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TECTÔNICA DE PLACAS.pdf - Oceanografia

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<strong>TECTÔNICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>PLACAS</strong>


HISTÓRICO – Teoria da Contração<br />

A movimentação da crosta é evidente, e várias teorias foram elaboradas para<br />

explicar a formação das montanhas e distribuição do vulcanismo e terremotos.<br />

- Contração do globo<br />

- No século XIX William Thompson (Lorde Kelvin) determinou que a<br />

Terra tinha 80 milhões de anos, com base em uma taxa de resfriamento do<br />

planeta. Esta idéia foi utilizada por geólogos para sugerir a criação de cadeias<br />

montanhosas a partir do resfriamento progressivo,<br />

- Em 1885 Edward Suess explica a formação de cadeias<br />

montanhosas através do resfriamento e contração do globo.<br />

- Os continentes estiveram inicialmente unidos em uma única<br />

extensão de terra chamada Gondwanaland (nome derivado de uma província<br />

geológica na Índia – Gonds é o nome de uma tribo).


HISTÓRICO – Teoria da Contração<br />

- A dispersão dos continentes (necessária a explicar a correspondência de<br />

formações geológicas em diferentes continentes) é explicada por contração<br />

diferencial<br />

- O fundo das bacias oceânicas seriam escudos continentais rebaixados<br />

(não havia sondagens à época), os quais formariam a ponte necessária para<br />

explicar a distribuição paleontológica<br />

- Perdeu prestígio devido às diferentes idades das cadeias montanhosas e à<br />

idade muito recente (terciária) de várias delas.


HISTÓRICO – Teoria da Expansão<br />

Expansão do globo (Carey 1958)– não considera a existência de zonas de<br />

consumo das placas.<br />

- primeira reconstrução em 1933<br />

- a expansão é causada pelo acumulo de poeira e meteoritos extraterrestres,<br />

e pela expansão interna do núcleo derretido da Terra.<br />

- o gradual aumento de massa aumenta a força gravitacional e a<br />

pressão sobre o centro da Terra, que de um estado inicial sólido passou a pastoso<br />

com o aumento da temperatura – vulcanismo<br />

- contínua adição de água juvenil para explicar o aumento do volume de<br />

água.


HISTÓRICO – Teoria da Tectonica de Placas<br />

Da Vinci – Sec. XVI – “acima das planícies da Itália onde voam bandos de<br />

pássaros, peixes estiveram se movendo em amplas áreas rasas”.<br />

Francis Bacon – 1620 – paralelismo da costa sul americana e africana<br />

Frank Taylor (1910) e Otto Ampferer (1906) sugeriram movimentos laterais para<br />

explicar o surgimento de cadeias montanhosas.<br />

Ampferer (1925) propôs a existência de correntes de convecção no interior da<br />

