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PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL Contrato CPRM- UFPA Nº

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– Elementos Maiores<br />

O conteúdo de SiO2 das diferentes fácies dos granitos anorogênicos paleoproterozóicos da Folha<br />

Marajoara mostra valores entre 66,1 e 76,6% com valor médio de 72,6%. Esses teores permitem<br />

individualizar claramente três grupos (Tabela 7.4): (1) Rochas relativamente pobres em sílica<br />

(66,1% a 69,71) representadas pelos granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio<br />

(PP3Yba e PP3Ymua); (2) rochas com valores intermediários de SiO2, variando de 70,39 a 73,8%,<br />

englobando os granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3Ybb e PP3Ymub); (3) rochas<br />

relativamente ricas em sílica, com teores médios acima de 74% correspondente aos leucogranitos<br />

(PP3γbl e PP3γmul).<br />

Com o aumento de SiO2, no sentido do grupo 1 ao 3, os teores de TiO2, MgO, Fe2O3t, MnO, CaO e<br />

P2O5 tendem a diminuir. Isso é coerente com as observações petrográficas, as quais mostram que<br />

as razões plagioclásio/microclina e anfibólio/biotita, juntamente com os conteúdos modais de<br />

minerais ferromagnesianos, exibem valores decrescentes nesse mesmo sentido. Os teores de K2O são relativamente altos, com médias de 4,48%, sendo baixos nos granitos portadores de<br />

anfibólio+biotita±clinopiroxênio, moderado nos granitos portadores de biotita±anfibólio (PP3Ybb e<br />

PP3Ymub), aumentando abruptamente destes últimos para os leucogranitos. Os teores de Na2O oscilam entre 2,6 e 4,29%, com valor médio de 3,5%.<br />

As razões K2O/Na2O situam-se em geral entre 1 e 2, com valor médio de 1,29 caracterizando as<br />

diversas fácies como relativamente enriquecidas em K2O (Figura 3.33a). Em todos estes granitos,<br />

as razões K2O/Na2O tendem a aumentar com a diferenciação magmática, sendo que as variedades<br />

mais evoluídas (leucogranitos), se aproximam de 2. Razões K2O/Na2O elevadas são típicas dos<br />

granitos rapakivíticos proterozóicos e muito comuns naqueles da Amazônia (Dall’Agnol et al.<br />

1999b, Rämö & Haapala 1995).<br />

O comportamento do Al2O3 é similar ao do Na2O, com teores oscilando entre 11 e 13%, mantendose<br />

a média ao redor de 12,75% (Tabela 3.14).<br />

Verifica-se uma correspondência direta entre os teores de K2O, Na2O e Al2O3 e os conteúdos das<br />

fases feldspáticas presentes nas fácies dos granitos anorogênicos da Folha Marajoara. Conforme o<br />

capítulo de petrografia, os granitos portadores de anfibólio+biotita±clinopiroxênio, são<br />

caracterizados por apresentar uma razão média Mc/Pl ligeiramente inferior à dos portadores de<br />

biotita±anfibólio e muito distinta daquelas das rochas pertencentes ao grupo 3. Isso é coerente<br />

com o aumento progressivo das razões K2O/Na2O no sentido granitos portadores de<br />

anfibólio+biotita±clinopiroxênio → granitos portadores de biotita±anfibólio → grupo 3. Portanto<br />

fica clara a consistência entre dados modais e químicos.<br />

Observa-se uma tendência geral ao aumento dos valores de SiO2 dos granitos portadores de<br />

anfibólio + biotita ± clinopiroxênio para os leucogranitos. Os valores mais elevados de SiO2 estão<br />

relacionados às amostras mais leucocráticas e com maiores percentagens de quartzo,<br />

representadas pelos leucogranitos. Os conteúdos de TiO2, MgO, Fe2O3, MnO e P2O5 são<br />

relativamente altos na fácies menos evoluída, decrescendo acentuadamente e regularmente no<br />

sentido dos leucogranitos.<br />

Programa Geologia do Brasil – Folha Marajoara<br />

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