Cadernos do CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...
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<strong>Círculo</strong> <strong>Fluminense</strong> <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>Filológicos</strong> e Linguísticos<br />
<strong>de</strong>ntro da jornada <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s professores, é provavelmente<br />
a causa principal da baixa efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer programa<br />
<strong>de</strong> educação.<br />
SITUAÇÕES PARADIGMÁTICAS<br />
Sen<strong>do</strong> a educação um complexo processo, requer conhecimentos<br />
e meto<strong>do</strong>logias mais abrangentes, capazes <strong>de</strong> elucidar<br />
a realida<strong>de</strong> e prever soluções mais a<strong>de</strong>quadas para os<br />
problemas atuais. Partilhan<strong>do</strong> das i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Oliveira, quan<strong>do</strong><br />
se refere aos <strong>de</strong>safios <strong>do</strong>s novos tempos e espaços, afirma:<br />
Vivemos num tempo em que vemos nossas capacida<strong>de</strong>s ampliadas<br />
e intensificadas, em que a ciência e a tecnologia, acopladas<br />
à informática, [..], oferecem a um terço da população mundial<br />
mais conforto, bem-estar material, po<strong>de</strong>r, status, [...]. Vivemos<br />
num mun<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s culturais e sociais emergem<br />
apagan<strong>do</strong> fronteiras, transgredin<strong>do</strong> tabus i<strong>de</strong>ntitários, [...]. É um<br />
privilégio viver num tempo como esse...<br />
No entanto, vivemos num tempo em que <strong>do</strong>is terços da humanida<strong>de</strong><br />
estão sobreviven<strong>do</strong> em condições indignas, paupérrimas,<br />
à margem <strong>do</strong> fantástico progresso tecnológico. Vivemos<br />
também num tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero e <strong>de</strong> <strong>do</strong>r, sofrimento e miséria,<br />
tragédia e violência, exploração e <strong>do</strong>minação, <strong>de</strong>sequilíbrio ecológico,<br />
falta <strong>de</strong> perspectiva <strong>de</strong> vida. [...] É um <strong>de</strong>safio viver num<br />
tempo como esse... (Oliveira, 2003, p. 20).<br />
A gravida<strong>de</strong> e a extensão global <strong>do</strong>s problemas contemporâneos<br />
acenam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um novo paradigma<br />
para interpretar novas realida<strong>de</strong>s e reinterpretar realida<strong>de</strong>s que<br />
já haviam si<strong>do</strong> explicadas ou compreendidas. Nos dias <strong>de</strong> hoje,<br />
os educa<strong>do</strong>res se veem moralmente obriga<strong>do</strong>s a rever o seu<br />
papel no processo educacional, <strong>de</strong> maneira que a educação não<br />
seja uma merca<strong>do</strong>ria, submetida ao conformismo, ao individualismo<br />
à competição e a muitos outros problemas que encontramos<br />
no cotidiano. O <strong>de</strong>safio é a transição <strong>de</strong> um paradigma<br />
conserva<strong>do</strong>r que pre<strong>do</strong>minou nos últimos séculos para um novo<br />
paradigma emergente, que venha proporcionar novas atitu-<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: CiFEFiL, 2009 115