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ASSALTO ÀS JÓIAS DA MÃE - Económico - Sapo

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epresenta cerca de 20 por cento da procura global de<br />

Alta Relojoaria.<br />

A importância do Facebook é crescente. No WorldWatchReport<br />

de 2010, apenas metade das marcas analisadas<br />

tinham página nessa rede social. Em 2011, apenas<br />

uma não está presente (Patek Philippe).<br />

O WorldWatchReport tem como campo de análise várias<br />

marcas. Na Alta Relojoaria: Audemars Piguet, Blancpain,<br />

Breguet, Girard- Perregaux, Jaeger-LeCoultre,<br />

Patek Philippe, Vacheron Constantin, Franck Muller,<br />

Zenith, IWC; na Joalharia / Femininas: Bvlgari, Cartier,<br />

Chopard, Piaget; em Prestígio: Breitling, Hublot, Omega,<br />

Rolex, Tag Heuer; e Gama Média: Baume & Mercier,<br />

Ebel, Longines, Montblanc, Raymond Weil, Rado.<br />

AS TENDÊNCIAS FORMAIS<br />

Em Março, na Baselworld, a maior feira do sector, que<br />

congrega centenas de marcas em Basileia, o ambiente<br />

geral era de optimismo, mais uma vez devido à presença<br />

maciça de compradores chineses – contrabalançando a<br />

ausência do Norte de África e de algum Médio Oriente<br />

(devido à agitação social e política na zona) e o choque<br />

psicológico do Japão (no rescaldo da catástrofe terramoto<br />

/’tsumani’ / nuclear).<br />

As tendências formais na Baselworld vieram confi rmar<br />

as do SIHH em Genebra e estiveram em linha com o volte-face<br />

ocorrido em 2010, após a crise – modelos mais<br />

sóbrios, linhas mais depuradas, cores pastel, formas revivalistas<br />

a lembrar os anos 50 e 60 – as chamadas peças<br />

‘vintage’ são agora as grandes inspiradoras. Não quer isto<br />

dizer que os chamados relógios conceptuais (novas formas<br />

de ler o tempo, uma explosão criativa ocorrida há<br />

15 anos) tenham desaparecido. Mas estão hoje mais claramente<br />

situados em nichos de mercado, com as grandes<br />

marcas a abandonarem essas experiências. Uma das<br />

excepções é a Hermès, que continua a cultivar a sua “leitura<br />

poética do Tempo”, tendo apresentado este ano um<br />

surpreendente “Temps Suspendu”, revolução mecânica<br />

“vestida” num fato clássico… (criação do mestre relojoeiro<br />

Jean-Marc Wiedrrecht, que permite a suspensão<br />

da contagem do tempo pelo período que se quiser, premindo<br />

um botão, com os ponteiros das horas e minutos<br />

a recolherem-se às 12 horas, desaparecendo o ponteiro<br />

da data. Accionando-se de novo o botão, a contagem do<br />

tempo recupera, como se nada se tivesse passado).<br />

Uma das razões dessa onda conservadora na indústria<br />

é o novíssimo mercado emergente asiático, que quer<br />

comprar relógios de formas clássicas, que lhes dê acesso<br />

imediato ao paradigma de “luxo europeu”, sem estravagâncias…<br />

As caixas estão a diminuir de tamanho – os 38 mm<br />

começam de novo a ser aceites, acima dos 44 mm já<br />

quase não há modelos – e os extra-planos aumentam<br />

a sua presença nos catálogos. As marcas com história<br />

revisitam os seus catálogos antigos e começam a cingir-se<br />

a ícones que lhes dão automática identidade – a<br />

Cartier com um “Ballon Bleu” extra-plano; a Glashütte<br />

Original com o “Sixties Square Tourbillon”; a Jaeger-<br />

-LeCoultre com o “Grande Reverso Ultra Thin Tribute to<br />

1931”; a Omega com o “De Ville Hour Vision Blue”; a Rolex<br />

e a declinação do “Cosmograph Daytona”; a Vacheron<br />

Constantin com o “Historiques Aronde 1954” – são<br />

exemplos disso mesmo.<br />

Além do quadro global de incerteza, num sector que<br />

vive hoje em dia de olhos voltados para a China (onde<br />

tem feito investimentos avultados, com a inauguração<br />

de boutiques mono-marca, a melhor maneira de<br />

chegar ao consumidor local), há um factor que se vai<br />

COFFRINI/AFP/GETTYIMAGES<br />

agravando de dia para dia: a falta de relojoeiros. No<br />

último quarto de século, com o ressuscitar do relógio<br />

FABRICE DE<br />

mecânico, centenas de milhões de novas peças foram<br />

vendidas. Elas têm que ser mantidas, reparadas. Esti-<br />

FUNDO DE<br />

ma-se que o ritmo de formação de relojoeiros seja dez<br />

vezes inferior às necessidades do mercado. Ora, aí está<br />

uma profi ssão de futuro… FOTOGRAFIAS<br />

Carlos Monjardino<br />

INSIDER<br />

“MOMENTOS<br />

ESPECIAIS<br />

E FELIZES FORAM<br />

OS NASCIMENTOS<br />

DOS MEUS<br />

FILHOS”<br />

É o presidente da Fundação<br />

Oriente e um eterno viajante.<br />

Do mundo que percorreu guarda<br />

muitas memórias e uma colecção<br />

de relógios única.<br />

Quem lhe deu o seu primeiro relógio?<br />

Foi o meu pai.<br />

Que relógio era e que idade tinha?<br />

Um Cortebert e tinha 9 anos.<br />

Ainda guarda esse relógio?<br />

Infelizmente não.<br />

Que relógio usa hoje?<br />

Um Franck Muller.<br />

Porquê?<br />

Porque o acho particularmente bonito.<br />

Como se lembrou de se tornar<br />

um coleccionador de relógios?<br />

Foi acontecendo por via das inúmeras viagens<br />

que tenho feito de há 45 anos para cá. Primeiro<br />

com relógios de bolso e depois de pulso.<br />

Quantos relógios tem hoje na sua colecção?<br />

Cerca de 120 relógios de bolso e 40 de pulso.<br />

Qual é a ‘jóia da coroa’?<br />

Um UNIVERSAL, por ter pertencido ao meu pai.<br />

Continua a coleccionar ou já parou?<br />

Continuo mas a um menor ritmo.<br />

Se o luxo fosse um relógio, qual seria<br />

a marca?<br />

Franck Muller.<br />

Os relógios falam de tempo e o tempo<br />

de momentos. Quais os momentos mais<br />

especiais que viveu até hoje?<br />

Especiais e felizes foram os nascimentos<br />

dos meus filhos.<br />

Quando tem tempo para si o que<br />

mais gosta de fazer?<br />

Ler, ver televisão e guiar.<br />

Se lhe dessem uma oportunidade de viajar<br />

no tempo, qual a época e a civilização<br />

que escolheria visitar?<br />

Teria a curiosidade de visitar várias: a Inca<br />

e depois uma visita ao século XVI<br />

e ao século XVIII.<br />

Porquê?<br />

A civilização Inca porque era avançada<br />

para o seu tempo e o século XVI pelos<br />

Descobrimentos – devido ao meu espírito<br />

irrequieto. O século XVIII pela admiração<br />

que tenho pelo Marquês de Pombal.<br />

TEXTO DE INÊS QUEIROZ<br />

Especial Jóias Maio 2011 Fora de Série 55

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