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editoriais. Razões de valor para a cidade, as Universidades reviveram, em outra escala,<br />
o prestígio educacional de Campinas dos tempos dos grandes colégios e internatos.<br />
3.2. O decorador<br />
Os anos 70 forma de intensa atividade para Thomaz Perina. Além da participação em<br />
exposições coletivas, especialmente com o Grupo Hoje, realizou uma indiviual no<br />
Museu de Arte Contemporânea de Campinas (1971) e atuou como designer de<br />
interiores, de figurinos e de cenografia. Foi destacado na mídia, recebendo o Troféu<br />
Andorinha como Artista do Ano (1973), e considerado o Decorador do Bicentenário de<br />
Campinas.<br />
Não era a primeira vez que instituições da cidade elevavam o seu trabalho. EM<br />
1964 recebera o Troféu Carlos Gomes de consagração artística como decorador. Esta<br />
sua atividade já era conhecida. Veio a ganhar maior divulgação com suas intervenções<br />
no Teatro José de Castro Mendes, no Centro de Convivência Cultural e, como<br />
cenógrafo e figurinista, em encenação de teatro e ópera. Fez sua primeira experiência<br />
nessa função em 1970, bi espetáculo Apolo 27, de José Aylton Salvagnini – um trabalho<br />
cujo resultado lhe deu enorme prazer.<br />
Diversificar a atividade foi para Perina uma opção profissional, que ensejou sua<br />
contribuição em outras áreas. Considerava sua pintura pouco vendável por eleger um<br />
“aspecto de criação” destituído de atrativos convencionais. Na decoração encontrou um<br />
campo que, além de garantia financeira, lhe trouxe compensadora realização.<br />
Um dos pioneiros em Campinas na decoração moderna, foi solicitado para os<br />
mais diversos ambientes. Da casa de família ao espaço público , foi ampla sua atuação,<br />
e das mais importantes. Realizou inúmeros projetos de ornamentação para carnaval em<br />
Campinas e outras cidades do interior e desenhou modelos de fantasias, cuja publicação<br />
esse tornou, por alguns anos, uma tradição na imprensa local (um exemplo é mostrado<br />
nesta página). Também construiu uma imagem de Nossa Senhor aAparecida com<br />
descartes de madeira (acima)m que lhe valeu o Prêmio Invenção no II Salão de Arte<br />
Religiosa Brasileira de Londrina, Paraná.<br />
Um projeto de decoração para ele não diferia do processo de produção de um<br />
quadro. Tinha que ser essencialmente criativo. Mesmo que a primeira idéia não fosse<br />
aceita, que tivesse que passar por alterações, ele encarava as limitação e exigências