Parte 2 - Memorial da América Latina
Parte 2 - Memorial da América Latina
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integração<br />
as<br />
três<br />
Dimensões<br />
do <strong>Memorial</strong><br />
relatório anual 2006<br />
Um universo em expansão. Assim pode ser definido o <strong>Memorial</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong> em 2006. Neste ano, a Fun<strong>da</strong>ção consolidou-se como patrimônio<br />
<strong>da</strong> população e abriu-se à comuni<strong>da</strong>de local, nacional e internacional, criando círculos<br />
de interesses diversificados. O <strong>Memorial</strong> recebeu, por exemplo, filmes, cineastas e cinéfilos<br />
latino-americanos; foliões carnavalescos, tropeiros do interior e grafiteiros <strong>da</strong><br />
capital; bailarinos clássicos cubanos, jazzistas americanos, tangueiros uruguaios e sambistas<br />
paulistas.... Na área do Pensamento a Cátedra <strong>Memorial</strong> <strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>, o<br />
Projeto Presidentes <strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>, o Encontro de Biarritz e os debates – como<br />
o Seminário Internacional 15 anos de Mercosul – foram os destaques.<br />
Um espaço democrático, em que a palavra ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia nunca foi tão concreta, foi o que<br />
se viu no Ação Global, que ocupou todo o conjunto arquitetônico. Em círculos concêntricos,<br />
a atuação do <strong>Memorial</strong> se expandiu ao revelar, divulgar e integrar a diversi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> cultura paulista, brasileira e latino-americana. O acervo indígena <strong>da</strong> Cid Colletion,<br />
sob a guar<strong>da</strong> do <strong>Memorial</strong>, está sendo recuperado e a sua reserva técnica, aberta a visitas<br />
didáticas. A importância <strong>da</strong> cultura afro-brasileira na formação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de brasileira<br />
também foi discuti<strong>da</strong>. Festas nacionais de países irmãos e assinaturas de acordos<br />
com universi<strong>da</strong>des, fun<strong>da</strong>ções e organismos multilaterais deram a tônica.<br />
Esse movimento de expansão é reconhecido por todos. Evidência disso é a Fun<strong>da</strong>ção<br />
ter sido escolhi<strong>da</strong> pela Câmara de Comércio Argentino Brasileira de São Paulo para<br />
receber o Prêmio Governador André Franco Montoro “pelo importante esforço em unir<br />
através <strong>da</strong> cultura e intercâmbio humano, fato que contribuiu como poucos à integração<br />
latino-americana.” O <strong>Memorial</strong> também foi contemplado com o prêmio José<br />
Artigas (Protetor dos Povos Livres), na categoria Educação e Cultura, oferecido pela<br />
Câmara de Comércio Brasil Uruguai - São Paulo e Consulado Uruguaio.<br />
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Com instrumentos e<br />
trajes tradicionais,<br />
“Cholas” <strong>da</strong>nçam<br />
na Praça Cívica.<br />
O <strong>Memorial</strong> foi<br />
tomado por cerca<br />
de 15 mil bolivianos,<br />
que moram e<br />
trabalham em<br />
São Paulo. Eles<br />
comemoraram<br />
a Independência<br />
de seu país com<br />
as tradicionais<br />
“morena<strong>da</strong>s” e<br />
“diabla<strong>da</strong>s”.<br />
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EduardO raSCOv
integração<br />
américa latina integra<strong>da</strong><br />
as comuni<strong>da</strong>des latino-americanas residentes em São Paulo vêem o <strong>Memorial</strong><br />
como a sua segun<strong>da</strong> casa, um lugar onde eles podem afirmar a sua identi<strong>da</strong>de<br />
e dialogar com a socie<strong>da</strong>de brasileira. Por isso aqui organizam festas<br />
e comemorações com o apoio irrestrito <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção.<br />
