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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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Trondhjemito Água Fria (Leite & Dall’Agnol 1994, Leite 1995, Leite & Dall’Agnol 1997a, b, Leite<br />

2001, Leite et al. 2004).<br />

Estes granitóides, quando comparados com os demais grupos discutidos acima, mostram mais<br />

baixos conteúdos de CaO, MgO e Sr e mais elevados de K2O, Al2O3 e Rb, além de apresentarem<br />

altas razões K2O/Na2O (Duarte 1992, Althoff et al. 1995, Leite 1995, Duarte et al. 1991, Dall’Agnol<br />

et al. 1997a, Leite et al. 1999). Os granitos Xinguara e Mata Surrão mostram muitas similaridades<br />

no que diz respeito aos seus padrões de elementos terras raras, com moderado fracionamento dos<br />

terras raras pesados e marcante anomalia de Eu, conseqüência, provavelmente, de um forte<br />

fracionamento de plagioclásio. Por sua vez, o Granito Guarantã, com idade de aproximadamente<br />

2,93 Ga (Althoff et al. 2000), apresenta um padrão distinto de elementos terras raras, o que<br />

sugere uma geração e evolução de magma diferente para este granitóide, em relação aos demais<br />

corpos leucograníticos do TGGRM (Dall’Agnol et al. 1997a, Althoff et al. 2000).<br />

Leite et al. (1999) e Leite (2001) assumem que o Granito Xinguara seria produto de cristalização<br />

de um magma formado a partir de diferentes graus de fusão parcial de fontes arqueanas de<br />

composição similar aos granitóides TTG mais antigos do TGGRM ou a rochas afins ao Granodiorito<br />

Rio Maria. A pequena diferença de idade de cristalização entre o Granodiorito Rio Maria e o Granito<br />

Xinguara (cerca de 10 Ma) é um forte argumento para inviabilizar a hipótese desta rocha ser fonte<br />

do magma formador do leucogranito, porém poderia ter havido em profundidade uma rocha mais<br />

antiga similar em composição ao Granodiorito Rio Maria que teria servido de fonte para o Granito<br />

Xinguara.<br />

– Grupo Rio Fresco<br />

Esta unidade litoestratigráfica corresponde a coberturas plataformais arqueanas, compostas<br />

basicamente de uma seqüência clástica transgressiva, apresentando granulação grossa na base,<br />

com gradação, em direção ao topo, para siltitos e sedimentos químicos (Docegeo 1988, Huhn et al.<br />

1988). Tais seqüências recobrem as rochas do Supergrupo Andorinhas (greenstone belts), além<br />

dos granitóides arqueanos do TGGRM, sendo consideradas mais antigas que as intrusões graníticas<br />

paleoproterozóicas. A idade arqueana dessas coberturas sedimentares é sugerida pela ausência de<br />

zircões paleoproterozóicos em suas rochas (Macambira & Lancelot 1991), porém ainda não foram<br />

observadas relações de contato entre elas e granitos anorogênicos paleoproterozóicos da Suíte<br />

Jamon.<br />

– Magmatismo anorogênico paleoproterozóico<br />

Os granitos anorogênicos paleproterozóicos formam batólitos ou stocks com formas subcirculares,<br />

que intrudem as rochas arqueanas do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria. Estes granitos<br />

estão representados em toda a Província Mineral de Carajás e subdivididos<br />

em suítes: (1) Jamon, presente no TGGRM; (2) Serra dos Carajás, nos domínios da Bacia<br />

Carajás e (3) Velho Guilherme, presente na região do Xingu. A suíte Jamon (Dall’Agnol et al. 2005)<br />

é formada pelos plútons Jamon (Dall’Agnol 1982, Dall’Agnol et al. 1999 a, b), Musa (Gastal 1987),<br />

Marajoara (Rocha Jr. 2004), Bannach (Almeida 2005) e Redenção (Montalvão et al. 1982, Vale &<br />

Neves 1994, Barbosa et al. 1995, Oliveira 2001, Oliveira et al. 2002). O evento magmático que<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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