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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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Rochas máficas, com estruturas acamadadas, e intermediárias (quartzo-dioritos e quartzomonzodioritos)<br />

ocorrem associadas ao Granodiorito Rio Maria principalmente na região de<br />

Bannach. Segundo Oliveira (2005), o Granodiorito Rio Maria e as rochas máficas e intermediárias<br />

associadas apresentam grandes afinidades petrográficas e, em certa medida, geoquímicas e são<br />

interpretados como rochas cogenéticas mas não comagmáticas.<br />

Segundo Leite (2001) e Althoff (1996), a afinidade geoquímica do Granodiorito Rio Maria com as<br />

séries cálcico-alcalinas típicas é enganosa, pois as associações cálcico-alcalinas típicas de margens<br />

continentais são bem mais ricas em Al2O3 e CaO e mais pobres em MgO, Cr e Ni. Oliveira (2005)<br />

confirmou que o Granodiorito Rio Maria, na verdade, mostra características químicas similares aos<br />

granodioritos arqueanos ricos em Mg (suítes sanukitóides), definidos por Stern et al. (1989) e<br />

Stern & Hanson (1991), o que reforça as evidências de seus contrastes geoquímicos com os<br />

granitóides TTG.<br />

No âmbito do TGGRM, ainda se discute a origem do magma que formou o Granodiorito Rio Maria,<br />

pois a fonte que gerou este granitóide ainda não foi definida. Para Medeiros (1987), a origem mais<br />

plausível seria a de fusão parcial na base da crosta, podendo envolver contribuições de material de<br />

origem mantélica ou com baixo tempo de residência crustal. Outra possibilidade é a de um modelo<br />

genético que envolveria anatexia de rochas máficas dos greenstone-belts (crosta oceânica) na zona<br />

de subducção com o magma inicial tendo uma interação com o manto enriquecido e a crosta siálica<br />

para explicar o enriquecimento em elementos incompatíveis e de transição que ocorrem no GDrm<br />

(Dall’Agnol et al. 1997a). Leite (2001) aventa que o magma gerador do GDrm seria derivado de<br />

um manto enriquecido, situado acima de uma zona de subducção, cuja fusão se daria em função<br />

do fluxo térmico presente em terrenos arqueanos refletindo os seus gradientes térmicos mais<br />

elevados que em terrenos fanerozóicos.<br />

– Leucogranitos potássicos de afinidade cálcico-alcalina<br />

No Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, os leucogranitos potássicos são abundantes, sendo<br />

representados pelos granitos Xinguara (Leite 1995, Leite & Dall’Agnol 1997a, Leite et al. 1999,<br />

Leite 2001), Mata Surrão (Duarte et al. 1991, Duarte 1992, Althoff et al. 2000) e Guarantã (Althoff<br />

et al. 1991, 1995, 2000, Althoff 1996) e por pequenos stocks graníticos encontrados em contato<br />

com o Greenstone Belt de Identidade (Souza 1994, Souza & Dall’Agnol 1996) e a leste da cidade<br />

de Bannach, em contato com o GDrm (Oliveira 2005).<br />

Em termos de relações estratigráficas, o Granito Mata Surrão é intrusivo no Tonalito Arco Verde<br />

(Althoff et al. 2000), tendo em sua área tipo fornecido idade de 2872 ± 10 Ma (Pb-Pb em rocha<br />

total, Lafon et al. 1994, Macambira & Lafon 1995). Na região de Marajoara, Althoff et al. (2000)<br />

correlacionaram inicialmente um corpo de leucogranito potássico, situado a sul de Pau d’Arco, ao<br />

Granito Guarantã (Althoff 1996), porém este corpo é, geoquímica e geocronologicamente, afim do<br />

Granito Mata Surrão e apresentou idade Pb-Pb em zircão de 2871 ± 7 Ma (Althoff et al. 1998, 1999).<br />

O Granito Xinguara é outra unidade pertencente a este grupo. Possui idade de 2865 ± 1 Ma (Leite<br />

2001, Leite et al. 2004) e apresenta relações intrusivas no Complexo Tonalítico Caracol e<br />

Granodiorito Rio Maria e evidências estruturais de colocação simultânea e idade similar a do<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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