ASSALTO ÀS JÓIAS DA MÃE - Económico - Sapo

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14.05.2013 Views

CARLOS RAMOS RITA IBÉRICO NOGUEIR A rita.nogueira@economico.pt JÓIAS GLOBAIS E DEMOCRÁTICAS uando os analistas do mercado do luxo afi rmam que este será um ano em grande para as jóias e os relógios, é caso para levar a sério. Apesar da crise fi nanceira que se vive na Europa e nos Estados Unidos da América, o mercado do luxo continua a crescer com números surpreendentes. E as previsões do início do ano têm-se mostrado proféticas. Luxo em alta, com o sector dos relógios e das jóias a mostrar uma saúde de ferro. Muito graças – como nos conta Fernando Correia de Oliveira, o jornalista especializado na área – aos consumidores chineses, que benefi ciam de uma economia galopante. Frequentador assíduo dos mais importantes eventos anuais do sector relojoeiro, o Salão Internacional de Alta Relojoaria, em Genebra, e a feira Baselworld, em Basileia, ambas na Suíça, Correia de Oliveira falou com alguns analistas e todos concluem o mesmo: o luxo anda à boleia da China. Mas até quando? A História já nos ensinou que, a um período de forte crescimento segue-se uma crise. A da China não se vê ainda, mas está anunciada. E quando chegar, toda a indústria se vai ressentir. Enquanto não passar de uma previsão, relógios e jóias benefi ciam da paixão chinesa por marcas de luxo e pelo seu estatuto de bens tangíveis, transportáveis e facilmente conversíveis em ‘cash’ em tempo de recessão, com o ouro a atingir máximos históricos. Uma interessante análise para ler nas páginas 52-55 neste Especial Jóias e Relógios, o primeiro em que a Fora de Série junta os dois temas numa só revista. Inocentes, alheios a toda esta problemática, longe de crises e previsões de crescimento e tendências de consumo, estiveram Bárbara e Zé Maria, de um e dois anos, que passaram uma tarde diferente das a que estão habituados. Deixando de lado os bonecos de peluche, os carrinhos e as bolas, estes dois bebés brincaram com jóias, enormes, verdadeiras, caríssimas, cheias de pedras preciosas. Como brinquedos improvisados, colares, anéis, pulseiras e alfi netes foram analisados, torcidos, lambidos, desprezados, transformados em objectos banais, do dia-a-dia. Na verdade, é isto o que as marcas de jóias modernas andam a apregoar há anos: não fazem peças para fi - carem escondidas em cofres, mas para serem usadas 12 Fora de Série Especial Jóias Maio 2011 em todas as ocasiões. E nada como as crianças para entenderem este conceito de democratização à primeira... Zé Maria encantou-se, encheu as mãos de anéis e pulseiras. Bárbara deixou-se levar pela beleza dos colares e gargantilhas, alguns peças vindas especialmente de Paris para a ocasião. Brincaram, riram, choraram, foram crianças. E este encantador editorial de jóias faz a capa desta edição e pode ver- -se nas páginas 40-46. Saudosos da elegância das jóias Cartier, desde que o brilho deste joalheiro se apagou com o encerramento da loja do Chiado, perguntámos a Olivier Gay, o director Ibérico da marca francesa, se podíamos manter a esperança de voltar a ver a Cartier por Lisboa (páginas 20-22). A resposta foi satisfatória. Não será para já, mas está nos planos da marca. Só que, desta vez, a loja tem de ser perfeita. No sítio certo (na Avenida da Liberdade, apostamos), com o tamanho e o conceito certos. E, com tantos condicionantes, só por isso Olivier Gay não adiantou uma data concreta. Mas, por cá, fi camos a aguardar o regresso, com expectativa. E aproveitamos as deslocações a outras cidades da Europa em que a Cartier está presente para espreitar e sonhar com a nossa futura loja Cartier. Foi o que fi zemos este mês em Londres e em Milão. Na primeira, a jornalista do Economico TV, Sandra Xavier, foi conhecer, em plena histeria do casamento real do príncipe William com Kate Middleton, as jóias que contam a história da coroa britânica e que estão disponíveis para visita na Torre de Londres. A reportagem pode ler-se nas páginas 14-18. Na segunda, a jornalista Helena Viegas e o editor de fotografi a Paulo Figueiredo foram conhecer o atelier e a manufactura da Pasquale Bruni, marca de jóias italiana desenvolvida por pai e fi lha, que faz furor em Portugal (páginas 30-34). Por pouco não se cruzavam com algum membro da família Bulgari, cuja saga familiar (que este ano celebra 125 anos) aqui narramos, nas páginas 24-28. Não tendo a equipa de reportagem passado por Florença, infelizmente não teve a oportunidade de conhecer pessoalmente o hotel L’Orologio (página 62), todo ele decorado com mais de duas mil peças alusivas a relógios, da colecção privada do proprietário do hotel, que dividiu os 54 quartos por três andares, cada um dedicado a uma manufactura: Rolex, Vacheron Constantin, Patek Philippe. Quem sabe para a próxima? BLOG NÃO DEIXE DE ACOMPANHAR TAMBÉM TODAS AS NOVIDADES FORA DE SÉRIE NUM NOVO ESPAÇO ‘ONLINE’ http://foradeserie.economico.sapo.pt Capa: Fotografi a de Rui Aguiar. Anéis em ouro amarelo e diamantes (2210, 3050 e 4900 euros) Montblanc. Pulseira “Oscar Niemeyer Copan” em ouro amarelo e diamantes (16,900 euros) H.Stern. Sumário: Relógio “Jwlry Machine”, da linha “Wings of Desire”, da “Cabinet Curiosities”, de Boucheron. Uma interpretação da MB&F nº3, em ouro branco com ametistas, diamantes e safi ras azuis e violetas.