Bolivianos festejam no <strong>Memorial</strong><br />
O número exato de bolivianos residentes em São<br />
Paulo ninguém sabe, mas uma coisa é certa: pelo<br />
menos 15 mil deles ocuparam a Praça Cívica do <strong>Memorial</strong><br />
para celebrar o Seis de Agosto, a <strong>da</strong>ta nacional<br />
<strong>da</strong> Bolívia. Para o boliviano, o “Seis de Agosto”<br />
não é apenas o dia em que se comemora a Soberania,<br />
mas é também a época do Carnaval, em que o<br />
encanto e os mistérios <strong>da</strong>s Diabla<strong>da</strong>s e Morena<strong>da</strong>s<br />
envolvem a todos. É como se o Sete de Setembro e o<br />
Carnaval brasileiro coincidissem. Viva os 181 anos<br />
de Independência <strong>da</strong> Bolívia!<br />
Tango uruguaio<br />
O tango nasceu na Argentina ou no Uruguai se milongueiros<br />
há dos dois lados do Rio do Prata? Pois o<br />
Dia <strong>da</strong> Independência do Uruguai foi comemorado<br />
ao som de tango, em 15 de agosto. Abrindo a soleni<strong>da</strong>de,<br />
cem crianças <strong>da</strong> Escola Estadual República do<br />
Uruguai cantaram o Hino Nacional do Brasil e do<br />
Uruguai, acompanhados <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> <strong>da</strong> Polícia Mili-<br />
relatório anual 2006<br />
EduardO raSCOv<br />
tar. O show ficou a cargo <strong>da</strong> Orquestra de Oldimar<br />
“Pocho” Cáceres – piano, contrabaixo, violoncelo,<br />
2 violinos, 2 cantores e 2 casais de bailarinos. Viva<br />
os 181 anos de Independência do Uruguai!<br />
Chile múltiplo<br />
O show Chile, um encanto musical abriu as festivi<strong>da</strong>des<br />
pela Independência <strong>da</strong> nação, no <strong>Memorial</strong><br />
em 20 de agosto. Ele inaugurou uma programação<br />
que se estendeu a outros locais até 18 de setembro,<br />
a <strong>da</strong>ta nacional chilena. Os grupos Chile Lindo,<br />
Raíces de Chile, Quinchamalí, Tupahue e Pablo<br />
Neru<strong>da</strong> deram uma mostra <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de musical<br />
do país, incluindo manifestações típicas <strong>da</strong><br />
Ilha de Páscoa. Foi monta<strong>da</strong> uma feira com livros,<br />
artesanato e comi<strong>da</strong>s típicas chilenas no foyer do<br />
Auditório Simón Bolívar. Durante o dia, chilenos<br />
e descendentes nascidos no Brasil puderam matar<br />
a sau<strong>da</strong>de de empana<strong>da</strong>s, pastel de choclo, humitas<br />
(espécie de pamonha), vinho e pisco. Viva os 196<br />
anos de Independência do Chile!<br />
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FErnan<strong>da</strong> YaMaMOTO
EduardO raSCOv<br />
Mojito & Merengue<br />
O Dia <strong>da</strong> Cultura Cubana foi instituído em<br />
1980 em homenagem ao 20 de outubro de<br />
1868, quando forças populares cubanas libertaram<br />
a ci<strong>da</strong>de de Bayamo e puderam cantar<br />
pela primeira vez o Hino Nacional, chamado<br />
“A Bayamesa”. Hoje a <strong>da</strong>ta é comemora<strong>da</strong> com<br />
muita música, <strong>da</strong>nça, comi<strong>da</strong> e bebi<strong>da</strong>s tradicionais.<br />
O show <strong>da</strong> Orquestra Sonora Habanera,<br />
forma<strong>da</strong> por músicos cubanos e brasileiros,<br />
foi um exemplo. Mambo, guajira, guaracha,<br />
cumbia colombiana, merengue, salsa, bolero,<br />
<strong>da</strong>nzón, pregón e outros ritmos afro-cubanos<br />
não deixaram ninguém parado nos 800 m 2 do<br />
foyer do Auditório Simón Bolívar. Cerca de duas<br />
mil pessoas puderam se servir de pratos típicos<br />
como congrí, e beber drinks como mojito e cuba<br />
libre. De quebra, um recital de poesia organizado<br />
pela Associação Nacional de Cubanos Residentes<br />
no Brasil José Martí.<br />
in utat ing eui er<br />
