PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº
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titanita, Pimentel & Machado 1994), o Trondhjemito Mogno forma um batólito que varia<br />
composicionalmente para termos tonalíticos (Tonalito Parazônia, Docegeo 1988).<br />
- Granitóides sanukitóides com alto Mg<br />
As rochas granitóides ricas em Mg do TGGRM são representadas pelo Granodiorito Rio Maria<br />
(GDrm) com idade em torno de 2874 +9/-10 Ma (U/Pb em zircão, Macambira 1992, Macambira &<br />
Lancelot 1996, idade esta confirmada por varias datações posteriores; cf. Tabela 1.1). Dall’Agnol et<br />
al. (1986) denominaram informalmente de Granodiorito Rio Maria, os domos de granitóides<br />
arrasados identificados por Cordeiro (1982), truncando biotita gnaisses, migmatitos e seqüências<br />
do tipo greenstone-belts. Medeiros et al. (1987) formalizaram a denominação de Granodiorito Rio<br />
Maria.<br />
O Granodiorito Rio Maria (GDrm) ocorre em grandes áreas do TGGRM (Figura 1.2). Sua área tipo<br />
está localizada nas proximidades da cidade de Rio Maria, mas também acha-se exposto a sul e<br />
noroeste de Xinguara, a norte de Redenção e a leste da cidade de Bannach. Alguns granitóides<br />
descritos nas regiões de Carajás, Xingu e Serra do Inajá, são também correlacionados ao<br />
Granodiorito Rio Maria (Docegeo 1988, Costa et al. 1995, Rolando & Macambira 2002, 2003).<br />
Normalmente ocorrem associadas a ele, rochas máficas e intermediárias formando enclaves, ou<br />
mais raramente pequenos corpos, como a sul de Xinguara e na região a leste da cidade de<br />
Bannach (Medeiros 1987, Medeiros & Dall’Agnol 1988, Souza 1994, Oliveira 2005).<br />
As fácies identificadas no GDrm mostram-se dominantemente granodioríticas, e subordinadamente,<br />
monzograníticas, quartzo-dioríticas, quartzo-monzodioríticas e dioríticas (Medeiros 1987, Althoff<br />
1996, Leite 2001, Oliveira 2005). Os dioritos, quartzo-dioritos e quartzo-monzodioritos são pouco<br />
abundantes se comparados aos granodioritos. De acordo com os dados modais, as rochas do<br />
Granodiorito Rio Maria seguem o trend da série cálcico-alcalina granodiorítica de Lameyre &<br />
Bowden (1982).<br />
O Granodiorito Rio Maria forneceu idades de cristalização de 2874 +9/-10 Ma (U/Pb em zircão,<br />
Macambira 1992, Macambira & Lancelot 1996), 2872 ± 5 Ma (U/Pb em zircão e titanita, Pimentel &<br />
Machado 1994) e 2878 ± 4 Ma (Pb-Pb em zircão em quartzo-diorito, Dall’Agnol et al. 1999a)<br />
(Tabela 1.1). Rochas similares ao GDrm que ocorrem na região do Xingu, na área de transição<br />
entre o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria e o Bloco Carajás, mostraram idade de 2850 ± 17<br />
Ma (Pb-Pb em zircão; Avelar 1996, Avelar et al. 1999). Rolando & Macambira (2002, 2003)<br />
obtiveram idades de 2879 ± 4 Ma, 2877 ± 6 Ma, 2881 ± 8 Ma, 2880 ± 4 Ma, 2875 ± 7 Ma (Pb/Pb em<br />
zircão) para rochas do GDrm e afins, aflorantes na região da Serra do Inajá, a aproximadamente<br />
100 km ao sul da cidade de Redenção.<br />
O Granodiorito Rio Maria apresenta caráter metaluminoso e características afins com as das séries<br />
cálcico-alcalinas em certos diagramas, porém mostra conteúdos mais baixos de Al2O3 e CaO e mais<br />
altos de MgO, Cr e Ni do que estas séries, assemelhando-se geoquimicamente às suítes<br />
sanukitóides da Província Superior do Canadá (Stern et al. 1989, Stern & Hanson 1991). Os<br />
conteúdos e padrões de elementos terras raras das rochas do Granodiorito Rio Maria são<br />
caracterizados pelo enriquecimento acentuado em elementos terras raras leves (ETRL) em relação<br />
aos elementos terras raras pesados (ETRP), com forte a moderado fracionamento dos ETRP.<br />
Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />
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