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Interpretacao de Textos - ALUB

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

Leitura eInterpretação <strong>de</strong> textos<br />

A leitura é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas,<br />

principalmente, após recentes pesquisas que apontam ser essa uma das principais<br />

<strong>de</strong>ficiências do estudante brasileiro. Não basta i<strong>de</strong>ntificar as palavras, mas fazê-las ter sentido,<br />

compreen<strong>de</strong>r, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante. Para tanto, aqui vão<br />

algumas sugestões que po<strong>de</strong>rão ajudá-lo a percorrer esse caminho com a segurança dos que<br />

confiam no sucesso e têm certeza da vitória.<br />

1ª - Torne a leitura um hábito. Leia tudo que lhe cair às mãos: revistas, jornais,<br />

propagandas, manuais instrutivos etc. Ou seja, tudo o que estiver ao seu alcance ou que lhe<br />

seja disponibilizado. Essa leitura, porém, não po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> “qualquer jeito”, ela requer<br />

concentração e interesse. Ambos na mesma medida.<br />

2ª - Qualquer palavra que soe <strong>de</strong>sconhecida <strong>de</strong>ve ser imediatamente verificada, e,<br />

para isso, nada melhor que o bom amigo dicionário. Este <strong>de</strong>ve ser seu fiel companheiro na<br />

jornada da leitura.<br />

3ª - A paciência é uma virtu<strong>de</strong> que você precisará cultivar. Tanto um texto,<br />

aparentemente, fácil, quanto algo mais elaborado, exigem uma análise minuciosa <strong>de</strong> suas<br />

estruturas. Esse processo não é rápido e, muitas vezes, serão necessárias várias e repetidas<br />

leituras para que você possa enten<strong>de</strong>r a or<strong>de</strong>nação das partes, que o levarão ao entendimento<br />

global do texto.<br />

4ª - As questões <strong>de</strong> interpretação po<strong>de</strong>m ser focadas. Isso é, po<strong>de</strong>m trabalhar com<br />

um <strong>de</strong>terminado segmento em separado do texto. Nesse caso, não restrinja a sua releitura<br />

apenas ao fragmento em questão, busque o sentido completo da i<strong>de</strong>ia.<br />

5ª - Há inúmeras formas <strong>de</strong> se cobrar um <strong>de</strong>terminado conteúdo. O nosso sistema<br />

educacional tem optado pela interdisciplinarida<strong>de</strong>, princípio que norteia os Novos Parâmetros<br />

Curriculares do país.<br />

Compreen<strong>de</strong>r o que está escrito em um texto é muito mais do que simplesmente ler!<br />

O que é um texto?<br />

Texto<br />

Um texto é uma manifestação linguística produzida por alguém, em alguma<br />

situação concreta (contexto), com <strong>de</strong>terminada intenção. Um texto é sempre dirigido a alguém,<br />

ou seja, a situação <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> um texto supõe a existência <strong>de</strong> um interlocutor a quem ele<br />

se dirige e, <strong>de</strong> acordo com a intenção <strong>de</strong> quem escreve, há sempre diferentes tipologias<br />

textuais.<br />

Tipos <strong>de</strong> Texto: Narração, Descrição e Dissertação<br />

Narração: narrar é contar uma história. A narração é uma sequência <strong>de</strong> ações que<br />

se <strong>de</strong>senrolam na linha do tempo, umas após as outras. Toda narração pressupõe a existência<br />

<strong>de</strong> alguns elementos: da ação ou fato; <strong>de</strong> um personagem que a/o prática em <strong>de</strong>terminado<br />

momento e em <strong>de</strong>terminado lugar; da causa que <strong>de</strong>terminou a ocorrência; do modo como o<br />

fato se <strong>de</strong>u e suas consequências e do narrador, que vai contar a história.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

A narração e os tipos <strong>de</strong> discurso<br />

Há três modos <strong>de</strong> comunicar ao leitor as falas das personagens: discurso direto<br />

(diálogo), discurso indireto e discurso indireto livre.<br />

Discurso direto – é a representação textual das palavras da personagem.<br />

Geralmente isso ocorre nos diálogos.<br />

Exemplo: A jovem, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> assistir ao filme, perguntou ao rapaz que estava<br />

sentado ao lado:<br />

- Você enten<strong>de</strong>u o final do filme?<br />

Olhando muito surpreso, o rapaz respon<strong>de</strong>u, prontamente:<br />

- E era para enten<strong>de</strong>r?<br />

Ambos <strong>de</strong>ixaram a sala com aquele ar <strong>de</strong> interrogação...<br />