iure magnisim<br />
iliquvat, sivs<br />
elenim quis diat<br />
iure commod<br />
eugait utem nos.<br />
Er sum zzriusci<br />
eniscid uip<br />
a melancolia e<br />
a sensuali<strong>da</strong>de<br />
do tango, as<br />
manifestações<br />
típicas <strong>da</strong> Ilha<br />
de Páscoa, a<br />
salsa e o mambo<br />
fizeram parte<br />
<strong>da</strong>s festivi<strong>da</strong>des<br />
nacionais<br />
de uruguai,<br />
Chile e Cuba,<br />
respectivamente.<br />
no <strong>Memorial</strong>, ca<strong>da</strong><br />
país pôde afirmar<br />
sua identi<strong>da</strong>de e<br />
diferença.<br />
memorial <strong>da</strong> américa latina<br />
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integração<br />
DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA<br />
além de pensar, integrar e divulgar a cultura latino-americana,<br />
<strong>da</strong>r conta <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de cultural brasileira é uma <strong>da</strong>s linhas<br />
mestras do <strong>Memorial</strong>. ora, o Brasil é um país continental!<br />
o que nos coloca diante de uma tarefa gigantesca.<br />
A mostra Carmen Miran<strong>da</strong> Para Sempre foi um bom exemplo desse<br />
“problema”. A Pequena Notável atraiu 59 mil pessoas à Galeria Marta<br />
Traba, que vieram ver 700 peças, entre trajes, acessórios, fotos, cartazes,<br />
capas de disco etc. Um telão exibia trechos antológicos de seus<br />
filmes. A conferência do escritor Ruy Castro e o show <strong>da</strong> cantora Maria<br />
Alcina deram um toque a mais à homenagem.<br />
Foi a mais completa exposição sobre Carmen Miran<strong>da</strong> já realiza<strong>da</strong>.<br />
E ain<strong>da</strong> assim persiste a sensação de que o tema é inesgotável. O<br />
mesmo se pode dizer sobre a exposição Pequenas Lembranças de<br />
Orlando Villas Boas, que trouxe, além de fotos, a mochila, a bússola,<br />
o facão, o cantil e os óculos, entre outros objetos pessoais usados para<br />
contatar os índios brasileiros.<br />
relatório anual 2006<br />
dIvulgaçãO<br />
O <strong>Memorial</strong> recebeu rico acervo indígena. Shows<br />
e debates discutiram a discriminação e formas de<br />
ampliar a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia <strong>da</strong> população afro-brasileira.<br />
raízes estaduais<br />
Em 2006 o <strong>Memorial</strong> aprofundou a colaboração com os municípios do nosso<br />
estado. O IV Encontro de Dirigentes Municipais <strong>da</strong> Cultura, por exemplo,<br />
se realizou aqui, bem como as finais do 9 º Mapa Cultural Paulista, que revela<br />
novos talentos nas várias mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des artísticas.<br />
O pessoal de mais i<strong>da</strong>de também freqüenta o <strong>Memorial</strong>. Em agosto houve o<br />
12 º Concurso Miss e Mister <strong>da</strong> Melhor I<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo, com a<br />
participação de 37 mulheres e 27 homens de 37 ci<strong>da</strong>des. O auditório ficou lotado<br />
de torcedores dos municípios, com direito a faixas e alegorias de mão. Na mesma<br />
linha, em outubro foi a vez dos seresteiros do interior apresentarem-se na Praça<br />
Cívica, toma<strong>da</strong> por barracas com quitutes, artesanato e bijuterias <strong>da</strong>s vovós.<br />
Consciência negra<br />
A questão do negro no Brasil também recebeu o apoio do <strong>Memorial</strong>. No início do<br />
ano a ONG Afrobras – Socie<strong>da</strong>de Afrobrasileira de Desenvolvimento Sócio-cultural<br />
– organizou o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, no<br />
Auditório Simón Bolívar. No mesmo local, em 20 de novembro, foi comemorado o<br />
Dia <strong>da</strong> Consciência Negra, com o show Mistura Popular Brasileira. No dia 24 foi<br />