Terra, antecipando zonas de criação e subducção da crosta.<br />

Alfred Wegener (1912) – Teoria da Deriva Continental


300 M anos<br />

50 M anos<br />

1,5 M anos<br />

HISTÓRICO – Deriva Continental<br />

Evidências litológicas, estruturais,<br />

paleoclimáticas, paleontológicas e<br />

biogeográficas em lados opostos do Atlântico<br />

Reconstrução paleogeográfica de Wegener (1924) – zonas<br />

sombreadas representam mares rasos


HISTÓRICO – Evidências da Deriva Continental<br />

EVIDÊNCIAS GEOFÍSICAS<br />

- O principio da isostasia permitiu sugerir a<br />

implausibilidade do afundamento dos continentes no<br />

interior do manto mais denso<br />

- Mapas hipsométricos mostraram que continentes e<br />

oceanos formam duas províncias morfológicas<br />

significativamente diferentes – curvas variam<br />

durante o processo de separação dos continentes


HISTÓRICO – Evidências da Deriva Continental<br />

- A formação de montanhas se daria pelo choque de<br />

margens continentais - a contração do globo implicaria<br />

em uma distribuição mais simétrica das cadeias<br />

montanhosas<br />

- A distribuição de terromotos no globo (observações<br />

feitas pelo observatório de Hamburgo), a formação de<br />

arcos de ilhas, o terremoto de San Francisco em 1906<br />

e o fato dos polos magnéticos terem se deslocado –<br />

indicação de movimentação relativa de blocos da crosta<br />

Movimentação da falha de San<br />

Andreas no terremoto de 1906<br />

Epicentro de tremores identificados pelo<br />

observatório de Hamburgo


HISTÓRICO – Evidências da Deriva Continental<br />

EVIDÊNCIAS GEOLÓGICAS<br />

- Cadeias montanhosas, rochas e depósitos de<br />

carvão são paralelos e contínuos na América do<br />

Sul e África, assim como distribuição de<br />

depósitos de carvão e depósitos glaciais,<br />

determinando cinturões climáticos pretéritos<br />

* gelo cobriu o deserto do Saara a 400<br />

M de anos, enquanto o leste da América do<br />

Norte estava no equador.<br />

* reagrupamento de depósitos glaciais<br />

no Permiano e Carbonífero (250 M a 350 M de<br />

anos) reconstitui o Gondwana


HISTÓRICO – Evidências da Deriva<br />

Continental<br />

- Separação continental e abertura de novos<br />

oceanos<br />

- encontro de continentes e formação de montanhas


HISTÓRICO – Evidências da Deriva Continental<br />

- Distribuição de espécies extintas e em vida<br />

em diferentes continentes


HISTÓRICO – Evidências da Deriva Continental<br />

- Proposta de um modelo de evolução<br />

paleogeográfica<br />

PROBLEMAS COM A TEORIA<br />

Inexistência de um mecanismo plausível de<br />

tração capaz de arrastar corpos rígidos se<br />

movendo sobre um manto estático.<br />

Wegener sugeriu como mecanismo, possíveis<br />

diferenças de atração gravitacional ao redor da<br />

Terra (devido à saliência equatorial) e a deriva<br />

para oeste das forças de maré.<br />

A teoria da deriva continental foi relegada a<br />

segundo plano até a década de 50 por falta de<br />

evidências adicionais da movimentação dos<br />

continentes e de uma proposta de um<br />

mecanismo mais razoável de deslocamento<br />

continental.


Form Pleople and Discoveries - http://www.pbs.org/wgbh/aso/databank/entries/do62se.html<br />

CONVECÇÃO DO MANTO<br />

- Holmes (1931 e 1944)<br />

ressuscitou a idéia de convecção<br />

do manto proposta por Ampferer,<br />

sugerindo que o interior da Terra<br />

estaria em estado pastoso e<br />

sujeito a lentos movimentos de<br />

convecção, com células do<br />

tamanho do raio da Terra.<br />

Foi o 1º. a sugerir<br />

especificamente que a camada<br />

basáltica serve como correia<br />

condutora para a movimentação<br />

da crosta em direção a locais de<br />

mergulho da célula de convecção.<br />

- Vening Meinesz propôs que os locais de mergulho das células<br />

de convecção seriam marcados pelas fossas oceânicas –<br />

subducção da crosta ainda não estaria ainda sendo<br />

envolvida


540 M anos<br />

50 M anos<br />

PALEOMAGNETISMO<br />

1952 – invenção do magnetômetro<br />

A identificação do paleocampo magnético<br />

terrestre, registrado nos minerais ferrosos<br />

magnéticos das rochas, foi a primeira prova<br />

geofísica e quantitativa da Deriva Continental.<br />

Em 1956 foi possível mostrar que o pólo<br />

magnético em um determinado continente vagou<br />

ao longo do tempo, mas que os trajetos seguidos<br />

tornam-se, com o tempo, gradualmente mais<br />

incongruentes entre os continentes.<br />

Rucorn e Irving 1959


PALEOMAGNETISMO<br />

Nas reconstruções o movimento mapeado é relativo um ponto fixo. Na<br />

realidade, tanto os continentes como os pólos magnéticos se<br />

deslocam.


RECONSTRUÇÕES PALEOGEOGRÁFICAS<br />

Pesquisas sobre o paleomagnetismo, correlações geológicas, ajustes<br />

geométricos dos contornos continentais (batimétrica de 1000 m) e<br />

histórica geológica das margens continentais possibilitaram várias<br />

reconstruções paleogeográficas da Gondwana e Laurásia.<br />

Posição proposta para os<br />

continentes no Triássico inferior<br />

~180 M anos


PERFIS ECOBATIMÉTRICOS<br />

Heenzen & Tharp 1952


MAPA SÍSMICO<br />

Heezen – 1959


O ESPALHAMENTO LATERAL DO FUNDO<br />

OCEÂNICO<br />

Harry Hess (1962) e Dietz (1961) – crosta juvenil é gerada<br />

na cordilheira meso-oceânica onde o manto sobe próximo<br />

à superfície e eleva o soallho submarino. A elevação do<br />

piso causa rompimento por tensão lateral e permite a<br />

extrusão de material vulcânico.<br />

O piso oceânico move-se lateralmente. Onde as células de<br />

conveção convergem, a crosta é arrastada para baixo,<br />

formando as fossas. Estes locais são caracteristicamente<br />

compressivos, e formam montanhas e arcos vulcânicos na<br />

margem continental.<br />

Os continentes, por serem constituidos por rochas<br />

silicosas mai leves, permanecem à superfície. Terremotos<br />

são gerados em profundidade, abaixo das fossas, com a<br />

fratura da crosta fria mergulhando no manto.