Discurso indireto – é aquele em que o narrador transmite, com as próprias<br />

palavras, o pensamento expresso pela personagem.<br />

Exemplo: A jovem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> assistir ao filme perguntou ao rapaz que estava<br />

sentado ao seu lado se este havia entendido o final do filme. O rapaz respon<strong>de</strong>u questionando<br />

se era para ter entendido.<br />

A transformação do discurso direto em indireto e vice-versa:<br />

Discurso direto:<br />

. verbos no presente do indicativo<br />

. pontuação característica (travessão, dois pontos)<br />

Discurso indireto:<br />

. verbos no pretérito imperfeito do indicativo<br />

. ausência <strong>de</strong> pontuação característica<br />

Discurso Direto Discurso Indireto<br />

presente do indicativo:<br />

pretérito imperfeito do indicativo:<br />

- Tenho fome – disse o rapaz.<br />

O rapaz disse que tinha fome.<br />

pretérito perfeito do indicativo<br />

pretérito mais-que-perfeito simples ou<br />

- Percorri todo o trajeto - <strong>de</strong>clarou a composto:<br />

jovem.<br />

A jovem <strong>de</strong>clarou que percorrera / tinha<br />

percorrido todo o trajeto.<br />

imperativo:<br />

- Pare – or<strong>de</strong>nou o guarda ao condutor<br />

futuro do presente do indicativo:<br />

- Comprarei o necessário – disse a mãe.<br />

pretérito imperfeito do subjuntivo<br />

O guarda or<strong>de</strong>nou ao condutor que ele<br />

parasse.<br />

futuro do pretérito do indicativo<br />

A mãe disse que compraria o necessário.<br />

Discurso indireto livre – é a representação da fala interior da personagem,<br />

diretamente incluída na linguagem do narrador, sem qualquer oração introdutória.<br />

Exemplo:“Peri, imaginando que po<strong>de</strong>ria, sozinho, matar a todos os aimorés, <strong>de</strong> uma<br />

só vez, toma veneno e se lança à luta contra mais <strong>de</strong> duzentos índios; quando já fizera gran<strong>de</strong><br />

mortanda<strong>de</strong>, se entrega como prisioneiro. É que conhecia os costumes daqueles índios<br />

antropófagos que costumavam <strong>de</strong>vorar os inimigos valorosos: assim estando ele envenenado,<br />

todos morreriam.” ( José <strong>de</strong> Alencar )<br />

Descrição: a Descrição é um tipo <strong>de</strong> discurso em que o escritor se vale <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada estrutura fraseológica para transmitir ao receptor a sensação <strong>de</strong> uma fotografia.<br />

O escritor procura, mediante atitu<strong>de</strong> contemplativa, captar e transmitir uma cena, um<br />

momento; é, portanto, a <strong>de</strong>scrição um processo que possibilita ao receptor visualizar aspectos<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

físicos <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong> ambientes, <strong>de</strong> objetos. Em geral, as <strong>de</strong>scrições exploram substantivos<br />

e adjetivos. O uso do verbo limita-se aos <strong>de</strong> estado (verbos <strong>de</strong> ligação). Outra característica<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> discurso é a utilização da frase nominal, ou seja, frase sem verbo.<br />

Na <strong>de</strong>scrição, não há alteração temporal, pois não há dois momentos que se<br />

suce<strong>de</strong>m. Outra característica sua é que se po<strong>de</strong> alterar a or<strong>de</strong>m do discurso que sua<br />

compreensão não é afetada. O uso <strong>de</strong> verbos <strong>de</strong> ação, neste caso, não transmite a idéia <strong>de</strong><br />

transformação, <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> tempo. E essa é uma especificida<strong>de</strong> relevante no ato <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>screver, pois na narração há alteração temporal, mudança causada entre um tempo anterior<br />

e um subsequente. O tempo inicial é diferente do final.<br />

Embora haja, às vezes, combinação <strong>de</strong> narração e <strong>de</strong>scrição, há em <strong>de</strong>terminados<br />

textos predominância <strong>de</strong> elementos que transmitem i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fotografia ou <strong>de</strong> movimento.<br />

Conforme, portanto, a dominância <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas características, o texto será tido como<br />

narrativo ou <strong>de</strong>scritivo.<br />

Dissertação: é um tipo <strong>de</strong> texto que permite o comentário e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

juízos e pensamentos. O texto dissertativo po<strong>de</strong> ser argumentativo, que apresenta <strong>de</strong>fesa e<br />

sustentação <strong>de</strong> idéias; ou po<strong>de</strong> ser informativo, apenas apresentando fatos ou<br />

acontecimentos. Po<strong>de</strong> ter como objetivo emocionar o leitor ou convencê-lo; para isto, po<strong>de</strong> ser<br />

objetivo ou subjetivo.<br />

O texto dissertativo informativo não apresenta nenhuma opinião ou visão pessoal<br />

sobre <strong>de</strong>terminado assunto. Este tipo <strong>de</strong> texto apresenta informações técnicas ou científicas.<br />

