13.05.2013 Views

Cap´ıtulo 21 Introduç˜ao `a Integral: Cálculo de´Areas e Integrais ...

Cap´ıtulo 21 Introduç˜ao `a Integral: Cálculo de´Areas e Integrais ...

Cap´ıtulo 21 Introduç˜ao `a Integral: Cálculo de´Areas e Integrais ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

290 Cap. <strong>21</strong>. Introdução à <strong>Integral</strong>: <strong>Cálculo</strong> de Áreas e <strong>Integrais</strong> Definidas<br />

Esta propriedade pode ser generalizada para o caso em que c não está necessariamente entre a e b. (Veja Problema<br />

8 ).<br />

Propriedade 5<br />

Se f é integrável em [a, b] e f(x) ≥ 0 para todo x em [a, b], então<br />

0 ≤<br />

∫ b<br />

a<br />

f(x) dx<br />

Demonstração Seja I = ∫ b<br />

f(x) dx e suponhamos por absurdo que I < 0.<br />

a<br />

n∑<br />

Seja P uma partição de [a, b] e seja RP = f(ci) ∆ xi, uma soma de Riemann qualquer, associada a P . Como,<br />

i=1<br />

por hipótese, f(ci) ≥ 0, para todo ci no intervalo [xi−1, xi], temos que RP ≥ 0.<br />

Seja ε = − I<br />

2 > 0, então, como f é integrável em [a, b], desde que ||P || seja suficientemente pequena, temos que<br />

| RP − I | < ε = − I<br />

2 . Daí, RP < I − I I<br />

2 = 2 < 0, o que é uma contradição. Portanto, a suposição I < 0 é falsa, e temos<br />

que I ≥ 0.<br />

Uma conseqüência imediata desta propriedade é expressa na propriedade a seguir, cuja demonstração é deixada a<br />

cargo do leitor. (Veja Problema 9.)<br />

Propriedade 6<br />

Se f e g são integráveis em [a, b] e g(x) ≤ f(x) para todo x em [a, b], então<br />

∫ b<br />

a<br />

g(x) dx ≤<br />

∫ b<br />

a<br />

f(x) dx .<br />

<strong>21</strong>.5 Valor médio de uma função e o teorema do valor médio para integrais<br />

definidas<br />

A média aritmética de n números a1, a2, ... , an é definida por:<br />

am = (a1 + a2 + . . . + an)<br />

n<br />

Agora, pense no seguinte problema:<br />

Suponha que você tenha uma barra de ferro de comprimento L e conhece a temperatura T (x), que varia em cada<br />

ponto x da barra. Como calcular a temperatura média Tm da barra?<br />

A dificuldade, neste caso, é que existem infinitos pontos na barra a serem considerados. A idéia é estabelecer um<br />

sistema de coordenadas na barra, de tal modo que as suas extremidades coincidam com os pontos 0 e L deste sistema<br />

e aproximar a temperatura média pela média das temperaturas de n pontos da barra, a saber,<br />

0 = x0 ≤ x1 ≤ . . . ≤ xn = L<br />

tomados como referência, isto é,<br />

Tm ≈ 1<br />

n<br />

n∑<br />

T (xi)<br />

i=1<br />

Claramente, à medida que aumentamos o número n de pontos considerados neste cálculo, o valor do lado direito<br />

da expressão anterior se aproximará cada vez mais da temperatura média Tm da barra.<br />

Observe, agora, que a soma anterior é muito parecida com a soma de Riemann para a função T (x). Para transformar<br />

esta expressão na soma de Riemann para a função T , basta multiplicar e dividir, a soma obtida por ∆ x = L<br />

n . Assim,<br />

temos<br />

= 1<br />

n<br />

(<br />

n∑<br />

)<br />

1 1<br />

T (xi) ∆ x =<br />

n ∆ x<br />

1<br />

(<br />

n∑<br />

)<br />

n<br />

T (xi)<br />

n L<br />

i=1<br />

i=1<br />

n∑<br />

i=1<br />

ai<br />

∆ x = 1<br />

L<br />

n∑<br />

T (xi) ∆ x<br />

Agora sim! O último somatório é a soma de Riemann para a função T no intervalo [0, L]. Assim,<br />

Tm = 1<br />

L lim<br />

n→∞<br />

n∑<br />

i=1<br />

T (xi) ∆ x = 1<br />

L<br />

∫ L<br />

0<br />

i=1<br />

T (x) dx

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!