CARLOS RAMOS<br />

RITA IBÉRICO NOGUEIR A<br />

rita.nogueira@economico.pt<br />

<strong>JÓIAS</strong> GLOBAIS<br />

E DEMOCRÁTICAS<br />

uando os analistas do mercado do<br />

luxo afi rmam que este será um<br />

ano em grande para as jóias e os<br />

relógios, é caso para levar a sério.<br />

Apesar da crise fi nanceira que se<br />

vive na Europa e nos Estados Unidos<br />

da América, o mercado do luxo<br />

continua a crescer com números<br />

surpreendentes. E as previsões do início do ano<br />

têm-se mostrado proféticas. Luxo em alta, com o<br />

sector dos relógios e das jóias a mostrar uma saúde<br />

de ferro. Muito graças – como nos conta Fernando<br />

Correia de Oliveira, o jornalista especializado na<br />

área – aos consumidores chineses, que benefi ciam<br />

de uma economia galopante. Frequentador assíduo<br />

dos mais importantes eventos anuais do sector relojoeiro,<br />

o Salão Internacional de Alta Relojoaria,<br />

em Genebra, e a feira Baselworld, em Basileia, ambas<br />

na Suíça, Correia de Oliveira falou com alguns<br />

analistas e todos concluem o mesmo: o luxo anda à<br />

boleia da China. Mas até quando? A História já nos<br />

ensinou que, a um período de forte crescimento segue-se<br />

uma crise. A da China não se vê ainda, mas<br />

está anunciada. E quando chegar, toda a indústria<br />

se vai ressentir. Enquanto não passar de uma previsão,<br />

relógios e jóias benefi ciam da paixão chinesa<br />

por marcas de luxo e pelo seu estatuto de bens<br />

tangíveis, transportáveis e facilmente conversíveis<br />

em ‘cash’ em tempo de recessão, com o ouro a atingir<br />

máximos históricos. Uma interessante análise<br />

para ler nas páginas 52-55 neste Especial Jóias e Relógios,<br />

o primeiro em que a Fora de Série junta os<br />

dois temas numa só revista.<br />

Inocentes, alheios a toda esta problemática, longe<br />

de crises e previsões de crescimento e tendências<br />

de consumo, estiveram Bárbara e Zé Maria, de um e<br />

dois anos, que passaram uma tarde diferente das a<br />

que estão habituados. Deixando de lado os bonecos<br />

de peluche, os carrinhos e as bolas, estes dois bebés<br />

brincaram com jóias, enormes, verdadeiras, caríssimas,<br />

cheias de pedras preciosas. Como brinquedos<br />

improvisados, colares, anéis, pulseiras e alfi netes<br />

foram analisados, torcidos, lambidos, desprezados,<br />

transformados em objectos banais, do dia-a-dia. Na<br />

verdade, é isto o que as marcas de jóias modernas<br />

andam a apregoar há anos: não fazem peças para fi -<br />

carem escondidas em cofres, mas para serem usadas<br />

12 Fora de Série Especial Jóias Maio 2011<br />

em todas as ocasiões. E nada como as crianças para<br />

entenderem este conceito de democratização à primeira...<br />