Já o texto dissertativo argumentativo sustenta-se no <strong>de</strong>bate, na discussão e no<br />

questionamento. Expressa um ponto <strong>de</strong> vista, qualquer que seja.<br />

O texto argumentativo objetivo apresenta informações que fazem parte do saber<br />

compartilhado, do conhecimento <strong>de</strong> todos. Transmite conhecimentos <strong>de</strong> um modo geral e<br />

busca ensinar diretamente, com o verbo na terceira pessoa. Exige do leitor aprimoramento<br />

intelectual, conhecimento do assunto, prática do raciocínio e clareza <strong>de</strong> expressão; as idéias<br />

do texto são inter-relacionadas <strong>de</strong> modo consistente e claro.<br />

O texto argumentativo subjetivo expõe e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, procurando sensibilizar o<br />

leitor. As i<strong>de</strong>ias têm caráter pessoal e opinativo. Apresenta frequentemente o verbo na<br />

primeira pessoa. Volta-se para o lado afetivo, psicológico, do leitor. Busca o envolvimento,<br />

falando mais ao sentimento do que à razão, embora essa separação nada tenha <strong>de</strong> absoluto.<br />

RESUMO<br />

Modo Descritivo Narrativo Dissertativo<br />

Agente Observador Narrador Argumentador<br />

Conteúdo Seres, objetos, cenas,<br />

ações ou<br />

Opiniões, argumentos<br />

processos<br />

acontecimentos<br />

Tempo Momento único sucessão Ausência<br />

Objetivo I<strong>de</strong>ntificar, localizar e<br />

relatar Discutir, informar ou<br />

qualificar<br />

expor<br />

Classes das Substantivos e adjetivos Verbos, advérbios e<br />

Conectores<br />

palavras<br />

conjunções temporais<br />

Tempos Presente ou imperfeito Presente ou perfeito do Presente do indicativo<br />

verbais<br />

do indicativo<br />

indicativo<br />

IMPORTANTE:<br />

É muito difícil encontrarmos um texto puramente narrativo, <strong>de</strong>scritivo ou dissertativo.<br />

Normalmente, um texto é o resultado <strong>de</strong> uma composição <strong>de</strong> diferentes tipologias<br />

textuais, sempre com o predomínio <strong>de</strong> alguma <strong>de</strong>las, ficando a critério do leitor fazer<br />

essa i<strong>de</strong>ntificação.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

Vícios <strong>de</strong> Linguagem<br />

Ambiguida<strong>de</strong> ou Anfibologia – é quando a frase apresenta mais <strong>de</strong> um sentido ou interpretação.<br />

Ex.: Acompanhou o arquiteto o engenheiro na visita à obra.<br />

Arcaísmo – é a utilização <strong>de</strong> palavras que já estão em <strong>de</strong>suso.<br />

Ex.: Vossa Mercê escreveu isso em seus alfarrábios?<br />

Barbarismo – é a grafia ou pronúncia <strong>de</strong> palavra em <strong>de</strong>sacordo com a norma culta.<br />

Ex.: Não há impecilho para a realização da cerimônia.<br />

Eco – é a repetição <strong>de</strong> palavras terminadas pelo mesmo som.<br />

Ex.: A evolução da projeção <strong>de</strong> agressão causou comoção na população.<br />

Cacófato – é um som <strong>de</strong>sagradável, produzido a partir da junção <strong>de</strong> palavras.<br />

Ex.: Meu candidato nuncaganho uma eleição.<br />

Solecismo – é o <strong>de</strong>svio da norma em relação às normas <strong>de</strong> sintaxe.<br />

Ex.: Fazem três dias que chegamos.<br />

Pleonasmo – é a repetição <strong>de</strong>snecessária <strong>de</strong> palavras, também chamada <strong>de</strong> redundância.<br />

