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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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noroeste. Além disso, têm-se três corpos graníticos, dois no extremo sudoeste da folha e outro, no<br />

seu extremo norte, no contato nordeste do Granito Bannach.<br />

Os granitos Mata Surrão (Figura 3.4a) e Guarantã (Figura 3.4b), e as ocorrências do sudoeste e<br />

centro-norte possuem similaridades geomorfológicas, sendo formados por conjunto de morros e<br />

serras com cotas inferiores apenas as dos corpos graníticos anorogênicos. Contrariamente as<br />

ocorrências mencionadas, a faixa de rochas leucograníticas, correspondente a maior área aflorante<br />

dos leucogranitos potássicos, mostra um relevo peneplanizado atingindo cotas topográficas mais<br />

elevadas apenas na porção noroeste.<br />

No centroleste da Folha Marajoara, foi descrito, por <strong>CPRM</strong> (2000), um corpo granítico denominado<br />

Rancho de Deus (Figura 3.4c) e tido como anorogênico paleoproterozóico, possivelmente afim<br />

daqueles da Suíte Jamon. Porém, através de estudos petrográficos, geoquímicos e estruturais,<br />

realizados durante este projeto, foi constatado que o Granito Rancho de Deus é similar aos granitos<br />

potássicos do TGGRM (Mata Surrão, Guarantã e Xinguara). Além do Granito Rancho de Deus, há<br />

também a ocorrência de um corpo menor, localizado a sul do granito, que foi relacionado a este.<br />

Apesar destas similaridades entre os granitos Mata Surrão e Guarantã, eles exibem idades<br />

contrastantes. Além do contraste de idades, o Granito Guarantã, segundo Althoff et al. (2000) e<br />

Althoff et al. (2005), apresenta algumas evidências de campo que sugerem que este tenha idade<br />

de cristalização/colocação mais próxima do Tonalito Arco Verde do que dos granitos potássicos.<br />

A faixa central de leucogranitos potássicos da Folha Marajoara, apresentam duas variedades<br />

petrográficas principais: (1) leucomonzogranito equigranular, associado ao Granito Mata Surrão;<br />

(2) leucomonzogranito porfirítico, mais deformado que o anterior, associado, por Althoff et al.<br />

(2000), ao Granito Guarantã. A variedade porfirítica, ocorre principalmente na região de Vila<br />

Marajoara e de Pau D’Arco, ao longo da PA-150, sendo inclusive cortada por uma zona de<br />

cisalhamento E-W. Os aspectos de campo deste granitóide são similares aos do Granito Guarantã,<br />

porém estes dados, mesmo aliados aos petrográficos e geoquímicos, não foram suficientes para<br />

associar as ocorrências destes leucogranitos porfiríticos com o Granito Mata Surrão ou Guarantã,<br />

sendo realizada assim datações Pb-Pb em zircões em amostras de rochas localizadas a sul da<br />

cidade de Pau D’Arco, na Fazenda Cordeiro a direita da PA-150 no sentido Pau D’Arco-Redenção.<br />

Estas datações revelaram uam idade média de 2868 ± 5 Ma (Pb-Pb em zircão), sendo possível<br />

assim associar essas rochas ao Leucogranito Mata Surrão.<br />

De acordo com os trabalhos anteriores (Duarte 1992, Althoff 1996, <strong>CPRM</strong> 2000, Oliveira 2005) e<br />

dados deste projeto, as relações de campo, na maioria das ocorrências, mostram contatos<br />

abruptos entre os leucogranitos potássicos e as rochas do Granodiorito Rio Maria, com os primeiros<br />

cortando claramente o granodiorito. Além de serem intrusivos no Granodiorito Rio Maria, os<br />

leucogranitos cortam também rochas do Tonalito Arco Verde e das supracrustais, sendo intrudidos<br />

pelos granitos anorogênicos Musa (Gastal 1987), Bannach (Almeida 2005), Marajoara (Rocha Jr.<br />

2004) e Rancho de Deus (<strong>CPRM</strong> 2000). Os leucogranitos ocorrem sob a forma de lajedos ou<br />

grandes blocos, sendo rochas que variam de isotrópicas a moderadamente deformadas, compostas<br />

por quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e raros máficos. Exibem coloração rosa a cinza-claro e<br />

granulação média a fina com textura, em geral, equigranular.<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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