13.05.2013 Views

Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />

Os antônimos gran<strong>de</strong> e pequeno não se referem a qualida<strong>de</strong>s<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e opostas; são simples recursos lexicais<br />

<strong>de</strong> gradação. Assim, o item gran<strong>de</strong> é relativo; per<strong>de</strong> toda a sua<br />

significação quan<strong>do</strong> priva<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua conotação mais <strong>do</strong> que e<br />

menos <strong>do</strong> que; significa qualquer tamanho toma<strong>do</strong> como ponto<br />

<strong>de</strong> partida; esse ponto varia <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o contexto.<br />

A reciprocida<strong>de</strong>, por fim, é a relação em que os termos<br />

opostos estão em permuta assimétrica: pai/ filho (se A é pai <strong>de</strong><br />

B, então B é pai <strong>de</strong> A).<br />

Ex: “Certa ocasião perguntaram a Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda<br />

se o Chico Buarque era filho <strong>de</strong>le e ele respon<strong>de</strong>u:<br />

- Não, o Chico não é meu filho, eu é que sou o pai <strong>de</strong>le.”<br />

(PINHEIRO, Liliana. O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 25.12.94, B1)<br />

· Hiponímia e Hiperonímia<br />

Lyons (1979) afirma que a hiponímia é frequentemente<br />

<strong>de</strong>nominada inclusão, ou seja, é a relação <strong>de</strong> um termo mais<br />

específico num termo mais geral. Entretanto, muitos semanticistas<br />

formalizam a inclusão em função da lógica <strong>de</strong> classes,<br />

isto é, da noção <strong>de</strong> referência. Isso acarreta certa ambiguida<strong>de</strong><br />

com relação ao significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>sses termos.<br />

O vocábulo “Inclusão” é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> sob diferentes<br />

pontos <strong>de</strong> vista. Po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como a extensão <strong>de</strong> um<br />

termo que é a classe <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s a que ele é aplicável ou a<br />

que ele se refere; ou po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como a compreensão<br />

<strong>de</strong> um termo que é o conjunto <strong>de</strong> atributos que caracterizam<br />

qualquer entida<strong>de</strong> a que ele é corretamente aplica<strong>do</strong>. Logo,<br />

extensão e compreensão, nesses diferentes pontos <strong>de</strong> vista,<br />

são inversamente proporcionais.<br />

Como solução <strong>de</strong>ve-se optar preferencialmente pelo<br />

termo hiponímia que <strong>de</strong>ixa o termo inclusão livre para a teoria<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!