Ex.: Improbida<strong>de</strong> é um crime contra oerário público.<br />

Obs.: Nem todo pleonasmo é um vício, em algumas situações, ele se constitui em uma figura <strong>de</strong><br />

linguagem. Ex.: As flores no jardim, reguei-as todinhas.<br />

Semântica<br />

A semântica estuda o sentido das palavras, expressões, frases e unida<strong>de</strong>s maiores<br />

da comunicação verbal e os significados que lhe são atribuídos. Ao consi<strong>de</strong>rarmos o significado<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada palavra, levamos em conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos, sufixos<br />

que participam da sua forma) e, por fim, o contexto em que se apresenta.<br />

Campo semântico: é quando as palavras apresentadas têm relação <strong>de</strong> sentido. Transmite-nos<br />

i<strong>de</strong>ias semelhantes e coerentes entre si. Exemplo: medo, dor angústia, sofrimento – todas<br />

remetem ao campo semântico <strong>de</strong> sentimentos ruins.<br />

Polissemia: é quando uma palavra é capaz <strong>de</strong> assumir significados diferentes <strong>de</strong> acordo com o<br />

contexto. Exemplo: Ontem, morreram duas pessoas em um aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito./ Já é muito tar<strong>de</strong>,<br />

estamos todos mortos <strong>de</strong> fome.<br />

Sinonímia: é quando duas ou mais palavras possuem o mesmo significado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado contexto. A Sinonímia po<strong>de</strong> ser literal ou contextual, no primeiro caso, as palavras<br />

pertencem realmente a um mesmo campo semântico; no segundo, estas apresentam relação <strong>de</strong><br />

sentido em <strong>de</strong>corrência do contexto apresentado. Exemplo: A <strong>de</strong>missão é um momento ruim na<br />

vida <strong>de</strong> qualquer pessoa. Desta forma, todo profissional <strong>de</strong>ve estar preparado para vencer este<br />

fantasma.<br />

Antonímia: segue as mesmas regras utilizadas na adoção da sinonímia, lembrando que se trata do<br />

emprego <strong>de</strong> expressões em sentido contrário. Ex. Embora esteja assustada, terei coragem para<br />

seguir em frente.<br />

Homonímia: é quando uma ou mais palavras apresentam pronúncia ou grafia semelhantes. Quando,<br />

tanto a pronúncia, quanto a grafia são iguais, temos os homônimos perfeitos. Exemplos: pena –<br />

pena, espiar – expiar, taxa – tacha.<br />

Paronímia: é quando as palavras são tão parecidas, que, muitas vezes, as confundimos. Exemplos:<br />

listra – lista, inflação – infração, pleito – preito.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

A significação das palavras influi diretamente na interpretação <strong>de</strong> um texto. A<br />

<strong>de</strong>notação e a conotação fazem parte da semântica.<br />

Homônimos e Parônimos<br />

Muitas vezes temos dúvidas no uso <strong>de</strong> vocábulos distintos provocadas pela semelhança ou mesmo<br />

pela igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pronúncia ou <strong>de</strong> grafia entre eles. É o caso dos fenômenos <strong>de</strong>signados como<br />

homonímia e paronímia.<br />

A homonímia é a <strong>de</strong>signação geral para os casos em que palavras <strong>de</strong> sentidos diferentes têm a<br />

mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos).<br />

Os homógrafos po<strong>de</strong>m coincidir ou não na pronúncia, como nos exemplos: quarto (aposento) e<br />

quarto (ordinal), manga (fruta) e manga (<strong>de</strong> camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e<br />

apelo (com e aberto, 1 a pess. do sing. do pres. do ind. do verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o<br />

aberto, 1 a pess. do sing. do pres. do ind. do verbo consolar), com pronúncia diferente.<br />

Os homógrafos <strong>de</strong> idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto em que são empregados. Não<br />

há dúvida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são nos três sentidos: a) verbo ser, 3 a pess. do pl.<br />

do pres., b) saudávele c) santo.<br />

Palavras <strong>de</strong> grafia diferente e <strong>de</strong> pronúncia igual (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso,<br />

por exemplo, <strong>de</strong> acento/assento, coser/cozer, dos prefixos ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente<br />

para resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida é <strong>de</strong> letra(s). Sempre que houver incerteza,<br />

consulte a lista adiante, algum dicionário ou manual <strong>de</strong> ortografia.<br />

Já o termo paronímia <strong>de</strong>signa o fenômeno que ocorre com palavras semelhantes (mas não<br />

idênticas) quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte <strong>de</strong> muitas dúvidas, como entre <strong>de</strong>scrição (ato <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>screver) e discrição (qualida<strong>de</strong> do que é discreto), retificar (corrigir) e ratificar (confirmar).<br />

Denotação e Conotação<br />

Linguagem Conotativa, também chamada <strong>de</strong> metafórica, figurada ou contextual é<br />

aquela na qual palavras ou expressões adquirem, em situações particulares <strong>de</strong> uso, sentido<br />

diferente do usual, motivadas por alguma semelhança contextual.<br />

Linguagem Denotativa ou literal é aquela na qual as palavras ou expressões<br />

apresentam sentido “real”, que po<strong>de</strong> ser apreendido sem a ajuda do contexto.<br />

