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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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A distribuíção espacial dessas fácies indicam um zoneamento<br />

composicional e textural concêntrico com as fácies mais ricas<br />

em máficos (granitos portadores de anfibólio+ biotita±<br />

clinopiroxênio) situadas nas porções marginais do corpo<br />

e as fácies mais leucocráticas ocupando o centro do<br />

maciço (leucogranitos).<br />

Granito Marajoara<br />

O maciço Marajoara apresenta composição<br />

essencialmente monzogranitíca, com variações<br />

mineralógicas e texturais que possibilitam<br />

separar duas fácies petrográficas: (1) Biotita-monzogranito<br />

equigranular médio e<br />

(2) leucomonzogranito equigranular<br />

médio. Porém a individualização<br />

faciológica em mapa foi impos-<br />

Figura 3.17: Diagrama Q–A–P (Streeckeisen 1976) para os Granitos<br />

sibilitada devido a escala de Anorogênicos da Folha Marajoara 1 a 5 - Séries de granitóides e<br />

respectivos trends evolutivos (Lameyre & Bowden 1982, Bowden et.al.<br />

trabalho adotada.<br />

1984).<br />

A paragênese essencial das rochas do Granito Marajoara é representada por quartzo, microclina e<br />

plagioclásio. Os dados das análises modais (Tabela 3.7), quando plotados no diagrama Q-A-P<br />

(Streckeisen 1976), demonstram que os teores destes minerais variam significativamente, porém<br />

não deslocam-se do campo dos monzogranitos (Figura 3.17).<br />

- Variedades petrográficas - descrição mineralógica e análise textural.<br />

Os biotita-anfibólio-granodiorito e biotita-anfibólio-monzogranitos possuem os maiores conteúdos<br />

de máficos que se reflete na sua coloração mais escura em relação às demais fácies.<br />

Apresentam uma textura equigranular grossa e é perceptível o arranjo dos minerais máficos em<br />

agregados circundados por plagioclásio. A fácies biotita-anfibólio-monzogranitos diferem do biotitaanfibólio-granodiorito<br />

por possuírem menores quantidades de máficos e plagioclásio e proporções<br />

superiores de feldspato alcalino, os quais são responsáveis pela tonalidade rosada destas rochas<br />

(Figura 3.14a e b). Observa-se um aumento na granulação no sentido biotita-anfibóliogranodiorito→biotita-anfibólio-monzogranitos→anfibólio-biotita-monzogranitos-biotitamonzogranitos,<br />

provavelmente relacionado ao maior desenvovimento dos cristais de quartzo e<br />

feldspatos, acompanhando o decréscimo de máficos.<br />

Em amostras localizadas deste grupo de fácies, têm-se variações porfiríticas com fenocristais de<br />

plagioclásio e feldspato alcalino, ora subédricos e tabulares, ora ovalados, de dimensões entre 20<br />

mm até 50 mm. É comum o desenvolvimento de textura rapakivi nesses conjuntos de rochas<br />

(Figura 3.15a). Isso é mais comum nos anfibólio-biotita-monzogranitos que, por vezes, tendem a<br />

assumir caráter porfirítico, em função do maior desenvolvimento do feldspato alcalino, que pode<br />

alcançar dimensões de até 30 mm, porém sempre com alta razão fenocristal/matriz.<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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