EVIDÊNCIAS PARA O ESPALHAMENTO<br />

LATERAL<br />

• Evidências da deriva continental apresentadas acima;<br />

• Elevação e topografia da cordilheira meso-oceânica;<br />

• Aumento sistemático da espessura dos sedimentos com o<br />

distanciamento da cordilheira meso-oceânica;<br />

• Vulcanismo no eixo da cordilheira;<br />

• Zonas sísmicas, arcos de ilha e vulcanismo sobre ou próximo de<br />

certas margens oceânicas.<br />

1963 – Aumento da idade das ilhas oceânicas com o distanciamento da<br />

cordilheira meso-oceânica<br />

FAIXAS MAGNÉTICAS NA CROSTA OCEÂNICA


CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE


INCLINAÇÃO E <strong>DE</strong>CLINAÇÃO<br />

INCLINAÇÃO MAGNÉTICA<br />

W<br />

N<br />

S<br />

E<br />

<strong>DE</strong>CLINAÇÃO MAGNÉTICA


CARTAS MUNDIAIS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>CLINAÇÃO /<br />

INCLINAÇÃO


INUTILIDA<strong>DE</strong> DA BÚSSOLA


<strong>DE</strong>RIVA DO POLO MAGNÉTICO<br />

2000<br />

2000<br />

1945<br />

1945


<strong>DE</strong>SVIOS DIÁRIOS DO POLO<br />

MAGNÉTICO


PALEOMAGNETISMO<br />

Minerais ferrosos com propriedades magnéticas presentes na lava orientam-se de<br />

acordo com o campo magnético vigente, e quando a lava se solidifica, passam a ser um<br />

registro do campo magnético pretérito – a crosta oceânica se torna assim um<br />

registrador do campo geomagnético.<br />

As inversões do campo magnético ocorrem simultaneamente em todo o globo<br />

A magneto-estratigrafia se baseia nas freqüentes inversões do pólo magnético terrestre<br />

– a polaridade atual se estabeleceu há 700.000 anos.<br />

TODAY ROCK MAGNETISED<br />

TO ARCTIC<br />

REVERSED MAGNETIC AGES:<br />

ROCK MAGNETISED<br />

TO ANTARCTIC<br />

EARTH´S<br />

CRUST<br />

OCEAN<br />

FLOOR<br />

MID-<br />

OCEANIC<br />

RIDGE


ESCALA <strong>DE</strong> TEMPO DA POLARIDA<strong>DE</strong><br />

MAGNÉTICA<br />

A datação de rochas basálticas nos continentes<br />

permitiu estabelecer uma escala de tempo para as<br />

inversões de polaridade (entre 1973 e 1979) para<br />

os últimos 6 M anos. Atualmente (Cande and Kent<br />

1995) a escala já foi firmemente estabelecida até o<br />

Jurássico Superior (175 M anos). A medição das<br />

anomalias magnéticas em sedimentos e rochas<br />

sedimentares marinhas (obtidas pelas sondagens<br />

do ODP, etc), datadas radiometricamente, foi de<br />

grande ajuda na expansão da escala temporal.


PALEOMAGNETISMO


ANOMALIAS DO CAMPO MAGNÉTICO DO<br />

PISO OCEÂNICO<br />

Vacquier et al. (1961) e Mason & Raff (1961)<br />

descobriram pela primeira vez um padrão linear<br />

de anomalias magnéticas no Pacífico, assim como<br />

desvios de até 1400 km dos padrões de faixas ao<br />

longo de zonas de fraturas.<br />

Não se sabia então explicar o que causou as<br />

linearidades observadas.<br />

Vine & Matthews (1963) elucidaram o enigma<br />

combinando as idéias de espalhamento lateral do<br />

fundo oceânico com descobertas recentes da<br />

inversão do pólo magnético.


IDA<strong>DE</strong> DA CROSTA<br />

OCEÂNICA


FIM

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