Desta forma, po<strong>de</strong>mos dizer que a linguagem conotativa po<strong>de</strong> ser vista como uma<br />

ampliação da linguagem <strong>de</strong>notativa, e que se origina em alguma semelhança real ou pressuposta<br />

entre o contexto <strong>de</strong> manifestação do sentido literal e o novo contexto em que esse sentido se<br />

expan<strong>de</strong>, para cobrir outras situações.<br />

Reconhecer, portanto, o contexto e que um vocábulo está empregado é o primeiro passo para<br />

enten<strong>de</strong>rmos sua significação.<br />

Coesão Textual<br />

Etimologicamente, texto e tecido estão relacionados e, <strong>de</strong> fato, há razão para isso: o<br />

tecido é fruto <strong>de</strong> uma junção <strong>de</strong> pequenos fios que vão se ligando até o limite <strong>de</strong> uma extensão<br />

<strong>de</strong>terminada; o texto, por sua vez, também tem seus componentes ligados a fim <strong>de</strong> que formem<br />

um só corpo estrutural. Aos elementos que realizam essa ligação se atribui a função <strong>de</strong> coesão e<br />

eles correspon<strong>de</strong>m basicamente a marcas linguísticas da superfície do texto, <strong>de</strong> caráter sintático<br />

ou gramatical.<br />

Os diversos tipos <strong>de</strong> Coesão:<br />

A coesão é uma das marcas fundamentais da textualida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong> ocorrer por meio<br />

<strong>de</strong> mecanismos diversos: a coesão referencial, a coesão recorrencial e a coesão sequencial.<br />

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Coesão Referencial:<br />

Ocorre quando um elemento da sequência textual se remete a outro elemento do mesmo<br />

texto, substituindo-o:<br />

Exemplos: Encontrei meu irmão na esquina, mas não falei com ele.<br />

Ele estava lá, na esquina, o meu irmão!<br />

Obs.<br />

Quando a referência se faz do <strong>de</strong>pois para o antes, <strong>de</strong>nomina-se<br />

anáfora, e, no caso contrário, catáfora.<br />

Substituição <strong>de</strong> um elemento por outro:<br />

As formas pronominais:<br />

O aluno saiu, mas ele e sua mãe voltaram logo.<br />

João e Pedro estiveram lá, mas nenhum falou nada.<br />

Renato comprou um jornal, mas leu o meu.<br />

João, Pedro e Paulo falaram, mas qual disse a verda<strong>de</strong>?<br />

O livro que trouxe é menos interessante.<br />

Foi à Europa e lá foi feliz.<br />

As formas verbais:<br />

Neste caso, os verbos fazer e ser são empregados em referência a todo o<br />

predicado e não apenas ao verbo:<br />

O cantor apresentou dois números, mas o mímico não fez o mesmo.<br />

Ele trouxe todos os livros, mas é porque precisava.<br />

As formas adverbiais:<br />

Saiu duas vezes e o outro, nunca.<br />

As formas numerais:<br />

João e Maria saíram, mas os dois voltaram logo.<br />

Comprou vários presentes; o primeiro, uma bicicleta.<br />

Fiz <strong>de</strong>z exercícios e meu primo fez o dobro.<br />

Havia <strong>de</strong>z laranjas e comeu um terço <strong>de</strong>las.<br />

Reiteração <strong>de</strong> elementos do texto<br />

As repetições do mesmo termo<br />

Comprou a casa, mas a casa não tinha porta.<br />

Comprou a casa, mas essa casa lhe trouxe problemas.<br />

Fernando Henrique Cardoso não governa bem e por isso FHC é malvisto.<br />

Lula é candidato, mas Luís Inácio Lula da Silva não está bem no pleito.<br />

Trabalhar é bom e o trabalho enobrece.<br />

Sinônimos ou quase sinônimos:<br />

Comprou as flores e <strong>de</strong>u as rosas para a mulher.<br />

Vinha um ônibus, mas o pe<strong>de</strong>stre não viu o veículo.<br />

Trouxe ca<strong>de</strong>rnos, livros e outras coisas.<br />

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Inácio tinha dúvidas se iria para a igreja, mas o apelo da cruz foi forte.<br />

Expressões nominais <strong>de</strong>finidas:<br />

Pelé foi a Paris on<strong>de</strong> o maior jogador do século foi premiado.<br />

Coesão Recorrencial:<br />

Caracteriza-se pela repetição <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> elemento anterior que não funciona,<br />

a exemplo do caso da coesão referencial, como uma alusão ao mesmo referente, mas como uma<br />