Zé Maria encantou-se, encheu as mãos de<br />

anéis e pulseiras. Bárbara deixou-se levar pela beleza<br />

dos colares e gargantilhas, alguns peças vindas<br />

especialmente de Paris para a ocasião. Brincaram,<br />

riram, choraram, foram crianças. E este encantador<br />

editorial de jóias faz a capa desta edição e pode ver-<br />

-se nas páginas 40-46.<br />

Saudosos da elegância das jóias Cartier, desde que o<br />

brilho deste joalheiro se apagou com o encerramento<br />

da loja do Chiado, perguntámos a Olivier Gay, o director<br />

Ibérico da marca francesa, se podíamos manter a<br />

esperança de voltar a ver a Cartier por Lisboa (páginas<br />

20-22). A resposta foi satisfatória. Não será para<br />

já, mas está nos planos da marca. Só que, desta vez, a<br />

loja tem de ser perfeita. No sítio certo (na Avenida da<br />

Liberdade, apostamos), com o tamanho e o conceito<br />

certos. E, com tantos condicionantes, só por isso Olivier<br />

Gay não adiantou uma data concreta. Mas, por<br />

cá, fi camos a aguardar o regresso, com expectativa. E<br />

aproveitamos as deslocações a outras cidades da Europa<br />

em que a Cartier está presente para espreitar e<br />

sonhar com a nossa futura loja Cartier.<br />

Foi o que fi zemos este mês em Londres e em Milão.<br />

Na primeira, a jornalista do Economico TV, Sandra<br />

Xavier, foi conhecer, em plena histeria do casamento<br />

real do príncipe William com Kate Middleton, as<br />

jóias que contam a história da coroa britânica e que<br />

estão disponíveis para visita na Torre de Londres.<br />

A reportagem pode ler-se nas páginas 14-18. Na segunda,<br />

a jornalista Helena Viegas e o editor de fotografi<br />

a Paulo Figueiredo foram conhecer o atelier<br />

e a manufactura da Pasquale Bruni, marca de jóias<br />

italiana desenvolvida por pai e fi lha, que faz furor<br />

em Portugal (páginas 30-34). Por pouco não se cruzavam<br />

com algum membro da família Bulgari, cuja<br />

saga familiar (que este ano celebra 125 anos) aqui<br />

narramos, nas páginas 24-28. Não tendo a equipa de<br />

reportagem passado por Florença, infelizmente não<br />

teve a oportunidade de conhecer pessoalmente o<br />

hotel L’Orologio (página 62), todo ele decorado com<br />

mais de duas mil peças alusivas a relógios, da colecção<br />

privada do proprietário do hotel, que dividiu<br />

os 54 quartos por três andares, cada um dedicado<br />

a uma manufactura: Rolex, Vacheron Constantin,<br />

Patek Philippe. Quem sabe para a próxima?<br />

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(2210, 3050 e 4900 euros) Montblanc. Pulseira “Oscar Niemeyer<br />

Copan” em ouro amarelo e diamantes (16,900 euros) H.Stern.<br />

Sumário: Relógio “Jwlry Machine”, da linha “Wings of Desire”, da<br />

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