ASSALTO ÀS JÓIAS DA MÃE - Económico - Sapo
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Estilo H.STERN EM HOMENAGEM A NIEMEYER O Brasil já conhecia a colecção que a H.Stern concebeu inspirada na obra de um dos maiores nomes da arquitectura moderna. Três anos depois, a linha “H.Stern by Oscar Niemeyer” chega fi nalmente a Portugal. TEXTO DE CATARINA MADEIRA uem já fi xou os olhos no morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, sabe que a curva é a forma mais perfeita do universo. Foi por essa forma fl uida e sensual que Oscar Niemeyer, um dos nomes maiores da arquitectura mundial, se apaixonou. Desde aí, essa é a forma que defi ne todos os seus trabalhos, porque os ângulos e as linhas rectas nunca o atraíram. Foram as curvas com que Niemeyer desenhou de raiz, na década de 50, a cidade de Brasília ou o edifício sede das Nações Unidas em Nova Iorque, que inspiraram uma colecção de jóias para a H.Stern. O resultado são peças que conjugam amplitude, liberdade e fl uidez, na simplicidade genial do traço do mais famoso arquitecto brasileiro. Esta é uma história que começa em 2008, quando Roberto Stern, presidente e director criativo da H.Stern, convidou Niemeyer a emprestar a sua assinatura a uma colecção da marca brasileira. Oscar Niemeyer completava 100 anos e Roberto Stern estava empenhado em dar sequência a uma série de colecções inspiradas em personalidades alheias ao mundo da joalharia. O arquitecto, agora com 103 anos, aceitou o desafi o e aprovou o resultado. “A jóias são lindíssimas e muito luminosas. É incrível como conseguiram replicar com exactidão os meus desenhos”, comentou no fi nal. As peças nasceram dos seus esquiços de traço largo e negro e impuseram à equipa de criadores e artesãos uma nova superação das barreiras criativas e técnicas. Em 2011, a colecção – que até agora só estava disponível nas lojas da marca – é lançada em todo o mundo, chegando 36 Fora de Série Especial Jóias Maio 2011 “Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura, infl exível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”. IN “POEMA DA CURVA”, OSCAR NIEMEYER As linhas da colecção “H.Stern by Oscar Niemeyer” surgem torcidas e fl uidas como as dos edifícios projectados pelo arquitecto. Desde as formas convexas do projecto de Brasília ao ‘design’ sinuoso da igreja de São Francisco de Assis em Pampulha (Minas Gerais), a H.Stern pediu licença a Niemeyer para reinterpretar em ouro e diamantes as suas obras mais emblemáticas. fi nalmente a Portugal, com modelos mais recentes. Os ‘designers’ da marca reinterpretaram em ouro branco e amarelo e diamantes as criações consagradas de Niemeyer: os conjuntos arquitectónicos de Brasília (Congresso Nacional, as colunas da Alvorada e do Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal) e da Pampulha, o edifício Copan e os prédios do Parque Ibirapuera (São Paulo), ou ainda o surpreendente Museu de Arte Contemporânea de Niterói. A Colecção “H.Stern by Oscar Niemeyer” é dividida em seis linhas, baptizadas com nomes de desenhos, obras e projetos de referência do arquitecto: Pampulha, Brasília, Copan, Croqui, Curvas e Flor. Os anéis, pulseiras e brincos revelam ainda, como diz Niemeyer no seu Poema da curva, “o corpo da mulher preferida”. Oscar Niemeyer e Roberto Stern partilham o interesse pelas formas orgânicas e sinuosas. Juntos acompanharam a produção da linha de jóias “H.Stern by Oscar Niemeyer”.
Apesar de serem criadores de áreas distintas (separadas não só pelos materiais que usam mas também pela escala das obras que constroem), joalheiro e arquitecto partilham esse interesse pelas formas orgânicas e sinuosas. “Na natureza não existem linhas rectas, por isso gosto de assimetrias e contornos irregulares. São mais humanos e naturais”, diz Stern. Esta foi a primeira parceria em que o convidado teve uma presença activa no resultado da colecção, mas não foi a única em que a marca procurou captar os movimentos e formas do corpo humano. Em 2009, a H.Stern traduziu em jóias os movimentos de dança do Grupo Corpo, considerada a mais importante companhia de dança contemporânea do Brasil (uma colecção que também chegou recentemente ao mercado português). As jóias da linha de Niemeyer não dançam, mas inspiram música: Carlinhos Brown – cantor, percussionista, compositor e produtor – e George Israel – compositor, guitarrista e saxofonista brasileiro – compuseram uma música em homenagem ao arquitecto, criada especifi camente para o lançamento da colecção de jóias. “Linhameyer” é o nome desse tema, mas é também a banda sonora de uma animação digital, dirigida por Andrés Lieban, que retrata as linhas dos desenhos e croquis de Niemeyer. As imagens originais foram digitalizadas e compostas para contar a história da música através de ferramentas virtuais e técnicas de animação 2D. Quanto às jóias, podem agora ser vistas em 3D, também nas lojas Torres Joalheiros. FOTOGRAFIAS CEDIDAS PELA MARCA Especial Jóias Maio 2011 Fora de Série 37
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linhas rectas, por isso gosto de assimetrias e contornos<br />
irregulares. São mais humanos e naturais”,<br />
diz Stern.<br />
Esta foi a primeira parceria em que o convidado teve<br />
uma presença activa no resultado da colecção, mas<br />
não foi a única em que a marca procurou captar os<br />
movimentos e formas do corpo humano. Em 2009,<br />
a H.Stern traduziu em jóias os movimentos de dança<br />
do Grupo Corpo, considerada a mais importante<br />
companhia de dança contemporânea do Brasil (uma<br />
colecção que também chegou recentemente ao mercado<br />
português).<br />
As jóias da linha de Niemeyer não dançam, mas inspiram<br />
música: Carlinhos Brown – cantor, percussionista,<br />
compositor e produtor – e George Israel<br />
– compositor, guitarrista e saxofonista brasileiro<br />
– compuseram uma música em homenagem ao arquitecto,<br />
criada especifi camente para o lançamento<br />
da colecção de jóias. “Linhameyer” é o nome desse<br />
tema, mas é também a banda sonora de uma animação<br />
digital, dirigida por Andrés Lieban, que retrata<br />
as linhas dos desenhos e croquis de Niemeyer. As<br />
imagens originais foram digitalizadas e compostas<br />
para contar a história da música através de ferramentas<br />
virtuais e técnicas de animação 2D. Quanto<br />
às jóias, podem agora ser vistas em 3D, também nas<br />
lojas Torres Joalheiros.<br />
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