“recordação” <strong>de</strong> um mesmo padrão. Ela po<strong>de</strong> aparecer <strong>de</strong> várias formas:<br />

Rosa falava, falava, falava...<br />

Pão no forno, água na garrafa e fruta na gela<strong>de</strong>ira não alimentam.<br />

Ele não compareceu, ou seja, sumiu.<br />

Os males do Brasil são a corrupção, a educação e o Fernandão.<br />

Dentro <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> coesão estão os casos <strong>de</strong> elipse: “O gran<strong>de</strong> objetivo da vida não<br />

é o conhecimento, mas... a ação”, em que se omite a estrutura “ o gran<strong>de</strong> objetivo da vida é”.<br />

Coesão Sequencial:<br />

Esse tipo <strong>de</strong> mecanismo <strong>de</strong> coesão se refere ao <strong>de</strong>senvolvimento textual<br />

propriamente dito, ora por procedimentos <strong>de</strong> manutenção temática, com o emprego <strong>de</strong> termos<br />

pertencentes ao mesmo campo semântico, ora por meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> progressão temática.<br />

A progressão temática po<strong>de</strong> realizar-se por meio da satisfação <strong>de</strong> compromissos<br />

textuais anteriores ou por meio <strong>de</strong> novos acréscimos ao texto. Ao primeiro tipo pertencem os<br />

seguintes casos:<br />

estava bom.<br />

- Condicionalida<strong>de</strong>: Se chover, não irei.<br />

- Causalida<strong>de</strong>: Todos foram <strong>de</strong> roupa <strong>de</strong> praia porque estava fazendo sol.<br />

- Implicação lógica: Só há um meio <strong>de</strong> fazer isso: trabalhando.<br />

Os acréscimos ao texto po<strong>de</strong>m ser feitos <strong>de</strong> vários modos:<br />

- Explicação ou justificativa: Todos chegaram na hora marcada, pois o trânsito<br />

- Conjunção: Cheguei na hora marcada. E comigo vieram meus primos.<br />

Coerência textual<br />

A coerência, como a coesão, é uma qualida<strong>de</strong> básica da textualida<strong>de</strong>, mas,<br />

enquanto a coesão se refere às ligações da superfície textual, sintáticas e pragmáticas, a<br />

coerência está relacionada à continuida<strong>de</strong> dos sentidos no texto, realizada implicitamente por uma<br />

conexão cognitiva entre elementos do texto. A coerência é a base <strong>de</strong> sentido dos textos.<br />

A coerência tem a ver, basicamente, com as condições para o estabelecimento <strong>de</strong><br />

um sentido em um contexto <strong>de</strong>terminado, quer seja consi<strong>de</strong>rando o sentido <strong>de</strong> acontecimentos, <strong>de</strong><br />

idéias mentalmente postas em relação, <strong>de</strong> partes <strong>de</strong> um todo ou conjunto harmônico, quer se<br />

esteja consi<strong>de</strong>rando o sentido dos textos, orais ou escritos, através dos quais se procura veicular<br />

verbalmente um sentido qualquer.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

Paráfrase<br />

A paráfrase consiste em expressar, com nossas palavras, a mesma i<strong>de</strong>ia do textobase.<br />

O importante é assegurar que a paráfrase não modifique a natureza do texto, qualquer que<br />

seja esta. Se o texto é sério, a paráfrase também o será; se estamos parafraseando um poema,<br />

convém encontrarmos termos com a mesma riqueza em sonorida<strong>de</strong> e beleza, e assim por diante.<br />

Em suma, fazer uma paráfrase é expressar o mesmo conteúdo com outras palavras, mantendo as<br />

mesmas características do texto. Há autores que <strong>de</strong>finem a paráfrase como uma “tradução” <strong>de</strong>ntro<br />

da própria língua.<br />

Interpretaçãoe Intelecção <strong>de</strong> <strong>Textos</strong><br />

Interpretação – o ato <strong>de</strong> interpretar um texto envolve todo um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s:<br />

explicar, analisar, comentar, fazer analogias, indicar os termos mais importantes, fazer anotações à<br />

margem do texto, julgar a intenção e por fim concluir. As questões que trabalham a interpretação <strong>de</strong><br />

textos buscam verificar o que o candidato concluiu após a leitura.<br />

Tipos <strong>de</strong> Enunciados comuns nas questões <strong>de</strong> interpretação:<br />

- o autor posiciona-se ...<br />

- segundo o texto, é correto afirmar ...<br />

- o autor sugere ...<br />

- conforme o texto, é correto afirmar ...<br />

- o texto nos diz que ...<br />

- o autor sugere que ...<br />

Intelecção – é o ato se chegar a alguma conclusão graças à percepção e à inteligência. A<br />

intelecção está diretamente relacionada à compreensão e ao entendimento do texto. Nos testes <strong>de</strong><br />

intelecção, o examinadorverificará se o candidato se ateve às informações presentes no texto.<br />

