As rochas desses corpos são texturalmente bastante variadas, apresentando desde termos com granulação grossa, equigranulares ou porfiríticos até heterogranulares médios a grossos e equigranulares médios. Exibem, geralmente, em amostra de mão coloração rosada a acinzentada, alguns com tonalidades esbranquiçadas e outros avermelhadas, em especial, aqueles tipos mais leucocráticos. Em escala de afloramento apresentam-se, por vezes, bastante heterogêneos, observando-se grandes variações texturais. È muito comum o desenvolvimento da textura rapakivi em rochas de granulação grossa, assim como, a presença de agregados de minerais máficos, geralmente acompanhados de concentrações de cristais de plagioclásio. Granito Marajoara As rochas do Granito Marajoara são texturalmente e composicionalmente bastante homogêneas, exibindo uma textura equigranular média com conteúdo muito reduzido de minerais ferromagnesianos dando caráter hololeucocrático para essas rochas. - Composições modais e classificação Granitos Bannach e Musa Esses maciços apresentam composição dominantemente monzogranítica e sienogranítica subordinada, exibem variações mineralógicas que permitem individualizar três fácies petrográficas principais: (1) granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio (PP3Yba e PP3Ymua); (2) granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3Ybb e PP3Ymub); (3) leucogranitos (PP3Ybl e PP3Ymul). Estes granitos não diferem em termos de composição modal de forma acentuada. Eles apresentam composições monzograníticas a sienograníticas, as quais se superpõem em parte ou inteiramente. Apresentam mineralogia similar, com microclina, quartzo e plagioclásio como minerais essenciais; biotita ± anfibólio e, muito raramente, clinopiroxênio, como varietais; titanita, allanita, apatita e zircão como acessórios primários; epidoto, clorita, sericita-muscovita ± fluorita como fases secundárias. Os granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio (PP3γba e PP3γmua) (Figura 3.14) possuem duas variedades petrográficas: biotita-anfibólio-granodiorito (Figura 3.14a) e biotitaanfibólio-monzogranitos (Figura 3.14b). Essas variedades possuem os maiores conteúdos de minerais máficos (média de 12,95% para os granodioritos e 10,33% para os monzogranitos) dentre os conjuntos avaliados. Já os granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3γbb e PP3γmub) apresentam três variedades: anfibólio-biotita-monzogranito (Figura 3.15), biotita-monzogranito e biotita-sienogranito. Existem duas variedades de leucogranitos (PP3γbl e PP3γmul): leucomonzogranitos e leucosienogranitos, estas fácies exibem ampla variação textural com termos de granulação grossa, média e fina (Figura 3.16). As composições modais médias das diversas fácies desses granitos são apresentadas na tabela 3.7 e podem ser visualizados no diagrama Q-A-P (Streckeisen 1976) (Figura 3.17). A avaliação do conjunto de dados modais revela a existência de passagens graduais entre os vários grupos de rochas distinguidas, havendo pequenas superposições entre os mesmos. A transição entre as várias fácies é comandada pelos seguintes fatores que atuam isoladamente ou associados, dependendo do caso: (1) variações moderadas nas razões P/A (plagioclásio/microclina); Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara 49
(2) variações acentuadas no conteúdo de máficos (M); (3) variações marcantes nas razões anfibólio/biotita; e (4) embora não indicada pelos dados modais, decréscimo gradual no conteúdo de anortita do plagioclásio. Em linhas gerais, as razões P/A e os valores de M tendem a exibir valores decrescentes no sentido das rochas com anfibólio varietal (fácies PP3γba e PP3γmua) para os leucogranitos (PP3γbl e PP3γmul), passando pelas rochas portadoras de biotita±anfibólio (PP3γbb e PP3γmub). Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara 50
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