Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...
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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />
INTRODUÇÃO<br />
AOS CONCEITOS BÁSICOS DA SOCIOLINGUÍSTICA<br />
Marcos Luiz Wie<strong>de</strong>mer (UFSC/UNESP)<br />
professormlw@yahoo.com.br<br />
INTRODUÇÃO<br />
A Sociolinguística Variacionista, conhecida também<br />
como Teoria da Variação e Mudança, surge a partir <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Labov 30 e <strong>do</strong>s postula<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Weinreich, Labov e Herzog<br />
(1968), <strong>do</strong>ravante WLH, com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a<br />
variação e a mudança linguística, levan<strong>do</strong> em conta o contexto<br />
social <strong>de</strong> produção, observan<strong>do</strong> o uso da língua <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fala 31 e utilizan<strong>do</strong> um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> análise quantitati-<br />
30 “The social motivation of a sound change” (1963) e “The social stratification of (r)<br />
in New York city <strong>de</strong>partment stores” (1966), publica<strong>do</strong>s posteriormente pelo mesmo<br />
autor em Sociolinguistic Patterns (1972).<br />
31 Para Labov, “membros <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala compartilham um conjunto<br />
comum <strong>de</strong> padrões normativos mesmo quan<strong>do</strong> encontramos variação altamente estratificada<br />
na fala real” (1972, p. 192). Essas normas correspon<strong>de</strong>m a avaliações sociais<br />
acerca das variantes, que são vistas, basicamente, como formas estigmatizadas<br />
ou <strong>de</strong> prestígio. Para Labov (1968) “A comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala não se <strong>de</strong>fine por nenhum<br />
acor<strong>do</strong> marca<strong>do</strong> quanto ao uso <strong>do</strong>s elementos da língua, mas, sobretu<strong>do</strong> pela<br />
participação em um conjunto <strong>de</strong> normas estabelecidas. Tais normas po<strong>de</strong>m ser observadas<br />
em tipos claros <strong>de</strong> comportamento avaliativo e na uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>-<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 129