Tipos <strong>de</strong> Enunciados comuns nas questões <strong>de</strong> intelecção:<br />

- a partir da leitura do texto, po<strong>de</strong>-se inferir que...<br />

- é correta a seguinte <strong>de</strong>dução do texto:....<br />

- a intenção do autor, ao negar ....<br />

- é lícito inferir do texto que ...<br />

- po<strong>de</strong>-se concluir do texto que ...<br />

Observa-se, portanto, que na intelecção uma i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> não ser revelada<br />

diretamente ao leitor. A este fica a responsabilida<strong>de</strong> e, muitas vezes, a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captá-la<br />

nas entrelinhas do texto. Estas i<strong>de</strong>ias são capazes <strong>de</strong> sugerir-nos inúmeras i<strong>de</strong>ias que o autor<br />

intencionalmente, ou não, não explicitou durante o texto.<br />

Tipos <strong>de</strong> leitura<br />

O processo <strong>de</strong> leitura passa por três etapas:<br />

- a leitura informativa: é a primeira leitura que se faz e, por meio <strong>de</strong>sta,apreen<strong>de</strong>-se o<br />

assunto do texto.<br />

- a leitura interpretativa: é uma leitura <strong>de</strong>talhada, na qual se busca associar i<strong>de</strong>ias<br />

erelacionar fatos. É, por meio <strong>de</strong>sta leitura, que se buscarespostas às questões específicas do texto.<br />

- e, por fim, a leitura analítica ou seletiva,é nesta leitura que se retira do texto as i<strong>de</strong>ias<br />

principais <strong>de</strong> cada parágrafo (tópicos frasais) e as palavras-chave, sendo, muitas vezes, utilizada pelo<br />

leitor para formar sua opinião a cerca do assunto lido.<br />

Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rarmos a importância das etapas <strong>de</strong> leitura, temos que reconhecer que o<br />

tempo <strong>de</strong> que se dispõe em uma prova é bastante exíguo, portanto, durante as provas, o candidato <strong>de</strong>ve<br />

ser capaz <strong>de</strong> realizar o processo da leitura em apenas duas etapas: na primeira fará a leitura informativa e,<br />

na segunda, <strong>de</strong>verá conjugar a leitura interpretativa ea analítica.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

Palavras-chave para a interpretação dos comandos<br />

Inferência – chegar à <strong>de</strong>terminada opinião a partir <strong>de</strong> informações contidas no texto. Estas po<strong>de</strong>m estar<br />

explícitas ou subentendidas. A inferência é uma possibilida<strong>de</strong>, e, como tal, po<strong>de</strong> ou não se concretizar.<br />

Digamos, então, que se trata <strong>de</strong> uma certeza relativa acerca <strong>de</strong> algo.<br />

Dedução - é o ato <strong>de</strong> se chegar a <strong>de</strong>terminada conclusão a partir <strong>de</strong> fatos ou dados conhecidos,<br />

<strong>de</strong>vidamente explicitados no texto.<br />

Pressuposto – é uma i<strong>de</strong>ia que está relacionada à origem <strong>de</strong> um fato, que po<strong>de</strong> ou não vir a acontecer,<br />

ou seja, para que um fato se concretize não basta a presença <strong>de</strong> um pressuposto.<br />

I<strong>de</strong>ia central – ou i<strong>de</strong>ia núcleo <strong>de</strong> um texto é o próprio tema que o texto <strong>de</strong>senvolve. Geralmente po<strong>de</strong>rá<br />

ser encontrada no parágrafo <strong>de</strong> introdução e <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> um texto.<br />

Argumento – é o raciocínio usado por alguém para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r uma i<strong>de</strong>ia, ou uma tese.<br />

Premissa – é um princípio que serve <strong>de</strong> base para a elaboração (<strong>de</strong>senvolvimento) <strong>de</strong> um raciocínio, para<br />

<strong>de</strong> modo a se chegar a <strong>de</strong>terminada conclusão.<br />

