Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...
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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />
vise à correção, em dupla ou grupo, <strong>de</strong> equívocos apresenta<strong>do</strong>s<br />
pelos próprios alunos em seus textos.<br />
Produção final<br />
Nessa fase, os professores <strong>de</strong>vem propor a reescrita <strong>do</strong>s<br />
textos da produção inicial. Deve <strong>de</strong>ixar claro que além <strong>de</strong> corrigir,<br />
irá avaliar os textos. Será necessário, então, expor seus<br />
critérios <strong>de</strong> avaliação e correção. Quanto à avaliação, o professor<br />
<strong>de</strong>monstra e comenta a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida. Outra opção é<br />
construir, com os próprios alunos, os critérios da gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação,<br />
discutin<strong>do</strong>, inclusive, o valor <strong>de</strong> cada quesito. Quanto à<br />
correção, comentários sobre coerência e códigos que apontam<br />
<strong>de</strong>svios da norma padrão <strong>de</strong>vem ser manti<strong>do</strong>s.<br />
AVALIAR X CORRIGIR<br />
Normalmente, o professor, ao analisar um texto, espera<br />
medir o conhecimento <strong>do</strong> aluno. Muitas vezes, para tanto, não<br />
aplica critérios <strong>de</strong> avaliação, fazen<strong>do</strong> com que a nota atribuída<br />
seja resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma visão subjetiva e até mesmo injusta, pois<br />
po<strong>de</strong> favorecer uns e <strong>de</strong>smerecer outros, em função da imagem<br />
prévia que o <strong>do</strong>cente cria a respeito <strong>de</strong> seus alunos.<br />
De fato, avaliar e corrigir são usa<strong>do</strong>s como sinônimos.<br />
No entanto, com base em Serafini (1998), faz-se uma distinção.<br />
Avaliar, no presente artigo, refere-se ao julgamento <strong>do</strong><br />
texto, que apresenta ou não pouquíssimas modificações, e a atribuição<br />
<strong>de</strong> um valor que é consequência da avaliação <strong>de</strong> diferentes<br />
critérios. Logo, avaliar compreen<strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> mais<br />
geral cujo enfoque está volta<strong>do</strong> para o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo aluno. Diferentemente, corrigir implica uma<br />
ativida<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>talhista que engloba não só a marcação ou<br />
modificação <strong>do</strong>s equívocos feitos pelos alunos, mas também<br />
comentários sobre os <strong>de</strong>svios, com intuito <strong>de</strong> dar-lhes pistas<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 73