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Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />

James Ama<strong>do</strong> relaciona as seguintes razões para as afirmações<br />

feitas:<br />

a) Na coleção <strong>de</strong> quatro volumes <strong>de</strong> Celso Cunha,<br />

que é o códice <strong>de</strong> Rabelo, o texto da “biografia<br />

é o único que mantém uma rígida unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> composição e linguagem”.<br />

b) Nas <strong>de</strong>mais variantes, a <strong>de</strong> Varnhagen (1950)<br />

“acrescida por outro engenho", é "a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

composição (...) <strong>de</strong>smerecida pelos acréscimos."<br />

(p. 1279-1280).<br />

Prova disso, segun<strong>do</strong> James Ama<strong>do</strong> (1990, p. 1280), é a<br />

referência “expressa às didascálias – mantidas quase todas<br />

nesta edição – com que apresenta as poesias, estabelecen<strong>do</strong><br />

que o autor <strong>do</strong> texto biográfico é a mesma pessoa que elaborou<br />

o códice”. E mais, que “Linguagem e conteú<strong>do</strong> das didascálias<br />

são os mesmos da ‘biografia’: a prosa floreada, a preocupação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e ‘proteger’ o poeta contra as acusações <strong>de</strong> que era<br />

vítima”.<br />

James Ama<strong>do</strong> (1980) comparou o códice <strong>de</strong> Rabelo, que<br />

não é uma edição diplomática, aos apógrafos. Segun<strong>do</strong> ele,<br />

Rabelo “arrumou o verso à sua maneira, separan<strong>do</strong>-o por assuntos,<br />

em blocos que acentuam o seu senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> crônica da<br />

época, no que coinci<strong>de</strong> com a visão <strong>de</strong> Ama<strong>do</strong> sobre o fenômeno.<br />

E continua:<br />

(...) mas foi elabora<strong>do</strong> para ressaltar outra imagem <strong>do</strong> poeta.<br />

Colocamos (...) no penúltimo capítulo, as peças <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> angolano,<br />

pernambucano, e, no final, o perío<strong>do</strong> português, que cronologicamente<br />

é o primeiro.<br />

Também Gomes (1985, p. 7-10) reconhece a maior valida<strong>de</strong><br />

da edição da Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras, por ser a<br />

mais completa, feita por Afrânio Peixoto (1923-1933 e 1943),<br />

que rejeitou, em sua edição em seis volumes, poesias “licen-<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 97

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