PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3.1.2 Supergrupo Andorinhas – San – A3ls (Grupo Lagoa Seca) e A3ba (Grupo Babaçu)<br />
Conforme Gastal (1987), <strong>CPRM</strong> (2000) e Oliveira (2005), as rochas supracrustais presentes na<br />
Folha Marajoara são aflorantes no extremo norte da área e, de forma subordinada, no extremo<br />
nordeste. No extremo norte da área são dois os corpos principais. A faixa mais ao norte é<br />
correlacionada ao Grupo Lagoa Seca, sendo predominantemente rochas micáceas, cinza-claras,<br />
similares a xistos-micáceos e, subordinadamente, metadacitos. Possui aproximadamente 20 km no<br />
sentindo E-W e 10 km N-S, fazendo contato ao norte com rochas do Granodiorito Rio Maria e<br />
Leucogranito tipo Mata Surrão e, mais ao sul, com o Tonalito Arco Verde e Granito Bannach.<br />
A faixa mais ao sul possui dimensão N-S bem mais estreita, em torno de 3 km, e seu eixo E-W tem<br />
aproximadamente 15 km, é correlacionada ao Grupo Babaçu e suas rochas ocorrem como<br />
matacões ou no leito em cortes de estradas. São meta-básicas ou meta-intermediárias,<br />
deformadas, de coloração cinza-escura com matriz de granulação média e fenocristais grossos de<br />
anfibólios. Ocorrem também variações de coloração preta a cinza-escura, finas, foliadas, com falso<br />
aspecto maciço (Docegeo 1982, 1985, Cordeiro et al. 1984). A ocorrência de Greenstone do<br />
extremo nordeste da Folha é bem mais restrita que as demais, e está em contato com Granito<br />
Musa. Os Greenstone Belts aflorantes na área da Folha Marajoara são correlacionados a rochas do<br />
Supergrupo Andorinhas e são consideradas as rochas mais antigas da área mapeada neste projeto<br />
(Tabela 5.1).<br />
– Metamorfismo e Deformação<br />
Segundo <strong>DO</strong>CEGEO (1988), os greenstone-belt, que ocorrem na Folha Marajoara são um conjunto<br />
de vulcanitos máfico-ultramáfico com alguns membros metafélsicos, que constituem uma<br />
seqüência de supracrustais retrabalhadas. São, essencialmente, exemplos de epimetamorfismo<br />
transformados a xistos a actinolita, tremolita, clorita, talco, serpentina ou epidoto.<br />
O metamorfismo varia na faixa xisto-verde baixo-alto, com transformações mineralógicas,<br />
completas ou em desequilíbrio.<br />
De maneira geral, as rochas dos Grupos Babaçu e Lagoa Seca, na área da Folha, mostram foliação<br />
protomilonítica a milonítica.<br />
3.1.3 Tonalito Arco Verde – Tav – A3γav<br />
As rochas do Tonalito Arco Verde (Tav) afloram em grande parte da porção nordeste da folha além<br />
de uma faixa no sudeste e de uma ocorrência menor no oeste da área. Geralmente, ocorrem em<br />
porções mais arrasadas ou, no caso da ocorrência do oeste da área, como corpos menores,<br />
constituídos morfologicamente por morros e serras, porém apresentando cotas topográficas mais<br />
baixas que as dos granitos paleoproterozóicos. Segundo Althoff (1996) e <strong>CPRM</strong> (2000) o Tonalito<br />
Arco Verde é intrusivo nas seqüências supracrustais e intrudido pelos demais granitóides<br />
arqueanos e paleoproterozóicos, sendo comum rochas do Tonalito Arco Verde cortadas por veios<br />
leucograníticos, em geral, possivelmente ligados aos Leucogranitos Potássicos (Figuras 3.2b, c).<br />
Em geral, as rochas desta unidade apresentam-se bastante deforma das, com foliação E-W a<br />
WNW, ocorrem em afloramentos na forma de lajedos ou como matacões e acham-se na parte<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
20