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Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />

Cais<br />

(Milton Nascimento<br />

e Ronal<strong>do</strong> Bastos)<br />

Para quem quer se soltar<br />

invento o cais<br />

Invento mais que a solidão me<br />

dá<br />

Invento lua nova a clarear<br />

Invento o amor<br />

E sei a <strong>do</strong>r <strong>de</strong> me lançar<br />

Eu queria ser feliz<br />

Invento o mar<br />

Invento em mim o sonha<strong>do</strong>r<br />

Para quem quer me seguir<br />

Eu quero mais<br />

Tenho o caminho <strong>do</strong> que<br />

sempre quis<br />

E um saveiro pronto pra partir<br />

Invento o cais<br />

E sei a vez <strong>de</strong> me lançar<br />

Beco <strong>do</strong> Mota<br />

(Milton Nascimento<br />

e Fernan<strong>do</strong> Brant)<br />

Clareira na noite, na noite<br />

Procissão <strong>de</strong>serta, <strong>de</strong>serta<br />

Nas portas da arquidiocese <strong>de</strong>sse meu país<br />

Profissão <strong>de</strong>serta, <strong>de</strong>serta<br />

Homens e mulheres na noite<br />

Homens e mulheres na noite <strong>de</strong>sse meu país<br />

Nessa praça não me esqueço<br />

E on<strong>de</strong> era o novo fez-se o velho<br />

Colonial vazio<br />

Nessas tar<strong>de</strong>s não me esqueço<br />

E on<strong>de</strong> era o vivo fez-se o morto<br />

Aviso pedra fria<br />

Acabaram com o beco<br />

Mas ninguém lá vai morar<br />

Cheio <strong>de</strong> lembranças vem o povo<br />

Do fun<strong>do</strong> escuro beco<br />

Nessa clara praça se dissolver<br />

Pedra, padre, ponte, muro<br />

E um som cortan<strong>do</strong> a noite escura<br />

Colonial vazia<br />

Pelas sombras da cida<strong>de</strong><br />

Hino <strong>de</strong> estranha romaria<br />

Lamento água viva<br />

Acabaram com o beco<br />

Mas ninguém lá vai morar<br />

Cheio <strong>de</strong> lembranças vem o povo<br />

Do fun<strong>do</strong> escuro beco<br />

Nessa clara praça se dissolver<br />

Profissão <strong>de</strong>serta, <strong>de</strong>serta<br />

Homens e mulheres na noite<br />

Homens e mulheres na noite <strong>de</strong>sse meu país<br />

Na porta <strong>do</strong> beco estamos<br />

Procissão <strong>de</strong>serta, <strong>de</strong>serta<br />

Nas portas da arquidiocese <strong>de</strong>sse meu país<br />

Diamantina é o Beco <strong>do</strong> Mota<br />

Minas é o Beco <strong>do</strong> Mota<br />

Brasil é o Beco <strong>do</strong> Mota<br />

Viva o meu país!<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 159

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