Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara Figura 2.1: Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico (Tassinari & Macambira 1999). 9
3. ESTRATIGRAFIA A litoestratigrafia do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria pode ser melhor visualizada no mapa geológico da Figura 3.1, e os dados geocronológicos disponíveis estão nas Tabelas 3.1 e 3.2. O Supergrupo Andorinhas engloba os greenstone belts do TGGRM, formados dominantemente por komatiítos e basaltos toleíticos, com idades que variam de 2,97 a 2,9 Ga, correspondendo, assim como a geração do Tonalito Arco Verde e Complexo Tonalítico Caracol, ao evento geológico mais antigo deste terreno (Pimentel & Machado 1994, Macambira & Lafon 1995). O evento que produziu os greenstone belts do TGGRM foi dominantemente vulcânico máfico-ultramáfico, com contribuições ácidas e sedimentares ocorrendo subordinadamente. No período entre 2,98 e 2,92 Ga são originados, também, corpos plutônicos da série TTG, agrupados no Tonalito Arco Verde que apresenta idades U/Pb em zircão de 2,96 Ga (Macambira 1992) e Pb/Pb em zircão de 2948 ± 7 Ma e 2981 ± 8 Ma (Rolando & Macambira 2003) e corresponde, juntamente com o Complexo Tonalítico Caracol, com idades de 2948 ± 5 a 2924 ± 2 Ma (Leite 2001), aos granitóides mais antigos do TGGRM. O Granito Guarantã com idade de ~ 2,93 Ga (Althoff 1996, Althoff et al. 2000) é o leucogranito potássico mais velho da região. Posteriormente, entre 2,87-2,86 Ga, a região foi afetada por um novo evento magmático que gerou os granitóides TTG mais jovens, representados pelo Trondhjemito Mogno, Trondhjemito Água Fria e Tonalito Parazônia (Huhn et al. 1988, Souza 1994, Leite 2001), granitóides sanukitóides de alto Mg do tipo Granodiorito Rio Maria (Medeiros & Dall’Agnol 1988, Souza 1994, Althoff 1996, Leite 2001), além dos leucogranitos potássicos, de afinidade cálcico-alcalina, Mata Surrão (Duarte 1992, Duarte et al. 1991), Xinguara (Leite et al. 1999, 2004). Após a geração destes granitóides, formaram-se as rochas sedimentares do Grupo Rio Fresco. Durante o Paleoproterozóico, mais precisamente em torno de 1,88 Ga, a região de Rio Maria foi palco de magmatismo granítico anorogênico (<strong>CPRM</strong> 2000, Dall'Agnol et al. 1994, 1997a, 2000, 2005), representado na região pelos Granitos Jamon (Dall’Agnol et al. 1999a), Musa (Gastal 1987), Marajoara (Rocha Jr. 2004), Bannach (Almeida 2005), Redenção (Montalvão et al. 1982, Vale & Neves 1994, Oliveira 2001) e Manda Saia (Leite 2001), que são agrupados na Suíte Jamon (Dall’Agnol et al. 1999b, 2005). Há ainda a presença de diques félsicos a máficos, contemporâneos dos granitos proterozóicos, e que seccionam tanto as unidades arqueanas quanto os granitos paleoproterozóicos (Gastal 1987, Huhn et al. 1988, Souza et al. 1990, Silva Jr. 1996, Rivalenti et al. 1998, Silva Jr. et al. 1999). A seguir será apresentada uma síntese das principais características das unidades litoestratigráficas que compõem o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria (TGGRM), com base na literatura. Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara 10
- Page 2 and 3: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA EDIS
- Page 4 and 5: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECR
- Page 6 and 7: RESUMO A Folha Marajoara (SB.22-Z-C
- Page 8 and 9: ABSTRACT The Marajoara sheet is loc
- Page 10 and 11: SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ...........
- Page 12 and 13: 1. INTRODUÇÃO No ano de 2001, foi
- Page 14 and 15: 1.3 Agradecimentos A equipe técnic
- Page 16 and 17: lâmina delgada. Posteriormente, fo
- Page 18 and 19: a PMC está localizada na Provínci
- Page 22 and 23: - Supergrupo Andorinhas Hirata et a
- Page 24 and 25: Tabela 3.1: Dados geocronológicos
- Page 26 and 27: titanita, Pimentel & Machado 1994),
- Page 28 and 29: Trondhjemito Água Fria (Leite & Da
- Page 30 and 31: Tabela 3.2: Dados geocronológicos
- Page 32 and 33: centro-norte da área em contato co
- Page 34 and 35: leucogranitos potássicos e granito
- Page 36 and 37: Figura 3.3: Feições geológicas d
- Page 38 and 39: Figura 3.5.a: Vista panorâmica a s
- Page 40 and 41: Os metassedimentos clásticos (grau
- Page 42 and 43: Tabela 3.1: Análises modais de roc
- Page 44 and 45: Muscovita Desenvolve cristais hipid
- Page 46 and 47: Os teores de minerais máficos vari
- Page 48 and 49: Em amostras localizadas, próximo a
- Page 50 and 51: Epidoto O epidoto é um mineral bas
- Page 52 and 53: Os dados modais, quando plotados no
- Page 54 and 55: corroídos ou com embaiamentos, res
- Page 56 and 57: Conclusão Biotita Leucomonzogranit
- Page 58 and 59: - (iv) epidoto em grãos submilimé
- Page 60 and 61: As rochas desses corpos são textur
- Page 62 and 63: A distribuíção espacial dessas f
- Page 64 and 65: Continuação Fácies Petrográfica
- Page 66 and 67: Continuação Fácies Petrográfica
- Page 68 and 69: Ao microscópico essas rochas mostr
- Page 70 and 71:
estudadas. Agregados de anfibólio,
- Page 72 and 73:
leucogranitos da região de Vila Ma
- Page 74 and 75:
Desta amostra foram selecionados e
- Page 76 and 77:
Figura 3.18: Fotografias dos crista
- Page 78 and 79:
Figura 3.21: Diagrama Idade Vs. Eta
- Page 80 and 81:
na Folha Marajoara: Tonalito Arco V
- Page 82 and 83:
Tabela 3.11: Análises químicas pa
- Page 84 and 85:
Figura 3.22: Diagramas comparativos
- Page 86 and 87:
Figura 3.24: Diagramas para as roch
- Page 88 and 89:
diretamente em seus mais baixos val
- Page 90 and 91:
- Elementos terras raras Foram anal
- Page 92 and 93:
Figura 3.29: Padrões de elementos
- Page 94 and 95:
Tabela 3.13: Composições química
- Page 96 and 97:
Figura 3.30: (a) Diagramas A x B (D
- Page 98 and 99:
algumas diferenças, embora o padr
- Page 100 and 101:
Tabela 3.14: Análises químicas pa
- Page 102 and 103:
- Elementos Maiores O conteúdo de
- Page 104 and 105:
definição dos padrões de ETR (Fi
- Page 106 and 107:
Figura 3.34: (a) Diagramas R1 e R2
- Page 108 and 109:
4.1 Minerações Programa Geologia
- Page 110 and 111:
forma grãos maiores. Os blocos oco
- Page 112 and 113:
Mesmo com o avanço no conhecimento
- Page 114 and 115:
AVELAR, V. G. Geocronologia Pb-Pb p
- Page 116 and 117:
DEBON, F.; LE FORT, P. A cationic c
- Page 118 and 119:
LEITE, A. A. S. Geoquímica, petrog
- Page 120 and 121:
ROCHA JR., G. L. D. Caracterizaçã