a vez <strong>da</strong> Orquestra Jazz Sinfônica acompanhar o Balé Ilu Ayê – Terra <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>, mais<br />
os grupos Okun Cultura Afro-Brasileira e Oromuietê do Amazonas.<br />
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dIvulgaçãO<br />
dIvulgaçãO
dIvulgaçãO<br />
grandes personagens do séc. XX foram<br />
homenageados, como Orlando villas<br />
Boas e Carmen Miran<strong>da</strong>. Os óculos e<br />
os diários do indianista e fotos raras e<br />
jóias <strong>da</strong> Pequena notável mostraram a<br />
profusão de culturas do país.<br />
annEMarIE HEInnCH/dIvulgaçãO<br />
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dIvulgaçãO dIvulgaçãO<br />
rEnaTO SOarES
integração<br />
10 relatório anual 2006<br />
reserva indígena<br />
Guardião oficial <strong>da</strong> Arte Indígena do acervo Cid Colletion, o <strong>Memorial</strong><br />
prepara uma grande mostra de peças originárias de várias etnias - de cocares<br />
a armas de caça, de braceletes, peitoris e adornos para braços, pernas<br />
e quadris a utensílios em cerâmica. O cromatismo e os padrões construídos<br />
a partir de penas de aves brasileiras são de rara beleza.<br />
Mas fungos, bactérias e insetos ameaçavam essa coleção única. O <strong>Memorial</strong><br />
contratou a restauradora e conservadora Daisy Mara Estrá para<br />
desenvolver um programa de controle de pragas. Com a higienização e<br />
confecção de embalagens definitivas, o acervo está sendo acondicionamento<br />
em armários, prateleiras, mapotecas e trainéis<br />
adquiridos especialmente para isso.<br />
São mais de 1.120<br />
peças indígenas,<br />
que estão sendo<br />
higieniza<strong>da</strong>s e<br />
acondiciona<strong>da</strong>s<br />
de maneira<br />
apropria<strong>da</strong> na<br />
recém-cria<strong>da</strong><br />
reserva técnica<br />
<strong>da</strong> galeria<br />
Marta Traba.<br />
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rEnaTO SOarES
ESPAçO DA COMUNIDADE<br />
nem só de ativi<strong>da</strong>des latino-americanas ou nacionais viveu o<br />
<strong>Memorial</strong> em 2006. Houve também um cui<strong>da</strong>do com a locali<strong>da</strong>de.<br />
Sendo um espaço <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, o <strong>Memorial</strong> dedicou uma atenção<br />
especial para cultivar essa delica<strong>da</strong> relação com o seu entorno.<br />
ação global<br />
A vocação comunitária do <strong>Memorial</strong> ficou evidente na Ação Global de 11<br />
de novembro. Em parceria com o Sistema Fiesp e a Rede Globo de Televisão,<br />
o <strong>Memorial</strong> participou do mutirão de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. O conjunto arquitetônico<br />
ficou coberto por ten<strong>da</strong>s. Passaram pelas catracas do Portão 1<br />
mais de 102 mil pessoas. Emissão de documentos, orientação ambiental e<br />
jurídica, avaliação física, exames de prevenção do câncer de mama, catarata,<br />
diabetes, primeiros socorros para acidentes com animais peçonhentos,<br />
ultrassonografia de gestantes, cabeleireiro, programação artística e ativi<strong>da</strong>des<br />
lúdicas fizeram parte dos 314 mil atendimentos. Foi a primeira vez<br />
que o Ação Global Nacional saiu <strong>da</strong>s dependências do Sesi. Valeu a pena.<br />
Teatro infantil,<br />
ultrassonografia de<br />
gestantes, emissão de<br />
documentos e corte de<br />
cabelo foram alguns<br />
dos serviços oferecidos<br />
gratuitamente no <strong>Memorial</strong>.<br />
memorial <strong>da</strong> américa latina<br />
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FOTOS: MarIO CaSTEllO<br />
11
integração<br />
abrindo-se à<br />
comuni<strong>da</strong>de, os<br />
vizinhos <strong>da</strong> Barra<br />
Fun<strong>da</strong> e arredores<br />
foram convi<strong>da</strong>dos a<br />
