho de Deus. Estes são intrusivos nos greenstone belts, no<br />

Tonalito Arco Verde e no Granodiorito Rio Maria, como atestam as relações de campo. Finalmente,<br />

decorridos aproximadamente um bilhão de anos, já no final do Paleoproterozóico, houve a intrusão<br />

de corpos graníticos anorogênicos, que na Folha Marajoara são representados pelos granitos<br />

Bannach, Musa e Marajoara. Diques máficos e félsicos, provavelmente contemporâneos deste<br />

magmatismo granítico (Rivalenti et al. 1998, Silva Jr. 1996, Silva Jr. et al. 1999) cortam todas as<br />

unidades anteriormente citadas.<br />

3.4 Geoquímica das Rochas da Folha Marajoara<br />

3.4.1 Introdução<br />

Além das amostras compiladas, foram realizadas análises químicas em trinta amostras<br />

selecionadas com base no estudo petrográfico, levando-se em conta, também, a distribuição das<br />

amostras na área mapeada e a representatividade dos diversos granitóides arqueanos identificados<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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