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Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

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LIVRO DOS MINICURSOS<br />

utilizam expressões como “tipo <strong>de</strong>”, “espécie <strong>de</strong>”, com paráfrases<br />

ou metáforas. Ex: Estradas fe<strong>de</strong>rais: 75% apresentam<br />

algum tipo <strong>de</strong> problema. (O Dia on line <strong>de</strong> 31/10/2007)<br />

d) A intertextualida<strong>de</strong> e a ironia: a natureza intertextual<br />

da ironia é <strong>de</strong>monstrar uma disparida<strong>de</strong> entre o enuncia<strong>do</strong><br />

e a função real <strong>de</strong>le, que é a <strong>de</strong> expressar, ou <strong>de</strong>nunciar, algum<br />

tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> negativa. Ex: Uma ‘praia’ na Baixada. (O Dia<br />

on line <strong>de</strong> 10/11/2007)<br />

e) A intertextualida<strong>de</strong> e as transformações textuais:<br />

as ca<strong>de</strong>ias intertextuais po<strong>de</strong>m ser complexas, como textos diplomáticos<br />

ou os que envolvem negociações <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

capitais. Mas, tais textos po<strong>de</strong>m ser transforma<strong>do</strong>s em escritos<br />

<strong>de</strong> mídia, em comentários, em livros ou artigos acadêmicos,<br />

em discursos parafrasea<strong>do</strong>s e, até mesmo, em conversas informais.<br />

Assim, os tipos <strong>de</strong> textos variam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tipo<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição, <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias intertextuais e <strong>de</strong> auditórios.<br />

f) A intertextualida<strong>de</strong> e os sujeitos sociais: um texto<br />

coerente está liga<strong>do</strong> ao propósito <strong>de</strong> atingir o receptor e, <strong>de</strong>sta<br />

forma, atingir várias i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais.<br />

Os sujeitos <strong>do</strong> discurso são também sujeitos sociais. Assim<br />

sen<strong>do</strong>, a eficácia política e i<strong>de</strong>ológica <strong>do</strong> discurso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> diálogo entre o argumentante e os sujeitos sociais.<br />

54<br />

O PONTO DE VISTA DO ARGUMENTADOR<br />

Em algumas petições jurídicas, o julga<strong>do</strong>r dá maior atenção<br />

à narrativa <strong>do</strong>s fatos <strong>do</strong> que a persuasão referente ao direito.<br />

A narrativa, aparentemente informativa, po<strong>de</strong> se transformar<br />

em verda<strong>de</strong>iros argumentos diluí<strong>do</strong>s no texto.<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>rnos</strong> <strong>do</strong> <strong>CNLF</strong>, Vol. XIII, Nº 03

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