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Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />

Em termos meto<strong>do</strong>lógicos, busca-se <strong>de</strong>screver e explicar<br />

o processo <strong>de</strong> variação/mudança, através <strong>do</strong> controle <strong>de</strong> fatores<br />

sociais (classe social, sexo, ida<strong>de</strong>, escolarida<strong>de</strong>, etc.) e<br />

fatores linguísticos (variáveis internas da língua), i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong><br />

fatores que influenciam a escolha <strong>de</strong> uma ou outra variante, e<br />

mostran<strong>do</strong> que a regularida<strong>de</strong> da variação é sistemática e governada<br />

por um conjunto <strong>de</strong> regras, não categóricas, e sim variáveis.<br />

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE REGRA VARIÁVEL<br />

Labov (1966) apresenta o conceito <strong>de</strong> regra variável,<br />

substituin<strong>do</strong> a noção estruturalista <strong>de</strong> variação livre, já que,<br />

segun<strong>do</strong> o autor, toda variação é condicionada. Uma regra variável<br />

<strong>de</strong>ve apresentar frequência expressiva <strong>de</strong> uso e mo<strong>de</strong>larse<br />

à interferência <strong>de</strong> fatores linguísticos e extralinguísticos.<br />

Vale lembrar que as formas linguísticas alternantes são chamadas<br />

<strong>de</strong> variantes, e para um fenômeno ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> variável,<br />

há <strong>do</strong>is requisitos: manutenção <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> e possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ocorrência num mesmo contexto (Labov, 1978). Ou<br />

seja, trata-se <strong>de</strong> diversas maneiras <strong>de</strong> dizer a mesma coisa em<br />

um mesmo contexto e com o mesmo valor <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, ou com<br />

o mesmo senti<strong>do</strong> referencial.<br />

Os primeiros trabalhos <strong>de</strong> Labov (1966; 1972) estão foca<strong>do</strong>s<br />

em análises no campo da fonologia, mostran<strong>do</strong> que as<br />

variáveis são motivadas por fatores sociais ou estilísticos. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sses estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Labov abriram portas para a investigação<br />

da variação em outros níveis linguísticos. Entretanto,<br />

as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo em campos diferentes<br />

<strong>do</strong> fonológico esbarram na discussão acerca da manutenção<br />

<strong>do</strong> mesmo significa<strong>do</strong> das formas alternantes. Sobre essa<br />

questão é importante mencionar a discussão travada entre<br />

Labov (1978) e Lavan<strong>de</strong>ra (1978), a partir <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong><br />

Weiner & Labov ([1977]1983) sobre as estruturas ativa e pas-<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 131

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