Vocabulário Controlado - Repositório da Universidade Federal ...

Percebe-se, portanto, a necessidade de criação de uma nova forma de acesso à informação. A
opção imediata foram os descritores. O emprego de palavras-chave foi a primeira reação
quando se pensou em romper com o tradicional cabeçalho de assuntos. Porém, a utilização de
palavras-chave sem nenhum tipo de padronização traz problemas para a recuperação, quando
força o usuário a selecionar a informação de uma gama de documentos sem interesse
recuperados em conjunto com o que ele deseja, revelando um alto índice de revocação. Como
exemplo, a palavra “Indexação” que para um usuário da área de Economia possui sentido
diferente do adotado por usuários da área de Biblioteconomia. Ou “Mecânica dos Fluidos”
que possui sentidos diferenciados para as áreas de Física e Engenharia.
Outra opção foi a utilização do tesauro, que do mesmo modo não se mostrou adequado por se
tratar de “um instrumento que reúne conceitos de uma dada área do conhecimento
relacionados entre si.” (CAMPOS, 2001, p.91, grifo nosso).
Em acervos gerais, como é o caso do Sistema de Bibliotecas da UFF, haveria a necessidade da
criação de vários tesauros que não se relacionariam entre si por representarem estruturas de
termos relacionados semântica e genericamente que cobrem um domínio específico do
conhecimento (UNESCO, 1973, p.6 apud CAMPOS, 2001, p.90, grifo nosso). A utilização
deste instrumento de padronização terminológica tornar-se-ia, portanto, cara e inadequada
para acervos gerais, tanto no que tange à tecnologia como na representação do conhecimento.
Poderíamos optar, ainda, pelas taxonomias. Estas, no entanto, também não se mostraram
adequadas pois, segundo Bailey, 2007; Gilchrist, 2003; Opdahl, & Sindre, 1994 apud
Campos; Gomes (2007, p.3), as taxonomias atualmente são estruturas classificatórias que têm
por finalidade servir de instrumento para a organização e recuperação de informação e que
estão sendo vistos como meios de acesso atuando como mapas conceituais dos tópicos
explorados em um serviço de recuperação.
Estas taxonomias se caracterizam por:
Conter uma lista estruturada de conceitos/termos de um domínio.
Incluir termos sem definição, somente com relações hierárquicas.
Possibilitar a organização e recuperação de informação através de
navegação. [...]
Ser um instrumento de organização intelectual, atuando como um mapa
conceitual dos tópicos explorados em um Sistema de Recuperação de
Informação. (CAMPOS; GOMES, 2007, p.3-4, grifo nosso)
Assim como os tesauros, as taxonomias, embora constituam listas estruturadas, não incluem
as definições de seus conceitos, o que para a representação e recuperação da informação em
acervos gerais não procede, dada a diversidade e complexidade de seus termos.
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