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contatos e em suas leituras, e – mais distante, mas não menos decisivo – ao sentido dos<br />
movimentos artísticos europeus trazido por Sacchi e Belgrado.<br />
Em 1966, o pioneirismo do Grupo Vanguarda era reconhecido pelo Museu com<br />
a realização de uma grande exposição. Cada artista ofertou uma obra para integrar o<br />
acervo. Voltaria a se reunir pela última vez na Galeria Aremar. Depois, apenas<br />
retrospectivas históricas. Sabiam que o momento era outro e era necessário juntar-se à<br />
nova geração, que já se reunia, desde 1961, no Grupo Hoje, frente ampla de artistas, sob<br />
a liderança de Maria Helena Motta Paes, que acolhia diversas tendências, com atuação<br />
nas áreas de pintura, escultura, cinema, fotografia, música, poesia e teatro.<br />
2.7. Participações: Salões Paulistas de Arte Moderna e Bienais<br />
O escultor Lélio Coluccini e Franco Sacchi, com a pintura Ecce Homo, foram<br />
representantes de Campinas no I Salão Paulista de Arte Moderna, em 1951. Mário<br />
Bueno esteve no III, IV e V Salões. Sacchi retornou ao VI. Foi, porém, a partir da<br />
formação do Grupo Vanguarda que os artistas campineiros expandiram sua<br />
participação. Em 1960 (IX) todo o Grupo Vanguarda estava presente, e, até 1966 (XV),<br />
foi sempre significativa a mostragem de suas obras (V. Anexo N), ressaltando o prêmio<br />
maior, Governador do Estado, concedido a Thomaz Perina em 1961, por um júri<br />
integrado por Mário Zanini, Maurício Nogueira Lima, Yolanda Mohaly, Ítalo Cencici e<br />
Ismênia Coaracy.<br />
A abertura do Salão Paulista de Arte moderna ocorre no mesmo ano da I Bienal<br />
de São Paulo, em 1951, e os dois eventos vão se tornar vitrines do processo de<br />
modernização das artes visuais.<br />
Enquanto a Bienal procura expandir nacional e internacionalmente sua<br />
representatividade, os Salões Paulistas têm, de início, o predomínio de residentes na<br />
cidade de São Paulo. No correr dos anos cresceu a participação de artistas do interior de<br />
outros Estados. De 1951 a 1968 os salões atravessaram dezessete edições. Na divisão de<br />
quatro seções – Pintura, Escultura, Arquitetura e Artes Decorativas -, julgadores<br />
tentavam acomodar técnicas e materiais cada vez mais transcorrentes.<br />
Mais que isso, as composições dos júris de seleção e premiação mostraram a<br />
habilidade política de reconhecer, nesse período de mudanças, a superposição de<br />
tendências: aquelas que vinham do modernismo, carregando diversas nuances de