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No V Salão, de 1969, desmancharam-se as premiações e outras honrarias,<br />
optando-se por aquisições para o acervo do Museu de Arte Contemporânea, que<br />
contemplaram 19 artistas. Entre eles, os campineiros Bernardo Caro, Geraldo Jürgensen,<br />
Maria Helena Motta Paes e Raul Porto.<br />
O mesmo critério foi observado no VI Salão, de 1970m quando o número de<br />
artistas expositores foi drasticamente reduzido, sob argumento de trocar “quantidade<br />
pela qualidade, e a repetição pela informação inédita”. Dos 262 inscritos forma aceitos<br />
58. Obras de Raul Porto e Reynaldo Bianchi Netto, de Campinas, estavam entre as<br />
adquiridas.<br />
Em 1975m a sugestão da comissão organizadora do X Salão rompeu com o<br />
sistema de concurso, decidindo convidar um grupo de artistas representativos para<br />
participar ao vivo de depoimentos e debates. Suas obras foram conhecidas por meio de<br />
slides. Com isso se pretendia acabar com a “ultrapassada emulação festiva” de seleções<br />
e premiações, responsável, segundo os organizadores, pelo afastamento dos melhores<br />
artistas. Mas não deixava de ser uma seleção, por ais importantes que fossem os<br />
escolhidos: Amílcar de Castro, Antônio Henrique Amaral, Franz Weissmann, Humberto<br />
Espíndola, João Câmara filho, Maria Leontina, Mira Schendel, Nelson Leirner, Rubem<br />
Valentim, Sérgio Camargo, Tomie Otake e o campineiro Mário Bueno.<br />
Esse formato não prevaleceu. O Salão teve ainda três edições descontínuas: em<br />
1977m 1985 e 1988. Era o anúncio da crise que levou este e outros salões ao<br />
encerramento.<br />
Notas<br />
SUBIRATS, E. Da Vanguarda ao Pós-Moderno. São Paulo: Nobel, 1984, p. 52.