Perífrase<br />

A perífrase consiste no uso excessivo <strong>de</strong> palavras na expressão <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia. A linguagem<br />

perifrástica é o oposto da linguagem concisa. Esta é uma característica da redação oficial e dos textos<br />

jornalísticos, enquanto aquela predomina nos textos literários.<br />

A perífrase po<strong>de</strong> ser dividida em três tipos:<br />

Perífrase nominal - que consiste no uso das locuções nominais tais como: as adjetivas, conjuntivas,<br />

adverbiais e outras;<br />

Perífrase verbal - que consiste no uso das locuções verbais, ou seja, presença <strong>de</strong> um verbo principal e <strong>de</strong><br />

um auxiliar (o gerundismo é exemplo claro);<br />

Perífrase textual que consiste na reescritura <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong> maneira prolixa. Po<strong>de</strong>ndoser <strong>de</strong>finida como<br />

uma paráfrase estendida.<br />

* A perífrase, também chamada <strong>de</strong> antonomásia, é a figura que exprime, por meio <strong>de</strong> uma expressão,<br />

um conceito que po<strong>de</strong> ser transmitido pelo emprego <strong>de</strong> uma palavra ou nome. Quando substitui um nome<br />

próprio, essa expressão costuma ser relativa a alguma qualida<strong>de</strong> marcante da pessoa, possibilitando<br />

i<strong>de</strong>ntificá-la com facilida<strong>de</strong>.<br />

Exemplos:<br />

A humanida<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>ce ao gênio da lâmpada as invenções que nos legou.<br />

(Thomas Edson)<br />

Cartas Persa, <strong>de</strong> Montesquieu, mostra, em tom irônico, os costumes sociais e políticos dos<br />

franceses durante o reinado do “rei -sol”.<br />

(LUIZ XIV)<br />

Intertextualida<strong>de</strong><br />

É a relação que existe entre dois ou mais textos. O ponto <strong>de</strong> intersecção entre eles po<strong>de</strong><br />

estar no conteúdo, na forma, ou mesmo em ambos.<br />

É com muita frequência que os examinadores recorrem à intertextualida<strong>de</strong> para cobrar,<br />

simultaneamente, elementos <strong>de</strong> textos diferentes, buscando aspectos compatíveis ou mesmo antagônicos<br />

entre esses.<br />

Resumo<br />

É um texto produzido a partir da extração das i<strong>de</strong>ias principais <strong>de</strong> um outro texto ou <strong>de</strong> um discurso.<br />

O resumo <strong>de</strong>ve ser umaapresentação concisa dos pontos relevantes <strong>de</strong> um texto,<br />

fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo do trabalho.<br />

Há três tipos <strong>de</strong> resumos:crítico, indicativo e informativo.<br />

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Interpretação <strong>de</strong> textos - Professora Lilian Damasceno – lilianfsd@uol.com.br<br />

O resumo crítico é aquele redigido por especialistas com análise crítica <strong>de</strong> um documento.<br />

Também chamado <strong>de</strong> resenha. Quando analisa apenas uma <strong>de</strong>terminada edição entre várias, <strong>de</strong>nominase<br />

recensão.<br />

O resumo indicativo apenas indica os pontos principais do documento, não apresentando<br />

dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original.<br />

O resumo informativo informa o leitor finalida<strong>de</strong>s, metodologia, resultados e conclusões do<br />

documento, <strong>de</strong> tal forma que esse possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.<br />

Síntese<br />

É o processo capaz <strong>de</strong> agrupar i<strong>de</strong>ias ou palavras-chave sobre <strong>de</strong>terminado tema, <strong>de</strong> modo que o<br />

leitor ou ouvinte formeuma visão geral e concisa do todo.<br />

Título, Tema e Tese<br />

Título – O título apresenta uma referência ao assunto, é uma expressão menor que o tema, geralmente,<br />

não apresenta verbo.<br />

Tema – O tema <strong>de</strong>ve conter uma afirmação com início, meio e fim sobre <strong>de</strong>terminado assunto, e do qual<br />

se po<strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r o ponto <strong>de</strong> vista do autor. Normalmente, trata-se <strong>de</strong> um período, que po<strong>de</strong> ser simples<br />

ou composto. O tema faz parte do parágrafo <strong>de</strong> introdução do texto dissertativo, po<strong>de</strong>ndo ser a própria<br />

introdução.<br />

O tema <strong>de</strong>ve apresentar a seguinte composição: fato ou i<strong>de</strong>ia; ação ou reação,gerada pelo<br />

fato e o resultado, ou seja, <strong>de</strong>verá conter início, meio e fim. Normalmente, o tema, em uma dissertação<br />

argumentativa, apresenta uma i<strong>de</strong>ia, um ponto <strong>de</strong> vista que será <strong>de</strong>fendido (tese).<br />

Tese –A tese é o conceito ou o posicionamento que o autor julga ser verda<strong>de</strong>iro. Para conseguir provar a<br />

veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua tese o autor baseia-se em argumentos que <strong>de</strong>vem ser consistentes o suficiente para<br />

atingir tal finalida<strong>de</strong>.<br />

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