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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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Em amostras localizadas, próximo ao contato de intrusões graníticas<br />

(MAR-137), os cristais de plagioclásio mostram indícios de<br />

recristalização, saussuritização menos intensa e diminutos<br />

cristais de minerais opacos neoformados (Figura 3.11b).<br />

Quartzo<br />

Ocorre como cristais granulares xenomórficos, com<br />

tamanhos variando de sub-milimétricos até 1 mm<br />

(Figura 3.11c). Seus contatos são geralmente curvos,<br />

tendendo a suturados ou retos, quando em contato<br />

com plagioclásio. Possui moderada a forte<br />

extinção ondulante. Por vezes, em locais onde<br />

a deformação foi mais intensa, tendem a<br />

formar bandas de deformação.<br />

Álcali-feldspato<br />

Figura 3.10: Diagrama Q–A–P (Streeckeisen 1976) para o<br />

Granodiorito Rio Maria da Folha Marajoara 1 a 5 – Séries de<br />

O feldspato alcalino é microclina, a qual<br />

granitóides e respecticos trends evolutivos (Lameyre & Bowden<br />

forma cristais xenomórficos a hipidio- 1982, Bowden et al. 1984).<br />

mórficos, apresentando contatos irregulares e raramente retos. Os cristais variam de<br />

submilimétricos (produtos de recristalização) até em torno de 5 mm, com inclusões de quartzo,<br />

plagioclásio e em menor abundância, anfibólio, conferindo um aspecto poiquilítico ao cristal.<br />

O maclamento albita-periclina está presente de forma parcial ou total em muitos cristais.<br />

O feldspato alcalino é fracamente pertítico havendo predominância de lamelas sódicas finas do tipo<br />

“string” (Smith 1974) (Figura 3.11d). Notam-se contatos irregulares entre cristais de microclina e<br />

plagioclásio e pode-se observar no contato de alguns cristais a presença de albita intergranular.<br />

Alguns cristais apresentam-se microfraturados e preenchidos por quartzo, biotita, clorita, epidoto e<br />

carbonato. Localmente ocorre recristalização de microclina formando finos cristais associados com<br />

quartzo.<br />

Hornblenda<br />

O anfibólio pelo ângulo de extinção em torno de 23°, 2V em torno de 65° e sinal ótico biaxial<br />

negativo, é provavelmente uma hornblenda. Althoff (1996) e Leite (2001) obtiveram, através de<br />

análises de microssonda, composições de magnésio-hornblenda para a maioria dos anfibólios do<br />

GDrm nas regiões de Marajoara e Xinguara, respectivamente. Seus cristais são hipidiomórficos a<br />

xenomórficos com dimensões submilimétricas a milimétricas, ocorrendo mais localmente cristais<br />

idiomórficos maclados (Figura 3.11e). Há presença, em graus variáveis, de um processo de<br />

transformação do anfibólio gerando biotita e, subordinadamente, epidoto e titanita. Os cristais de<br />

biotita se distribuem de modo irregular podendo ou não se dispor segundo os planos de clivagem<br />

do anfibólio. Em um estágio mais avançado destas transformações chega a não haver mais<br />

vestígios do cristal original, embora em alguns casos possa ser reconhecida a forma da seção basal<br />

da hornblenda. Localmente, observam-se cristais de hornblenda curvados pela deformação,<br />

embora seu comportamento seja mais rígido que o da biotita, por exemplo.<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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