PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
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originou estes corpos é um dos mais importantes do Cráton Amazônico (Dall’Agnol et al. 1994),<br />
sendo os granitóides formados correlacionados aos granitos rapakivi dos escudos da Fennoscandia<br />
e da América do Norte (Bettencourt et al. 1995, Ramo & Hapalla 1995, Dall’Agnol<br />
et al. 1999d).<br />
Os granitos anorogênicos do TGGRM e da Província Mineral de Carajás, em geral, quando datados<br />
pelo método U-Pb em zircões e Pb-Pb em rocha total mostraram idades, interpretadas como de<br />
cristalização e colocação, próximas de 1,88 Ga (Tabela 1.2). Porém, o método Rb/Sr fornece<br />
idades um pouco mais jovens, em torno de 1,60 a 1,82 Ga (Gastal et al. 1987, Macambira et al.<br />
1990, Macambira 1992, Barbosa et al. 1994, 1995).<br />
Diversos trabalhos foram realizados nos Granitos Jamon (Dall'Agnol 1982, Dall'Agnol et al. 1999a),<br />
Musa (Gastal 1987, 1988), Redenção (Montalvão et al. 1982, Barbosa et al. 1994, Vale & Neves<br />
1994, Oliveira 2001, Oliveira et al. 2002) e Bannach (Almeida 2005) em termos geológicos,<br />
petrográficos, geoquímicos e de petrologia magnética, os quais contribuíram para a melhor<br />
caracterização do magmatismo anorogênico na região de Rio Maria. Esses granitos são isotrópicos,<br />
intraplacas, de alto nível crustal, tendo sido colocados em uma crosta rígida, cortando<br />
discordantemente suas rochas encaixantes. Nas zonas de contato, xenólitos das rochas encaixantes<br />
são comumente encontrados nestes granitos e efeitos termais nas rochas adjacentes causaram<br />
metamorfismo de contato da fácies hornblenda hornfels (Dall’Agnol et al. 1985, Soares 1996).<br />
A distribuição espacial de suas fácies indica em geral um zoneamento aproximadamente<br />
concêntrico, com as fácies menos evoluídas situando-se na periferia e as mais evoluídas na porção<br />
central dos maciços. Possuem característica metaluminosa a peraluminosa e afinidades com os<br />
granitos do tipo-A de Whalen et al. (1987), incidindo exclusivamente no campo dos granitos do<br />
subtipo A2, conforme definidos por Eby (1992). As razões K2O/Na2O desses granitos aumentam<br />
gradualmente com a diferenciação magmática e revelam valores situados entre 1 e 2.<br />
O conteúdo expressivo de minerais opacos, as altas razões FeOt/(FeOt+MgO), a presença<br />
marcante de magnetita, a ocorrência ocasional de mineralizações de wolframita, os altos valores de<br />
suscetibilidade magnética e a presença da paragênese magnetita-titanita–quartzo, são<br />
características dos granitos desta suíte. Os mesmos se enquadram entre os granitos da série<br />
magnetita (Ishihara, 1977, 1981), formados em condições de fugacidade de oxigênio próximas<br />
daquelas dos tampões NNO e HITMQ (Wones 1989, Dall’Agnol et al. 1997a, 1999c). Os padrões de<br />
elementos terra raras (ETR) das diferentes fácies dos Granitos Jamon, Musa e Redenção mostram<br />
algumas analogias. Dentre as principais semelhanças destacam-se o enriquecimento em elementos<br />
terra raras leves, o empobrecimento discreto em terra raras pesados e a presença de uma<br />
anomalia negativa de európio, que cresce das fácies menos evoluídas para as mais evoluídas<br />
(Gastal 1987, Dall’Agnol et al. 1999a).<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
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