PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
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As rochas desses corpos são texturalmente bastante variadas, apresentando desde termos com<br />
granulação grossa, equigranulares ou porfiríticos até heterogranulares médios a grossos e<br />
equigranulares médios. Exibem, geralmente, em amostra de mão coloração rosada a acinzentada,<br />
alguns com tonalidades esbranquiçadas e outros avermelhadas, em especial, aqueles tipos mais<br />
leucocráticos. Em escala de afloramento apresentam-se, por vezes, bastante heterogêneos,<br />
observando-se grandes variações texturais. È muito comum o desenvolvimento da textura rapakivi<br />
em rochas de granulação grossa, assim como, a presença de agregados de minerais máficos,<br />
geralmente acompanhados de concentrações de cristais de plagioclásio.<br />
Granito Marajoara<br />
As rochas do Granito Marajoara são texturalmente e composicionalmente bastante homogêneas,<br />
exibindo uma textura equigranular média com conteúdo muito reduzido de minerais<br />
ferromagnesianos dando caráter hololeucocrático para essas rochas.<br />
- Composições modais e classificação<br />
Granitos Bannach e Musa<br />
Esses maciços apresentam composição dominantemente monzogranítica e sienogranítica<br />
subordinada, exibem variações mineralógicas que permitem individualizar três fácies petrográficas<br />
principais: (1) granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio (PP3Yba e PP3Ymua);<br />
(2) granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3Ybb e PP3Ymub); (3) leucogranitos (PP3Ybl e<br />
PP3Ymul). Estes granitos não diferem em termos de composição modal de forma acentuada. Eles<br />
apresentam composições monzograníticas a sienograníticas, as quais se superpõem em parte ou<br />
inteiramente. Apresentam mineralogia similar, com microclina, quartzo e plagioclásio como<br />
minerais essenciais; biotita ± anfibólio e, muito raramente, clinopiroxênio, como varietais; titanita,<br />
allanita, apatita e zircão como acessórios primários; epidoto, clorita, sericita-muscovita ± fluorita<br />
como fases secundárias.<br />
Os granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio (PP3γba e PP3γmua) (Figura 3.14)<br />
possuem duas variedades petrográficas: biotita-anfibólio-granodiorito (Figura 3.14a) e biotitaanfibólio-monzogranitos<br />
(Figura 3.14b). Essas variedades possuem os maiores conteúdos de<br />
minerais máficos (média de 12,95% para os granodioritos e 10,33% para os monzogranitos)<br />
dentre os conjuntos avaliados. Já os granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3γbb e PP3γmub)<br />
apresentam três variedades: anfibólio-biotita-monzogranito (Figura 3.15), biotita-monzogranito e<br />
biotita-sienogranito. Existem duas variedades de leucogranitos (PP3γbl e PP3γmul):<br />
leucomonzogranitos e leucosienogranitos, estas fácies exibem ampla variação textural com termos<br />
de granulação grossa, média e fina (Figura 3.16).<br />
As composições modais médias das diversas fácies desses granitos são apresentadas na tabela 3.7<br />
e podem ser visualizados no diagrama Q-A-P (Streckeisen 1976) (Figura 3.17). A avaliação do<br />
conjunto de dados modais revela a existência de passagens graduais entre os vários grupos de<br />
rochas distinguidas, havendo pequenas superposições entre os mesmos. A transição entre as<br />
várias fácies é comandada pelos seguintes fatores que atuam isoladamente ou associados,<br />
dependendo do caso: (1) variações moderadas nas razões P/A (plagioclásio/microclina);<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
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