vir ao circo. durante<br />
o X Revelando São<br />
Paulo, o <strong>Memorial</strong><br />
montou estande<br />
no Parque <strong>da</strong> Água<br />
Branca, assim como<br />
os tropeiros do<br />
Revelando vieram<br />
ao <strong>Memorial</strong>.<br />
12 relatório anual 2006<br />
Circo ro<strong>da</strong> Brasil<br />
A sessão do dia 16 de novembro do espetáculo Stapafúrdyo foi dedica<strong>da</strong> aos moradores<br />
<strong>da</strong> vizinhança do <strong>Memorial</strong>. Bastava o vizinho comparecer na bilheteria<br />
e comprovar que morava nos bairros próximos (Barra Fun<strong>da</strong>, Perdizes, Sumaré,<br />
Pompéia...) que ganhava dois ingressos inteiramente gratuitos para o Circo Ro<strong>da</strong><br />
Brasil, um dos sucessos <strong>da</strong> tempora<strong>da</strong> artística de 2006. No final, o diretor Hugo<br />
Possolo agradeceu ao <strong>Memorial</strong> por ter cedido o espaço à arte milenar do circo e<br />
ao público <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de pela acolhi<strong>da</strong>. Aproveitou para convi<strong>da</strong>r todos a fazerem<br />
parte <strong>da</strong> Associação dos Amigos do <strong>Memorial</strong>, recentemente reativa<strong>da</strong>.<br />
revelando São Paulo<br />
No mês de setembro de 2006, a Praça Cívica parecia ter voltado no tempo.<br />
Tropas de mulas, tropeiros, carros de boi, estan<strong>da</strong>rtes de santos, foliões de reis,<br />
congos, reinados de congos, todos se preparavam para seguir a imagem peregrina<br />
de Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong> em direção ao Parque <strong>da</strong> Água Branca. Era o<br />
X Revelando São Paulo que se iniciava.<br />
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FOTOS: EduardO raSCOv
Mais do que nunca, o festival de culinária, artesanato e folclore - que mobiliza<br />
milhares de pessoas - contou com o apoio do <strong>Memorial</strong>, que, pela primeira vez,<br />
montou um quiosque no Parque <strong>da</strong> Água Branca. Faz parte do Revelando a Cerimônia<br />
<strong>da</strong> Paz, envolvendo diversos grupos religiosos. Em frente ao Salão de Atos<br />
foi hastea<strong>da</strong> a bandeira branca. Da cerimônia participaram padres católicos, representantes<br />
do Candomblé e <strong>da</strong> Umban<strong>da</strong>, ministros <strong>da</strong> Perfect Liberty e monges<br />
budistas <strong>da</strong> Brahma Kumaris, além de líderes protestantes, mulçumanos e judeus.<br />
Ensinando a pescar<br />
Em 2006 o <strong>Memorial</strong> passou a contar com<br />
uma Divisão de Oficinas Culturais atuante.<br />
Das ativi<strong>da</strong>des mais simples às mais elabora<strong>da</strong>s,<br />
em termos de técnica e linguagem artística,<br />
jovens e adultos puderam aprender e<br />
mostrar o seu trabalho. Cerca de 870 alunos de<br />
Ensino Fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> rede estadual participaram<br />
de quatro oficinas: pintura, colagem, gravura<br />
e mosaico.<br />
A artista plástica paraguaia Máyy Koffler deu<br />
oficina de cerâmica em uma técnica ancestral peruana<br />
chama<strong>da</strong> Paleteado. Durante a Semana <strong>da</strong><br />
Criança, o “engenheiro <strong>da</strong>s pipas” Ken Yamazoto<br />
ofereceu oficina de papagaios, ao mesmo tempo<br />
que ensinava conceitos de História, Geografia,<br />
Ciências, Geometria, Artes Plásticas, Educação<br />
Física, Reciclagem de Materiais, meteorologia...<br />
adrIanO CaPElO<br />
FErnan<strong>da</strong> YaMaMOTO<br />
as oficinas de pipa<br />
e de paleteado<br />
em argila não<br />
apenas ensinaram<br />
aos jovens novas<br />
técnicas como os<br />
fizeram “viajar” no<br />
tempo e no espaço.<br />
memorial <strong>da</strong> américa latina<br />
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