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Dissertação - Unicamp

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evelando em maior ou menor escola a<br />

capacidade de traduzir com fidelidade uma<br />

figura, umas frutas sobre a mesa, uma árvore<br />

perdida ao longe da paisagem. O pintor, por<br />

um imperativo irresistível do seu próprio<br />

temperamento tem que procurar novos<br />

caminhos, outras fórmulas para traduzir suas<br />

concepções, por mais que escandalizem<br />

aqueles que combatem todas as manifestações<br />

pictóricas que fujam do academismo. É esse,<br />

ao meu ver, com maior mérito da exposição<br />

hora instalada no Teatro Municipal. Thomaz<br />

Perina, Clóvis Chagas e Mário Bueno podem<br />

ser taxados de loucos, pouco importa. Todos<br />

os artistas inovadores, que fugiram ao lugar<br />

comum, foram tidos como loucos. Nestas<br />

breves linhas, sem a pretensão de “fazer”<br />

crítica, queremos realçar o valor dos três<br />

destacados artistas que hora expõem seus<br />

trabalhos no Teatro Municipal, três<br />

temperamentos diversos mas inteiramente<br />

voltados para as pesquisas no campo<br />

maravilhoso da pintura.<br />

B. EME. Diário do Povo, Campinas, nov. de<br />

1953.<br />

Modernistas Campineiros<br />

alma na desesperada tentativa de reduzir<br />

quase a uma única superfície o estado das<br />

sensações. A sua pintura plástica encara o<br />

problema da composição paisagística na qual<br />

o intento emocional da obra é a desolação. A<br />

clorofilia das árvores foi de propósito<br />

carbonizada; a vida sumiu de cena do quadro,<br />

levando a composição à deformação limite a<br />

fim de melhor alcançar o drama colorístico no<br />

qual dominam as tonalidades neutras. Os<br />

elementos casa, árvore, etc., determinam a<br />

equação da desolação, e essa síntese nos<br />

agrada e nos convence, pensando, talvez, numa<br />

casa que fuja ainda mais das tradições<br />

prospectivas.<br />

O nome de Thomaz Perina já é conhecidíssimo.<br />

Suas pinturas são por todos elogiadas. As<br />

obras de Perina são de uma síntese que nos<br />

deixa sem respirar. A desolação de suas<br />

Sociedade, Correio Popular, Campinas<br />

composições paisagísticas põem a nu a sua<br />

Anexo C – manifesto do grupo vanguarda de campinas<br />

como princípio antes de tudo: m o v i m e n t o<br />

antimodorra<br />

predicado essencial: fazer<br />

fazer conscientemente: ir ao âmago da coisa<br />

por uma arte atual<br />

pela renovação|revificação constante e progressiva<br />

pela comunicação dos chamados §segredos da arte§<br />

antiturris ebúrnea<br />

contra a reserva dos mestres que guardam para si o pulo do gato<br />

por uma crítica partindo do exame da coisa feita

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