PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
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leucogranitos potássicos e granitos paleoproterozóicos. As rochas dominantes na unidade<br />
apresentam forte homogeneidade textural, dada por uma textura fanerítica, equigranular média a<br />
grossa. São essencialmente granodioríticas com variações monzograníticas muito subordinadas.<br />
Em geral, apresentam coloração cinza clara com tons esverdeados, devidos essencialmente aos<br />
cristais de plagioclásio saussuritizados, com uma certa variação em resposta à variação<br />
petrográfica. Os monzogranitos ocorrem de forma localizada, sudoeste da área, e apresentam cor<br />
cinza rosada com tons esverdeados, também em resposta à saussuritização do plagioclásio,<br />
diferindo dos granodioritos pela coloração rosada, em resposta ao maior conteúdo modal de<br />
feldspato alcalino.<br />
O Granodiorito Rio Maria, de uma forma geral, apresenta uma foliação de direção WNW-ESE, que<br />
varia desde fraca a marcante, sendo no último caso notada uma forte orientação, principalmente<br />
dos minerais ferro-magnesianos. Em alguns pontos, o Granodiorito Rio Maria é cortado por veios<br />
leucograníticos (Figura 3.3a) provavelmente ligados aos leucogranitos potássicos. É notável a<br />
ocorrência de enclaves máficos (Figura 3.3b), que podem estar orientados ou não segundo a<br />
foliação do Granodiorito Rio Maria.<br />
– Metamorfismo e Deformação<br />
A estrutura principal observada no Granodiorito Rio Maria é uma foliação subvertical com<br />
orientação geral NW-SE a WNW-ESE concordante com a foliação regional. Ela é indicada pela<br />
orientação dos minerais e salientada muitas vezes pela presença de enclaves máficos deformados.<br />
Tal foliação pode ser magmática ou formada em condições subsolidus. Ela varia ao longo dos<br />
pontos estudados, havendo desde rochas fortemente orientadas, até áreas onde elas são<br />
praticamente isotrópicas. A foliação magmática é rara sendo definida pela orientação preferencial<br />
de cristais primários de feldspatos que apesar de estarem orientados, não estão recristalizados.<br />
Nestes casos, o quartzo ainda guarda sua característica intersticial, indicando a origem<br />
submagmática da foliação.<br />
Apesar de por vezes apresentar aspecto isotrópico em escala de afloramento, a nível microscópico<br />
uma foliação é definida pela orientação de cristais de quartzo, feldspatos e minerais máficos. Já em<br />
escala mesoscópica os melhores indicadores da foliação do GDrm são os enclaves máficos<br />
centimétricos a métricos que permitem uma melhor definição do estilo de deformação sofrido pelo<br />
GDrm. As formas dos enclaves variam, podendo ser achatada ou estirada.<br />
Em zonas de contato com intrusões posteriores, geralmente as rochas do Granodiorito Rio Maria<br />
são afetadas, mas com metamorfismo chegando a graus sempre mais baixos que anfibolito (Soares<br />
1996).<br />
3.1.5 Leucogranitos potássicos tipo Mata Surrão (A3γms), Guarantã (A3γgt) e Rancho de<br />
Deus (A3γrd)<br />
Na Folha Marajoara, além das ocorrências relativas aos corpos Mata Surrão (Duarte 1992),<br />
Guarantã (Althoff 1996), os leucogranitos potássicos afloram como uma extensa faixa que ocupa<br />
boa parte da porção central da Folha, se estendendo de leste a oeste, e se expessando para<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
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